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Comentário gravado

Águas de Março

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Em 2001, Águas de Março, canção do compositor Tom Jobim, foi nomeada como a
melhor canção brasileira de todos os tempos em uma pesquisa de 214 jornalistas
brasileiros, músicos e outros artistas do Brasil conduzida pelo jornal Folha de São
Paulo. [1]

A letra se assemelha a um fluxo de consciência, se referindo a seres


como pau, pedra, caco de vidro, nó na madeira, peixe, fim do caminho e muitos
outros. A metáfora central das "Águas de março" é tomada como imagem da
passagem da vida cotidiana, sua inevitável progressão rumo à morte - como as
chuvas do fim de março, que marcam o final do verão no sudeste do Brasil. A letra
aproxima a imagem da "água" a uma "promessa de vida", símbolo da renovação.
Um dos meses mais chuvosos do calendário da cidade do Rio de Janeiro, março é
tipicamente marcado por tempestades torrenciais e ventos fortes, que por vezes
causam inundações em muitos lugares, principalmente nos subúrbios da cidade.

A letra de Tom Jobim é basicamente descritiva, COM uma série de elementos que
visam construir a atmosfera desencadeada pelas chuvas num ambiente mais rural.
Sendo assim, não conta com uma progressão dramática, um desfecho. Essa
estrutura descritiva é enfatizada pelo uso constante do verbo "ser", um verbo que
serve, entre outras coisas, para atribuir qualidade a algo. A letra já se inicia sem
mencionar o sujeito a que se liga o verbo.

A letra e a música operam progressões lentas e graduais, como enxurradas. Os


efeitos de orquestração chegam a ser cinematográficos, a partir de relações que
estabelecem entre elementos musicais e imagens do texto.

O compositor escreveu originalmente duas versões da letra, uma em português,


que mantém a estrutura e a metáfora central, e outra em ingles, na qual tentou
evitar palavras com raízes latinas. A letra em inglês conserva a característica de
enumeração de elementos presente versão em portugues. Algumas referências
específicas da cultura brasileira ( como festa da cumeeira, garrafa de cana), da flora
natural do país (peroba do campo) e do folclore (Matita Pereira) foram
intencionalmente omitidas na versão em inglês. Além disso, esta versão também
assume um ponto de vista específico, que se assemelha ao de um observador do
hemisfério norte. Neste contexto, as águas mencionadas são as águas do degelo, e
não as chuvas do fim de verão do hemisfério sul a que se refere o texto em
português. A "promessa de vida" do texto em português virou "promessa de
primavera", referência mais relevante para a maior parte do mundo setentrional.
ACTIVITY
Instruction: Complete with the words you hear
Águas de Março
Tom Jobim

É _ _ _, é _ _ _ _ _, é o fim do _ _ _ _ _ _ _
É um resto de _ _ _ _, é um pouco _ _ _ _ _ _
É um caco de _ _ _ _ _, é a vida, é o _ _ _
É a _ _ _ _ _, é a _ _ _ _ _, é o _ _ _ _, é o _ _ _ _ _
É peroba do _ _ _ _ _, é o nó da _ _ _ _ _ _ _
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É _ _ _ _ _ _ _ de vento, tombo da ribanceira
É o _ _ _ _ _ _ _ _ profundo, é o queira ou não queira
É o _ _ _ _ _ ventando, é o fim da _ _ _ _ _ _ _
É a viga, é o vão, _ _ _ _ _ da cumeeira
É a _ _ _ _ _ chovendo, é _ _ _ _ _ _ _ _ ribeira
Das águas de março, é o fim da _ _ _ _ _ _ _ _ KEY
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É o _ _, é o _ _ _ _ , é a _ _ _ _ _ _ estradeira É um resto de toco, é um pouco sozinho
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ na mão, pedra de atiradeira É um caco de vidro, é a vida, é o sol

É uma ave no _ _ _, é uma ave no _ _ _ _ É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol


É peroba do campo, é o nó da madeira
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de _ _ _ Caingá, candeia, é o MatitaPereira

É o fundo do _ _ _ _, é o fim do _ _ _ _ _ _ _ É madeira de vento, tombo da ribanceira

No _ _ _ _ _ o desgosto, é um pouco _ _ _ _ _ _ _
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É um estrepe, é um _ _ _ _ _, é uma _ _ _ _ _, é um ponto É a viga, é o vão, festa da cumeeira

É um _ _ _ _ _ pingando, é uma _ _ _ _ _, é um conto É a chuva chovendo, é conversa ribeira


Das águas de março, é o fim da canseira
É um _ _ _ _ _, é um _ _ _ _ _, é uma prata brilhando É o pé, é o chão, é a marcha estradeira

É a _ _ _ da manhã, é o _ _ _ _ _ _ chegando Passarinho na mão, pedra de atiradeira

É a _ _ _ _ _, é o _ _ _, é o fim da picada É uma ave no céu, é uma ave no chão


É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É a _ _ _ _ _ _ _ de cana, o estilhaço na _ _ _ _ _ _ _ É o fundo do poço, é o fim do caminho

É o _ _ _ _ _ _ _ da casa, é o _ _ _ _ _ na cama No rosto o desgosto, é um pouco sozinho


É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um
É o _ _ _ _ _ enguiçado, é a _ _ _ _, é a _ _ _ _ ponto

É um _ _ _ _ _, é uma _ _ _ _ _, é um _ _ _ _, é uma _ _ É um pingo pingando, é uma conta, é um conto

É um resto de _ _ _ _, na _ _ _ da manhã É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando


É a luz da manhã, é o tijolo chegando
São as águas de março fechando o _ _ _ _ _ É a lenha, é o dia, é o fim da picada

É a promessa de vida no teu _ _ _ _ _ _ _ É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada


É o projeto da casa, é o corpo na cama
É uma _ _ _ _ _, é um pau, é João, é José É o carro enguiçado, é a lama, é a lama

É um espinho na _ _ _, é um corte no _ _ É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã

São as águas de março fechando o _ _ _ _ _, É um resto de mato, na luz da manhã


São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu _ _ _ _ _ _ _ É a promessa de vida no teu coração

É _ _ _, é _ _ _ _ _, é o fim do _ _ _ _ _ _ _ É uma cobra, é um pau, é João, é José


É um espinho na mão, é um corte no pé
É um resto de _ _ _ _, é um pouco _ _ _ _ _ _ _ São as águas de março fechando o verão,

É um _ _ _ _ _, é uma _ _ _ _ _, é um _ _ _ _, é uma _ _ É a promessa de vida no teu coração

É um belo horizonte, é uma febre terçã É pau, é pedra, é o fim do caminho


É um resto de toco, é um pouco sozinho
São as águas de março fechando o verão É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã

É a promessa de vida no teu coração É um belo horizonte, é uma febre terçã


São as águas de março fechando o verão
pau, pedra, fim, caminho É a promessa de vida no teu coração
resto, toco, pouco, sozinho pau, pedra, fim, caminho

caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol resto, toco, pouco, sozinho
caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão São as águas de março fechando o verão

É a promessa de vida no teu coração. É a promessa de vida no teu coração.

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