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AS ETAPAS DO PROCEDIMENTO. etapa 1—A pergu de pata ‘apo 2— A expert | xgpa 4— A conse do mole de adie Bape 5— A obsergto| rapa 6—A onl Biopa 7 — As coaches OBJECTIVOS No capitulo anterie vimos como proceder & explorago.Trata- -se agora de nos distanciarmes ou liberarmos das informagdes reeolidas e de dominarmos as ideiasreundas para precisurmes as {grandes orientagdes de investigago e definirmos uma problemii- fa relacionada com a pergunta de partis, ‘A probleméticn € & abordagem ou a perspectiva tebrica que . (Oy ela € entendida no sentido restrito de antecedente exterior 30 seu efeito, que Ihe est ligado por uma relagdo necessiria. Neste ‘aso, refeimo-nos ao esquema causal no sentido estto, tal como itustrdo por O Svicidio de Durkheim Ainda que as relagdes fnusais possam ser complexase afastar-se de um modelo de deter- Iinegio linear ene dois ov mais fendmenes, lidamos com um ovo de expicago, ete cutos. Ou enlendemos a palavra eeaust> ho sentido amplo, como 0 principio de produgio do fenémeno que exige a explicago, A causa € entlo concebida como <0 que, de ‘oma maneia ot de our, perience 2 constiuigio do fensmeno», ‘ou, por outas palavras, faz parte do processo por meio do qual 0 fenomeno é produzido (Ladrire, op. cit). Neste caso, € possive falar de causaidade sstmica, funcional, estutural, actancial,her- menéutica,dialéetcs, et. Sendo assim, a idein de causa 6 muito bert e pode afestar-e muito de um esquema deterministe liner. ‘Nada decidiremos aqui sobre estas distingbes epistemol6gicss| (quer dizer, que incidem nas condigbes de produgio ¢ de validade dos conhesimentos cientfees), Desejamos apenas mostrar que, ‘sj qual foro ponto de vista, mais vale, para evitar os mal-ente ‘ios e 05 falsos debates, dizer com simplicidade e clareza aquilo de que se fala explicitar © sentido das palavasutilizadas. ~ Afinal, no entender de Berthelot, através deses diferentes es- quemas de intliiblidade esbogam-se tés_aberdagens comple- smentares do soos. primeira acentua »exirutra de que 0 fend: ‘meno eonstfal umn elemento em intraogio com outros. segunda ¥€ 0 fen6meno como uma realidade em devir, produzida pela sega0 dos seres humanos ¢ peas contradigGes internas nos siste= mas por eles eonstmidos. Tercera encara o fen6meno como & 99 ‘expresso de um sentido a descobrir, auele que os individuos e os jrupos atibuem As suas expericias (a0 qual a sociologia com- Dreensiva de Max Weber se esforga por acer) ou aguele que una Investigagdo pode revela ‘As diferentes perspectives teGricas conservadas nas investiga ‘es concretas no se enquadsam, de maneira univocs, numa ow ‘noua destas abondagens, mas conjupam geralmente diferentes tra- 50s delas, Com efeito, a socal, ao mesmo tempo, estuturagdo, ‘gio tansformadora sentido, de modo que a compreensto de um endmeno pode exigir que essas tus dimenses sejam tomadas em ‘onsideraeo conjontamente, ‘Uma boa investigaeo s6 pode ser realizada se atrbuirmos uma prioridade ao objecto'e se encararmos oF recursos t6ricos come !quilo que S40: meros instruments, ainda que indispensaveis, para ‘omarem inteigivel a realidade, mas insrumentos em primeiro Iga. © trabalho tedrica no € desvalorizado, pelo contricio. Con- sist essecialmente em fomecer os pontos de referénciae as linha de forga do trabalho de elucidagio e esta em permanente recom- osigao no deeurso deste processo.E por isa que € possivel ama ‘que € bom investigator quem, passuindo um soda cultura teéics, sabe aesquecer a taxi» no eeurso do seu trabalho para explorar ‘os seus recursos no momento precio em que eles se impem por si 22. 0 SEGUNDO MOMENTO: ATRIBUIR.SE UMA PROBLEMATICA Dep ty mee oe Sinnamon cums aehisems ea feteees merino Soren ar niepes eee Feclalaseoon nema ene nee eae fescue eo eets co esuchseeren oe (one Semmes cea ee ae pun ae ote ee do pote care oo paisetsipepeee co cuasciten toe causes 100 Anis € hse sacnimente stato, por exempo, osc ho, insuceso escolar, ofancionament de ma empresa, eobe- nas sci, prices 08 comportmenton, modicages de orm faltrl 9¢ naman, como se epesentam numa oem vias foviedadesdeerinaas (grate ado iveatndr), nism mo- Imonio determina (geamente 0 presente) ov no decurso de um Period detrmino. A probematzagi consis ento em for Ilr o se peojecto de vestige, arnlan ds dmenstes {hese constuenr mutuament pele: uma perspctiva tera em jecto de_ jigagio coneteto, ou ainda, indissociavelmente, um Gar) objaap tee char onceber ns probemcs€ fssimens explicit 0 aia conceal dasa mest, quer der, descreer 0 gar teen em que se insreve metodloga pessoal do ivestgnda, precisa or conto fandamentas a elagbetGue eles em ens Siconstvit un seni conceal adepado ao objeto da vex tang, = Concreamenie, existe duas mans do cealn-o, \).A primeira consise em conservar um quado teérico exstente, adopeado oo problema estado © cujos cones ¢ ideas prin. sips tnbam sido bem apreenides. Por explo € possivel star problemas enconraos em organiagdes ot" empests pati do undo tei propos por Croier © Friedberg em Tscreur ele systame (bar, Sei, 1979 eater a anaes fm tro de siguns coneetos-chave dessa abolagem, como cs onceites de teenage limitada, de poder, de extatyia © Je Zona de incerta. Oxo sxela: park ester as ponies {ke cealagio do vin de side noma dterinadn poplag, & porsivelcentar as annes em tomo do conto dered sci, « freniplo do que zea Laumann © uton nox Estados Unidos (The Socal Organization of Seva, Ching, Universi of Chi- go Press, 1994). Ou ainda, pars estat a condi de revotia ‘nos bairros populates, é possivel trabalhar nse Abordagem de actor soil desenvcvida por Dubie em La olive “eames.en sre (bts, Sl, 987), Ese primeira cen ons te em explorar o melhor possivel uma problemiticae instrumentos tecics qe jf deram proms, eventalent aependo-os om cor Fiindo-& para os forar mas apropringon ao oBecto de eo, 101 No‘ des or, un pica d nossa abordge nid sabe aoe ee sri le eee aoe se consuio de prince a manetndel chee 9) A segunda maneira de construir a sua problemética consiste em: tomar como pono de eesti vin sbonagons ccs die rents xs pesbad sb ever ser explore or iveriga: {es exprietn E eine qc no so tam de nan ed tases sboagere icine na sn Oiade wm voto, Os een Ge gerrieran tel seca is oe Peta en eipearas activa re 2 Expciaes u prblenisn 6 umber a oct Ge eformalar {osc de ia Essa reformulagio cumpre duas fung8es que constituem 0 ieeg ates ae eigeae Um ero corn ¢iceracient do inestigaeresprncpian tes comsisteem prendre faer demasiado, eae 0 mix fe centon samen mide lapse objeto des \) lps. A expla da robles psi omar ome |) > ataebaes iia lil efor 9 prgnt de pa i Ess limlgfo GE nino mesmo tempo ns cast ‘Soragsm eae me dapenino meodsige 2 mids ean tp Aoerinin ines eienres pene epee ‘ic emespcira mains tomes topo wien desea na problenica. Por exemple «pepuna formalnda por Alin Pace aalrceis ejfeu pseall eeaea eal esta ag eee eas een Por melo devas lifcagese aprofundameniossiesie a erp de pert maces vedoicrencts spp cota a ivestiaao, na qa eresumito objet do aban, Pr cxompo, em ved queronay, dena mans bast Gee ‘orn expla a nostic nse dos sucrsor mu Sete ‘itn rol « rosiemtag pert conducts qusion to rig rears his earns (para essa escola (conservar a sus reputajl®; Colocar obsticilos tea democrateaps.) ode qi forma ens nstcessn esa (ie relgdes de forse diario categories de sceresfotaor ; Hs Sr ( (Ge recursos « estatégias dteretes Do Maniac: 102 Oe care (Quando se explicita a problemitcs, nem sempre se dspe de tors os reourss tericos necessériose, provavelmente, sera pre- iso prooeder a algumas leituras suplementares com uma orients ‘¢lo bem precise. Assim, seh possvel apreender em profundidade fs ideias cents da aboragem protendida e definir © mais jodi~ closamente possivel as conceltos centrais ‘Como se verifia, a formulagso da pergunta de pata, as teitue ras e a entrevista exploraovias e, fnalmente, a explicitagio.da ‘ua problemitieninteragem Iaimamente. Estas elapes esto sem- prea refleti-e umas nas outras num processo que € mais circu ‘ou em espial do que esrtumente linear, O provessos6 fot decom, Posto em etapas dstnias por uma questio de clareza da exposigfo de progressvidade da formasdo, e io porque as etapas fossem fealmente aut6nomas. Os cireltos de retroacgHo que, no esquema Segtinte, retrocedem de uma etapa para a anterior representam esse processo circlar, Bape 1 —A peng de pri Btope 2— A exporsio| = wom fs ‘tape 3— A protntca [A imeracgito que se manifesta entre estas trésetapas encontra -se tamibém nas etapus seguintes. Assim, a montante, a problems 103 tica 36 chega realmente ao fim com a construgéo do modelo de anélise (quarta eiapa). A construpio distingue-se da problemati- 2agHo pelo seu caricter operacionl, porquanto a consiugio deve Servir de guia 2 observagio (guinta etapa). ‘A importincia da problemitica para a constrgio das etapas| seguintes 6 claramente estabelecia por Jean-Marie Berthelot (op. it, pp. 39 e segs.) quando organiza a fGrmula de Popper nos fermos do esquema seguinte e afrma que «qualquer discurso de conhecimento com pretenses cintficas deve poder ser recondy ido a este esque T> w= Ker T designa um sistema conceptual orgonizado» que conespende 2 nosh problems, z (©) € num conju de extends expicavos» a qu chame- mos hipstesese modci de anise na quar capes (6) consti sama clase de ennciadon empicors gun so sfesivamente es vericagen observadas © as tlagbes mpicas eu chive (op ly pA) fomeida pelos enunciados explicativos {p). Na nossa abordagem, esses. enuneiorenptizos soo poduto da aie de informa 5 (set po). Esta passagem mostra bem as implicagbes metodolégicas da cexigéncia cientiica operacioalizada pelesetapas seguintes. [RESUMO Da TERCEIRA EADS ‘owomanarcn ‘A probleme €saboragem ow a perspectva erica aus se decide ‘lotar para tala b problem colo pela perguna de partie ums maneia de Interop os fendmenos estuados, Consul 4 sun obec quer dae poner 4 pin acon vu abate meno 104 (Congbier um poblemaca pie fare em dot Inoneioe: + Nom rinelo momen o tao da robles pos Wek lokam © somparse at sas carats ara {ct tp do revltads Go ebanaeplra. Cam aja de pomton deren eguemas de mri, Ino de excl) frerds pls ules eens ou por obras A rfertca ets xls popes acs gue b= ‘enema abrlagensenairats ope Jescobrese ous + Nits cgundo nomen cole ¢expletaae a sn pote polemic com cooesinelo decane. sclner¢ npr um. {aie cbc ue cone ao pele «pobre 9 gual enh tim dominio siicint, Para expt a sua problemen Todeine se omeltorpossvel objeto de vesiagt, precisa {hve tng sob o ns dese aber etorlundo feiguna de pach de modo cue elas ome a peng cena th ivesifaie. Prnklanert expdese secede eee Cath, rrganiando- eine do obj de veto, fu forma tober um eer compa! oranzals ap Pd ao ge iva. Focmlaglo a pram de pari (ue se toma ao longo do taba tho 4 pergana cena ds nvesigag0), leurs, enzevisus explo: ténas problematizago consivem, eeevanene, as components ‘complemtntres de um procesio em espa onde se eects «rupture fe onde s¢ elsborait os fundamenies do. modelo de anise que ‘peracionalizar a perspesiva escolhica “TRABALIO DE APLICAGKO Nas |. fscoui & A EXRLCIEAGAO De UA Paomxnnen Este execcio consisle em spliear sua investiagab as opergies ‘elias 8 constugso de urna probleme. 1. Quay so ae diferentes sbordagens do problemi revelads plas ua leita pels enteisasexporatras? 2, De que mador de expliacto decarem ess iferentes aber ene? Socorise dis als Leeas ou de uma obrt que propo ‘ha uma tipolola dos esquemas de intigiilidade ou dos mo fos de explicate do social los Ah els a ices pret por sivels para ¢ seu taba? Compare-s, ‘Que problemstica considera mas dept a Seu projet © or ‘Qe Fado? Escoiba de peferecia im quaira teri exisente ‘que poss doin em muita difiealdade “Em ue conesto de iovesgaao fo explora esta problemt- ‘ica? Quais so os problemas eonceptais e metodologeos even- ‘walenteenconos om invesignees aloes de Xe nop ‘ara ple? ‘Compo explictuyiaa sua problema? Quas sto os seus conceie {os ideas chate? Como cefrmlara «pergmta central dé a “Imvestgago, bem com, se for caso dso, as subpergunas do iveniagtot ‘Sto neeessrs leurs eompletenares pats reaiar ese exer. ‘leio? Quus onde eaconirla? Depois de er orto comcitento desis texios complement es eenplleie a sa peblemstics, QUARTA ETAPA A CONSTRUGAO DO MODELO DE ANALISE AS ETAPAS DO PROCEDIMENTO Biapa 1—A pergnia de pa iapa 2— 4 expoagto As teiuras [>> senses] explora Biopa 3—A problematic Bupa $— A obseragio pa 7— As conaasses ‘oBsECTIVOS trabalho exploratécio tem como fungo alargar a perspective de ands travar eonhecimento com o pensamento de auiores cujas investigagdese flees podem inspiraras do investigador,revelar facetas do problema nas quais nfo tera cetamente pensado por si préprio e, por fim, optar por uma problemen aproprads. Porém, estas perspectvase estas ideis novas devem poder ser exploradas o melhor possivel para compreenere estudar de forma ‘precisa 08 fendmenos conereios que preecupam o investigador, sem ‘ que no servem para grande coisa, Enecesséro, potato, tad- tidas numa linguagem em formas que as habiitem a conduzit 0 trabalho sistematico de recotha © anlise de dados de observagio fu experimentagio que deve seguirse. £ este o objecto desta fase te eonstragto do modelo do andlise. Consttui a chameiraeatre 8 probleméticafixada pelo investigador, por um lado, e 0 seu traba- Tho de elucidagdo sobre um campo de aniliseforgosamente restito « preciso, por outro. “Tal como a anterior, esta quarta etapa ser agui desenvolvida «partir de dois exemplos: uma ver mais 0 Seto, de Durkheim Mile forma a mostra & continuidade entre as etapas de um pro- cess0 metodoldgico —, e um trabalho conceptual preparatério de {ima ivestigagdo sobre a marginalidade, A partic estes dois exem- plos poderemos mostrar e sistematizar melhor os prineipios de laboragio e as caracersticas fundamentals dos modelos de ané- liso, 109 1, DOIS EXEMPLOS DE CONSTRUGAO. DO MODELO DE ANALISE 11.0 suictp1o Come vinos acim, Dukhei vo sudo um fend sci gad, nomeadanente, 0 esto de cost da soielade Segundo ee, cada sciodadepredipte em male ou menor ay tir nonin sot gee Sn nd ee em a a o alr pare das vers, nvidul Formals all Gus oj st innigio tem de set deseo e confonada com ealidae Tso implica, primeiro, que as nogdes de suiioe de taxa do suid sejam defines de forma precisa, E'o que Durkheim fr nu inrodugto da sua ob: «Chama-e sic todo 0 eso de more que resule direc ov indnetamente deur set pete os ‘gai realizado pela propria vitina e que esa sabi que dover Produzir ese resltadas» ‘Aavés desta defniggo precisa, Durkheim pretende evtr a confesses que levariam a nero que no deve ser incuido por txemplo, os casos de peas que se matam acidenalnente — Omit agulo que deve se ineuido por exampl, casa de psttoas que procurim e acetam a sua modo sm & provocecm Iateralmente elas propas, camo o solado que se sacifica vor Tunariamente num campo de batalta ou o marr gue, ina ater, recusaabjurr a sua f, Ao redurit so miximo os Fiscos de cont So, eta dfinigd da nogio de suicidio permit a Durkheim, em Principio, compara validamente a ana de suicide vra e fies da Europa. Quan 8 taxa de sie, € igual 20 ndmeo da ‘casos qu comespondem a eta dfinido oars ao longo de um determinaio period, numa determinada socedde, por ca mi thio ou 100600 ian sas dus nogdesrepetniam mas do que simples defines do tipo que podem encontrar aos mares nos dono, Ie piranse numa ideia tic (a dimensio soil do sito), ad. Findo-a numa ingiagem presen © operaconal qu pant, no aso presente, rednir e compara os datos extatistico, Extenda ligatas Armesran ei central ests duas noes ao, am disso, cemplementaes unas, delintam clarumem 0 Obecto da ives. Ho tps. Ale da» i esa du ela a ia A snlise dos dads reolios erro desis line. Estas que Tides de adupto de uma iela teria, de complementaidae © te operacionaidade, que esas nogéespossuem justiam 0 facto dk ar cninguinmosatdamente das simples denies, atbuindo- Shes estatuto de coneton “A claboragdo dos coneloschama-se conepiaizago. Cons: tui uma das dimensbes principals da consuuyzo do modelo de andlse De facto sem ela imposielimagina bm wabalho que to se tore vago impreciso abi, “Gragas aos cnesios do sulidlo-e-de taxa de sic, Du ion sabe que categoria de fend rast Mes, em si meamos, exes concetos nfo The dizem nada sobre a mroncira de estidar estes fendmenos. Esta importante fungho 6 fosegurada pels hpSteses. Estas epresentam-se sob a foma de proponigoes de espest-te pergumtas posts pelo inves aor Connituem,dealgum modo, reposts provisas erelatvaments fom qve uierto 0 trabalho de revua anise dos dados © {ur tert, po sua vez, de se sida, corgi © aproundadas fir cles Para emendermos bem o.que sio.e para que sem, Eomecemos por volar ao nosso exemple ‘Nam prmelo momento Dude fevanas questo das casas do sictdocexprime as into, segundo a qual ee fenéeno ests ligado a0 Tuncionamento da propria socedade, Procurari, Prrtanio, as casas soils do suiiio. Ao fazer ito, define roblemitica da sia investigagto, ‘Num segundo momento poe a hiptese dew txa de suiiio de ‘sociedad ex ligada ao grade coesto dessa sociedad: {quan menos forte for a costo social mas clewada dever er a thxa de suite, Esta popoxgto consul una iptese, pou fresena sob forma de uma propsigo de resposta bpergonih Sire as cuss socals do sultdlo. Est hipétere inspira Selecg ca andlise dos dado estas o, eiprocament, estas ‘times pemitido apofindéa e mail Mas. antes de chegamos esse pom, veifcamos que esta hipbtess enabelece oma relagto enve dois concitos: 0 de tara tock de suicidia, que ji Ti defini, e 0 de eoesBo socal, que uu “e ‘© grau de coesio de uma sociedade pode, com efeito, ser estu- dado sob virios angulos avaliado em fangio de miltglos rité- sos. Num al nivel de generalizagto sinda nto s© ¥2 exactaments que tipos de dados podem ser consderados pare testar uma tal hiporese, Como eritério para avaliaeo grau de coesio de uma sociedade, Durkheim toma primeira religiéo, A funglo da religito relativas mente & coesio social parece-Ie, de facto, incontestavel 80 longo 4o séeulo x0x. Dirse-, portant, que a cbesio religioss eonsttut uma cdimenstow da coeséo social. Durkheim usaré igualments uma outa dimensto: a coeséo familias. Mas, para 0 que equi nos imteressa,limitar-nos-emos & coesio religios Esta pode ser media ce modo relatvamente ffeil com a ajuda Adaqulo aque chamamos «indicadores», Com efit, a importa Felativa da soldatiedade ou, pelo conto, da individualism dos fils manifesta-se coneetamente, segundo Durkheim, pela impor: tincia dada ao livre exame na religio considersda, pela impor. tncia numérica do clro, pelo faeto de mumerosas preserigbes re ligiosas trem ou nto um carécter legal, pea influéncia da religiso ‘na vida quotidian, ou ainda pela pética em eomum de numerosos tos Grasas a estes indicadores, que sio tragos facilmente obser: viveis, Durkheim toma operacional 0 conceto de coesi socal A sui hipétese poders, emt seguida, ser controntada com dados de observagto. ‘As elagdes entre os elementos que tém vind a ser tratados sio representadas esquematicamente na pagina seguinte. Neste primero exemplo observamat que 1, Esta hipétese estabelece uma relagdo entre dois concei ‘os, cada um dos quais coresponde a um fendmeno con. reo: por um lado, o conceito de taxa de sucidio, que ‘corresponde ao facto de os sucidiosexistrem e serem mais ‘ou menos mumerosos proporcionalmente ao conjunco da Sociedade considerads; por outro lado, 0 conceito de coesio Social, que corresponde a0 fecto de ot membros de uma Sociedade serem mais ov menos soliditios ou indivi- Avalista; 112 nounnnZoe uEnouronoZ— Coestosoelal__inieve “Taxa de sitio cam ft scl Coesioligosa Coes friar Soe Be eg eee ae Tao do ae moe do clero oie. Prides om coum de mimerosoe os Inne dt eligi ma vida ‘votians 113 2. Uma vez associados os respective indcadare, 8 dois on eitos que consivem a hiptese sto spresetados de tl forma «que peebemos faciimente 0 tipo de informagoes que ser Precisorecolher prs a testa. Com efito, a taxa de suicidio & ‘0 seu pepsi idicador, so paso que a coesto social poder set ‘medida gragas 20s cinco idicadoves deinidos, 3. Gracas aos indicadores e 20 relacionamento dos dois con- ceitos através de uma hipstese,seré possivelobservar se as taxas de suiciio de diferentes socledadesvatiam, de fact, com o seu grau de eoesto social. Por estaem assim relacio- hadas © operacioalizadas, poderemos designar a taxa de sticiio e a eoesfo socal como variveis, A coco soc us vapor spomos, por hips, qe exp a vgs da an de Slt camer sec se explinasenguo ata de lel, ue vag por Kptese dependem tas ‘vaaes da cows soil, chemer ‘vail depenenen Ea ela 6xiolzadh pr wma seta pan ane Nos caption sequins da sua ob, Dui formula uma a hipsese ale do silo igo una ect sorta Sst, {ue chan tafe ego, comer at, imecsmens wa corso social mut te pode igutinensverecr os me oct gurho, andor frum sme apts dose devo sans saci pol rs do sau epmes Sun pita ou sind ao ext cras sold, 0 tls sa ‘amon re os mata pas no sotrecaaem Go ses Ascenders om um peso nl pr eqns pea ena, tem asim a sn i som die” Duce lr edo kilo aut Conifer, ales, um eri form, 0 sii anc, ue eur de un enfagssinerto da Cocalo uc tconpanhafeictenene ts gander sol, coodmias ov plies, ‘Guano at eras moss diam de funcioar como india vats par ettrarcnit dos nue 8st aon (0, wisn a tein, ware indepedenes, (oR. C) 14 {ornams iimitados e nfo podem ser satsfeitos com os recursos ‘de que dispoom. Este desequilrioenive as ambigaes desenfreadas 08 meios para as satsfazer provoca inevitavelmente graves con fltosinteros que podem levar a0 suiciio. ‘Assim, o sistema de hip6teses de Durkheim pode, finalmente, ser representado de seguinte forma: Hip. ce reso ‘oe <3 Hip.2: Coesio Sacto alana ‘soci ito fone top. sane “OO Exe conjunto esruturado e coerente, composto por conceitos © hipoteses articulados entre si, constitu’ aquilo a que se ehama o modelo de anlise de uma imvestigas3o, Constut-o equiva, por- tant, a elaborar um sistoma coerente de conceitos e de hipdteses ‘operacionas. Suieiio 12, MARGINALIDADE E DELINQUENCIA ‘Um de nds teve de apresentar um modelo de andlise socol6gica da delinguéncia como contibuigdo introduc a wma investigagio pluridiseplinar sobre este tema. Esta investigagio foi realizada por tia equipa composta por animadores em meio popular © por investigadoresuniversiiros. Os resultados da primeira fase, esen- calmente exploratéria, foram publicados em Animation en miliew populaire? Vers une aporocke pluridscipinalre de la marginale (GBroxelas, Fédération des Maisons de levnes en Milieu Populaire, 1981), A eontsibuiglo de Loe Van Campenhoud, «La délinguance comme processus d'adaptation & une déeomposition des rapport us sociaux: repéres sociologiques»!, constitu a base do exemplo que aqui propomos. No entanto, 0 texto original fi refeito para desta- car 2 operagio de construgio, modelo de anise propostoinspira-se na perspectva geal da sociologia da ace, tal como foi concebida pot Alin Towraine em Production de la sociéié (Pats, Seuil, 1973), Assenta em dois coneeitos complementares: 0 de relaglo social 0 de actor social A delinguéncia 6 considerada, por um lado, o efeito de uma exclusto social e, por outro, um processo de resposta a essa anclusio. Uma vez excludo, o delinguene cultivar a sua exclusfo © a sua delinguéacia, porque 6 por melo desta que procura reconstituir-se como actor social ‘Auravés deste processo, 0 delinguente teta reconstitur com ‘outros um universo social no qual sejaadmitida, reconhecido, acei- te, e dentro do qual possa fer uma imagem gratificante de si mesmo, ‘Porque desempenha um papel. No universo do bando, os actos de esvio que assume © 0 papel que desempenba conferem-tbe de acto uma identidede,recanstituem-no enguanta actor social activo, valorizado, podendo exprimir-see fazer-se ow [Nesta probleméticando se trata de expicar a delinguéneia pelas caracteristicas pessonis (psicol6gicas, familiares, s6cio-econs: ricas..) do individuo nem pelo funcionamento da sciedade glo bal (que prouziria os delinquentes como outras tantas vitimas passivas de um sistema aque seria, afinal,exteriores), mas sim de tenlar compreender melhor este fenémeno através da forma como so estruturadas (ou desestruturadas) as relagdes sola, em que os jovens delinquentes slo pure interessada © através das quais se sia problemstica sugere num primeiro momento duas hips- 1. Os jovens delinguentes slo actores socisis cujas relagdes sociis esto fortemente decomposts. A violneia e a rei (0 das normas da sosiedade So a sua resposta A exelusio Social de que sto object; =A delutncis como proceso de apap a una decompo da eles tein enema (as). U6 2. A delinquéncia enceera um processo de adaptagko a esta decomposigfo; consul uma tentaiva «fora das normas>, ‘ou desviane, de se reestuturar como actor social Estas hipéteses pdem essencialmente em relagio dois grupos ‘rincpsis de conceitos: por um ldo, os de relagao social ede actor foci; por outro, o de delinguéncia enquanto «condigto» (de ‘exclufdo) e enquanto processo de reestuturagso. Vejamos como foi constuido © conceto de actor social © o modelo que dele decors ‘© sctor social define-se pela natureza da relago social em {que esth ewvolvido, Este actor pode ser individual ou onlectivo, Por exemplo, numa empresa, 2 dirccsi0 e o pessoal constituem, ‘cada qual, um actor socal gue vive a expergncia de uma re ‘lo social com 0 outro. O mesmo se passa com o professor & $eus alunos, au com as sutordades pablicas e os sous adminis trados. ‘Seja qual foro caso, uma reap socal apresenta-se como ums cooperagio conflitual ene actores que conpersm numa produgio (enfendida no seu sentido mals lato, por exemplo, de bens ou Servigas, de uma formagio geral ou profssional, da orgunizagio ‘a vida colectiv..., mas que entram inevtavelmente em conlito tevido as suas posigdes desiguais na cooperssio, ou, © que equi- vale ao mesmo, devido a sua influéncia desigual sobre aquilo que {sua cooperasio pie em jogo (a definigio dos objectives ou a retibuigdo dos desempenhos, por exemple) ‘Cada individuo 6, com efeito, pat interesseda mum conjunto de relagdes socials devido &s suas coordenadas sociis. Segundo 0 local onde se encontra, 0 mesmo indivi tanto pode ser director de empresa como pai, simples memo de uma associaglo ou presidente de uma outta, Pode ser simultaneamente executane ‘oficial na reserva e presidente da cimara do seu concelho. Em feada uma das suas relagbes sociais pode ver um actor forte 00 ‘ebilmente extuturado, consoante coopera ou no na produgio © ou mio eapaz de inflectr as suas orienag0es, as suas modal des e os seus resultados, conoante, por outs palavras, € ou no capaz de encontat um ligar na cooptragio e de se defender mums relagdo de conilt, 17 Por conseguinte,podemos distinguir quatro tips abstactos de ‘actor social, definidos pels forma de praticar uma relagdo socal, epresentados pelos quatro eixos do esquema seguinte: Coopers Conta Associado conetinio Niocoopeapio gabe As siages res amentconespodem tos defides «ee sine pes po hs imei Como, por exemploainawacjada £ quem elas no constivem propriate categoria, nas poo de ceteia fags aos qual pmo capiar¢ compara sunges ime. Sia, nals mata. 1A consupt dex ema concepul nfo defi os cones ts de release de corsa como ant cont pars lccar as hits. A primera Sagar una Tigo ee ox comportamenias caracterstcos da delinguénca ¢ una face extra das rls soci dos inividos em quests #t- funda supte que a esrutiraio de reap oil se frp melo as sis de oni earsctiicos da detingutcla, Neste segundo exemplo obstrvameos gue 1. Mais uma ver, o mola de anflise& compost por cone tose hipteses que exo esteismen artcuaon ents pie cot oman gn de ne ern € unifcad, Sem est eforgo de coeénca, a imvestigayto Sisprsurse nom via deegbs co investiga dees se veri incape de estar eu tabular 2, Tal como a pesquisa de Durhei, ete epundo modelo de andl int mut pocosconeios de base ¢ hess Para além disso, enconramos quase sempre uma hip6ese ental que etutura 0 conjunto da investipngo, do mesmo tmode que, n inicio, o aba se epoiou numa dna per funta gonial, ainda que esta tena sido refomulada véras ene. E claro que srt quaze sempre necessrio defini cla- Tamente outros concellos auxilices, ov formularalgumas hipoteses complementares, Mas € preciso eviat que ate (fuss sultens do peamentoConprorta uriade de conjuno do tabalho. Estas qulidades devern comple- tmentarse, tendo ei vista 0 esforgo de estutragio € de Fieranqizago dos conceites e das hipéteses Por outro lado, & preciso nfo confundir os conceitos const ‘yos de um modelo de andlise com aqueles que nos limitamos Uilizar no corpo do trabalho que fazem parte do vocabulitio Corrente das cigncias sous, Seo sentido que Ines damos se afasta {o sentida mais geralmente admitdo, ser sempre possivel defini Jos no momento em que os utlizamos pela primeira vez. 2. PORQUE AS HIPOTESES? ‘A rznizago deus ivesiggo cm trode hips de tal cst melo fom de acon om ere ig Sem por iso scar oct de descote de cuss qu cars (Saale es nln ig deve none Al som aba 89 poe se cnserdo un vera esas nfo $e sora om tro de ua ode vrs pees. Porql? em peo la, porgue aire tor, po deg, ese espctlde dessa ge cxrsteraa qualquer tbl ceo ‘tecrada uals rie nm onesie preprtt0 do fotmeno esuado (tse expla) eposnia como qe ta pesupmito que Mio ¢ gait, soe omporaeni dos Ohiecos reas eudnlos 0 imestigaor gue a formula diz, de facto senso sue eta eng qu € neces procure ie cot pita srs at funda> ‘Mas ao mes tempo, hips fornecs investiga um fo onuorprtculamente eae qu, apr do momen em qe 19 cla € formulae, substi essa Fungo « questo da pesquise, ism que esta deve permanecer presente nanos men © Se uimero do taba consi, de fat, em testa as hits, onftontando-as com dados da obsragi. A hipéese fomece © crttio pra slecinar, de ene + ifn de dadon que un Imestgador pode. em principio, ecolher soc um determina assumo, os dads dios serine». Ete ction sua lide para testa @ hips. Asim, Durem nio se embaraa com ‘natsas itermindeis sobre o mich. Comer coma ue the paecem inipensoes pra test © mata a uns hpéeses, oe, no eas, jn € pou, ‘preserand-s como eo deseo do dads, ships so, por so mesmo, confoniass com ests dado. O melo de ane que einem poe asim ser sad. Aind ue Sapte 0 Comporanent des objets es, dev, por eu ume coo com ese compvtaneno Se 6 erade gue as hipecxes cntibuem ars uma melinecomprensso dos fndmenos chan, dever, or sua vez, conratcom 0 qve des pate aprender pela Sera ov pla exptimerin O tao cmp nos Ha ‘prt, a cons ma sn do real apr de wn ode do andl; femece so mesmo tempo o mio deo coi, eo maize de decid or fim, se cemém epofindlo no tte Suse, pe contr, vale mais enn Sob as formas proesss mas vidos, a investing apre- sentam-se sempre como movimentos de vaivem ene ums re Jedrica e um tabalho empiric. As hipotses, conten a chaeiras deste mavimentr dso « ample aseguran coertncia ene as partes do tabalho 3. COMO PROCEDER CONCRETAMENTE? Resta saber como proceder para elaborar coneretamente um ‘modelo de anélise. Existem, evidentemente, numerosas vis dife- rentes. Cada investigagdo & uma experiéncia inca, que utiliza ‘aminhos propros,eujaescolha est ligada a numerosos ertcis, como seam a interrogagdo de parti, a formagdo do investigador, 0 meios de que dispée ou 0 contexto institucional em que se 120 Insereve o seu trabalho. Julgamos, porém, uma vez. mais, que & vel fazer sugestes simultaneamenteabertas e precisas a quem Iie esta importante e dificil etapa da ivestgagao, ‘Aates de mais, & preciso lembrat que uma hipstese se apresenta ‘como una resposa proviéra a uma pergunta. Portanto, antes de ‘eabelecer o modelo de ailise, 6 sempre Stil pecisar de novo, uma thima vez, a pergunta central da investigagio, Este exercico constitu lima garantia de estuturagio cosrente das hipiteses. Em seguide,e situando-nos ainda « montante do modelo de andlise propriamente dito, a qualidade do trabalho explomtério tem lima enorme importincia, Se os diferentes textos estdados foram thjecto de leituras aprofundadas e de sinteses cuidadas, se ests foram contvontadas com atengo umas com as outas, seas entre vistas as observagSes exploratvias foram devidemente explora- tas, entao o investigador disp normulmente de abundantesnotss de trabalho que 0 ajudario consideravelmente na elaboragio do modelo de andlse. A medida que for avangando no trabalho de texplorasio, irda sobresaindo progressivamente concetos-chave © hipoteses importantes, bem como at rlagbes que seria interessante ‘stubelecer enize eles. O modelo de anise preparase, na realia- 4e, 20 longo de toda a fase exploratiria, aa construe o modelo, o investigndor pode, enfim, proceder ‘de dss formas diferentes, embora nfo exista uma separagdo rigid nite elas: ou pe principalments a wnica nas hip6teses © se preo tp com os conceit de forma secundéra, ou faz 0 inverso. Por tazdes pedagégieas, comesaremos pela construgdo dos conceites. ‘ratte agore, no fundo, de sistematizar aquilo que até aqui s6 bordémos de forma essencislmenteinwitiva © com a ajuda dos this exemplos precedente para ensinarefetivamente a constuir ‘um modelo de andlise 4. A CONSTRUGAO DOS CONCEITOS ‘A conceptalizagao & mais do que uma simples definigho ou ‘convengao terminolégica.E uma construgio abstrata que visa da ‘conta do real, Para isso no retém todos os aspectos da realidade fem questio, mas somente o que exprime o essencial ess reali- 121 dade, do ponto de vista do invstigador. Tats, portant, dé uma consirugdo-sleogio. ‘Como vimos, constvir um coneeito conssteprimeizo em deter. ‘minarasdimensdes que o consttvem, através das quis dé conta do real, Assim, para retomae uma andlogia bastante conhecida, 08 coneeitos «triingulo» e arectingulo» designam realidades © dues dimensbes, do tipo superficie, enquanto o conceita weubo> remete ‘ara uma realidade ats dimens6es, do ipo volume. ‘Cons um conceito em seguids,preisrosindicadores gages 0s quas as dimensdes poerdo ser medidas. Muitas vere, em ci- is socials, 05 concetas © suas dimensSes nfo sio expressos em ‘eos dreciamente observiveis. Ora, no tubal de investing, a constugio nfo € pura especulago. O seu objective & canduzitns 80 real. confrontarnos com ee. este 0 papel dos inicadores, (s indicadores so manifestagbes objectivamente obseviveis € mensuriveis das dimensbes do conceto. Assim, os eabelos brancos € pouco frequentes, o mau estxdo da dentadura © @ pele rugose sI0 indicadores de vethice, Mas, nos pss que tum eget civil a data de nascimento € um indieador mais pertinent, dado que permite uma ‘medida mais precisa do estado de velhice, que ser obido pela dife- renga entre a data da investigagoe a do nascimento. 'No entanto,existem conceitos para os quais os indicadores sto ‘menos evidents. A nogio de indicador trna-se eno muito mais impress, Este poe ser apenas uma marea, um sina, uma expres ‘Yo, uma opiniao ou qualquer fenémeno que nos informe acerea do objecto da nossa consirugzo. Existem conoetos simples (velhice) que ém apenas uma dimensio (cronolégica)e um inticador (ide). Outros so muito eomplercs, obrigando mesmo a decompor algunas dimensBes em components tes de chegar aos indicadoes.O nimero de dimensées, componen tes indicadores varia, assim, confeeme os conceitos. No seu temo, 4 decomporigio do conecto poder spresenar, por exemple, uma forma semeltante & que se vé na pigina seguint. (Em vez do termo «indicador», alguns autores utlizam o temo satributow; outros fala ainda de ccaractristica», Estes diferentes termos sto equivalentes) Existem dias maneicas de constrair um conceit. Cada uma ‘elas conesponde a um nivel diferente de conceptuaizagto, Una 2 cutra & 6 indusiva e produz «conceitos operticos isolados Hledutive e ctia «conceitos sisteméticos» (P, Bourdieu, J.-C. {Chumboredon e J.-C. Passeron, op. eit) Dimensio 1 aleagor 111 © ome 21 : ite DL pimensso 2 C- componete 2 — tndadr 221 i indcador 231 t compre 3 piritval genes, que dla aos que a elas acodem 0 sentimento 123

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