Você está na página 1de 36
Nogoes Basicas I. QUIMICA FARMACEUTICA A. Conceito A Quimica Farmacéutica, também chamada Quimica Terapéutica, Quimica Medicinal e Far- macoquimica e antigamente conhecida como Farmacia Quimica, tem sido conceituada de va- rios modos, por autores diversos. “Entende-se por Quimica Farmacéutica, Quimica Medicinal ou Farmacoquimica o estudo da sintese, estrutura, relacéo entre estrutura e atividade terapéutica, agao provavel, proprieda- des e usos dos medicamentos.”” (Arnaiz, Torriani e Lamdan.) “Quimica Farmacéutica Medicinal ou Tera- péutica, ou seja. a Farmacoterapia, compreende 0 estudo dos firmacos, de uso corrente, sob 0 ponto de vista de sua utilizagio terapéutica ou higiénica, com indicagao de sua estrutura quimica correla: cionada & sua aco biolégica, seus efeitos colate- ais, reagdes adversas. posologia, formas farma- céuticas adequadas as principais especialidades patenteadas.”* (Tobias Neto.) “A Quimica Farmacéutica preocupa-se com a descoberta, o desenvolvimento, a identificagao ea interpretae’io do modo de aco dos compostos biologicamente ativos ao nivel molecular. Nesta disciplina, dé-se énfase aos firmacos. mas o inte- resse do quimico farmacéutico nao se restringe 0s fiirmacos; abarca também os compostos bio- ativos. A Quimica Farmacéutica preocupa-se tam- bém com o estudo, a identificacao e a sintese dos produtos metabélicos de farmacos e produtos re~ lacionados.” (Unidio Internacional de Quimica Pura e Aplicada.) “A Quimica Farmacéutica é ciéneiacujas rai- zes se encontram em todos os ramos da quimicae da biologia. Preocupa-se essencialmente com a compreensio e explicactio dos mecanismos de ago dos férmacos. Nesta base, tenta estabelecer Ww as relagdes entre estrutura quimica e atividade bioldgica e correlacionar 0 comportamento biodi- namico com a reatividade quimica e as proprieda- des fisicas dos agentes terapéuticos. A Quimica Farmacéutica também compreende o isolamento, a caracterizacao ea sintese de compostos que podem ser usados em medicina para.a prevencio, o tratamento ea cura da doenca. A Quimica Far- macéutica proporciona assim a base quimica para campo interdisciplinar da terapéutica.”’ (Burger.) Dos conceitos expostos acima depreende-se que, em suma, a Quimica Farmacéutica € 0 campo das ciéncias farmacéuticas que aplica os principios da Quimica e da Biologia & criagio do conhecimento que conduz a introdugao de novos agentes terapéuticos. Dessarte, 0 quimico farma- céutico deve nao apenas ser um quimico orginico competente, mas também possuir conhecimento basico nas ciéncias biolégicas, especialmente em Bioquimica e Farmacologia. ‘A relacio da Quimica Farmacéutica com ou- tras disciplinas esta indicada no diagrama abaixo: Quimica e Farmacotécnica ¢ as Bees \ ee tha a Pamcaia em Molen iN 4 y B, Evolugao hist6rica O comeco do tratamento de doengas por meio de drogas perde-se na antiguidade, tendo precedido a historia escrita. As primeiras drogas foram as de origem natural, extraidas principal- mente de plantas superiores, ¢ destinavam-se & terapia de doencas infecciosas. Os antigos chine- ses, hindus, maias e povos do Mediterraneo, sé- culos antes de nossa era, ja conheciam o emprego terapéutico de certas plantas e de alguns oa matt 4 QUIMICA FARMACEUTICA Assim, o imperador chinés Shen Nung (cerca de 3.000 a.C.), em seus escritos sobre ervas medici- nais, recomendava o uso da planta Ch’ang shang para o tratamento da malaria; agora sabe-se que ela realmente contém alcaléides — como a febr fugina —dotados de ago antimaldrica. Os indios brasileiros empregavam araiz da ipeca para disen- teria e diarréia; de fato, ela contém emetina, que é eficaz para aqueles males. Os incas do Peru ui zavam a casca da quina para combater a febre e a malaria; desta mesma planta Pelletier e Caven- tou, em 1820, extrairam a quinina, alcaldide usado ainda hoje como agente antimalarico. Esses mes- mos indios também mascavam folhas de coca, como estimulante e euforizante; desta planta, Niemann, em 1859, extraiu 0 anestésico local co- caina. Hipécrates, no século IV a.C., recomen- dou o emprego de sais metlicos; seus ensinos, muitos deles erréneos, influenciaram a medicina ocidental durante cerca de dois mil anos. Galeno (131-200), outra figura muito reverenciada, opi- nava que ouso de misturas de pequenas quantida- des de produtos naturais podia curar todas as doengas; estas idéias, hoje sabidamente infunda- das, predominaram durante cerca de 1.500 anos e, assim, retardaram 0 progresso das ciéncias mé: cas. Durante a Idade Média, Theophrastus Bombastus von Hohenheim, conhecido na histé- ria como Paracelso (1493-1541), adotou 0 antimd- nio e seus derivados como panacéia, tornando-se © pai da iatroquimica (iatro, em grego, significa meédico). Também chamou atencio para o fato de que os remédios podem ser tanto titeis quanto prejudiciais. No século XVI publicam-se as primeiras farmacopéias. No século seguinte, o arsenal tera- péutico enriquecido com novas drogas de 0 ‘gem vegetal e mineral. Com 0 progresso da Qui- mica, 0s produtos isolados, de maior pureza, pas- saram a ser preferidos aos extratos brutos. Os digitalicos, o cloreto de merctirio, o éter. 0 dpioe outras drogas foram introduzidos no século XVIII. y Grande impulso recebeu a Quimica Farma- céutica com a descoberta, feita por Paul Ehriich (1854-1915), pai da Quimioterapia moderna, no fim do século passado, de que certos compostos quimicos apresentam toxicidade seletiva contra determinados agentes infectantes. Por outro lado, na mesma época, a teoria da chave e fechadura, de Emil Fischer, forneceu explicacao racional sobre modo de agio das drogas. As pesquisas de Ehr- lich e seus continuadores resultaram na desco- berta de muitos novos agentes quin entre 0s quais sobressaem os antibidticos, a partir de 1929, e as sulfas, em 1932. Na Tabela I. esto indicados. em seqiiéncia cronolégica, os principais acontecimentos rela- cionados com a Quimica Farmacéutica e ciéncias afins nos tiltimos cento © poucos anos. ‘Tabela 1.1 As principais contribuigdes cientificas recentes & quimica farmacéutica ‘Ano Contribuigao ciemtifica Pesquisador 1867 enol como anti-séptico em cirurgia Lister 1869 Hidrato de cloral como hipnético Liebreich 1870 Teoria quimica da agao enzimatica Liebig 1874-1875 Nitritos como vasodilatadores coronarianos Bernheim: Mayer e Friedrich 1876 ‘Acido salietlico como antipiretico Stricker 1886 Classificagao das bactérias com base nas propriedades tintoriais Gram 1884 Cocaina como anestésico local Koller 1885 Teoria da cadeia lateral da ago dos Farmacos Ehrlich 1887 Isolamento da efedrina Nagai 1889 Acido acetisalicilico como analgésico Dreser 1889 Fenolfialeina como catirtico Vamosy 1891 Introdugao do termo quimioterapia Ehrlich 1894 Pesquisas sobre especificidade de enzimas Emil Fischer 1897 ‘Transmissio da malitia pelo anofelino fémea Ross 1899-1901 Teoria da distribuicao Oleo/égua para explicar a acao dos anestésicos gerais Overton; Meyer 1903 HipStese da formagao complexo enzima-substrato Henri 1903 Coeficiente fendlico dos anti-sépticos Rideal © Walker 1903, Barbital como hipnotico Fischer e von Mehring 1904 “Arsanilato sédico como tripanomicida ‘Thomas e Breinl 1906 Sintese e ensaio farmacodinamico da acetileolina Hunt e Taveau 1906-1907 “AlcalGides do esporao do centeio como antiadrenérgicos Barger, Carr e Dale 1908 Colehicina como antileucémico Dixon e Malden 1908, Estudo sistematico das aminas simpatomiméticas Barger ¢ Dale FB Sintese da arsfenamina Enlich ¢ Bertheim NOGOES BASICAS ‘Tabela 1.1 (cont.) As principais contribuigées cientificas recentes @ quimica farmacéutica Ano Contribuigao ciemtifiea Pesquisador 1910 ‘Tratamento do conceito do complexo enzima-substrato segundo Michaelis e Menten as idéias de equilbrio quimico 1910 Histamina como vasodilatador Barger ¢ Dale 1910 Uso de antimoniais como tripanomicidas ‘Thomson € Cushny 911 Inventado 0 termo vitamina Bunk 1912 Fenobarbital como anticonvulsivante Fischer e von Mehring 1912 ‘Tartaro emético como leishmanicida Gaspar Vianna 1913 Emetina como amebicida James 1915 Histamina como agente anafilitico Mann 1916 Suramina como tripanomicida Roehl 1916 Heparina como coagulante MeLean ¢ Howell 1917 Hipoctoritos ¢ cloraminas como anti-sépticos Dakin. 1919 Organomercuriais como diuréticos Vogl, Saxt e Heilig 1919-1920 _Relagao da estrutura da atropina com a aco midridtica e espasmolitica Cushny Aceiilcolina como mediador quimico Loewi Puriflcagao da insulina Banting e Best Fisostigmina como anticolinesterisico Barger e Stedman Estudo da relagao estrutura-atividade nos barbitiricos Shonle: Dox 1935 Comprovagio da natureza protéica das enzimas Diversos Ensaios de antimalaricos em aves Rochl, Schuleman e Wingler Obtensao da urease em estado cristalino Sumner Anfetamina como vasopressora e estimulante do sistema nervoso central Alles 1927-1928 _Tsolamento do deido ascérbico Szent-Gyorgyi Zilva 1928 Isolamento de estrogénios Butenandt; Marian; Doisy 1929 Isolamento da penicilina Fleming 1929-1931 Conceito de isosterismo em quimica farmacéutica Grimm: Erlenmeyer 1931 Hexilresorcinol como anti-helmintico Lamson e Brown 1932 Carbarsona como amebicida Leake 1932 Ensaios modernos de hipnoanalgésicos Eddy 1932 Acetilcolinesterase no sangue Stedman eal 1932 Sulfamidocrisoidina como antibacteriano Domagk 1932 Mepacrina como antimalérico Mietzch ¢ Mauss 1933 Hipotese de que os grupos tidlicos livres so essenciais para a atividade de Hellerman er al.; Bersin ¢ algumas enzimas Logemann 1934 ‘Sintese da progesterona Butenandt 1935 Sais de amOnio quaternario como germicidas Domagk 1935 Horménios sexuais como antineoplasicos Loeb: Hudgins 1935 Sulfonamidas como antibacterianos ‘Trefousl, Nitti e Bovet 1937-1939 Anti-histaminicos Bovet e Staub 1938 ‘Emprego de eletroforese para purificar @ pepsina Tiselius 1938 Acidos graxos como fungistiticos Peck 1939 Vitamina K Dam. Karrer e Doisy 1940 Dicumarol como anticoagulante Link 1340 Teoria do antagonismo metabslico ‘Woods e Fildes 1940 Inibicao da anidrase carbonica pela sulfanilamida Mann e Keilin 1940 Produedo da penicilina Chain e Florey 1942 Hipnoanalgésicos sintéticos Ehrhart: Schauman 1943, ‘Acao anorexigena da dexanfetamina Laboratéries SKF 194s Isolamento da estreptomicina Waksman 1944 Nitrofuranos como antibacterianos Doda 'e Stillman 1946 Determinacao da estrutura do acido félico Laboratérios Lederle 1946 Metoirexato como antileucmico Farber et al 1946 Sintese da penicilina du Vigneaud. 1967 Lidocaina como anestésico local Lofgren 1988 Teorias sobre as influéncias espaciais na agdo muscarinica Pfeiffer: Ing 1958 Sintese industrial do cloranfenicol Parke, Davis & Co. 1949 Acido iopansico como radiopaco Lewis e Archer 1949 Descoberta da bradicinina Rocha e Silva er al 1949 Dimenidrinato como antiemético Carliner 1950 Verificagio da presenga de sitios anidnico e esterdsico na acetilcolinesteraseWilson e Bergmann 1950 Sulfonamidas imibidoras da anidrase carbénica como diuréticos Roblin e Clapp 1950 Inicio do estudo sobre metabolismo de farmacos Brogie: Axelrod: Burns: Williams 1951 Sintese total de estervives Woodward; Robinson; Sarrett; Johnson 1952 Clorpromazina como psicotrépico Charpentier: Halpern 19582 Reserpina como anti-hipertensiva e antipsicética Laboratérios Ciba 1952 Mercaptopurina como antileucémico Elion: Hitchings 1953 ‘Agao anticoncepcional de derivados da progesterona Pincus F QUIMICA FARMACEUTICA Tabela 1.1 (cont.) As principais contribuicées cientificas recentes quimica farmacéutica {Bro Coniribuigto cena Pesquisaor 188 Sntse dos princioshonios polis de Vigsand 13st Sibetnndd cone tpoghemane ieatre:fnbos T3sl19s5 Concesteredes metiaos,istundos © Muorados como antiatamatros Taboos Schering, PRE Bee Sau, Syme 1955 Metis somo antiptenvo Aceh, Sap & Dohne 1355 Imervemto da anton earn na ago ezimton Keuwer 1558 Imam como anders Kohn 1358 Tein do enue auido Kowand 1555 Caneito de teciayt de emacos Harper 1335 ‘Femaia de ar ep eninrco Chaps Fino (eo. © Ones hentia ements Tras Beeches 196) _Beneoains como analtes Signet i See (elec ree BSS semana 136i _‘Besomavimentoderengeies rigid ao centr to deensimas ‘Baker Sw Singer (Bet ——_‘Metanso'd uo ds sulle peel occa Woods Tei Anicate de mbacos cemee satu amc Palin: Hach Fata: Fes eee ee es Bac 1365 __Metann de aio dos uniioicos Platamios ao nivel lecular __‘Strminger © Tipper i) Aelia con aatiad Pashonk¢ Wate 13a | Meeniral cone an cminico Ian meer ssn Tematvas pa ar ecaprsfamacogeos "Bren: Changeu: de Rober sa s Miledi ¢ Potter 1371 —_Levodpa come anparkinsoiano Honma Roce 5H rasan como onto ¢aborafasienes Upjtn Company tor Etmelnesebogueadores do respon Bhseer at a ened nines Janssen 1518 _‘Mesendoraronheiment de pdr m predic de tip de tvdade Kowal Bender ramatlogea gm Keser ehdSpoo para opiceos Suyeret 1314 peat asneigeacis aca na pesguisa de imacos Cn 1519. Batis como hipmonmlgeeoseopon Hughes Koster: Sader ert IS1e1977Prostaclna como nde se auemaae de paquets, vasodatador Vaneet a arlficial e broncodilatador Il. ASPECTOS FUNDAMENTAIS SOBRE MEDICAMENTOS A. Definigdes Autores ibero-americanos ha que costumam fazer distincao entre os trés vocabulos — droga, férmaco ¢ medicamento — usados para traduzira unica palavra inglesa drug. Segundo aqueles auto- res, estes trés termos sao assim definidos: 1. Droga é a matéria-prima mineral, vegetal ‘ou animal da qual se podem extrair um ou mais principios ativos; de acordo com esta acepgao, os agentes terapéuticos de origem sintética nao so drogas. 2. Farmaco éa substancia quimica de consti- tuigdo definida que pode ter aplicagao em Farma- cia, seja como preventivo, seja como curativo, seja como agente de diagndstico; a ser aceita esta definicio, a matéria-prima mineral, vegetal ou animal da qual se podem extrair uma ou mais bases medicamentosas nfo é farmaco, pois sua constitui¢ao quimica no é necessariamente co- nhecida. 3. Medicamento & 0 mesmo que farmaco, mas especialmente quando se encontra na sua forma farmacéutica. ‘A Organizacio Mundial de Satide, todavia, no faz distingaio entre farmaco ¢ medicamento, pois define medicamento como “toda substancia contida em um produto farmacéutico empregado para modificar ou explorar sistemas fisiolégicos ou estados patolégicos em beneficio da pessoa a que se administra”, e produto farmacéutico como “forma farmacéutica que contém um ou mais me- dicamentos juntamente com outras substancias adicionadas no curso do processo de fabricagao”. Nestecompéndio, adotamosaacepcao da Or- ganizacio Mundial de Satide, isto é, usamos os Vocabulos farmaco e medicamento como sind mos e, por extenso, conferimos ao termo droga, na maioria dos casos, 0 mesmo significado, sem atribuir a cada qual dos trés nomes as nuangas que alguns autores Ihes atribuem, NOGOES BASICAS 7 B. Forma Muitos farmacos sao ou acidos ou bases or- Binicos. Razdes diversas determinam que, em Farmacia ¢ Medicina, sejam utilizados na forma de sais: (a) modificagdio de propriedades fisico- quimicas, tais como solubilidade, estabilidade, fo- tossensibilidade e caracteristicas organolépticas; (6) methoramento da biodisponibilidade, me- diante alteragéio da absorgao, aumento da potén- cia ¢ prolongamento do efeito; (c) redugio da toxigidade, Nem todos 05 sais, todavia, siio adequados para uso terapéutico. A Food and Drug Adminis- tration aprovou os seguintes: (a) anions: acetato, benzenossulfonato, benzoato, bicarbonato, bitar- larato, brometo, bromidrato, cansilato, carbo- nato, cloreto, cloridrato, citrato, dicloridrato, edetato, edetato célcico, edisilato, embonato (pamoato), esilato, estearato, estolato, fosfato/ difosfato, fumarato, gluceptato, gluconato, glu tamato, glicolilarsanilato, hexilresorcinato, hi drabamina, hidroxinaftoato, iodeto, isetionato, lactato, lactobionato, malato, maleato, mande- lato, mesilato, metilbrometo, metilsulfato, mu- cato, napsilata, nitrato, pantotenato, poligalactu- Tonato, salicilato, subacetato, succinato, sulfate, tanato, tartarato, teoslato, trietiodeto: (by ¢: tions: (1) organicos: benzatina, cloroprecaina, co- ina, diolamina, etilenodiamina, meglumina, pro- caina; (II) metalicos: aluminio, calcio, litio, mag- nésio, potissio, sédio, zinco, A mesma agéncia norte-americana, a FDA, néio aprovou os seguintes, embora eles sejam co- mercializados:(a) adipato, alginato, aminossalici- lato, anidrometilenocitrato, arecolina, aspartato, bissulfato, butilbrometo, canforato, dibromi drato, digluconato, dissuecinato, feniletilbarbitu- rato, fluoridrato, glicerofosfato, hemissulfato, io- didrato, metilenobis(salicilato), napadisilato, oxa- lato, pectinato, persulfato, picrato, propionato, tiocianato, tosilato, undecanoato; (6) cations: (1) orgiinicos: benetamina, clemizol, dietilamina, pi perazina, trometamina; (11) metalicos: bario, bismuto, C. Emprego Os fiérmacos sto usados para um ou mais dos seguintes fins: (a) fornecimento de elementos ¢: Fentes a0 organismo; exemplos; vitaminas, sais minerais, hidrolisados de proteinas, horménios; (b) prevencao de uma doenga ou infecgao; exem- plos: soros e vacinas:(e) combate a uma infecgao; exemplos: quimioterdpicos, incluindo antibidti- cos: (d) bloqueio temporario de uma fungao no mal; exemplos: anestésicos gerais ¢ locais, an concepcionais orais; (¢) corregao de uma fungio organica desregulada: (1) disfungao: exempl cardiot6nicos no tratamento de insuficiéncia car- diaca congestiva; (11) hipofungao; exemplo: hi drocortisona no tratamento de insuficiéncia supra-renal; (III) hiperfungao; exemplo: metil- dopa em hipertensio arterial; (f) destoxificagio do organismo; exemplo: antidotos; (g) agentes auxiliares de diagnéstico; exemplo: radiopacos. D. Agao bioldgica 0s efeitos que 0s farmaces causam resultam de um conjunto complexo de processos, em que intervém fatores diversos. Em suma, na agao dos farmacos observamn-se trés fases: fase farmacéu- fase farmacocinética ¢ fase farmacodinamica (Fig. 1.1). Na fase farmacéutica, também chamada fase de exposigao, ocorre a desintegragao da forma em que 0 farmaco é administrado, A fragio da dose disponivel para a absorgao constitui medida da disponibilidade farmacéutica. Durante a fase farmacocinética processa-sea absorgao, distribuigéo, metabolismo ¢ excregio do Farmaco, A fragao da dose que chega a circula- gio geral é medida da disponibilidade bioldgica. ‘A fase farmacodinamica compreende 0 pro- cesso de interagao do farmaco com o seu recep- tor, Desta interagéo resulta um estimulo que, apés uma série de fendmenos quimicos ¢ bioqui micos, se traduz no efeito biolégico esperado. E. Efeito placebo Em determinados casos, o feito biolégico nao decorre da ago de um medicamento especi- fico, mas sim de fatores psicolégicos ou inespeci- ficos. Esse conjunto de Fatores recebe 0 nome de efeito placebo, Otermo latinoplacebo significaen agradarei ou eu aplacarei. Wolf definiu 0 efeito placebo como “qualquer efeito atribuivel a uma pilula, pogiio ou procedimento, mas nao as suas propric- dade farmacodindmicas ou especificas”. Resulta de auto-sugestio, reagio psicoldgica ou reflexo condicionado. Pode ser efeito fisiolégico, psico- logico ou psicofisiolégico. Distinguem-se quatro classes de placebos: (a) substancias simples farmacologicamente iner- tes, tais como agticar, amido, lactose, talco, agua Quimica FARMACEUTICA 1, FASE IL, FASE UL. FASE FARMACEUTICA FARMACOCINETICA _FARMACODINAMICA et ar | itemace vote Pete eee eee oe a DOsE—p fms armsctricn >| Htwacereceyor | —>EFEITO Baste da | dponiiaade Goponiiade | tec ave substncia ava | fomacuticn biloae Fig. 1.1 Fases importantes da acdo dos firmacos, Fonte: E. J. Ariéns, Top. Curr. Chem., 52, 1 (1974). destilada; (b) pseudomedicamentos, extratos de ervas, solugao salina, metais t6xicos, vitaminas supérfluas; (c) acio farmacodindmica de um agente terapéutico especifico, embora nao seja 0 indicado para o mal de que o paciente se queixa ou sofre efetivamente; (d) fatores psicolégicos. tais como a atitude do paciente ou do médico; por exemplo, a fé do paciente no médico ou no remé- dio prescrito ou o entusiasmo do médico pelo tratamento indicado. A anélise critica do arsenal terapéutico dis- ponivel a humanidade até o principio deste século forea-nos a admitir que os pretensos beneficios proporcionados pelos remédios advinham, em sua maioria, do efeito placebo. Recentemente, em determinados estudos, obteve-se eficacia tera- péutica em cerca de 30 a 40% de pacientes — que sofriam de hipertensao, artrite, tleera, enxa- queca, dor pés-operatéria, vomitos, tosse, ins6- nia, enjéo, nausea, resfriado, febre, verrugas ou outros males menores — medicados apenas com placebo. Oeefeito placebo em curar adoenga ou, pelo menos, aliviar os seus sintomas ¢ auxiliado pela tend@ncia das doengas em serem autolimitantes e pelo poder natural do organismo humano em Tecuperar-se espontaneamente. Hoje em dia ale- gam alguns que os placebos usados para mitigar a dor promovem, de algum modo, a liberacao de analgésicos endogenos — como endorfinas, beta- lipotropinas encefalinas — e isso explicaria 0 seu efeito benéfico para determinados pacientes. Por ser nao raro benéfico, o efeito placebo é utilizado até na nossa época, em que 0 arsenal terapéutico dispde de drogas realmente eficazes para quase todas as enfermidades e indisposicoes. De fato, a tendéncia é lancar mao dele com mais freqiiéncia, sobretudo no tratamento dos hipo- condriacos, em consonancia com a maxima que deve orientar a conduta médica: primum non no- cere (em primeiro lugar nao prejudicar). Cu samente, em 1979, nos Estados Unidos, uma in- diistria farmacéutica requereu A Food and Drug My ies a liberagdo de um novo analgé- sico, que sera vendido com o seguinte rétulo, cujos dizeres correspondem a verdade: Provado Eficaz em um Terco de Todos os Casos e Absolu- tamente Seguro. O nome do remédio: Placebo. F. Metabolismo Frmacos e outros compostos quimicos es- tranhos que penetram num organismo vivo sio ou armazenados no corpo ou removidos deste apos um periodo de tempo. Enquanto permanecem no interior do organismo podem continuar intatos ou sofrer transformacdes quimicas, dando os seguin- tes tipos de compostos: (a) menos ativos; (b) mais ativos;(c) comatividade semethante ou Este processo de alteracao quimica de farmacos no interior do organismo vivo recebe 0 nome de metabolismo de férmacos. Certos farmacos, como os andlogos de ami- nas bidgenas, esterdides, purinas, pirimidinas aminoacidos, assemelham-se estreitamente a substincias normalmente presentes em animais, incluindo 0 homem. Por esta razio, eles podem sofrer as mesmas interacdes especificas com en- zimas, proteinas carregadoras e sistemas trans- portadores que os seus correspondentes enddge- nos. Em sua maioria, entretanto, 0s faérmacos no apresentam muita relacdo estrutural com substra- tos normais do organismo. Por isso, seu metabo- lismo compreende enzimas inespecificas e seu movimento através de membranas e barreiras se realiza ou por difusio passiva ou por sistemas transportadores inespecificos 1, FATORES QUE AFETAM © METABOLISMO Fatores diversos afetam 0 metabolismo de férmacos: 1. Fatores ambientes internos: sexo, idade, peso, estado nutricional, atividade, temperatura corporal, flora e fauna do trato intestinal, gesta- 0, estado emocional, outros agentes quimicos presentes, hidrataco, composicao genética, es- tados de atividade enzimat NOCOES BASICAS ° 2. Fatores de administracdo do farmaco: via de administracao, local de administracao, veloci- dade de administragao, volume administrado, composicdo do veiculo, ntimero de doses — dura- cao do tratamento, freqiiéncia da medicagao, es- tado fisico-quimico do farmaco; 3. Fatores ambientes externos: tempera- tura, umidade, pressio barométrica, composigao atmosférica ambiente, luz, outras radiagoes, som, estagao do ano, hora do dia, presenca de animais, habitat, substancias quimicas, manuseio. 2, LOCAL DE METABOLISMO s férmacos, em sua maioria, sio metaboli- zados no figado através da acio de enzimas mi- crossémicas, Os intestinos, cérebro, rins e pul- mées so outros locais de metabolismo de farma- cos. 3. FASES DO METABOLISMO Os farmacos estranhos ao organismo so ge- ralmente transformados em metabilitos de pola- ridade crescente, até que possam ser excretados pelos rins. A Fig. 1.2 representa este processo, que normalmente é bifasico. SS as inatvagio > G [pcteiotecnn Ing ses ctene |, fase fase I! oxidacio sitese ou redugio conjugagio idetise desmetiasae | Fig. 1.2 Vias do metabolismo de fairmacos. Fonte: R. T. Williams, Detoxication Mechanisms, 2nd ed., Wi- ley, New York, 1959. Na primeira fase, os férmacos apolares slo em geral inativados ou, em alguns casos, ativados pela introducao de grupos polares através de: (a) oxidagao: desalogenacao, desalquilacao, desami- nacdo, dessulfurilacio, formagao de 6xido, hi- droxilagao, oxidagdio alcodlica, oxidacdo aldef- dica; (b) tedugo: azorreduco, nitrorreducao, reducfo aldeidica ou cetdnica: (c) hidrélise: de- saminagao, desesterificagio; (d) retirada de gru- pos (alquilicos) apolares a fim de por a descoberto grupos polares potenciais. Na segunda fase, 0s compostos polares so inativados por processos de sintese ou conjuga- Ao, tais como: metilacao, acilagao, formacao de tiocianato, formagio de écido mercaptirico, con- jugagdo com Acido glicurénico, conjugagao com aminodcidos e conjugacdo com sulfatos. Portanto, 0 farmaco administrado pode ser excretado sob uma das seguintes formas: (a) inal- terado; (b) oxidado, reduzido ou hidrolisado; (c) conjugado. Alguns exemplos de metabolismo de farmacos estao arrolados na Tabela 1.2. A Tabela 1.3, por sua vez, alista os principais tipos de rea- Ges metabdlicas que os farmacos e outros com- postos quimicos podem sofrer. 4, ESTIMULO OU INIBICAO DO METABOLISMO Conhecem-se compostos que ou estimulam ou inibem o metabolismo de férmacos. Os estimu- antes abreviam a duracao da agao de um farmaco induzindo as enzimas microssémicas hepéticas, tais como citocromo P-450 (Fig. 1.3). Mais de duas centenas de compostos diferentes apresen- tam esta propriedade; exemplos: barbitiricos, clofenotano, clordano, espironolactona, ester6i- des anabolizantes, fenilbutazona, glicocorticéi- des, glutetimida, hidrocarbonetos policiclicos, imipramina, niquetamida, tolbutamida. Os inil dores diminuem 0 metabolismo de férmacos, pro- longando a durago da acao do faérmaco; exem- plos: aloxana, inibidores da monoamino oxidase, morfina, tetracloreto de carbono, tiroxina, G. Interacées Se tomados concomitantemente, os farma- cos podem interagir, com as seguintes conse- qiléncias: (a) efeito aditivo ou sinérgico, quando ambos apresentam a mesma agao farmacodind- mica: (b) perda de efeito, se apresentarem aces opostas; (c) influéncia de um firmaco sobre a atividade de outro, alterando sua absorgao, dis- tribuigao, metabolismo ou excregao. ‘A absorgao de um farmaco pode ser dimi- nuida pela administracao simulténea de outro Férmaco que forme, com o primeiro, complexo pouco soltivel no trato gastrintestinal; assim, os antidcidos e 0 sulfato ferroso diminuem a absor- co das tetraciclinas, formando quelatos com elas. Visto que as drogas sao melhor absorvidas quando se encontram no estado nao-ionizado, a mudanga do pH gistrico pode afetar a absoreao daquelas passiveis de ser ionizadas; por exemplo, © bicarbonato de s6dio reduz a absorgao das te- traciclinas. A reducdo ou aumento da motilidade E facmaco. férmaco oxidadg. 40" Firmmto [Be tre P30 firmaco-{Fe""-0, o firmacoFe") QUIMICA FARMACEUTICA avoproteina redid NADP NADPH- redutase lavoproteina ‘oxidada NADPH + Denota contribuigdo de um segundo elérone dois ionshidrogésioorlundos de NA DH-flavoproteine-citoeromob ou de NADPHnavoprotena Fig. 1.3 Mecanismo de metabolizagdo de férmacos nos microssomos hepaticos. gastrintestinal por um farmaco pode diminuir ou incrementar a absorcao de outro; é 0 caso do fenobarbital que, estimulando a secregao da bile e, indiretamente, o peristaltismo — que, por sua vez, aumenta a motilidade do trato gastrintestinal —, reduz os niveis plasmaticos da griseofulvina. A distribuicdo dos farmacos se deve sua ma‘or ou menor ligacao as proteinas plasmaticas. Visto que a porcao nao-ligada é a biologicamente ativa, a administracio simultanea de dois farma- cos que tenham alta afinidade pelas proteinas po- der resultar em que um desloque o outro de sua ligacdio com a protefna, o que resulta na potencia- ao do farmaco deslocado. O metabolismo de certos farmacos é intensi- ficado ou inibido na presenca de outros farmacos. Em sua maioria, os farmacos sio metabolizados mediante sua biotransformagéo — por enzimas microssémicas hepaticas — em compostos qui- micos mais polares, como passo preparative para ‘sua excregao. A este processo se denomina indu- gdo enzimatica. Determinados indutores podem acelerar no s6 0 seu proprio metabolismo, mas também o de outros farmacos ¢, desta forma, diminuir a duracdo ¢ intensidade de agao dos far- macos. Por exemplo, o fenobarbital e outros bar- bituricos aceleram 0 metabolismo de muitas dro- gas, tais como: anticoagulantes cumarinicos, an- tidepressores triciclicos, clorpromazina, digito- xina, dipirona, doxiciclina e fenitoima, A fenitoina sona, digitoxina, doxiciclina e hidrocortisona. Por outro lado, farmacos ha que alteram 0 meta- bolismo de outros farmacos mediante inibigao da atividade de enzimas microssémicas ou competi- ‘cdo pelas mesmas enzimas ou cofatores. Assim, 0 dicumarol inibe 0 metabolismo de alguns hipogli cemiantes orais, como clorpropamida e tolbuta- mida, 0 que acarreta grave hipoglicemia se toma- dos concomitantemente; a isoniazida aumenta © nivel sérico e a meia-vida da fenitoina, resultando em toxicidade propria desta tiltima; efeito anélogo exerce 0 paracetamol sobre o cloranfenicol; a ci- metidina potencia a aco anticoagulante da warfa- rina. Entre as alteragdes do metabolismo, so de importancia clinica aquelas que compreendem: 1. Os mecanismos adrenérgicos: (a) interfe- réncia no metabolismo do levarterenol ¢ outras aminas biégenas: a administracio de inibidores da MAO concomitantemente com drogas pressoras (anfetamina, efedrina) pode resultar em crise hi- pertensiva grave; (b) bloqueio do mecanismo de recaptagao das mesmas aminas: 0s antidepresso- res triciclicos bloqueiam a captagao da guaneti- dina e, deste modo, seu efeito anti-hipertensiv (c) liberacdo do levarterenol dos locais de arma- zenamento: por seu efeito depletor do levartere- nol, a reserpina pode diminuir 0 efeito adrenomi mético dos agentes adrenérgicos que atuam me- diante liberacao do levarterenol;(d) agao sobre os, receptores adrenérgicos: a administracdo de cer- tos anestésicos gerais (como ciclopropano, halo- tano, cloreto de etila e outros compostos haloge- € agente indutor do eee com certos agentes 4 NOGOES BASICAS n Tabela 1.2 Metabolismo de alguns farmacos paration (inativo) paraoxon, (ativo) hidrato de cloral (ativo) twicloroetanol (nals ative) arsfenamina (ativa) NH; ——— anfetamina (ativa) Fenobarbital (ativo) adrenomiméticos pode resultar em arritmias, pois, 0 referidos anestésicos gerais sensibilizam 0 co- ragao aos efeitos das catecolaminas; 2. Os mecanismos colinérgicos: 0 uso con- comitante de anticolinérgicos, como os alcaldides de. belladona, com férmacos que tem acao coli- nérgica, mesmo fraca, como fenotiazinicos, anti- idepressores triciclicos, pode provocar efeitos anticolinérgicos aditivos, como oxofenarsina (mais ativa) ‘Ho; NH; bidroxianfetamina (menos ativa) “0, p-hidroxifenobarbital (inativo) constipacio; 3. A jungao mioneural: 0 emprego simulta- neo de suxameténio com anticolinesterasicos pode prolongar a apnéia pés-operatéria; 4. No local de excreedo: (a) interages que compreendem a secre¢ao e reabsorcao ativas: a probenecida, administrada junto com penicilina, prolonga o efeito antibacteriano desta ultima, por retardamento de sua excreco; (b) interagdes que _~ 2 QUIMICA FARMACEUTICA Tabela 1.3 Principais tipos de reagbes _metabélicas Onidacao a desalogenacéo rrcH—ccl, OL, rrc=cch, b, desalquilagio rocH, 1, ron + HCHO RNHCH.CH, OL RNH, + cH,CHO ©. desaminagio RcH.NH; OL, RcHO + NH, 4. dessulfuritacdo rsx 101, Row €. formagio de 6xido RNHR’ AOL eye on rsp 101 ca f, hidroxilagao on or RCH,CH, ——+ R-CH—CH, O) Ol, p Open 2. oxidagto alcosica RcH,cH,0H 11, RcH,coon 1h, oxidagao aldeidica rcH,cHo 21, rcH,coon 2. Redugéo bk 2. azorredusio rNenr’ [HL RH, + R'NH, b. nitrorredugao rno, HL RNH, Cc. redugio aldeidica ou ceténica rcHo [41. RcH,on Rcor’ 1H, rcHonR’ 3. Hidrélise 8. desamidacao RCONHR’ —> RCOOH + R’NH; b. desesterificagdo RCOOR’ —+ RCOOH + R'OH 4. Sintese ou conjugagao ‘a. metilago RXH + S-adenosilmetionina > RXCH, + S-adeno- sithomocisteina b. acilagio RNH; + CHsCOSCoA > RNHCOCH, + CoA-SH ¢. fami de tociasto HEN + NaS.0, HSCN + Na, fees (2 asts meri ROX = R-S-CH—-CH-COOH i-co-cn, ©. conjugagaio com scido glucurénico COOH ROH + — 1H HO [°—~upp OH coon + UDP H Ht QR UDP = uridinadifosfato on RCOOH + RCOSC9A+HANCH—COOH = L RCONHCH—COOH + CoA-SH L &- convo com slftos ° 2-0-4 OH + a Jooenosine festa é NOGOES BASICAS 3 compreendem reabsorgao passiva: pode-se au- mentar a velocidade de excreeao do fenobarbital, que é cido fraco, mediante alcalinizagao da urina por bicarbonato de s6dio; (c) interagdes secundé- rias a alteragdes do equilibrio eletrolitico ou do volume do fluido extracelular: exemplo do pri- meiro caso é a retencdo de sédio induzida pela maioria dos farmacos anti-hipertensivos, reten- 20 essa que pode ser impedida pela administra- co simultnea de diuréticos; exemplo do se- gundo caso é a reducao da resposta hipoprotrom- binémica dos anticoagulantes orais causada pelos diuréticos, em conseqiléncia da concentracaio dos fatores de coagulacdio como efeito secundario da diminuigao do volume do plasma. As interacdes de quimioterapicos se tas no Cap. 25 vis H. Efeitos adversos Todos os farmacos, uns mais outros menos, podem causar efeitos adversos, alguns de extrema gravidade, a ponto de provocar mortes. Sabe-se, ha muito, que todo medicamento é veneno em potencial. Paracelso, que viveu de 1493 a 1541 afirmara: “Todas as substdncias so venenos; io ha nenhuma que nao seja veneno. A dose correta diferencia um veneno de um remédio."” Efetivamente, a prdpria palavra grega dépuaxov (farmacon), da qual provém a portuguesa far- maco, significa nfo apenas remédio, mas também veneno. Por isso, uma superdose, a adminis- tracdo por via inadequada e a aplicagao para fins no-indicados podem transformar um farmaco itil em toxico perigoso. Hipécrates (570-460 a.C.), Galeno (131-201), Rhazes (860-932) e outros ilustres médicos ad- moestaram contra os efeitos adversos das drogas, nao raro adulteradas, utilizadas em suas épocas. Com oenriquecimento qualitative e quantita- tivo do arsenal terapéutico, cogitaram as autori- dades de zelar pela pureza das drogas e pela sua seguranca. Isso nao impediu que varias reacdes graves e até mortes ocorressem pela administra- cao de drogas perigosas, como o calomelano. Os leigos, e também alguns médicos, protestaram contra estes remédios. Um deles, Holmes, em 1861, afirmou: “Se toda a matéria médica, con- forme € hoje usada, pudesse ser lancada ao fundo do mar, seria tanto melhor para a humanidade —e tanto pior para os peixes” No século passado, surgiram em alguns pai- ses importantes farmacopéias novas, que especi- ficavam os padroes de pureza das drogas Verificou-se, todavia, que até as drogas de pureza farmacopéica podiam causar efeitos toxicos. Dados sobre estes efeitos passaram a ser coleta~ dos. Em 1952, Meyler publicou o primeiro livro que tratava unicamente das reagdes adversas das drogas. Apés a tragédia da talidomida, em 1961, a propria Organizacao Mundial de Satide (OMS), bem como os governos de alguns paises, interessaram-se pelo problema. Hoje em dia, as classes médica e farmacéutica e grande parcela do pliblico estéo devidamente conscientizadas de que toda medicagao representa um risco, maior ou menor, pois nao hé nenhuma droga que seja absolutamente segura — ao lado do efeito tera- péutico que se busca, as drogas podem também causar, e no raro causam, efeitos adversos inde- sejados. alguns de suma gravidade. E por esta razio que, além da eficécia, seguranca e biodis- ponibilidade, atualmente os érgaos oficiais a quem compete liberar drogas novas para 0 con- sumo exigem ensaios de carcinogenicidade, tera- togenicidade e mutagenicidade, e sé aprovam aquelas que se mostrarem isentas de provocar esses perigosos efeitos, a curto e longo prazo. III. CLASSIFICACAO DE FARMACOS Os farmacos podem ser classificados de acordo com critérios diversos. Geralmente so classificados segundo: (a) estrutura quimica; (b) agi farmacol6gica; (c) emprego terapéutico; (d) mecanismo de ago ao nivel molecular. A primeira classificagao foi usada extensi- vamente ha alguns anos e ainda o por alguns autores. Segundo esta classificagao, os farmacos podem ser agrupados em uma ou mais das seguin- tes categorias: acetais, acidos, Alcoois, amidas, amidinas, aminas, aminodcidos, aminodlcoois, aminocetonas, aminoéteres, azocompostos, ce~ tonas, compostos de aménio, compostos haloge- nados, compostos nitrosos, endis, ésteres, es benos, éteres, fendis, glicosidios, guanidinas, hi- drocarbonetos. lactamas. lactonas, mostardas, nitrocompostos, organominerais, quinonas, se- micarbazidas, semicarbazonas, sulfonamidas, sulfonas, ticamidas, tidis, tiouréias, uréias, urei- das e uretanas. A classificagao farmacolégica leva em consi- deragdo o modo de agio dos medicamentos. Se- gundo este critério, em 1976 a Organizagao Mun- dial de Saude tribuiu os medicamentos nas se- , guintes classes: depressores do sistema neavaeae 4 Wj Ltd 4 QUIMICA FARMACE' central, estimulantes do sistema nervoso central, psicofarmacos, farmacos que atuam no sistema nervoso periférico, farmacos que atuam nas si- napses e nas juncdes neuroefetoras, farmacos que atuam na musculatura lisa, histamina e anti: histaminicos, farmacos cardiovasculares, férma- cos que atuam nos sistemas sanguineo ¢ hemato- poiético (excluindo os citostaticos), farmacos que atuam no trato gastrintestinal, farmacos que atuam no trato respirat6rio, citostaticos, farma- cos que atuam no metabolismo e nutrico (ex- cluindo 0 metabolismo aquoso e mineral), farma- cos que agem no metabolismo aquoso e mineral, vitaminas, horménios, agentes imunoldgicos, an- tiinfecciosos, farmacos que agem localmente ( cluindo farmacos dermatolégicos € os usados in- ternamente), farmacos diversos e mecanismos farmacolégicos nao-classificados. O terceiro critério, 0 emprego terapéutico, é muito semelhante ao anterior e, em muitos casos se confunde com este. Segundo a classificacao terapéutica, em 1976, a Organizacao Mundial de Satide dividiu os medicamentos nos seguintes grandes grupos: depressores do sistema nervoso central, estimulantes do sistema nervoso central, férmacos psicotr6picos, farmacos que atuam sobre o sistema nervoso periférico, miorrelaxan- tes, espasmoliticos (incluindo anticolinérgicos), antialérgicos (incluindo anti-histaminicos, férma- cos dessensibilizantes etc.), farmacos cardiovas- cufares, farmacos que atuam sobre os sistemas sanguineo e hematopoiético, farmacos que agem sobre o trato gastrintestinal, farmacos que agem sobre o trato respirat6rio (antitussigenos € mistu- ras expectorantes, etc.), farmacos antineoplasi- cos, farmacos que agem no metabolismo e nutri- Go, farmacos que agem no metabolismo aquoso € eletrolitico, vitaminas, farmacos que atuam nos ttirbios dos horménios sexuais e condigoes re- lacionadas, agentes imunoldgicos, antiinfeccio- sos, preparacdes para a pele e membranas de mu- cosas, preparagées oculares e otorrinolaringol6- gicas, anti-reumdticos (incluindo antiflo; cos), farmacos imunossupressores, farmacos di- versos e outros empregos terapéuticos. A tentativa de classificar os farmacos de acordo com 0 seu mecanismo de ago ao nivel molecular nao pode estender-se a todos os firma- cos, porquanto para muitos deles tal mecanismo € ainda desconhecido. Entretanto, com 0 pro- gresso das ciéncias voltadas a esclarecer a ques- tio, prevé-se que em futuro nao muito remoto a maioria dos farmacos poderé ser agrupada numa classificagao deste tipo. Por ora, é possivel en- cA quadrar grande nimero de ffrmacos numa classi ficagao como a que se apresenta na seccio IX, do Cap. 3 deste compéndio, a saber: farmacos que atuam sobre enzimas, farmacos que Suprimem a funcao génica, farmacos que agem por antago- nismo metabélico, farmacos quelantes, farmacos que atuam sobre membranas biolégicas e fairma- os que agem pelas propriedades fisico-quimicas. Alguns dos grupos podem ainda ser subdivididos. ‘Assim, por exemplo, no primeiro grupo terfamos, entre varios outros, 0s seguintes subgrupos: (a) ativadores de enzimas: por exemplo, da adenilato ‘clase: (b) inibidores de enzimas; por exemplo, da acetilcolinesterase, adenosinotrifosfatase, carbonato desidratase, diidrofolato desidroge- nase, diidropteroato sintase, RNA nucleotidil- transferase, timidilato sintetase, transpeptidase: (c) reativadores de enzimas: por exemplo, da ace- tilcolinesterase. Neste compéndio adotamos a classificagio farmacoldgico-terapéutica. Atualmente, € a pre- ferida pela maioria dos quimicos farmacéuti Segundo esta classificacio, os farmacos podem ser divididos nestes cinco grupos principais: (a) agentes farmacodinamicos, aqueles usados em doencas néo-infecciosas, para corrigir fungdes anormais:(b) agentes quimioterapicos, que sao os farmacos empregados para cura e profilaxia de moléstias infecciosas: (c) vitaminas: (d) horm6- nios; (e) agentes diversos. Cada grupo pode ser subdividido. Assim, entre os agentes farmacodi- namicos, temos: (1) farmacos que atuam sobre © sistema nervoso central; (2) férmacos que estimu- lam ou bloqueiam o sistema nervoso periférico: @) faérmacos que agem nos sistemas cardiovascu- lat e renal. Estes subgrupos so, por sua vez, repartidos em classes farmacol6gicas correspon- dentes e, em seguida, cada classe € subdistribuida de acordo com a estrutura quimica dos farmacos ou outro critério apropriado. IV. NOMENCLATURA DE FARMACOS A. Introdugio ‘Compulsando-se os amtincios de medicamen- tos publicados em revistas de medicina, bem como os compéndios que arrolam as especialida- des farmacéuticas comercializadas no pais, os fo- Ihetos de propaganda e as bulas de remédios, verifica-se que dezenas de nomes de farmacos, mormente dos mais recentes, encontram-se ali NOGOES BASICAS 15 grafados de maneira errada. Em geral, 0 erro con- siste em transcrever os nomes dos farmacos em inglés, ja que estes mesmos férmacos provém, em sua grande maioria, de paises de fala inglesa: Es- tados Unidos e Inglaterra. Seria 0 mesmo que usar Anthony, John e Peter, em lugar de Antonio, Joao e Pedro. Assim, por exemplo, as referidas publica- ges usam nomes como cimetidine, ciprohepta- dine, clofibrate, enflurane, hycanthone, lopera- mide, mebendazole, miconazole, oxamniquine € virazole, em vez de grafé-los corretamente cime- tidina, ciproeptadina, clofibrato, enflurano, hi- cantona, loperamida, mebendazol, miconazol. oxamniquina e virazol. Tais erros devem-se ao desconhecimento das regras de nomenclatura de férmacos por parte dos farmacéuticos € médicos que ou traduzem ou re- digem as bulas, os folhetos de propaganda, os compéndios médicos e os antincios de remédios. E apropriado, conseqiientemente, recordar as re- gras acima mencionadas. B. Nomes de farmacos Os farmacos possuem trés ou mais nomes. Estes nomes sao os seguintes: (a) sigla, nimero do cédigo ou designacao do cédigo: (b) nome quimico: (c) nome registrado, nome patenteado, nome comercial ou nome préprio: (d) nome gené- rico, nome oficial ou nome comum:; (¢) sindnimos © outros nomes. A sigla é formada geralmente com as iniciais do laboratério ou do pesquisador ou do grupo de pesquisas que preparou ou ensaiou o farmaco pela primeira vez. seguidas de um niimero. Nao identi- fica a estrutura quimica do férmaco. Deixa de ser usada logo que for escolhido um nome adequado. O nome quimico é 0 tinico que descreve a estrutura quimica do férmaco. E dado de acordo com as regras de nomenclatura dos compostos quimicos. Identifica plena e exatamente a estru- tura quimica. Visto que as vezes é muito longo, 0 nome quimico nao € adequado para uso rotineiro. Onome quimico deve ser escrito em letras minis- culas. O nome registrado refere-se ao nome indivi- dual selecionado e usado pelo fabricante do far- maco ou medicamento. Se o medicamento é fabri- cado por mais de uma companhia, como freqiien- temente acontece, cada firma dé o seu proprio nome registrado. As vezes 0 nome patenteado refere-se a uma formulacdo € nao a uma tinica substancia quimica. O nome patenteado deve ser escrito com iniciais maitésculas de cada palavra do nome. O nome genérico refere-se ao nome comum, pelo qual um farmaco é conhecido como substn- cia isolada, sem levar em conta o fabricante. Devia ser simples, conciso ¢ significativo, mas freqiientemente nao &. Deve ser escrito com a inicial miniscula. Este nome € escolhido pelos ‘orgios oficiais. Nos Estados Unidos, tal drgio 0 U.S. Adopted Names Council (USAN), patroci- nado pela American Medical Association (AMA), American Pharmaceutical Association (APhA), U. S. Pharmacopeial Convention ¢ U. S. Food and Drug Administration, Na Ingla- terra, o 6rgio encarregado da mesma tarefa € a British Pharmacopoeial Commission. No Brasil, €a Camara Técnica de Medicamentos do Conse- Iho Nacional de Satide, érgio do Ministério da Satide. Em escala mundial, contudo, a Organiza- 40 Mundial de Satide é o 6rgao oficial incumbido de selecionar, aprovar e divulgar 0s nomes ofi- ciais de férmacos. Neste compéndio adotamos 08 nomes dados pela Organizaco Mundial de Satide e também pela Farmacopéia Brasileira. Entre- tanto, nas tabelas que arrolam os férmacos mais usados, além destes nomes sao consignados, mas entre parénteses. também os nomes oficiais dados por Srgios competentes de diversos paises. Os nomes oficiais de farmacos, porém, variam con- forme a lingua, & semelhanca do que ocorre com os nomes de pessoas. Assim, temos: phenobarbi- talum (latim), phénobarbital (francés), phenobar- bital (inglés) e fenobarbital (portugués). Sindnimos so os nomes dados por fabrican- tes ao mesmo Farmaco e/ou os antigos nomes ofi- ciais. Alguns farmacos podem ter dezenas de no- mes. Os pesquisadores que realizam ensaios bio- ‘os de compostos quimicos potencialmente ativos devem lembrar-se de que os farmacos podem ser designados por um ou mais dos varios nomes acima vistos. Caso contrario, poderao co- meter 0 engano tragicOmico a que foi certa feita induzido um investigador: ele copiou de revistas diferentes quatro estruturas quimicas, que julgou fossem diversas e se referissem a substancias dis- tintas. Uma das revistas deu a sigla; outra, onome quimico;a terceira, onome patenteado; caquarta, ‘onome oficial. O pesquisador ficou impressionado pelo fato de os quatro farmacos apresentarem a mesma poténcia. Chegou a pediramostras decada um dos autores dos artigos publicados a fim de repetir as experiéncias deles, mas ficou muito per- turbado ao verificar que as quatro substncias que \) E ‘QUIMICA FARMACBUTICA recebeu eram idénticas em tudo! A existéncia de nomes comerciais e nomes oficiais parecidos, por sua vez, pode conduzir a conseqiiéncias graves. Por exemplo, um oficial de farmédcia julgou que procaina fosse 0 mesmo que Percaina (cujo nome oficial é cinchocaina) e—ao aviar uma receita — colocou a tiltima em lugar da primeira, mas rotulou 0 frasco como se contivesse solucao de procaina. Injetada no paciente, esta solugaio causou sete convulsdes em menos de 15 minutos e, finalmente, a morte. Outro engano, que também teve éxito letal, foi confundir Nuper- caina (que é a mesma cinchocaina) com Novo- caina (nome patenteado da procaina) e empregar aquela no lugar desta. Presume-se, em geral, que o nome oficial seja equivalente ao nome patenteado. Contudo, nem sempre isto é verdade. Embora quimicamente equivalentes, os medicamentos que tém 0 mesmo nome oficial, mas nomes comerciais diferentes, por serem fabricados por laboratorios diferentes, podem diferir sensivelmente em sua aco farma- colégica. Diversos fatores — principalmente de formulacao e fabricagao — so responsaveis por esta diferenca. Os seguintes farmacos, entre cer- tamente muitos outros, manifestaram diferengas na agao farmacolégica. quando fornecidos por fa- bricantes diferentes: acido acetilsalicilico. acido icilina, benzilpenicilina, dicumarol, dietilestilbestrol, digitoxina, eritromicina, fenilbutazona, fenitoina, heparina, hidrato de cloral, meprobamato, nitrofurantoina, oxitetraciclina, paracetamol, prednisona, ribofla- Vina, secobarbital, sulfadiazina, sulfafurazol, te- traciclina, warfarina. C. Regras de nomenclatura ‘A Organizagio Mundial de Satide reco- menda aos seus paises-membros que adotem os seguintes principios gerais para formar nomes ‘comuns internacionais para as substancias farma- céutica: 1) Os nomes deverio distinguir-se fonéticae ortograficamente. Nao serio excessivamente Jongos nem deverao dar margem & confusio com, nomes ja em uso: 2) O nome de cada substancia deverd indi- car, quando for possivel, seu parentesco farmaco- légico com outras substancias do mesmo grupo. Deverio evitar-se os nomes que facilmente indu- zam no paciente alguma sugestio de ordem ana- k témica, fisiolégica, patoldgica ou terapéutica. De acordo com a mesma Organizagio, os principios fundamentais antes expostos serdo completados com 0s seguintes prinefpios secun- dérios: 1) Ao fixar 0 nome da primeira substancia em um novo grupo farmacol6gico, levar-se-d em consideragao a possibilidade de formar poste- riormente outros nomes apropriados paraas subs- Uncias aparentadas que pertengam ao novo grupo; 2) Na formacao de nomes para dcidos preferir-se-do os de uma tinica palavra; seus sais deverdo conter 0 nome nao modificado do acidos por exemplo, “‘oxacilina’’ “*oxacilina sédica””, “ibufenaco” e “ibufenaco sddico”’: 3) Os nomes escolhidos para substancias que tém cardter de sal deverao aplicar-se em geral base ativa, ou. respectivamente, 0 Acido ativo. Os nomes para diferentes sais ou ésteres da mesma substancia ativa somente deverao diferir no nome do dcido ou da base inativos. Nos compostos de aménio quaternirio, 0 c4- tion ¢ 0 anion deverao enunciar-se em separado como componentes independentes de uma subs- tancia quaterndriae nao como sais de uma amina; 4) Deverd evitar-se 0 emprego de uma letra ou de um niimero isolados; tampouco é conve- niente o emprego de hifens; 5) Para facilitar a traducio e a promincia, empregar-se-ao, de preferéncia, as letras “f” em vez de “ph”. “t” em vez de “th’’, “e”” em vezde ae" ou “oe” ¢ “i” em vez de “y"’: dever-se-4 evitar o emprego das letras “*h”” ek” 6) Sempre que os nomes que se sugiram esti- verem de acordo com estes principios, deverio preferir-se os nomes propostos pela pessoa que descobriu a substancia ou que primeiramente fa- bricou ou pds a venda a substancia farmacéutica, assim como os nomes ja oficialmente adotados em qualquer pais 7) Oparentesco entre substancias do mesmo grupo ser indicado nos nomes, de preferéncia mediante o emprego das silabas comuns da lista arrolada na Tabela 1.4. As silabas ou grupos de silabas indicados sem hifen poderio incluir-se em qualquer lugar do nome. Tanto quanto possivel. a silaba ou grupo de sflabas correspondentes serio utilizados somente para as substancias que per- tengam ao grupo em questo. Para indicar as relacdes subsididrias entre as substdncias de um mesmo grupo, adotar-se-Zo os nomes que indiquem as semelhangas com uma substancia jé denominada e que mostrem alguma analogia com o nome dessa substincia, Tabela 1.4 Silabas comuns presentes em grupos genéricos de fairmacos Latin Inglés Portugués: actidu ~actide vactido, polipeptidios sintéticos que agem como a corticotrofina acum ac, aco ntiinflamatorios do grupo do ibufenaco, andr andr andr esterbides androgenios -antelum -antel -antel anti-helminticos diversos -apol- -apol- “apol- anticoagulantes polissulfonicos -arolum -arol “aral anticoagulantes do grupo do dicumarot sazepanum “azepam cazepam substincias do grupo do diazepam “azocinum azocine cazocina antagonistas/agonistas dos estupefacientes, relacionados com 0 6,7-benzomorfano azolinum -azoline -azolina, anti-histaminicos ou vasoconstritores locais do tipo da antazolina “bamatum “bamate Sbamato ansiolticos da série do propanodiol e do pentanodiol barb barb barb 4cidos barbituricos de atividade hipnética ‘bendazolum —__-bendazole sbendazol anti-helminticos do tipo do tiabendazol bol bol bol esterbides anabolizantes -buzonumi -buzone -buzona analgésicos antiinflamatorios do grupo da fenilbutazona caine “caina\ Aanestésicos locais cet cee lintibidlicas derivados do dcido cefalosporinico -cillinum =eillin “eilina lantibidticos derivados do dcido @aminopenicilinico cort cort cont corticosterdides, exceto os do grupo da prednisolona serinum erine -erina erivados da actidina -eurium -curium “curio curarizantes, -eyelinum -eyeline “ciclina antibidticos do grupo da tetracielina dil ail ail vvasodilatadores dionum diona anticonvulsivantes derivados da oxazolidinodiona -drinum “rina simpatomiméticos do grupo da fenetilamina estr estr substancias estrogénicas “fibratum -fibrato substincias do grupo do clofibrate -fluranum “flurano anestesicos gerais Volateis, derivados halogenados dos alcanos “forminum formin sformina hipoglicemiantes do grupo da feaformina “funginum “fungin fungina anlibidticos fungicidas iow -fylline filing derivados da teofilina gest gest gest esterdides progestagénios sli lie ali hipoglicemiantes sulfamidicos inum sine ina alcaldides © bases organicas ie io. io mmeios de contraste que contém iodo sium sium “io Compostos de amonio quaternanio -kacinum “kacin ~cacina antibidticos do tipo da canamicina e da becanamicina omer “mer- -mer- mercuriais de agio antimicrobiana e diurética “metacinum smethacin metacina substancias antinflamatorias do grupo da indometacina smito- rmito- mito- agentes nucleot6xicos antineoplasicos smoxinum “moxin -moxina inibidores da monoamino oxidase Smustinum Smustine muting antineoplisicos alquilantes derivados da (f-cloroetil)amina Smyeinum cmycin -micina antibidticos produzidos por cepas de Strepromyces nal ral nal- derivados normorfinicos antagonistas de hipnoanalgésicos -nidazolum -nidazole -nidazol antiprotozodrios do grupo do metronidazol nifur- fur nifur- derivades do S-nitrofurano nixinum fhixin ‘nixina Sibstineias antinflamatorias derivadas do écido anilinonico- tinico -ofolum -olol ool blogueadores beta-adrenérgicos do grupo do propranolol -onidum -onide -onido esterdides para uso tépico contendo um grupo acetal Sonum sone ona ccetonas -orexum orex sorex agentes anorexigenos derivados da fenetilamina, frphanum orphan orfano anlagonistas/agonistas dos estupefacientes, do tipo do morfinano peronum -perone =perona derivados da 4”-Aluor-4-piperidinobutirofenona praminum “pramine “pramina substincias do grupo da imipramina pred pred pred derivados da prednisona e da prednisolona -pressinum “pressin “pressina vasoconstritores derivados da vasopressina “profenum -profen -profeno antiinflamat6rios do grupo do ibuprofen pros prost prost prostaglandinas ‘quinum “quine -guina derivados da quinolina -relinum sreline -relina Peptiios estimulantes da Iiberagio de horménios hipofisirios -serpinum “serpine serpina derivados dos alcaldides da Rawwolfia “stigminum -stigmine -stigmina anticolinestersicos sulfa. sulfa sulle sulfonamidas antiinfecciosas -sulfanum -sulfan =sulfano metanossulfonatos alquilantes antineoplisicos “terolum terol “terol broncodilatadores derivados da fenetitamina ‘izidam tizide “tizida diuréticos do grupo da butizida “toinum stoin “toina anticonvulsivantes derivados da hidantoina Stripeylinum “tiptyline “trptilina substincias do grupo da amitriptlina “verinum “verine Sverina espasmoliticos de agao semelhante a da papaverina Sh 18 QUIMICA FARMACBUTICA D. Abreviacao de radicais e grupos Por serem demasiadamente longos para ser designados pela nomenclatura quimica sistema- tica, diversos radicais ¢ grupos encontrados em medicamentos na forma de sais ou ésteres foram abreviados pela Organizagio Mundial de Saide (Tabela 1.5). V. ASSOCIACOES MEDICAMENTOSAS A. Introdugio Mercé da proliferacao de especialidades far- macéuticas, da bem montada e constantemente aperfeicoada maquina publicitaria das grandes in- distrias farmacéuticas e da extensa rede de distri- buigdo de medicamentos, os mais variados tipos de drogas vém sendo consumidos em quantidades crescentes. Em varios paises, 0 ntimero de espe- cialidades farmacéuticas, com suas diversas apre~ sentagdes, é de cerca de 20,000. Em contrapar- tida, na Suécia elas so apenas 2.600. Na especialidade farmacéutica ha que consi- derar trés aspectos: a substancia ativa, aforma ea formula. B. Substancia ativa A substincia ativa é atualmente conhecida por férmaco, palavra erudita de origem grega € que significa medicamento. Sinénimos de far- maco sio droga, principio ativo e base medica- mentosa. farmaco € 0 composto principal ¢ geral- mente mais caro de uma especialidade farmacéu- tica. E ele o responsavel pela acio terapéutica e, também, pelas reagdes adversas dos medicamen- tos. Em contraste com o mimero elevado de es- pecialidades farmacéuticas, o ntimero de farma- cos é reduzido. A Food and Drug Administration (EDA), dos Estados Unidos, calcula que ha atualmente cerca de 4.000 farmacos, além de aproximadamente 2.000 aditivos. Os farmacos de maior emprego, porém, sio os inscritos nos cédi 05 oficiais, que arrolam ntimero bem menor. Por exemplo, a 3." edigao da Farmacopéia Brasileira, de 1977, descreve apenas 484 substancias quimi- cas, entre farmacos e adjuvantes farmacotécni- cos. A edicgéo conjuntade The United States Phar- Tabela 1.5 Termos abreviados, para radicais € grupos, aprovados pela Organizacao Mundial de Satide Nome proposto. Nome quimico acctofenido ‘metifenilmetileno acetonido ter isopropilidénico de um dleool diidrico aceturato N-acetilglicinato ansonato 4.4'-diaminostilbeno-2,2'-dissulfonato benetamina N-benzilfenetilamina besilato benzenossulfonato bbunapsilato 3,7-di-ert-bulil-,S-naftalenodissulf- hnato ccansilato canforsulfonato caproato hexanoato carbesilato p-carboxibenzenossulfonato cielotato ‘S-metibiciclo(2.2.2}-0ct2-eno-l-carbo- xilato cipionato ciclopentanopropionato elosilato p-clorobenzenossulfonato cromacato {lé-hidroxt-t-metil-2-ox0-24-I-benzo- piran-7-i)-oxijacetato ccromesilato 6,7-diidroxicumarin-4-metanossulfonato deanil 2(dimetilaminoetil) dibudinato 2,6di-tert-bulil-| S-naftalenodissulfo- rato iolamina dietanolamina n-dodecil laud edisilato 1,2-ctanodissulfonato embonato 44 -metilenobis(3-hidroxi-2-naftoato) enantato heptanoato esilato etanossulfonato esteaglato estearoilglicolato estolato laurilsulfatopropionato empropionato _ $fenilpropionato, fendizoato (0-(2'-hidroxi-4-bifenil)carbonil]benzoa- (0-3 fenilpropionato luceptato slucoeptonato Beware Scitidronbenzaidbenzosto igetionato Dhidroxietanossulfonato Taurilsulfato n-dodecilsulfato megalato 3.4,Strimetoxibenzoato megiumina ‘N-mmetilglucamina ‘mesilato metanossulfonato metembonato _4,4'-metilenbis(3-metoxi-2-naftoato) napadisilato 1,$-naftalenossulfonato napsilato 2nafialenossulfonato lamina etanolamina oxoglurato 2oxoglutarato pivalato trimetilacetato tebutato tert-butilacetato teoclato 8.cloroteofilinato teprosilato 1,2,3,6¢tetraidro-1,3-dimeti-2,6-dioxo- purina-7-propanossulfonato tofesilato 12.36-tetraidro-I,3-dimetil-2,6-diox0- purrina-7-etanossulfonato tosilato p-toluenossulfonato triclofenato 2,4,S.trclorofenolato trolamina twietanolamina trometamina _tris(hidroximetibaminometano macopeia XX — The National Formulary XV, de 1980, junto com o 1.° suplemento, também publ cado em 1980, dio as especificagdes de mais de 3.400 medicamentos, nas diferentes fun¢des qui micas em que se apresentam—acidos, bases, sais, NOGOES BASICAS 1» ésteres e éteres, por exemplo — e nas diversas formas de apresentacao: comprimidos. cdpsulas, solucdes, xaropes. injegdes, suspensdes, suposi- trios etc. Considerando apenas as substancias matrizes temos s6 cerca de 850 farmacos. Estes farmacos oficializados devem corresponder A descrigdo que deles se faz nos cddigos oficiais (Farmacopéias e Formularios Nacionais) no que diz respeito a identidade, pureza, estabilidade & uniformidade. Devem. outrossim, apresentar trés caracteristicas fundamentais: 1) eficdcia, ou seja, © efeito terapéutico esperado; por exemplo, 0 flico deve ter ago analgésica e antipirética: 2) seguranca, isto , iseneao de efei- tos adversos inesperados, determinada por en- saios farmacoldgicos e toxicolégicos: 3) biodis- ponibilidade, quer dizer. a capacidade de atingir a circulacao geral ou ser absorvidos em quantidade e com a rapidez adequadas. Na biodisponibilidade intervém varios fato- res. Entre eles, a forma medicamentosa, a via de administragao do medicamento, as varidveis da fabricagiio e da conservacio e 0 estado do pa- ciente. As varidveis da fabricagio e da conserva Ho so diversas: tamanho do cristal ou da parti- Cula, suas formas e ismeros: forma do agente — solugao vs. sal e tipo de sal; veiculo (primario € secundario), excipiente e/ou aglutinante: reves- timentos: niimeros e tipos: grau de hidratagao do cristal ou adigdo de substincias desidratantes a0 acondicionamento ou hidratagio de diluentes, veiculos etc. ; diluente: pureza—tipo e ntimero de impurezas: viscosidade: pH: formas de liberagao prolongada; revestimento entérico: solubilidade: veiculo, base ou agentes dispersantes; recipiente —rolha, tipo de vidro. se o vidro é ow nao pré- aquecido ou impermedvel; acondicionamento (€poca e tipo), literatura incluida, desidratacaio do algodao no acondicionamento — quantidade de algodao: qualidade do principio ativo: relativa € absoluta: contaminantes: substancias alergénicas jas) no produto: ponto de fusdo: ionizagao de ingredientes: tensao superfi- cial — agentes tensoativos; fatores de armazena- mento: tempo. calor, luz, vibragao: agentes aro- matizantes, edulcorantes, saporificantes e coran- tes; dose ou quantidade do medicamento, sua di e tamanho do comprimido ou relagao 4realcomprimido: tipo e caracteristicas de capsu- las gelatinosas: antioxidante incluido na prepara- co; velocidade de dissolugéo e desintegracao: tipo e quantidade de tampio: ar, bolor ou conta- minagao bacteriana do produto; conservante an- tibacteriano: contaminagao metiliea no processo de fabricagZo ou no acondicionamento. Isso significa que uma especialidade farma- céutica fabricada pelo laboratério X pode nao ser terapeuticamente equivalente a mesma especiali- dade fabricada pelo laboratério ¥. Verificou-se, por exemplo, que de 10 lotes de tetraciclina, com nome genérico, s6 3 deram niveis sanguineos sa- tisfat6rios. iguais aos da tetraciclina fabricada por um grande laborat6rio transnacional — os outros 7 atingiram apenas 50% do mesmo nivel. Estudos recentes indicaram que dezenas de drogas fabricadas por laboratérios diversos nao apresentaram a mesma biodisponibilidade. C. Forma As especialidades farmacéuticas podem ser comercializadas sob as mais diferentes formas farmacéuticas. Entre as mais comuns, temos: pés, comprimidos, drégeas, pilulas, granulos, pastilhas, cépsulas, sucos, emulsdes, dispersoes coloidais e suspensdes, hidrdleos, endleos, glice- rOleos. extratos, extratos fluidos, hidrolatos, ak coolatos ou espiritos, pomadas, linimentos, lo- uulos. emplastros, suposit6rios, colirios, injegdes, comprimidos vaginais, solugdes para aplicagao nasal, formas farmacéuticas para apli- cacao uretral, aerossdis. Essas formas podem dar e dao origem a varias apresentagoes de cada espe- cialidade. D. Férmula A especialidade farmacéutica pode conter um ou mais farmacos, além de varios aditivos. A associacio de firmacos visa, entre outros, 20s seguintes objetivos: adigao de efeitos (somagaio), inibigdo de efeitos (antagonismo) ¢ potenciagio de efeitos (sinergismo). Os aditivos podem ser adjuvantes, aglutinan- tes, tampoes. corantes, diluentes, aromatizantes, saporificantes, desintegrantes, lubrificantes, con- servantes, agentes tensoativos, emulsificantes, suspendentes. O farmaco pode ser assemelhado a farinh&. A especialidade farmacéutica, a0 pio. Quantos tipos diferentes de pao se podem fazer com uma nica espécie de farinha? Por esta razio, uma mesma especialidade farmacéutica fabricada por um laborat6rio nao é necessariamente bioequiva- lente Aquela fabricada por outro laboratério. Visto que pouquissimos farmacos novos sao introduzidos na terapéutica— cerca de 15 por ano — as intuistrias farmacéuticas, por motivos vé- r 0 QUIMICA FARMACBUTICA rios, recorrem ao lancamento de associagdes me- dicamentosas. Isto ¢, incluem na mesma formula, com doses fixas, dois ou mais farmacos. Até que ponto stio vilidas essas associagoes? ‘Algumas dessas associagGes so realmente uiteis. Entre outras, as seguintes: estrogénio- progestagénio (em —_anticoncepcional), dextropropoxifeno-paracetamol (analgésico para uso intravenoso), trimetoprima-sulfametoxazol (para tratamento de infeceao crénica do trato uri- nario), ampicilina-probenecida (para gonorréia), tiazidico-reserpina (em hipertensio), esterdide- antibistico (em preparacdes épticas), isoniazida- piridoxina (no tratamento da tuberculose), ergotamina-cafefna (em enxaqueca). Essas asso- ices foram aprovadas pela Food and Drug Administration, dos Estados Unidos. As associagGes seguintes nao foram aprova- das pela Food and Drug Administration: tiazidi co-potdssio, tetraciclina-potdssio, _fenil- butazona-prednisona, tetraciclina-sulfa, este- r6ide-vitamina, esterdide-anti-histaminico-4cido acetilsalicilico, penicilina-estreptomicina, ti- redide-anfetamina. Quais os critérios a adotar na associacaio me- dicamentosa? Isto é, que associagdes medica- mentosas so titeis? Sao as seguintes: a) quando uma droga potencia outra ou mo- difica os seus efeitos, de sorte que doses menores de uma ou mais produzirao 0 mesmo efeito tera- péutico com reacdes adversas menores. E 0 caso do estrogénio e progestagénio nos anticoncepcio- ais; b) quando uma ou mais drogas aliviam os sintomas enquanto 0 férmaco principal cura a in- fec¢ao. Por exemplo, nas infec¢oes respiratorias um quimioterépico para curar e um analgésico, anti-histaminico e descongestionante para aliviar os sintomas; ©) quando uma droga, como meprobamato, combate os efeitos adversos de outra, como de- xanfetamina, permitindo que se possa administrar a droga a.um paciente que nao a tolerava; d) quando 0 microrganismo infectante, como 0 causador da tuberculose, desenvolve re- sisténcia rapidamente. Neste caso, usa-s picina + etambutol ou isoniazida; €) quando uma droga combate a infecgio € outra impede o crescimento de certos organismos ou a superinfeceao. Exemplo: tetraciclina + nis- tatina ou anfotericina B para tratar de certas in- fecgdes bacterianas; ) em casos de no se poder identificar rapi- damente o agente infectante e o paciente precisar fam- de tratamento urgente; g) quando, em doencas parasitétias, as dro- gas atuam por mecanismos diversos e, assim, destroem o organismo invasor. Por exemplo, tri- metoprima + sulfametoxazol, camoprima (amo- diaquina + primaquina); h) em casos de infeccdes miiltiplas, tais como em doengas da pele causadas por germes Gram-positivos e Gram-negativos; i) quando a associacio medicamentosa é mais barata e mais conveniente que as mesmas drogas tomadas isoladamente. Em contrapartida, quando as associagoes medicamentosas sao irracionais ou indesejaveis? Nos seguintes casos: a) quando uma droga potencia demasiada- mente os efeitos da outras b) quando uma droga antagoniza os efeitos de outra ou a inibes ¢) no caso de antiparasitarios, quando nao produz efeito terapéutico maior do que uma s6 droga, apresentando, contudo, maior possibili- dade de interacao com as outras drogas ou in- compatibilidade ou ajuda no desenvolvimento de cepas resistentes. ‘AS associagdes medicamentosas so, via de regra, desvantajosas porque: a) nao permitem flexibilidade de dose; ’b) nem sempre contém as drogas adequadas ou a dose adequad: ‘c) podem conduzir & diagnose descuidada terapia inadequada; 4) podem interferir com a identificagao do agente etiolégico; ©) a toxicidade de um dos ingredientes pode impedir 0 uso de doses terapéuticas de outro; f) as toxicidades que surgem nem sempre podem ser associadas com qualquer um dos in- gredientes—talvez resultem de reacdes quimicas entre ambos durante o armazenamento ¢ © ma- nejo; 2) dificilmente é necessério mais de um fér- maco para combater uma infecedo ou corrigiruma disfuncao organic Por esses motivos, 0 paciente que é tratado com associagdes medicamentosas, quando essa terapia nao é a recomendada, € prejudicado de varias maneiras, mas principalmente sob dois as- pectos fundamentais: 1) gasta mais do que deve- ria, pois em geral uma associacao medicamentosa custa mais do que uma, ou duas, ou até trés espe- cialidades contendo cada qual apenas um Unico Farmaco; 2) no caso de o tratamento de sua doenca precisar de um tinico farmaco, ao tomar uma as- NOCOES BASICAS 2 sociaciio medicamentosa em vez de um tinico Farmaco ele esta sofrendo os efeitos adversos nao s6 do farmaco de que efetivamente precisa, mas também dos demais farmacos integrantes da as- sociacdo. Em outras palavras, o paciente é lesado tanto no bolso quanto na satide. Uma associacao medicamentosa insatisfatoria é, portanto, preju- dicial ao paciente. A despeito dessas desvantagens e perigos. as inddstrias farmacéuticas — aqui e alhures. pois este é um mal quase universal — nao hesitam em inundar 0 mercado com as mais estapafiirdias e irracionais associagdes medicamentosas. Neste particular, 0 Brasil € um dos lideres do mundo. Temos dezenas e até centenas de associagdes medicamentosas de algumas drogas, muitas delas intteis, irracionaise até perigosas. Por exemplo, 0 Diciondrio de Especialidades Farmacéuticas, de 1979-1980, que arrola os produtos deapenas cerca de 220 inditstrias farmacéuticas (das mais de 450 que operam no pais), registra 25 associagdes do Acido salicilico, 40 do écido acetilsalicilico, 91 da efedrina, 110datetraciclina, 121 dadipirona, além de dezenase centenas de muitos outros farmacos, principalmente vitaminas. E. Especialidades farmacéuticas O miimero de especialidades farmacéutica, com as suas varias apresentagdes, é excessivoem. quase todos os paises desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento, ultrapassando geralmente a casa dos 10.000; na Itélia e na Alemanha sobe a mais de 20.000. © Brasil néo constitui excecdo. Também aqui 0 ntimero de especialidades farmacéuticas, com as suas respectivas apresentacdes, € exces- sivo. Quais as causas disso? Varias. As principais so as seguintes: a) a enorme extensio territorial do Brasil, um pais-continente, o que justifica a instalacao de laboratorios regionais, que atendem A populaczo local e adjacéncias: b) o acentuado espirito de concorréncia co- mercial, de sorte que produto de grande saida de um laboratorio estimula outros laboratérios a fabricd-lo também; c) a grande quantidade de similares de pro- dutos de alta vendagem, para arrebanhar parte do mercado, 0 que é compreensivel numa sociedade de consumo e altamente competitiva como € a nossa; d) a profunda ignorncia de grande massa do nosso povo que, a primeira manifestacao de dor ou desconforto, trata de medicar-se; e) as condigdes deficientes de satide de pon- derdvel parcela de nosso povo; ) obaixo nivel educacional da populagao em geral; 2) a propaganda altamente agressiva dos Ia- boratorios, mediante entrevista médica, distri- buicao de amostras gratuitas, propaganda em re- vistas, radio e televisao, fornecimento de litera- tura, propaganda de prestigio institucional por meio de congressos. bolsas de estudo, prémios, auxilios para pesquisas; h) o conhecimento insuficiente de farmaco- logia clinica e terapéutica por parte de nossos médicos: i) aretencdo, no comércio, de drogas obsole- tas, ineficazes e até perigosas; j) o.acodamento dos pequenos laboratérios, concorrentes da grande indistria, com o langa- mento de formulas correntes e freqiientemente idénticas: k) a contencao dos pregos de medicamentos por parte do governo. Nao podendo elevar 0 preco dos medicamentos simples, os laboratérios langam enxurradas de associagdes medicamento- sas, porque para estas conseguem precos adequa- dos Qual seria o ntimero ideal de especialidades farmacéuticas? Martin arrola as 500 especialida- des farmacéuticas mais vendidas nos Estados Unidos, e essas correspondem a 85% de todas as receitas dos médicos daquele pais. Recente publi- cagao oficial norte-americana fornece a lista com- pleta das drogas essenciais e valiosas para o tra- tamento da satide preparada por um grupo de especialistas de reconhecido valor e larga expe- riéncia. A Organiza¢do Mundial de Saide in- forma que determinados paises, com 0 objetivo de diminuir substancialmente o ntimero elevado de especialidades — o que dificulta tanto 0 médico quanto farmacéutico e, mais ainda, o paciente— prepararam uma lista de medicamentos essen- ciais. Esse nimero € relativamente baixo, nao ultrapassando algumas centenas. No Brasil, as- cende a cerca de 300. Em 1977, a prépria Organi- zacio Mundial de Satide publicou a sua selegao de medicamentos basicos. Dela constam 163 medi- camentos simples e 12 associacdes — constitui- das, a0 todo, por 23 outros medicamentos —, além de 32 medicamentos complementares, isto €, 186 medicamentos essenciais e 32 acessorios. Sao, ao todo, 218 medicamentos, entre os quais 2 soros € 9 vacinas. Em 1979, essa lista sofreu li- geira revisdo. Da nova relacio constam 186 me 2 QUIMICA FARMACRUTICA ‘camentos principais, 39 acessérios ¢ 11 associa- goes. VI. SELECAO DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS A. Critérios adotados ‘A Organizag’io Mundial de Satide, para justi- ficar a sua proposta de uma lista de medicamentos essenciais, assim se manifestou (Série de Infor- mes Técnicos, n.° 615, 1977): “Embora 0s medicamentos por si sés nao sejam suficientes para proporcionar assisténs adequada & satide, eles desempenham funcdo muito importante em proteger, manter e restaurar a satide. Nos tltimos anos, registrou-se extraor- dindrio aumento no niimero de produtos farma- céuticos lancados no mercado, sem que se obser- vasse melhoramento proporcional no estado geral da satide das populagoes. Muitos produtos farmacéuticos so comer- cializados sem levar em consideragao apenas as diferentes necessidades e prioridades dos diver- sos paises em matéria de satide. As atividades promocionais dos fabricantes tém criado de~ manda superior as necessidades reais. Visto que nos paises em desenvolvimento até 40% do orga- mento total de assisténcia a satide se gastam em medicamentos, o resultado tem sido aumento no custo do atendimento A satide ou redugio nos fundos disponiveis para outros servigos de sai O problema da elevacao do custo afetou até as nagoes ricas, cujos governos se mostram cada vez mais preocupados pelo gasto crescente em produ- tos farmacéuticos. Nos paises em desenvolvi- mento, 0 problema é agravado pelos limitados recursos econémicos, escassez de pessoal de satide capacitado e falta de politica farmacéutica organizada. Nos paises menos desenvolvidos, em que as enfermidades transmissiveis e a falta de cuidados elementares de satide constituem os principais problemas médicos, amplos setores da populacdo necessitam com urgéncia de medica- mentos essenciais. E evidente que, para 0 aproveitamento timo dos limitados recursos financeiros, o nimero de medicamentos disponiveis deve restringir-se aos de eficécia terapéutica comprovada, de seguranga aceitével e que satisfacam as necessidades de satide da populacao. Os farmacos selecionados sao aqui qualificados de “essenciais’’, 0 que in- dica serem da maxima importancia ¢ basicos, i dispensaveis ¢ imprescindiveis para atender as necessidades de satide da populacdo. Os farmacos incluidos em tal lista no sero ‘(os mesmos nos diversos paises, ja que sua selegao depende de muitas condigoes, tais como a dife- rente prevaléncia das enfermidades, 0 tipo de pes- soal de satide disponivel, os recursos financeiros € varios fatores genéticos, demograficos e ecoldgi- cos. Em razdo das grandes diferencas que exis- tem entre os diversos paises, nao é exeqiiivel nem possivel preparar uma lista de farmacos que seja aplicdvel e aceitével de modo geral e uniforme. Portanto, sobre cada pais recai a responsabili- dade direta de avaliar e adotar uma lista de medi- camentos essenciais, de conformidade com sua politica propria no setor da satide. A lista de medicamentos essenciais baseada nas diretrizes propostas no presente informe constitui um modelo que pode servir de base para os paises a fim de identificar as suas préprias prioridades e fazer a sua propria selecao. ‘A experiéncia confirma a idéia de que o nti- mero de firmacos necessérios é relativamente pequeno. Varios paises em desenvolvimento que adotaram listas com ntimero limitado de medica- mentos informam que sua aceitagao tem sido sa- tisfatéria e favordveis os resultados médicos & econdmicos obtidos. Também em muitos paises desenvolvidos se usam com resultados plena- mente satisfatérios listas e formulérios com mi- mero limitado de farmacos. ‘Uma lista limitada talvez nao atenda as ne- cessidades de cada individuo, mas certamente sa- tisfard as da grande maioria. Compete a cada pais decidir se no setor privado sera possivel obter os férmacos ou produtos farmacéuticos que nao constam da lista. As listas que arrolam nimero limitado de férmacos apresentam varias vantagens 1) Reducdo no ntimero de produtos farma- céuticos que se devem adquirir, armazenar, anali- sar e distribuir; 2) Melhoramento na qualidade do emprego, administragio, informacio e vigilncia dos medi camentos; 3) Estimulo &s indistrias farmacéuticas lo- cais; 4) Assisténcia aos paises menos desenvolvi- dos que necessitem com urgéncia de programas de medicamentos de alta prioridade para resolver seus problemas de atendimento primérioa satide. Um programa eficaz de selecio de medica- mentos, acompanhado de informaciioe educacao adequadas, pode contribuir para melhorar as ati- NOGOES BASICAS 2 tudes relativas ao papel dos medicamentos na satide e na doenca.” B. Lista modelo revista de medicamentos essenciais Na lista dada a seguir, que é uma revisio de 1979 da lista original de 1977, os ntimeros que se encontram entre parénteses em continuacdo aos nomes de alguns farmacos indica (1) inclufdo na lista como exemplo da cate- goria terapéutica correspondente; eleger o far- maco mais barato sempre que seja aceitavel eficaz; Q) para seu emprego correto, importa dis- por de conhecimentos especificos, precisio no diagnéstico ou equipamento especial; G) poténcia maior; (4) em casos de insuficiéncia renal, contra- indicado ou a dose deve ser ajustada; (3) para facilitar a observacao do enfermoa quem foi receitado; (©) parémetros farmacocinéticos étimos para a finalidade desejada; (1) 05 efeitos adversos diminuem a relagio beneficio/risco: (8) indicagSes limitadas ou espectro de ati- vidade estreito; (9) para anestesia epidural; (10) drogas sujeitas a controle internacional segundo a Convengao Unica sobre Narcéticos (1961) ea Convencio sobre Psicotrépicos (1971). Os farmacos arrolados sob 0 cabecalho Me- dicamentos complementares nao so essenciais. Eles foram adicionados como exemplos de farma- cos que (a) podem ser usados como substitutes quando os microrganismos infectantes adquirem resistencia aos fiérmacos essenciais; (b) servem para o tratamento de distirbios raros; ou (c) pos- suem propriedades farmacocinéticas especiais, etc.; deverao ser adquiridos em fungao das dispo- nibilidades financeiras. As letras entre parénteses apds os nomes de medicamentos complementares indicam as ra- zSes para a sua inclusio: (A) quando os farmacos da lista principal nao sio disponiveis; (B) quando os férmacos da lista principal se mostrarem ineficazes ou inapropriados para determinado individuo; (C) para uso em distiirbios raros ou em cir- cunstincias excepcionais. Na parte relativa aos Antiinfecciosos, em suas decisdes acerca dos farmacos agrupados em algumas classes terapéuticas — antifilariéticos, anti-helminticos, antileproticos, antimalaricos, esquistossomicidas e tripanomicidas — a Comi sao de Peritos baseou-se nas publicagdes corres- pondentes da OMS. Nao se avaliaram tampouco 0s farmacos mais modernos que esto sendo em- pregados atualmente no programa de investigacao coordenado pela OMS, tais como o uso de cimeti- dina na Glcera péptica, do praziquantel na esquis- tossomiase e do timolol em glaucoma. Da lista modelo de medicamentos essenciais, revista em 1979, constam 186 medicamentos, além de 11 associagdes medicamentosas. A lista complementar arrola outros 39 férmacos. Nesta relac&o, os medicamentos sao agrupados segundo a aco farmacol6gica, a saber: Medicamentos Lista principal complementares 1, Analgésicos, antipiréticos, ant Inflamatérios nao-esteréides antigotosos ficido acetlsalicilico colchicina (B, C) alopurinol () a ibuprofeno (1) probenecida indometacina Bo paracetamol 2, Analgésicos, narosticos e antagonistas os narcoticos morfina (10) petidina (A) | raloxona 4, 10) | 3. Anestésteos | ‘Anestésicos gerais ¢ oxigénio ter anestésico (2) halotano (2) 6xido nitroso (2) oxigénio tiopental (2) Anestésicos locais bupivacaina (1, 2, 9) lidocafna (1) 4. Antialérgicos ‘Anti-histaminicos clorfenamina (1) 8. Antidotes Gerais carvao adsorvente ‘pecacuanha Especificos atropina deferoxamina dimereaprol (2) edetato diss6dico de calcio @) nitrito de sédio tiossulfato de sédio 6, Antienxaquéicos ‘ergotamina (2, 7) 7. Antiepilepticos diazepam etosuximida cloreto de metil- tioninio (C) Acido valproico B.0)2,4,7 Medicamentos Lista principal ‘complementares (QUIMICA FARMACBUTICA, Lista principal Medicamentos complementares fenitoina ccarbamazepina Fenobarbital (10) 0) 8. Antiinfecciosos ‘Amebicidas metronidazol diloxanida (A) cemetina (A, B) ) paromomicina (B) Antibacterianos ‘ampicilina (1, 4) benzilpenicilina benzilpenicilina benzatina (5) cloranfenicot (7) cloxacilina (1) amicacina (B, C) a4) benzilpenicitina procaina (A) (7) doxiciclina (B) ertromicina 6.6) Fenoximetilpencilina nityoFurantoina sgentamicina (4) (A,B), metronidazol salazossulfapiridina (2) sulfadimidina (1, 4) sulfametoxazol + trimetoprima (4) tetraciclina (1, 4) Antifilariticos dietilearamazina Antifngicos sistémicos ‘anfotericina B sriseofulvina (8) aistatina Anti-helminticos ‘mebendazol niclosamida piperazina tiabendazol Antileproticos dapsona Aucitosina (B) 4,8) hidroxinaftoato de befénio (B) (8) clofazimina (B) sifampicina (B) Antimalaricos cloroquina (1) sulfadoxina + p= pirimetamina rimetamina (B) primaquina guinina Esquistossomicidas ‘meteifonato estibocaptato niridazol (7, 8) sédico (B) oxamniquina tartarato sédico de antiménio (B) Leishmanicidas estibogluconato s6dico pentamidina (3) Tripanomicidas melarsoprol (5) nifurtimox pentamidina (5) Suramina s6dica Tuberculostéticos estreptomicina (4) ctambutol isoniazida rifampicina 9. Antineoplisios e imunossupresivos zatioprina (2) ‘bleomicina (2) ‘bussulfano (2) cielofosfamida (2) citarabina 2) clorambucil 2) doxormubicina (1, 2) Avoruracil 2) folinato eéleico (2) metotrexato 2) procarbazina (2) vvincristina (2) 410, Antiparkinsonianos levodopa triexifenidita (1) 11. Aparelho respiratorio, férmacos que atuam sobre 0 Antiasméticos aminofilina (1) epinefrina salbutamol (1) Antitussigenos codeina (10) 12, Cardiovasculares, farmacos Antianginosos dinitrato de isossorbida (1) nitroglicerina propranolol (1) Antiarritmicos Tidocaina procainamida (1) propranolol (1) Anté-hipertensivos hidralazina (1) hiidroclorotiazida (1) nitroferricianeto sédico (1, 2. 8) propranolol (1) Glicosidios cardioténicos igoxina (4) Medicamentos empregados em chogue ou anafilaxia dopamina (2) epinefrina 13. Dermatoligicas, preparacées Adstringentes ‘acetate alu Antiinfeeciosos ‘neomicina + bacitracina (1) AntiDnflamatérios betametasona (1, 3) hidrocortisona (1) Escabicidas e pediculicidas benzoato de benzila lindano Fungicidas fcida benzsico + dcido salicitico miconazol (1) nistatina Queratoplasticos feido salicilico aleatrao de hulha levodopa + carbi dopa (B) (1, 5, 6) cido cromogli- cico (B) 2, 8) beclometasona Be ‘efedrina (A) quinidina (A, B) a ‘metildopa (A, B) reserpina (A) an Aigitoxina (B) (6) isoprenalina Lista principal NOCOES BASICAS 2s Medicamentos complementares Lista principal Medicamentos complementares 18, Horméni 14, Desinfetantes cirargieos clorexidina (1) iodo (1) 18, Diagndsticos, agentes auxiliares de ‘edrofénio (2, 8) tuberculina, derivado proteinico purificado (DPP) Ofidlmicos fluoresceina Substancias de radiocontraste ‘ido iopansico (1) adipiodona de meglumina (1) amidotrizoato de meglumina (1) amidotrizoato sédico (1) sullfato de bario (1) 16. Diuréticos amilorida (1) clortatidona (B) (6) espironolactona Turosemida (1) hidroctorotiazida (1) manitol 17. Gastrintestinals, firmacos Antidcidos hidréxido de aluminio hidréxido de magnésio Antieméticos prometazina (1) Anit-hemorroiddrios ‘combinagao de um anestésico local, um adstringente e um antiinflamatorio (1) Catarticos sena (1) Diarréia Antidiarréicos codeina (1, 10) Solugdo de substiuicao Sais para reidratagdo oral (solugao salino-slicosada para uso oral) ccarbonato de cileio (A, B) Para um litro de gua: (frasco) amolll cloreto de sédio 35g, Na* 90 bicarbonato de $6 25g,HCO; 30 cloreto de potissio 15g, Kr 20 glicose (dextrose) 2008. glicose 111 Espasmoliticos atropina (1) Androgénios testosterona (2) Contraceptivos orais etinilestradiol + levonorgestrel (1) _noretisterona etinilestradiol + noretisterona (1) Estrogénios etinilestradiol (1) Horménios adrenais ¢ substitu. dexametasona (1) fudrocortisona hidrocortisona oO prednisolona (1) Horménios tiredideos antagonistas iadeto de potéssio levotiroxina propiltiouracl (1) Indutores de ovulagao clomifeno (C) 2,8) Insulinas suspensio de insulina zinco ‘composta (1) insulina injetsvel Progestagénios noretisterona (1) 19, Imunoligicos, produtos Soros e imunoglobulinas imunoglobulina anti-D (humana) imunoglobulina humana normal (2) antitoxina diftérica antitoxina tetanica ‘oro antiofidico soro anti-rébico hiperimune Vacinas Para imunizacdo universal vacina antipoliomielitica (viva atenuada) vacina anti-sarampo vacina antitetanica vacina antivaristica vacina BCG. vacina contra difteria e tétano vacina triplice (difteria- pertussis-tétano — DPT) Para grupos especificos de individuos vacina anti-rabica vacina anttiica vacina contra febre amarela vacina contra influenza vacina meningocécica 20, Miorrelaxantes (de agdo periférica) © inibidores da colinesterase neostigmina piridostigmina (B) suxamet6nio (2) 8) tubocurarina (1, 2) 21. Oftalmoldgicas, preparasies Anestésicos locais tetracaina (1) Antiinfecciosos nitrato de prata sulfacetamida Antiinflamatérios hidrocortisona (2, 7) Midridticos homatropina (1) epineftina (A, B) @ Mi6ticos pilocarpina Sistémicas acetazolamida 22, Oxitscicos ‘ergometrina (1) oxitocina 26 QUIMICA FARMACEUTICA Medicamentos Lista principal complementares 23. Psicotrépicos ‘amitriptilina (1) carbonato de litio 2. 4. 7) clorpromazina (1) iazepam (1) flufenazina (1, 5) haloperidol (1) 24, Sangue, drogas que afetam 0 ‘Antianémicos ‘cio falico (2) hidroxocobalamina (1, 2) sal ferroso (1) Anticoagulantes e antagonistas fitomenadiona heparina (2) sulfato de protamina (2) warfarina (I, 2, 6) 25, Sangue, produtos e substitutos do Fracdes do plasma para usos especificos albumina humana normal 28) dextriferrona (B) ay) ccomplexo do fator IX (fatores de congulacao II, VII, IX, X, con- centrados) (C) 2.8) fibrinogénio (C) 2,8) fragao anti-hemo- ica (©) @, 8) proteina plasma tica (C) 2,8) Substituto do plasma ddextrano 70 26, Solugao para dialise peritoneal *" "solugio para didlise peritoneal (de composicéo apropriada) 27. Solugdes corretoras dos distirbios hidrico,eletrolitco e acido-basico Orais sais para reidratagao oral (solugio salino-glicosada) cloreto de potissio Parenterais gua injetavel bicarbonato de s6dio cloreto de potissio cloreto de sédio licose alicose com cloreto de sédio lactato sédico composto injetavel 28, Vitaminas e minerais Acido ascérbico ‘ergocalciferol (1) luoreto de sédio nicotinamida (1) piridoxina retinol iboflavina tiamina sliconato de calcio VII. MEDICAMENTOS ESSENCIAIS DO BRASIL ‘A. Normas para selegio dos medicamentos essenciais A Relagio Nacional de Medicamentos Es- senciais foi preparada pelo Conselho Consultivo, presidido pelo professor Antonio Carlos Zanini, da Central de Medicamentos (CEME), érgao su- bordinado ao Ministério da Previdéncia e Assis- téncia Social. Ela “reflete a soma dos principios fundamentais de terapia medicamentosa e satide piiblica, incluindo, portanto, os agentes imuni- zantes e as drogas componentes dos esquemas adotados pelo Ministério da Saiide. Procurou 0 Conselho selecionar as drogas de maior eficaci menor toxicidade, producao, custo, distribuicao e conservaedo compativeis com as condicdes do Pais”. Esta relagdo é periodicamente revista e atualizada. A reviséo mais recente € a de 18 de margo de 1980. ‘Os medicamentos basicos constantes da re- lag&io foram divididos em trés grupos, conforme sua maior probabilidade de utilizacao. O grupo 1 corresponde ao nivel de assisténcia primdria de satide, isto é, “‘destina-se ao atendimento de doengas com alta probabilidade de afetar qual- quer individuo no curso de sua vida: infeccdes respiratérias, formas comuns de doengas do cora- cho, artrite, asma, distirbios gastrintestinais, pe~ quenos acidentes e outros. O atendimento ¢ reali- zado em consultérios, clinicas, ambulatérios, dispensdrios ou centros de satide, facilmente acessiveis a pequenos grupos populacionais de 1.000 a 25.000 pessoas” Os medicamentos do grupo 2 destinam-se & distribuicdo em hospitais e ambulatérios especia- lizados, porquanto seu objetivo € a assisténcia secundaria, vale dizer, ‘*o atendimento de pes- soas vitimadas por acidentes de trafego e de traba- Iho, queimaduras, fraturas, doencas cardiacas, emergéncias e outras afecgées que demandam pessoal especializado e instalagdes hospitalares adequadas; a probabilidade da ocorréncia de tais situagdes é relativamente baixa para um dado in- dividuo, sendo a prevaléncia mais expressiva quando a populaciio soma de 25.000 a 500.000 pessoas”. O grupo 3 abrange os medicamentos de uso relativamente restrito a alguns centros médicos especializados e hospitais universitarios, onde se presta a assisténcia tercidria, ou seja, ‘*o atendi- NOGOES BASICAS na mento altamente especializado, tecnologica- mente fundamentado em assisténcia intensiva, concentrada nos grandes centros médicos e hospi- tais universitérios; é extremamente baixa a pro- babilidade de ser necesséria para um individuo durante sua existéncia, mas a prevaléncia € relati- vamente definida para um grupo populacional acima de 500.000 pessoas”. ‘Nem todos os nomes constantes da Relago Nacional de Medicamentos Essenciais, conforme aparecem a seguir, coincidem com os adotados pela CEME. Seguindo orientagao oficial do Bra- sil, usamos sistematicamente a nomenclatura proposta pela Organizaco Mundial de Satide e, por isto mesmo, adotada pela Comissao de Revi- so da Farmacopéia Brasileira. Essa nomencla- tura nem sempre corresponde a nomenclatura ofi- cial norte-americana, adotada pela CEME para designar a maioria dos férmacos constantes da referida Relacao. B. Relacao nacional de medicamentos essenciais 1, MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NER- ‘YOSO CENTRAL E PERIFERICO Anestésicos gerais alfaxalona + alfadolona (2), cetamina (3), éter 2), halotano (2), 6xido nitroso (3), tiopental s6dico (2) Anestésicos locais bupivacaina (2), bupivacaina + epinefrina (2), lidocaina (1 ou 2), lidocaina + levarterenol (D, tetracaina (1) Hipnéticos e sedativos fenobarbital (1), nitrazepam (2) Hipnoanalgésicos fentanila (3), morfina (3), petidina (2) Anticonvulsivantes carbamazepina (2), diazepam (1), etosuxi- mida (2), fenitoina (1 ou 2), fenobarbital (1) Nora (1) Medicamentos para distrbuiglo irrestrita a ambulasrios. dis: pensiros, centres de sade e hosptais publicos. (@) Medicamentos para distibuigdo restrita'@ ambulatérios especial zados hospitals: (0) Medicamentos para distibuigio restrita a centros médicos espe: ializados e hospitals universrios; (@) Medicamentos para distbuicio restrita aos servigos da Divi Nacional de Dermatologia Sanita, 3 Antiparkinsonianos biperideno (2), levodopa (2) Antipiréticos-analgésicos Acido acetilsalicilico (1), dextropropoxifeno 2), noramidopiriniometanossulfonato sédico a Neurolépticos clorpromazina (1), droperidol (3), flufenazina (2), haloperidol (1), levomepromazina (1 0u2) Ansioliticos diazepam (1) Antidepressivos amitriptilina (1), imipramina (2) Bloqueadores neuromusculares galamina (2), pancurénio (2), suxamet6nio 2) . MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA NER- ‘YOSO AUTONOMO Adrenérgicos dopamina (3), epinefrina (1), isoprenalina 2), metaraminol (3), orciprenalina (2), salbuta- mol @) Colinérgicos neostigmina (2), piridostigmina (3) Bloqueadores adrenérgicos ergotamina (1), fentolamina (3), propranolol 2 ou 3) Bloqueadores colinérgicos e antiespasmédi- cos atropina (2), brometo de propantelina (2), di- cicloverina (1 ou 2), escopolamina (1), homa- tropina (1 ou 2) Anti-histaminicos dexclorfeniramina (2), difenidramina (2), prometazina (1) MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO CIR- CULATORIO Cardioténicos deslandsido (1), digitoxina (1), digoxina (1 ou 2) Antiarritmicos fenitoina (2), lidocaina (2), procainamida 2), quinidina (1), verapamil (2) ‘QUIMICA FARMACEUTICA Antianginosos dinitrato de isossorbida (1), dipiridamol (1 ou 2), nitroglicerina (1) Vasodilatadores periféricos cinarizina (2), papaverina (1) Anti-hipertensivos diaz6xido (3), hidralazina 3), hidroclorotia- zida (1), metildopa (1), nitroferricianeto s6 dico (3), propranolol (2), reserpina (1) MBDICAMENTOS QUE ATUAM NOS ORGAOS HE- MATOPOIETICOS E NO SANGUE Antianémicos Acido félico (1), ferro coloidal (3), hidroxico- balamina (1), sulfato ferroso (1) Anticoagulantes heparina sdica (2), warfarina sédica (2) Coagulantes fitomenadiona (2), protamina (2) Derivados do sangue albumina humana (2), imunoglobulina sérica Q), plasma anti-hemofilico humano G), plasma humano crioprecipitado (3) Expansores plasméticos dextrano 40 (2) . MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO GENITO-URINARIO Diuréticos acetazolamida (2), espironolactona (3), furo- semida (1), hidroclorotiazida (1), manitol 2) Anti-sépticos urindrios Acido nalidixico (1), fenazopiridina (2), mete- namina (1), nitrofurantoina (1) Oxitécicos ergometrina (2), metilergometrina (1), oxito- cina (2) . MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO RES- PIRATORIO Expectorantes iodeto de potassio (1) Antitiissicos codeina (2), dextrometorfano (1) Broncodilatadores aminofilina (1), isoprenalina (2). orciprena- lina (2), salbutamol (2), teofilina (1) Descongestionantes nasais cloreto de s6dio (1), fenilefrina (1) |. MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO APARELHO DI- GESTIVO Laxativos docusato sédico (1), glicerol (1 ou 2), ispagul (2), Gleo mineral (2), dleo mineral associado (1), sorbitol + laurilsulfato de sédio (2), sul- fato de magnésio (2) Antidiarréicos caulim + pectina (1), difenoxilato (1), elixir paregérico (1) Antiacidos e inibidores da secrecao gastrica cimetidina (2), hidréxido de aluminio (1), hi- dr6xido de magnésio (1) Antieméticos clorpromazina (1), dimenidrinato (2), meto- clopramida (1) Digestivos pancreatina + sais biliares (1) Adsorventes dimeticona (2) |. MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE 0 METABO- LISMO E A NUTRICAO Antilipémicos clofibrato (2) Repositores hidroeletroliticos bicarbonato de sddio (2), cloreto de potassio (2), cloreto de sédio (1 ou 3), fosfato dcido de potassio (3), gluconato de calcio (2), reidra- tante (1), solugao de dextrose (1), solugao de Ringer lactato (2), sulfato de magnésio (2) Suplementos dietéticos e nutrientes parenté- ricos concentrado de proteinas (2), emulsao de li- pidios de dleo de soja (2), solugao de aminod- cidos (2), solugao de aminodcidos essenciais @) 10. NOCOES BASICAS 2» Vitaminas Acido ascérbico (1 ou 2), dcido félico (1), reti- nol + vitamina D (1), fitomenadiona (2), hi- droxicobalamina (1), piridoxina (1), polivita- minas (1 ou 2), retinol (1), vitaminas do com- plexo B (1), vitaminas + sais minerais (1) Outros solucio para didlise peritoneal (2), solucao para hemodislise (3) ). MEDICAMENTOS DE ACAO ENDOCRINA Hipofisdrios e afins oxitocina (2), somatotrofina (3), tetracosdc- tido (2), tirotrofina (3), vasopressin @) Androgénios fluoximesterona (3), oximetolona (3), testos- ‘terona (2) Estrogénios dietilestilbestrol (G3), estrogénios conjugados 2), etinilestradiol (1), succinato de estriol (2) Gestagénios caproato de hidroxiprogesterona (3), medro- xiprogesterona (2 ou 3) Insulina e antidiabéticos orais clorpropamida (1), glibenclamida (1), insulina isofana (1), suspensao de insulina-zinco (cris- talizada) (2) Tiredideos e antitiredideos liotironina (2), liotironina + levotiroxina (2), propiltiouracil (2), solugdo de lugol (2) Corticosteréides dexametasona (1 ou 2), hidrocortisona (2), metilprednisolona (2), prednisolona (2), prednisona (1 ou 2) MEDICAMENTOS ANTINFECCIOSOS E ANTIPA- RASITARIOS Antibidticos amicacina (3), ampicilina (1 ou 2), anfoteri- cina B (2), benzilpenicilina benzatina (1), benzilpenicilina cristalina (2), benzilpenic Jina procaina (1), benzilpenicilina procaina + benzilpenicilina potéssica cristalina (1), car- benicilina G), cefalexina (2), cefalotina (2), cloranfenicol (1), dicloxacilina (2), eritromi- cina (1), estreptomicina (1), fenoximetilpeni- cilina (1), gentamicina (2), griseofulvina (2), lincomicina (2), neomicina (2}, neomicina + bacitracina (1), nistatina (1), oxacilina @), oxitetraciclina (2), rifampicina (1), tetraci- clina (1) Sulfamidicos ftalilsulfatiazol (2),-salazossulfapiridina @), sulfacetamida (1), sulfadiazina (1), sulfame- toxazol + trimetoprima (1), sulfametoxipiri- dazina 2) Nitrofuranos furazolidona (2), nitrofurantoina (2), nitrofu- ral 2) Antimoniais antimoniato de meglumina (2) Tuberculostaticos estreptomicina (1), etambutol (1), etionamida (1), isoniazida (1), isoniazida + rifampicina (1), pirazinamida (1), rifampicina (1) Hansenostdticos acedapsona (1), clofazimina (1), dapsona (1), rifampicina (1), talidomida (2) Antimaléricos cloroquina (1), pirimetamina + sulfadoxina (1), primaquina 2) Antiamebianos metronidazol (1), teclozan (1) Giardicidas e tricomonicidas furazolidona (2), metronidazol (1) Anti-helminticos dietilearbamazina + difenidramina (2), me- bendazol (1), niclosamida (1), oxamniquina 2), suramina (3), tiabendazol (1) |. CITOSTATICOS Alcaldides vimblastina (3), vineristina (2) Alquilantes bussulfano (3), ciclofosfamida (2), clorambu- cil (3), clorometina (3), melfalano (3) Antimetabdlitos azatioprina (3), citarabina (3), fluoruracil (2), mercaptopurina (3), metotrexato (2) 30 QUIMICA FARMACBUTICA Antibiéticos bleomicina (2), dactinomicina (3), doxorrubi- cina (2) Outros procarbazina (2) 12, ANTIL-REUMATICOS E ANTIINFLAMATORIOS Acido acetilsalicilico (1), alopurinol (2). col- chicina (3), fenilbutazona (2), indometacina Q 13, MEDICAMENTOS QUE ATUAM NA PELE, MUCO- SAS E FANEROS. Antiparasitarios e fungicidas benzoato de benzila (1), cloreto de metilrosa- nilina (1), sulfiram (1), tolnaftato (2) Anti-sépticos permanganato de potdssio (1), perdxido de hidrogénio (1), tintura de iodo (1), tiomersal aM Protetores, redutores e outros calamina (1), colagenase (3), fibrinolisina + desoxirribonuclease (3), Oxido de zinco (1), petrolato (2), podofilina (2), tintura de ben- joim coloidal (2), undecilenato de zinco (1) 14, IMUNOTERAPICOS Imunoglobulinas imunoglobulina antitetinica (2), imunoglobu- lina Rh, (D) (3), imunoglobulina sérica (2) Soros soro antiaracnidico (2), sor antibotrépico (2), soro anticrotélico (2), soro antidiftérico (2), soro antielapidico (2), soro antiescorpi6- nico (2), soro antiofidico polivalente (2), soro anti-rabico (2), soro antiteténico (2) Vacinas toxdide altimen tetanic (1), vacina antiamari- lica (1), vacina antimeningocécica (1), vacina antipoliomielitica (1), vacina anti-rébica ca- nina (1), vacina anti-rabica humana (1), va- cina anti-sarampo (1), vacina BCG (1), va- cina contra a febre tifdide (1), vacina triplice (DPT) (1) 45, AGENTES DIAGNOSTICOS Contrastes radiolégicos acetrizoato de meglumina (2), Acido ioglica- mico (3), dcido iopancico (2), adipiodona de meglumina 2),amidotrizoato de meglumina + amidotrizoato sédico (2), amidotrizoato s6- dico (2), iocarmato de meglumina (2), ioda- mida (2), iodoestearato de etila (2), dleo io- dado (3), ioxitalamato de meglumina (2), sul- fato de bario (2) Outros agentes diagnésticos fentolamina (3), fluorescefna (2 ou 3), tuber- culina (2) 16, MEDICAMENTOS DE USO OFTALMICO Agentes diagndsticos fluoresceina (2) Anestésicos tetracaina (1) Antiinfecciosos ¢ antiinflamatérios argirol (1), cloranfenicol (1), dexametasona (2), nitrato de prata (1), sulfacetamida (1), tetraciclina (1) Miéticos, midridticos e cicloplégicos atropina (2), ciclopentolato (2), fenileftina (2), homatropina (2), pilocarpina (2) Umectantes metilcelulose (2) Vasoconstritores fenilefrina (1) Outros medicamentos Acido folinico (3). dissulfiram (2), fluoreto de s6dio (1), hipoclorito de célcio (1), mesilato de pralidoxima (3), nalorfina (3), oleato de monoetanolamina + lcool benzilico (2), pro- benecida (1 ou *) VII. BIBLIOGRAFIA Para o estudo da Quimica Farmacéutica os interessados dispdem de varios cédigos ¢ com- péndios, tanto para a parte tesrica quanto para a parte pratica. Existem também diversas publica- des seriadas, bem como revistas especializada: Em geral, todos estes codigos, compéndios, pu- i NOCOES BASICAS 3 blicagdes seriadas e revistas especializadas so escritos em inglés, lingua universal da ciéncia hoje em dia. Em vernaculo, infelizmente, é paupérrima a bibliografia de Quimica Farmacéutica Emboraa adocao de um compéndio facilite 0 aprendizado, o estudante no pode nem deve restringir-se exclusivamente a ele. J4 os antigos conheciam o ditado Timeo hominem unius libri (Devemos temer o homem de um livro s6). Im- porta que os professores, mais do que os alunos, busquem em diversas fontes os conhecimentos relacionados com cada qual dos varios temas ou capitulos integrantes da Quimica Farmacéutica. Arrolam-se, a seguir, os cédigos, obras de re- feréncia, compéndios para a parte tedrica, com- péndios para a parte pritica e publicagées seria- das (incluindo revistas) mais recomendados para a disciplina de Quimica Farmacéutica e discipli- nas afins. A. Cédigos British National Formulary 1971 British Pharmacopoeia, 2 vols., 1980 Deutsches Arzneibuch, VIII, 1978 European Pharmacopoeia, 2nd ed., 1980 Farmacopea Ufficiale della Republica Italiana, VIII, 1972 Farmacopeia Brasileira, II, 1977 Formulaire National: Complement & la Pharmacopée Fran- alse, 1974 Hungarian Pharmacopoeia. VI. 1970 Martindale, W. H., The Exira Pharmacopoeia, XXVIL, 1977 Pharmacopée Belge, V, 1962 Pharmacopée Francaise. VIII, 1965 Pharmacopoela Internationalis” II, Specifications for the Qua- lity Control of Pharmaceutical Preparations, 1967 Pharmacopoeia Internationals, I, Especificaciones para la Inspeccion de la Calidad de las Preparaciones Farma- ceuticas, 1970 ‘State Pharmacopoeia of the Union of Soviet Socialist Repu- blics. IX. 1961 ‘The International Pharmacopoeia, 3d ed... vols., 1979, 1980, ‘The Pharmaceutical Codex, 1th ed.. 1979 ‘The United States Pharmacopoeia XX — The National For- mulary XV. 1980 B. Obras de referéncia AMA Department of Drugs, AMA Drug Evaluations, th ed., Wiley Medical, New York, 1980 ARONSON. C. E.. Ed.. The Complete Desk Reference of Veterinary Pharmaceuticals and Biologicals, Harwal Publishing Co., Media, Pa.. 1978 BAKER, C. E., Jr.. Physicians" Desk Reference, 35th ed ei tisl Economics Company, Oradell 1881 Bibliografia Brasileira de Medicina Bibliografia Brasileira de Quimica Biological Abstracts BROOKS, S. M., Ed., Nurses’ Drug Reference, Little, Brown and Co., Boston, 1978 BROWN. S., MITCHELL, P. L. & YOUNG. D. 8... Eds Chemical Diagnosis of Disease, Elsevier, Ansterdats, I Bulletin Signaléptique Chemical Abstracts Chemisches Zentralblatt Compéndio Médico, 22.4 ed., 2 vols., Andrei Editora, Si0 Paulo, 1981 Dictionary of Organic Compounds, Sols. ¢ 14 supls.,4th ed.. ‘Spon & Spothiswoode, London, 1965-1978 Excerpta Medica FUKUSHIMA, H., OKAZAKI, T. & NOGUCHI, M., Index Guide 10. Drug Information Retrieval, Elsevier, ‘Amsterdam, 1979 GOLDBERG. M. E., Ed., Pharmacological and Biochem ‘cal Properties of Drug Substances, American Pharma ‘ceutical Association, Washington, D. C., 1977 GORDON, A. J. & FORD. R. A., The Chemist's Compa- rion, Wiley-Interscience, New York, 1972 Hagers Handbuch der pharmazeutischen Praxis Handbuch der experimentellen Pharmakologie, Springer, Berlin HOWE, W. J. et al., Eds., Retrieval of Medicinal Chemical Information, American Chemical Society, Washington, D.C., 1978 Index Medicus Index Nominum Index Pharmacorum International Encyclopedia of Pharmacology and Therapew- ties, Pergamon, Oxford International Pharmaceutical Abstracts LEWIS, A. J., Ed., Modern Drug Encyclopedia and Thera- peutic Index, 15th ed.. Yorke Medical Group, Dun- ‘Donnelley Publishing Corporation, New York, 1979 L'Informatore Farmaceutico, 41th ed., Organizzazione Edt toriale Farmaceutica, Milano, 1981 MELO, J. M.. EG.,Diciondrio de Especialidades Farmacéu- ticas 1980/81, Editora de Publicagses Médicas, Rio de Janeiro, 1980 MILLER, R. R. & GREENBLATT, D. J., Handbook of ‘Drug Therapy, Elsevier, Amsterdam, 1979 OSOL, A.& PRATT, R., Eds., The United States Dispensa- tory, 28th ed., Lippincott, Philadelphia, 1979 REMINGTON, J. P., Pharmaceutical Seiences, 16th ed. ‘Mack, Easton, 1980 Repertorio Terapeutico, 6th ed., Organizzazione Editoriale Medico Farmaceutica, Milano, 1979 Sadler Standard Spectra SPINELLI, J.S. & ENOS, L. R.,Drugs in Veterinary Prac- tice, Mosby, St. Louis, 1978 The Merch Index, Sthed., Merckand Co., Rahwal, N.J., 1976 The Year Book of Drug Therapy USAN and the USP Dictionary of Drug Names, 17th ed., The United States Pharmacopeial Convention, Rockville, Md.. 1980, WEAST. R. C., Fd, Handbook of Chemistry and Physics, ‘60th ed., Chemical Rubber Publishing Co., Cleveland, 1980 C. Compéndios (parte teérica) ALBERT, A., Selective Toxicity, Sthed., Chapman and Hall, London, 1973 ARNAIZ, J.L., TORRIANI, H. & LAMDAN, S.,Farma- coguimica, 2 vols., Editorial Universitiria de Buenos ‘Aires, Buenos Aires, 1976 AUTERHOFF, H. & KNABE, J., Lehrbuch der pharma- ‘eutischen Chemie,"9 Aufl., Wissenschafliche, Stutt- gart, 1978, BARLOW, R. B., Introduction 10 Chemical Pharmacology, 2nd ed., Methuen, London, 1964 BENTLEY, A. 0. &DRIVER, J. E., Textbook of Pharma- ‘ceutical Chemistry, 8th ed., Oxford University Press, London, 1969 BUCH. J.. Grundlagen der Arcneimittelforschung und der “syniletischen Arzneimirtel, Birkhiuser, Basel, 1963 4 ia 32 QUIMICA FARMACEUTICA BLOCK, J. H., ROCHE, E. B., SOINE, T. 0. & WILSON. C..0..Jnorganie Medicinal and Pharmaceutical Chemis: try, Lea & Febiger, Philadelphia, 1974 BOWMAN, W. C. & RAND, M.J., Textbook of Pharmaco- logy 2nd, Backwell Scene Publications, Onford BURGER, A., Ed., Medicinal Chemistry, 3rded.,.Parts Land TI, Wiley- Interscience, New York, 1970 CALLINGHAM, B. A., Biochemical Pharmacology, Wiley, New York, 1973 CORBETT, C. E., Ed., Farmacodinamica, 5.* ed., Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 197 CROSSLAND, J.,Lewis's Pharmacology, ath ed., Wiliams and Wilkins, Baltimore, 1970 CSAKY, T. Z.. Cutting's Handbook of Pharmacology, 6th ed.. Appleton, Century-Crofts, New York, 1979 DIKSTEIN, S., Ed., Fundamentals of Cell Pharmacology, ‘Thomas, Springfield, Ill. 1973 DiPALMA, I... Ed-, Drll's Pharmacologyin Medicine, 4th ed., McGraw-Hill, New York, 1971 DISCHER, C. A., Quimica Inorganica Farmacéutica, Edi- torial Alhambra, Madrid, 1966 FAUSTINI, R., Farmacologia Veterinaria, Organizzazione Editoriale Medico-Farmaceutica, Milano, 1977 FOYE, W. O., Ed, Principles of Medicinal Chemistry, Lea& Febiger, Philadelphia, 1974 GERALD, M. C.. Pharmacology: An Introduction to Drugs, Prentice-Hall, Englewood Cliffs, New York, 197% GIACOMELLO, G., Compendio di Chimica Farmaceutica, 2 tomos, Unione Tipografica-Editrice Torinese, Torino, 1974 GILMAN, A. G., GOODMAN, L. S. & GILMAN, A.. Eds., The Pharmacological Basis of Therapeutics. 6th ‘ed., Macmillan, New York, 1980 GOLDSTEIN, A., ARONOW, L. & KALMAN, S. M., Principles of Drug Action, 2nd ed., Wiley-Interscience, New York, 1974 GOURLEY, D. R. H., Interactions of Drugs with Cells, ‘Thomas, Springfield, Ill. 1971 GRINGAUZ, A., Drugs: How They Act and Why, Mosby, Saint Louis, 1978 HIDALGO y MONDRAGON, Q. F.B. M. C., Farmécia Quimica, Editorial Alhambra, Madrid, 1969 KAUFMANN, H. P., Médicaments de Synthése, Masson, Pats, 1957 KOROLKOVAS, A., Fundamentos de Farmacologia Mole- ‘cular: Base para o Planejamento de Férmacos, 2. ed. EDART- Sao Paulo Livearia Editora Ltda. e Ministério de Educago ¢ Cultura, $30 Paulo, 1977 KOROLKOVAS, A.. Grundlagen der molekularen Pharma- kologie, Georg Thieme, Stuttgart, 1974 KOROLKOVAS, A. & BURCKHALTER, J. H., Essen- tials of Medicinal Chemistry, Wiley-Imerscience, New York, 1976 KOROLKOVAS, A. & BURCKHALTER, J. H., Compen- dio Esencial de Quimica Farmacéutica, Editorial Re- vverté, Barcelona, 1978 KUSCHINSKY, G. & LULLMAN, H., Manual de Farma- ‘cologia, 2.* ed., Marin, Barcelona, 1973 LAURENCE, D. R., Clinical Pharmacology, 4th ed., Chur- chill Livingstone, Edinburgh, 1973 LEBEAU, P. & JANOT, M., Eds., Traité de Pharmacie Chimique, 5 tomes, déme éd.,. Masson, Paris, 1955-1956 LESPAGNOL, A., Ed., Chimie des Médicaments, 3 vols., Entreprise Moderne 'Edition, Paris, 1974 LESPAGNOL, A. et al., Précis de Pharmacie Chimique Usuelle, 3 fasc., Technique et Documentation, Paris, 1977 LITTER, M.,Farmacologia, $.¥ed., Ateneo, Buenos Aires, 1975 MINGOIA, Q.. Quimica Farmacéutica, Melhoramentos © Universidade de Sao Paulo, 1967 MODELL, W.,.Ed.. Drugs of Choice 1980-1981, Mosby, St. Louis, 1980 NARAHASHI, T. & BIANCHI, C. P., Eds., Advances in General and Cellular Pharmacology, Plenum, New York, 1977- PENNA. R. P, & KLEINFELD, C., Eds., Handbook of "Nonprescription Drugs, Sthed. American Pharmaceuti- cal Association, Washington, D. C., 1977 ROCHA e SILVA, M.. Furdamentos da Farmacologia “suas Aplicagdes a Terapéutica, 3." ed., EDART e Insti tuto Nacional do Livro, Sao Paulo, 1973 ROOT, W.S. & HOFMANN, F. G., Eds., Physiological Pharmacology, Academic, New York, 1963- RUNTI.C., Fondamenti di Chimica Farmaceutica, 4 vols.. Lint, Trieste, 1969-1973, SALERNI, 0. L.,.Natural and Synthetic Organic Medicinal ‘Compounds, Mosby, Saint Louis, 1976 SCHRODER, E., RUFER, C. & SCHMIECHEN, R..Arz- neimittelchemie, 3vols.. George Thieme, Stuttgart, 1976 SEXTON, W. A.. Chemical Constitution and Biological Ac- tivity, 3rd ed. Spon, London, 1963 SILVA. P.. Ed., Farmacologia, Guanabara Kogan, Rio de Taneiro, 1980 SLACK, R.& NINEHAM, A. W., Medical and Veterinary Chemicals, ? vols., Pergamon. Oxford, 1968 SOINE, T. 0. & WILSON, C. 0. Roger's Inorganic Phar- ‘maceutical Chemistry, Sth ed., Lea & Febiger, Phila delphi, 1967 STENLAKE, J. B., Foundations of Molecular Pharmaco- logy, 2 vols., Athlone Press, London, 1979 TOLLENAERE, J. P.. MOEREELS, H. & RAYMAE- KERS.L. A.,Atlas of the Three-Dimensional Structure of Drugs, Elsevier, Amsterdam, 1973- WILSON, C.0., GISVOLD, 0.& DOERGE, R. F.. Eds. ‘Textbook of Organic Medicinal and Pharmaceutical Chemistry, 7th ed., Lippincott, Philadelphia, 1977 WOLFF, M.E.. Ed., Burger's Medicinal Chemistry, ath ed... Parts I, II and III, Wiley-Interscience, New York, 1979-1980 ZANINI, A. C.& OGA, S., Eds., Farmacologia Aplicada, ‘Atheneu ¢ Editora da Universidade de Sao Paulo, Sao Paulo, 1979 D. Compéndios (parte pratica) ABDEL-MONEM, M. M. & HENKEL, J. G.,Essentials of, Drug Product Quality, Mosby. St. Louis, 1978 ACHESON. R. M., An Introduction to the Chemistry of ‘Heterocyclic Compounds, 31d ed., Wiley, New York, 1976 ALEXEYEY, V., Quantitative Analysis, Foreign Languages Publishing House, Moscow, sid ASHWORTH, M. RF, Titrimetric Organic Analysis, 2 parts, Wiley. New York, 1964-1965 BANES, D., Principles of Regulatory Analysis, Association ‘of Official Analytical Chemists, Washington, D.C. 1966 BANES. D..A Chemist's Guide to Regulatory Drug Analysis, ‘Association of Official Analytical Chemists, Washing: ton, D. C., 1974 BECKETT, A. H.& STENLAKE. J. B.,.Practical Pharma- vols.. 3rd ed.” Athlone, London, BUEHLER, C. A. & PEARSON. D.E... Survey of Organic ‘Syntheses, 2 vols., Wiley, New York, 1970, 1977 CARRUTHERS, W.. Some Modern Methods ‘of Organic ‘Synthesis, Cambridge, London, 1971 CARTENSEN, H., Ed,, Steroid Hormone Analysis, 2 vols., Dekker. New York, 1967 CHATTEN.L. G., Ed., Pharmaceutical Chemistry, 2vols.. Dekker, New York, 1966, 1969 CHERONIS, N. D. & ENTRIKIN, J. B., Identification of ‘Organic Compounds, Wiley, New York, 1963 NOGOES BASICAS 3 CHERONIS, N. D. & MA, T. S., Organic Functional Groups Analysis by Micro and Semimicro Methods, Wi Tey. New York, 1964 CHRISTIAN. G. D.. Analytical Chemistry, 2nd ed, Wiley, New York, 1977 CLARKE, E. G. C., Ed., Isolation and Identification of Drugs, > vols.. Pharmaceutical Press. London, 1969, 1995 CONNORS. K. A..A Textbook of Pharmaceutical Analysis, 2nd ed., Wiley-Interscience, New York, 1975 COOPER, M.S.,Ed., Quality Control in the Pharmaceutical Industry, Academic, New York, 1972- CRITCHFIELD. F. E, Organic Functional Group Analysis, Pergamon, New York, 1963 DIXON, J. P.. Modern Methods in Organic Microanalysis, Van Nostrand, Princeton, N. J., 1968 EWING, G.W..Métodos Instrumentais de Andlise Quimica, 2vois., Blicher e Universidade de Sa0 Paulo Sao Paulo. 1s: FLEMING. I., Selected Organic Syntheses: Guidebook for Organic Chemists, Wiley, London, 1973 FLEMING, I., Frontier Orbitals and Organic. Chemical Reactions, Wiley-Interscience, New York. i976 FLOREY, K... Ed. Analytical Profiles of Drug Substances. Academic, New York, 1972- FRITZ. J.S., Acid-Base Titrations in Nonaqueous Solvents, Allyn & Bacon, Boston. 1973 FURNISS, B. S. et al., Vogel's Textbook of Practical Orga- nic Chemistry, 4th ed.. Longman, London, 1978 GARRATT, D. C., The Quantitative Analysis of Drugs, 3rd ed, Chapman and Hall, London, 1964 GAUTIER.J. A.& MALAGEAU, P., Eds. Mises au Point de Chimie Analstique Organique, Pharmaceutique et Bromatologique, Masson, Paris. 1953- GEARIEN, J. E.& GRABOWSKI. B. F... Methods of Drug Analysis, Lea & Febiger. Philadelphia, 1969 GIRAL. F., Productos Quimicos y Farmaceuticos. 3 vols. ‘Atlante. Mexico. 1946 GYENES. I. Titration in Nonaqueous Media. van Nostrand, Princeton, N. J., 1976 HANSON. N. W. Official Standardised and Recommended Methods of Analysis, The Society for Analytical Che- istry, London, 1973 HARRIS, J. & WAMSER, C.. Fundamentals of Organic Reaction Mechanisms, Wiley, New York. 1976 HARRISON, I. T. & HARRISON. S..Compendium of Or ‘ganic Synthetic Methods, 2 vols... Wiley-Interscience, New York, 1971, 1974 HASHMI, M.-UF-H., Assay of Vitamins in Pharmaceutical Preparations, Wiley, London. 1973 HIGUCHI, T. & BROCHMANN-HANSSEN, E.. Eds.. ‘Pharmaceutical Analysis, Interscience, New York, 1961 HORWITZ, W.. Ed, Official Methods of Analysis of the Association of Official Analytical Chemists, 12th ed. ‘Association of Official Analytical Chemists, Washing ton, D.C. 1975 HOUSE, Hi. O., Modern Synthetic Reactions, 2nd ed., Ben- Jjamin, New York, 1971 IRELAND, R_E..Sinfese Organica, Blichere Universidade de Sao Paulo, So Paulo, 1971 JENKINS, G. L. et al., Quantitative Pharmaceutical Che- ‘istry, 6th ed., McGraw-Hill, New York, 1967 JOHNSON, C. A), Drug Identification, Pharmaceutical Press, London, 1966 JURAN, J. M., Quality Control Handbook, 2nd ed., MeGraw-Hill, New York, 1962 KNEVEL, A. M. & DiGANGI, F. E., Jenkin's Quantita- tive Pharmaceutical Chemisiry, Tth ed., McGraw-Hill, New York, 1977 KOLTHOFF. M. etal., Eds..Treatise on Analytical Chemis- ‘ny, Interscience, New York, 1959- KOROLKOVAS, A.. Epitome de Andlise Farmacéutica, 3. ed., Sio Paulo, 1980 LEBEAU, P. & JANOT, M. M., Eds., Traité de Pharmacie Chimique, 5 tomes, Masson, Paris, 1955-1956, LEDNICER, D. & MITSCHER, L. A., Organic Chemistry ‘of Drug’ Synthesis, 2 vols., Wiley-Interscience, New York, 1977, 1980 MARTINEZ CRESPO, C., Sintesis Industrial de Medica- ‘mentos: Obtencion Industrial, Analisis y Farmacologia de los Medicamentos, Dossat, Madrid, 1957 MEITES, L., Ed., Handbook of Analytical Chemistry, ‘MeGraw-Hill, New York, 1963 MITCHELL, J., ir. er al., Organic Analysis, Interscience, New York, 1953- MONSON, R_S., Advanced Organic Synthesis: Methods ‘and Techniques, Academic, New York, 1971 OHLWEILER, . A., Quimica Analitica Quantitativa, 2.* ‘ed., 3 vols., Livros Técnicos e Cientificos, Rio de Ja- neiza, 1976 PALMER, C. F., Controle Toral de Qualidade, Bldcher © Universidade de Sa0 Paulo, So Paulo, 1974 PAQUETTE, L. A.. Principles of Modern Heterocyclic ‘Chemistry, Benjamin, New York, 1968 PASTO, D. J. & JOHNSON, C. R., Organic Structure De- termination, Prentice-Hall, Englewood Cliffs, N. J.. 1969 PEARSON. R. G., Symmetry Rules for Chemical Reactions, Wiley-Interscience, New York, 1976 PECSOK. R. L. & SHIELDS, L. D., Modern Methods of ‘Chemical Analysis, Wiley, New York, 1968 PICKERING, W. F.. Modern Analytical Chemistry, Dek- er, New York, 1971 ROTH, H. J. & BLASCHKE, G.,. Pharmazeutische Analy- tik, Georg Thieme, Stutigart, 1978 SANCHEZ, S. A.,Curso de Quimica Analitica Funcional de “Medicamentos Organicos, 2.° ed., El Atenco, Buenos Aires, 1947 SANDLER, S, R.& KARO, W., Organic Functional Group Preparations, Academic, New York, 1968 SCHNEIDER, F. L., Qualitative Organie Analysis, Acade- mic, New York, 1964 SCHWARZENBACH, G. & FLASCHKA, H., Comple- “xometric Titrations, 2nd ed, Methuen, London, 1969 SHRINER, R. L. ef a., The Systematic Identification of Organic Compounds, Sth ed., Wiley. New York, 1964 SIGGIA.S.& HANNA. J. G., Quantitative Organic Analy- sis via Functional Groups, &th ed., Wiley-Interscience, New York, 1979 SILVERSTEIN, R. M. etal, Spectrometric Identification of Organic Compounds, 31d ed., Wiley, New York, 1974 SISLER, H. H., Quimica dos Solventes Nao-aquosos, Poli ‘gono, So Paulo, 1969 ‘SKOOG, D. A.& WEST, D. M.,Principles of Instrumental ‘Analysis, Holt, Rinehart and Winston, New York, 1971 ‘SKOOG, D. A. & WEST, D. M., Fundamentals of Analyti- cal Chemistry, 3rd éd., Holt, Rinehart and Winston, New York, 1976 SNELL. C. T.& SNELL, F. D., Colorimetric Methods of ‘Analysis, 3rd ed,, Van Nostrand, New York, 1948-1971 STAINIER, C., Analyse des Médicaments, déme ed., Pres- ses Universitaires, Litge, 1970 STROHECKER, R. C. & HENNING, H. M.. Andilisis de Vitaminas — Métodos Comprobados, Editorial Paz Montalvo, Madrid, 1967 TURNER, S.. The Design of Organic Syntheses, Elsevier, ‘Amsterdam, 1976 US Department of Health, Education and Welfare, FDA In- troduction to Total Drug Quality, Public Health Service, Food and Drug Administration, DHEW Publication n.9 (EDA) 74-3006, 1973 VOGEL. A. 1..Quimica Organica - Andlise Orgdnica Quali- tativa, 3 vols., Livro Técnico e Universidade de Sio Paulo, Rio de Janeiro, 1971 WARREN, S.. Designing Organic Syntheses, Wiley- Interscience, New York, 1978 WILSON, C. L. & WILSON, D. W., Comprehensive Analy- tical Chemistry, Elsevier, New York, 1959- till r 4 QUIMICA FARMACBUTICA Observagdo: Além desses, outros compéndios de quimica analitica e sintese orgi- nica, inclusive os de mecanismos de reacio, principalmente orga- nica. E. Publicagées seriadas e revistas ‘Accounts of Chemical Research * Acta Pharmaceutica Suecica * Actualités de Chimie Analytique, Organique, Pharmaceutique et Bromatologique * Actualités Pharmacologiques * Advances in Drug Research * Advances in Pharmacology and Chemotherapy * American Journal of Pharmaceutical Educa- tion * American Journal of Pharmacy and the Scien- ces Supporting Public Health American Scientist ‘Anais da Sociedade de Farmacia e Quimica de ‘Sao Paulo * Analytical Chemistry ‘Angewandte Chemie ‘Annals of the New York Academy of Sciences * Annales Pharmaceutiques Francaises * Annual Reports in Medicinal Chemistry ‘Annual Review of Biochemistry Annual Review of Microbiology * Annual Review of Pharmacology * Antibiotica et Chemotherapia * Antibiotics and Chemotherapy * Antimicrobial Agents and Chemotherapy * Archiv der Pharmazie Archives Internationales de Pharmacodinamie et de Thérapie * Arzneimittel-Forschung Bacteriological Reviews Biochemical Journal Biochemical Pharmacology Biochemistry * Bollettino Chimico Farmaceutico British Journal of Pharmacology British Medical Journal Chemical and Engineering News * Chemico-Biological Interactions Chemische Berichte Chemistry Chemistry in Britain Chemistry and Industry Ths revistasassnaladas sho as de maior interesse * Chemotherapy Ciencia e Cultura * Clinical Pharmacology and Therapeutics Cronica de la OMS Current Contents: Life Sciences Current Contents: Physical and Chemical Sciences Current Topics in Development Biology * Drug Intelligence & Clinical Pharmacy * Drug Metabolism Reviews * Drugs * Drugs of the Future Endeavour European Journal of Biochemistry * European Journal of Medicinal Chemistry European Journal of Pharmacology Experientia * Farmaco, Ed. pratica * Farmaco, Ed. scientifica Federation Proceedings * Fortschritte der Arzneimittelforschung (Pro- gress in Drug Research) Portschritte der Chemie Organischer Naturs- toffe Gazzetta Chimica Italiana Helvetica Chimica Acta * Informacoes Merck International Journal of Quantum Chemistry Japanese Journal of Antibiotics Japanese Journal of Pharmacology * Journal of the American Chemical Society ‘Journal of the American Medical Association * Journal of the American Pharmaceutical Asso- ciation * Journal of Antibiotics Journal of Biological Chemistry * Journal of Chemical Education Journal of the Chemical Society, Chemical Communications * Journal of Clinical Pharmacology and Journal of New Drugs Journal of Heterocyclie Chemistry * Journal of Medicinal Chemistry Journal of Molecular Biology Journal of Organic Chemistry = Journal of Pharmaceutical Sciences * Journal de Pharmacie de Belgique Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics * Journal of Pharmacy and Pharmacology Journal of Theoretical Biology Lancet * Medicamentos de Actualidad (Drugs of Today) * Medicinal Chemistry NOGOES BASICAS 35 Molecular Biology * Molecular Pharmacology * Nature * New England Journal of Medicine Organic Reactions Organic Syntheses Pharmaceutica Acta Helvetiae * Pharmaceutical Chemistry Journal Pharmaceutical Journal * Pharmacological Reviews Pharmazie Proceedings of the National Academy of Scien- ces Practitioner Presse Medicale Progress in Biochemical Pharmacology * Progress in Medicinal Chemistry Progress in Nucleic Acid Research and Mole- cular Biology Pure and Applied Chemistry Quimica Nova Recent Progress in Hormone Research * Recherche * Revista Brasileira de Farmacia Revista Brasileira de Clinica e Terapéutica Revista da Faculdade de Farmécia e Odonto- logia de Araraquara Revista de Farmdcia e Bioquimica da Univer- sidade de Minas Gerais * Revista de Farmédcia e Bioquimica da Univer sidade de Séo Paulo Revista do Instituto de Medicina Tropical de Sao Paulo Revista Paulista de Medicina * Revista Portuguesa de Farmdcia Science * Scientific American Synthesis Tetrahedron Theoretica Chimica Acta * Topics in Current Chemistry * Topics in Medicinal Chemistry * Topics in Pharmaceutical Sciences Tribuna Farmacéutica * Unlisted Drugs Vitamins and Hormones REFERENCIAS QUIMICA FARMACBUTICA G. W. THORN e7 al., Eds,, Harrison Medicina Interna, 2 tomos. 8a. ed., Guanabara Kogan. Riode Janeiro, 1980. S. BROWN ef al, Eds., Chemical Diagnosis of Disease, Elsevier, Amsterdam, 1979. W. COSSERMELLI er al., Eds., Terapéutica Clinica, Gua- nabara Kogan, Rio de Janeiro, 1979. A.V, DOMARUS ¢7 al., Eus., Medicina Interna, 2 tomos. 9a, ed., Guanabara Kogan, Rio de Janeiro, 1979. M. MARCONDES ef al., Eds., Clinica Médica, 2a. ed.. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1979. K, H, BEYER, Ir... Discovery, Development and Delivery of New Drugs, Spectrum, New York, 1978. B, DIXON, Beyond the Magic Bullet, Harper & Row, New York, 1978. A. KOROLKOVAS, Memoria do 1.° Encontro Nacional de Professores de Quimica Farmacéutica, Aché Laboratd- rios Farmacéuticos, So Paulo, 1978. A. KOROLKOVASe T. HARAGUCHI, An. Farm. Quim, ‘Sao Paulo, 18, 247 (1978), J.RIBEIRO do VALE, A Farmacologia no Brasil, Academia de Cigncias do Estado de Sao Paulo, $40 Paulo, 1978. Committee on Chemistry and Public Affairs, Chemistry in ‘Medicine, American Chemical Society, Washington, D.C., 1977 CUPERTINO, Populacdo Sade Publica no Brasil, Civilizagao Brasileira, Rio de Janeiro, 1976. HANSCH, J. Med. Chem., 19, 1 (1976). SONNEDECKER, revisor, Kremers and Urdang's His- tory of Pharmacy, 4th ed., Lippincott, Philadelphia, 1976. B, INGLIS, The Forbidden Game: A Social History of Drugs, Charles Scribner's Sons, New York, 1975. A. KOROLKOVAS, Rev. Bras. Farm., 56, 143 (1979) J.C. KRANTZ, Jr., Historical Medical Classics Involving J U 29 ‘New Drugs, Williams and Wilkins, Baltimore, 1974. N.T. GILBERT e L. K. SCHARP, Pharmaceuticals, Butterworths. London, 1971 . MEZ-MANGOLD, A History of Drugs, Hoffman-La Ro- che, Basle, 1971 P. SALLES, Histéria da Medicina no Brasil, G. Holman, Belo Horizonte, 1971 W. F. BYNUM, Bull. Hist. Med., 44, 518 (1970). A/BERMAN, Ed., Pharmaceutical Historiography, Procee- dings of Colloquium, American Institute of the History ‘of Pharmacy, Madison, Wis., 1967. M. MIOCQUE, Ann. Pharm. Fr.,25, 325 (196D. E, BAUMLER, In Search of the Magic Bullet: Great Adven- tures in Modern Drug Research, Thames and Hudson, London, 1966. P. A, DOYLE, Readings in Pharmacy, Wiley, New York, 1 A.de ALMEIDA PRADO, As Doencas Através dos Sécu- Tos, Anhambi, Si0 Paulo, 1961 $, ROSS, Doctor Paracelsus, Little, Brown, Boston, 1959. C.D. LEAKE, The Old Egyptian Medical Papyri, Univer- sity of Kansas Press, Lawrence, 1952. 1. S. WORK e E. WORK, The Basis of Chemotheraj Interscience, New York, 1948 A. CASTIGLIONI, A History of Medicine, Knopf, New York, 1947. L. , SANTOS FILHO, Historia da Medicina no Brasil, Brasiliense, S20 Paulo, 1947. C.E.K. MEES J. R. BAKER, The Path of Science, Wiley, 4H, R ‘New York, 1946. SCOTT, A History of Tropical Medicine, 2nd ed.,2vols., Williams and Wilkins, Baltimore, 1937, 1938. CALDER, OHomem e a Medicina, Boa Leitura Editora, So Paulo, sf. ASPECTOS FUNDAMENTAIS SOBRE MEDICAMENTOS C.daS. LACAZeet al., Eds..latrofarmacogenia, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1980. W. SADEE ¢ G. C. M. BELEN, Drug Level Monitoring: “Analytical Techniques, Metabolism, and Pharmacokine- tics, Wiley, New York, 1980. P. G. WELLING, Pharm. Int. 1, 14 (1980). ‘ALI. WERTHEIMER, Pharm. Int., 1, 12 (1980). i 36 QUIMICA FARMACEUTICA M, BORASI, Interazioni dei Medicamenti, Organizzazione “Editoriale Medico-Farmaceutica, Milano, 1979. N. BUCHANAN e G. P. MOODLEY, Br. Med. J., 2, 307 (979). H.-L. FUNG etal. Annu. Rep. Med. Chem., 14, 309(1979), G. GREGORIADIS, Ed.,. Drug Carriers in Biology and Me- dicine, Academie, London, 1979. J.P, GRIFFINe P. F. D'ARCY, A Manual of Adverse Drug Interactions, 2nd ed., John’ Wright and Sons, Bristol, 1979. F. W. H. M, MERKUS, Ed., The Serum Concentration of Drugs, Excerpta Medica, Amsterdam. 1979. M. J. SERLIN ef al., Lancet, IZ, 317 (1979). A. AITIO, Ed., Conjugation Reactions in Drug Biotransfor- ‘mation, Elsevier, Amsterdam, 1978. E. J ARIENS et al, Introduccion a la Toxtcologia General, Editorial Diana, Mexico, 1978, P, D. HANSTEN, Interagdes Medicamentosas, Atheneu, Rio de Janeiro, 1978. P. JENNER e B. TESTA, Xenobiotica, 8, | (1978). RL. LEVINE, Pharmacology: Drug Actions and Reactions, ‘nd ed., Little, Brown, Boston, 1978. E,W. MARTIN, Hazards of Medication, 2nd ed... Lippin- ott, Philadelphia, 1978. izagio Mundial da Satide, Manual da Classificagdo Es- tatistica Internacional de Doencas, Lesoes ¢ Causas de Obito, Centro da OMS para Classiticasao de Doengas em Portugués, Sio Paulo, 1978, J. R. ROBINSON, Sustained and Controlled Release Drug Delivery Systems, Dekker, New York, 1978. R. SATO eT. OMURA, Eds., Cytochrome P-450, Ko- ‘dansha, Tokyo, 1978. S.M. BERGE ef al., J. Pharm, Sci., 66, (1977) J. W. BRIDGES e L. F. CHASSEAUD, Eds., Progress in Drug Metabolism, Wiley. New York, 1977. D. M. DAVIES, Ed., Textbook of Adverse Drug Reactions, Oxford University Press, New York, 1977. M. N. G. DUKES, Ed., Side Effects of Drugs Annual, EX- ‘cerpta Medica, Amsterdam, 1977. E. R. GARRETT ¢ J. L. HIRTZ, Eds., Drug Fate and “Metabolism: Methods and Techniques, 2 vols., Dekker, New York, 1977, 1978. M. GIBALDI, Biopharmaceutics and Clinical Pharmacoki- netics, 2nd ed., Lea and Febiger, Philadelphia. 1977 IR. GILLETTE eK. 8. PANG, Clin. Pharmacol. Ther.,22, 623 (197M), G. GREGORIADIS, Nature (London), 265. 407 (1977). 0. P. HEINONEN et al., Birth Defects and Drugs in Preg- nancy, Publishing Sciences Group, Littleton, Mass.. 1977. D. M.JERINA, Ed., Drug Metabolism Concepts, American Chemical Society, Washington, D. C.. 1977. F.E.KARCH ef al., Clin, Pharmacol. Ther. 21,247 (1971). J. van LANCKER, Molecules, Cells, and Disease, Sprin- ‘ger, Berlin, 1977, E.B. ROCHE, Ed., Design of Biopharmaceutical Properties ‘through Prodrugs and Analogs, American Pharmaceu- tical Association, Washington, D. C.. 1977 J.M. van ROSSUM, Ed, Kinetics of Drug Action, Springer, Berlin, 1977. 1, STOCKLEY, Drug Interactions and their Mechanisms, Pharmaceutical Press, London, 1977 M. SWANSON ¢ R. COOK, Drugs, Chemical and Blood Dyscrasias, Drug Intelligence Publications, Hamilton, ML, 1977. ‘American Pharmaceutical Association, Evaluations of Druy Interactions, 2nd ed., Washington, D. C., 1976. L. Z. BENET, Ed., The Effect of Disease States on Drug ‘Pharmacokinetics, American Pharmaceutical Associa tion, Washington, D. C., 1976, R. H, GIRDWOOD, Drugs, 11, 394 (1976) HJ, GREENe M. H. LEVY, Drug Misuse. Dekker, New York, 1976 P. D. HANSTEN, Drug Interactions, 3rd ed., Lea and Febi- ore: Human Abuse. ‘ger, Philadelphia, 1976. J. van LANCKER, Molecular and Cellular Mechanism in Disease, Springer. Berlin, 1976. M. NEUMAN, Guide des Interactions Médicamenteuses et Répertoire des Médicaments par Classes Thérapeuti- ‘ques, Maloine, Paris. 1976. H. NISHIMURA eT, TANIMURA. Clinical Aspects of the “Teratogenicity of Drugs, Excerpta Medica, Amsterdam, 1976, E.J. PANTUCK ef al., Adv, Mod. Toxicol., 1, 345 (1976). JL. SCHARDEIN, Drugs as Teratogens, Chemical Rubber Publishing Co., Cleveland, 1976. B, TESTA e P. JENNER, Drug Metabolism: Chemical and Biochemical Aspects, Dekker, New York, 1976. A.C. ZANINTetal., Rev. Assoc. Med. Bras.,22, 35 (1976). RJ. CARLSON, The End of Medicine, Wiley-Interscience, New York, i975, M.N. G, DUKES. Ed., Meyler's Side Effects of Drugs, Vol. 8, Excerpta Medica, Amsterdam. 1975. M. GIBALDIe D. PERRIER, Pharmacokinetics, Dekker, New York. 1975. A.KAPPASe A. P. ALVARES, Sci. Am.,232 (6),22(1975). RE, NOTARI, Biopharmaceutics and Pharmacokinetics, dnd ed., Dekker, New York, 1975. J.G. WAGNER, Fundamentals of Clinical Pharmacokine- vies, Drug Intelligence Publications, Hamilton, Ill, 1975. World Health Organization, Teck. Rep. Ser., 563 (1975). G_LEVY, Ed. Clinical Pharmacokinetics, American Phat- ‘maceutical Association, Washington, D. C., 1974, P.L.MORSELLI et al., Eds., Drag Interactions, Raven, New York, 1974 L. SAUNDERS, The Absorption and Distribution of Drugs ‘Williams and Wilkins, Baltimore, 1974 J.E. TOMASZEWSKTeral., Annu. Rep. Med. Chem., 9, 290 (1974), Y. KOBAYASHI e D. V. MAUDSLEY, Prog. Med. Chem., 9, 133 (1972), P, LECHAT, Farmaco, Ed. Sci., 27, 240 (1972) E, J. ARIENS. Ed., Drug Design, 10 vols., Academic, New ‘York, 1971-1980. B.N. LaDU et al., Eds,, Fundamentals of Drug Metabolism ‘and Drag Disposition, Williams and Wilkins. Baltimore, 1971 G. SWIDLER, Handbook of Drug Interactions, Wiley- Interscience, New York, 1971 E.S. VESELL, Ed,," Drug Metabolism in Man". Ann. N. Y. Acad, Sci., 178, 9-773 (1971), J. G, WAGNER, Biopharmaceuties and Relevant Pharma- ‘cokinetics, Drug, Intelligence Publications, Hamilton, Ml, 1971. E, J. ARIENS, Prog. Drug Res., 14, 11 (1970) E. A. HARTSHORN, Handbook of Drug Interactions, Do- ‘nald E. Francke, Cincinatti, Ohio, 1970. J. HIRTZ, Ed., The Fate of Drugs in the Organism, 4 vols. ‘Masson, Paris, 1970-1977. €. da $. LACAZ, Ed., Doenas latrogénicas, 2.* ed., Sar- vier, Si0 Paulo, 1970 A. H. BECKETT, Pure Appl. Chem., 19, 231 (1969). D. SHUGAR. Ed., Biochemical Aspects of Antimetabolites ‘and of Drug Hydroxylation, Academic, New York. 1969. R. T. WILLIAMS, Pure Appl. Chiem., 18, 129 (1969). ‘A, BURGER, Ed., Selected Pharmacological Testing Me- thods, Dekker, New York, 1968. D. M. GREENBERG, Ed., Metabolic Pathways, 3rd ed.,2 vols., Academic, New York, 1968, 1970. D. H-TEDESCHIeR. E. TEDESCHI, Fas, portance of Fundamental Principles in Drug Evaluation. Raven, New York, 1968, E. H, DEARBORN, Fed. Proc 26, 1075 (1967) 5. SCHACHTER ¢ J. SINGER, Psychol. Rev (19682) H. HAAS er al., Prog. Drug Res. Fed, Am. Soc. Exp. Biol. 69, 398 1, 279 (1959), NOGOES BASICAS 37 R, T. WILLIAMS, Deroxication Mechanisms, 2nd ed., Wi- ley. New York, 1959. S. WOLF, Pharmacol. Rev., 11, 689 (1959), L, LASAGNA et al., J. Clin. Invest., 37, 533 (1958), H. HAAS er al., Prog. Drug Res.. 1, 279 (1987). H. K. BEECHER, Am. J. Physiol., 187, 163 (1956). L. MEYLER, Ed., Side Eifects of Drugs, 7 vols... Excerpta Medica, Amsterdam, 1955-1972, CLASSIFICAGAO DE FARMACOS AMA Department of Drugs, AMA Drug Evaluations, 4th ed., Wiley Medical, New York, 1980. A. G. GILMAN et al., Eds., The Pharmacological Basis of ‘Therapeutics, 6th ed... Macmillan, New York, 1980. T. Z, CSAKY, Cutting's Handbook af Pharmacology. 6th fed., Appleton-Century-Crofts, New York, 1979. P. TURNER e D. G. SHAND, Eds... Recent Advances in Clinical Pharmacology, Churchill Livingstone, Edin- burgh, 1979 M. E, WOLFF. Ed. Burger's Medicinal Chemistry, Wiley-interscience. New York, 1979-1980. F.CINTRA do PRADO et al., Eds., Asualizagio Terapéu- tica, 11.8 ed., Artes Médicas, So Paulo, 1978, I. R, DIPALMA, Ed., Basic Pharmacology in Medicine, McGraw-Hill, New York. 1976. M. J. MATTILA, Ed., Clinical Pharmacology, Pergamon, Oxford, 1976. M. LITTER, Farmacologia Experimental y Clinica, 5.* ed. El Ateneo, Buenos Aires, 1975 K.L. MELMON eH. F. MORRELLI, Eds., Clinical Phar- ‘macology: Basic Principles in Therapeutics, 2nd ed. Macmillan, New York, 1975. W. 0. FOYE, Ed. Principles of Medicinal Chemistry, Lea and Febiger. Philadelphia, 1974 D. R. LAURENCE, Clinical Pharmacology, 4th ed., Chur- chill Livingstone, Fdinburgh, 1973, A.J. LEWIS, Ed. Modern Drug Encyclopedia and Therapeu- tie Index, [2th ed... Yorke Medical Group. Dun- Donnelley Publishing Corporation, New York, 1973. Athed., NOMENCLATURA DE FARMACOS Compéndio Médico, 2. ed., 2 vols., Paulo, 1981 J.M. MELO. Ed. Dicionério de Especialidades Farmacéuti- ‘cas 1980/81, Editora de PublicagSes Médicas. Rio de Ja- reir, 1980. ‘The United States Pharmacopefal Convention, USAN and the USP Dictionary of Drug Names, 7th ed.. Rockville, 1980, Cronica de la OMS, 33(9), Supl.. 21 (1979) ‘Nomenclature Committee of the International Union of Bio- chemistry. Enzyme Nomenclature 1978, Academic, New York, 1979. Repertorio Terapeutico, 6a. ed.. Organizzazione Editoriale Medico-Farmaceutica, Milano. 1979, G. N. ROTENBERG. Ed... Compendium of Pharmaceuti- cals and Specialties 1979, Canadian Pharmaceutical As- sociation, Toronto, 1979 M, NEGWER. Ed. Organic-Chemical Drugs and their Sy- nonyms, Sth ed.. 3 vols.. Verlag Chemie International. New York, 1978, World Health Organization, International Nonproprietary Names (INN) for Pharmaceutical Substances, Curaulae tive List N.° 5, Genéve, 1977. C.L. BAILEY et al., Eds., APhA Drug Names, American Pharmaceutical Association, Washington, D. C., 1976. A. KOROLKOVAS, Rev. Bras. Clin. Ter., 5, 43 (1976) TUPAC Commission on Nomenclature of Organic Chemis- try. Pure Appl. Chem, 45. 13 (1976). BE. E. J. MARLER, Pharmacological and Chemical Syno- nnyms, 6th ed.. Excerpta Medica, Amsterdam, 1976, World Health Organization. Tech. Rep. Ser., 381 (1976) Andrei Editora, Sio J.B. JEROME e P. SAGAN. J. Am. Med. Assoc., 232, 294 as, J. H. FLETCHER ef al., “Nomenclature of Organic Com- pounds", Adv. Chem. Ser., 126 (1974), A, KOROLKOVAS, Rev. Paul. Med., 82, 193 (1973). Dinominations Communes des Médicaments ~ Dénomina- tions Francaises et Dénominations Internationales Re- commandées, Doin, Paris, 1972. Pharmaceutical Manufacturers. Association, Brands, Gene- res, Prices and Quality ~ The Prescribing Debate After 4 Decade, Washington. D. C., 1971 Dictionary of Organic Compounds, 8 vols. ¢ 14 supls.,.4thed.,. Spon & Spothiswoode, London, 1965-1978. ASSOCIACOES MEDICAMENTOSAS I. HIRTZ, Pharm, Int. 1, 45 (1980). R. J. JULIANO, Pharm. Int, 1, 41 (1980) B.C. LIPPOLD, Pharm. Int. 1, 60 (1980). A. ZAFFARONI, Pharm. Int., 1, 3 (1980). J, BLANCHAR Det al, Eds.,.Principles and Perspectives in Drug Bioavailability, Karger, Basel, 1979. D. M. MARMION, Handbook of U. 8. Colorants for Food, Drugs, and Cosmetics, Wiley-Interscience, New York, 1979, American Pharmaceutical Association, The Bioavailability of Drug Products, Washington, D. C., 1978. K, HEILMANN, Therapeutic Systems-Pattern-Specific Drug Delivers: Concept and Development, Thieme, Stuttgart, 1978 E, A, RAWLINS, Ed. Bentley's Textbook of Pharmaceutics, ‘8th ed. Balliére Tindall, London, 1977 B. M, COLOMBO, Control of Physical Properties in Phar- aceutical Forms, Organizzazione Editoriale Medico- Farmaceutica, Milano, 1976. A. KOROLKOVAS, Rev. Bras. Med., 33, 23 (1976). LI LACHMAN et al., Eds.. The Theory and Practice of “Industrial Pharmacy, 2nd ed., Lea and Febiger, Phila- delphia. 1976 J. H. HELOU et al., Farmacotécnica, Artpress, $20 Paulo, 1975, 1. C. COLBERT, Controlled Action Drug Forms, Noyes Data, Park Ridge, 1974 L. W. DITTERT, Ed., Sprowls’ American Pharmacy: An Introduction to Pharmaceutical Techniques and Dosage Forms, 7th ed.. Lippincott, Philadelphia, 1974, D.J. CHODOS eA. R. DISANTO, Basics of Bioavailability, Upjohn Company. Kalamazoo. 1973. P. SPEISER, Acta Pharm. Suec.. 10, 381 (1973) S. CASADIO. Tecnologia Farmaceutica, 2.* ed... 2 vols., Istituto Editoriale Cisalpino-Goliardiea, Milano, 1972. E.L. PARROT, Pharmaceutical Technology, Burgess, Mi nneapolis, 1970. E. G, FELDMAN, J. Am. Pharm. Assoc.,. NS9, 8 (1969). A, MANGEOT eJ. POISSON, Notions de Pharmacie Galé hique, Masson, Paris, 1968. C. GUICHARD, Eléments de Technologie Pharmaceutique: Pharmacie Galénique, Flammarion, Paris, 1967, L. VN. PRISTAe A. C, ALVES. Técnica Farmacéutica ¢ Farmiicia Galénica, 2 vols., Fundagao Calouste Gul- benkian. Lisboa, 1967. 1973 W. J. HUSA. Pharmaceutical Dispensing, 6th ed.. Mack, Easton, 1966. G. L_JENKINS et al New York, 1966. M.S. SADOVE. N. Phys.. 15, 257 (1966), AG. FISHBURN. An Introduction to Pharmaceutical For- ‘mulation, Pergamon, Oxford, 1965. 0.P.ANIOSe A. C. ANIOS, Ligdes de Farmacotécnica, 2.8 ed., Curitiba, 1964. H. M. BURLAGE et al., Eds., Physical and Technical Pharmacy, McGraw-Hill, New York, 1963. V. LUCAS, Incompatibilidades Medicamentosas, 2.° ed.. Rio de Janeiro, 1957. Clinical Pharmacy, McGraw-Hill, RAN 38 QUiMICA FARMACRUTICA ©. PILLAR, Rev. Quim. Farm., 20, 5 (1955) Q. MINGOIA, Tecnica Farmaceutica e Medicamenti Gale- ‘nici, Giuseppe Principato, Milano, 1932. SELECAO DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS World Health Organization, Tech. Rep. Ser., 641 (1919). World Health Organization, Tech. Rep. Ser., 615 (1970). MEDICAMENTOS ESSENCIAIS DO BRASIL Brasil, Ministérios da Previdencia e Assisténcia Social e da ‘aide, Central de Medicamentos, Relagdo Nacional de Medicamentos Essenciais, Brasilia, 1980.

Você também pode gostar