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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: +B. Reinitzer, Monatsh, Chem., 9, 421 (1888). ?G. Friedel, Ann, Physique, 18, 273 (192), °C. Robinson, Trans. Faraday Soe., $2, 571 (1956), +P. Dieht e A.S, Tracey, Febs Lett, $9, 131 (1975). * K Radley € A. Saupe, Molec. Phys., 35, 1405 (1978). M. Acimis © L. W. Reeves, Can, J. Chem., $8, 1533 (1980) AGRADECIMENTOS 7B, Fujiwara, L. W. Reeves, M. Suzuki e J A. Vannin, in “Solution Chemistry of Surfactants” vol. 1, pig. 63, K. L. Mittal, Ed,, Plenum Press, N.Y., 1979. "MR. Alcantara, M. V,M. C. Melo, V. R. Paoli e J. A. Vanin, Mol. Cryst. Lig. Cryst., no pret, *'M. V. M,C. Melo, Dissertagio de Mestrado — Inst. Qui- mica ~ USP — 1982, Os autores agradecem &s seguintes entidades pelo apoio financeiro: CAPES, FAPESP ¢ FINEP. ARTIGO CROMATOGRAFIA EM FASE GASOSA 1. TEORIA ELEMENTAR Femando M. Langas* ¢ Harold M. MeNair Department of Chemistry, Virginia Polytechnic Institute ‘and State University, Blacksburg (VA) USA. ‘¢Recebido em 18/08/82) 1. INTRODUGAO Dentre 0s modemos métodos de andlise, a cromatografia ccupa, sem dtivida, um lugar de merecido destaque no que concerne & separacdo, identificagfo e quantificagfo de espé- Jes quimicas'* romatografia & um método fisico de separago, no qual {5 compontentes a serem separados sfo distribuidos entre dduas fases: uma fase fixa de grande rea superficial denomi- nada fase estacionéria, a outra um fluido que percola atra- v¥és dela sendo, por isto, denominada fase movel. Os critérios utilizados para a classificago dos diferentes métodos cromatogréficos variam de acordo com o enfoque de cada autor, sendo os mais comuns: quanto a0 mecanismo a separagdo, quanto a técnica empregada, e em relagf0 20 tipo de fase mével utilizada, Neste Gltimo caso, os métodos cromatograficos podem ser classificados em dois grandes ‘grupos: cromatografiaIiquida, quando a fase mével for um liquido © cromatografia gasosa quando a mesma for um ais, Portanto, a cromatografie gasosa ¢ um procedimento fisico utilizado para separar uma amostra em seus compo- nentes individuais, A base para esta separagdo é a distribui- so da amostra entre duas fases — uma fase estacionéria ¢ tum fase gasosa méve. fase movel € denominada de gis de arraste ou gis por- jor, uma vez. que se trata de um gis inerte cuja finaida- de 6 transportar as moléculas a serem separadas através da coluna De acordo com a natureza da fase estacionéri, é possivel + inderego permanente: Universidade de $f0 Paulo, IEQSC-Depto. de Quimica € + Para maiores detalhes sobre esta classfcagd, ver referencia & 6 ‘QUIMICA NOVA/JANEIRO 1982 dividirse, para efeitos didéticos, a cromatografia em: ero: ‘matografia Iiquidogés (C.L.G.) e cromatografia sélido-gés (CSG. No caso da eromatografias6lido-g4s, a fase estaciondria € tum sélido de grande rea superficial —-usualmente um ad- sorvente como carvao vegetal, sficagel, ou peneira molecu- lar (zeolitas sintéticas). A adsorgfo diferencial dos compo- nentes da mistura a ser separada sobre a superficie solida & a base para a separagSo cromatogréfica na CSG., a qual é, sgeralmente, empregida na separaggo de gases como nitro- snlo, oxigénio, mondxido de carbono e outros. Na cromatografia liquido-gés (C.L.G.) a fase estaciond ria é uma pelfoula delgada I{quida, a qual recobre um s6li- do inerte denominado suport. A base para aseparagto cro- matografica, neste caso, € a distribuigg0 da amostra dentro ¢ fora desta pelicula, ou seja, a partigfo da amostra entre a fase movele a fase Iiquida estacionéria ‘A Figura 1 ilustra 0 esquema de uma coluna cromatogeé- fica. A fase estaciondria encontrase acondicionada dentro da coluna, através da qual o pis de arraste fui continuamen- te, As moléculas da amostra irfo distribuir-e ou equilibrar- se entre 0 gis de arraste © a fase liquid. As espécies mais soldveis na fase liquide permanecergo menos tempo no gés de arraste em movimento e, como conseqincia,irfo deslo- car-se mais entamente através da coluna. Caso se encontre tuma fase Ifquida que apresente solublidade seletiva para dois dados compostos, entio cles poderso ser separados por cromatografia Iiquido-gés, uma vez que softers0 parti- Gf, devido& diferenga de solubitidade na fase liquida sea Molecular, 13560 ~ $40 Catlos (SP) ~ Brasil FASE MOVEL, FASE ESTACIONARIA SUPORTE SOLIDO Figura 1 RepresentacZo exquematica do fenmeno de partjfo em uma colunacromatogréica, A Figura 2 ilustra a separagzo de dois componentes por C.L.G. Figura 2_Separagdo de dois componentes A ¢ B por Cromatografiaem Fase Gasos Devido a grande diversidade de fases liquidas disponiveis, a cromatogafia Iiquido-gés torna.se a mais versétil eseletiva forma de cromatografia em fase gasosa, Isto permite que se- jam analisadas amostras sida, liquidas ou gasosas™ desde ue sejam voldteis ou possam ser volatilizadas, sem softerem decomposigdo no cromatdgrafo, 0 grande potencial apresentado por esta téenica (mais de 30 mil publicag6es anuais)aliado a certas controvérsias exis- tentes quanto a terminologia e simbologia, em portugués, ‘motivaram a presente série sobre 0 assunto, rm 'EORIA BASICA A Figura 3 mostra um cromatograma, o qual pode ser utilizado para ilustrar os resultados obtidos em uma andlise tipica empregando-se a cromatografia em fase gasosa, Pigura 3. Cromatograma Tipico obtido pela sepuragfo dos compo- rents Ae B por Cromatografia em Fase Gasosa, ‘Um cromatograma € 0 registro grafico da andlise. Trata- se de um pedaco de papel de um registrador gréfico, onde se Indicam os componentes e 0 grau de concentra¢o em que se encontravam presentes em determinado tempo, Quando apenas o gs de arraste sai da coluna, aparecerd desenhada uma linha reta, denominada de linha de base. Quando se eluem componentes da amostra, aparecerio os perfis de suas concentragoes, 0 que permite obterse dois importantes parametros de informagSo: 0 tempo de retencdo ¢ adrea do leo. AA fea do pico (parte sombreada da Figura 4) permite

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