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Aquele que diz sim e Aquele que diz nao Operas escolares Der Jasager und Der Neinsager Schulopern Escrito em 1929/30 Eserditt 25,6, 1950 em Berlim Traducdo: Luis AntBnio Martinez Corcéa ¢ Marshall Netherland Colaboracio: Paulo César Souea Buseada na adaptagio inglesa de Arthur Waley do ‘Ni ponés "Taniko”. Colaboradores: E, Hauptmann, K. Weill a4 PERSONAGENS (© PRoresson © MENINo A wie (Os mis estuvanres GRandE cone, AQUELE QUE DIZ SIM (© GRANDE cono — O mais importante de tudo é aprender a ‘star de acordo, Muitos dizem sim, mas sem estar de acordo. Muitos ndo sio consultados, e muitos Estio de acordo com o erro, Por isso © mais importante dé tudo & aprender s estar de acordo, © Professor exté no plano 1; « mie € 0 menino, no plano 2. © Prorssson — Eu sou o profewor. Eu tenho uma escola na cidade tenho um aluno eujo pai morreu. Ele sb tem a ide, que cuida dele. Agora, eu vou até a casa deles para ime despedic, porque estou de partida para uma vingera as montanhas. £ que surgiu uma epidemia entre nde e 1a cidade, além das montanhas, moram alguns grandes smédicos, Bate na porta, Posso enteat? O MENINO pastando do plano 2 para o plano 1 — Quem é Oh, @ professor esté aquil O profestor veio nos vistar! (© Poresson — Por que faz tanto tempo que voc’ nio vai 4 escola na cidade? © Menino — Eu nio podia ir porque minha mie ficou doente (© Paornsson — Eu nio sabia que ela também estava doenee Por favor, vi logo dizer a ela que eu estou aqui © menino grita em diresio ao plano 2 — Mamie, 0 profes sor esté aqui A MiE tentada no plano 2 — Mande entrar (O MENINo — Entre, por favor. Or dois entram no plano 2, © rnorasson — Far muito tempo que es nto venko aqui to diz que a wnhorn também ficou doen. Ex 5 atst [A mir — Inflzmente nfo exo nada melhor, jé que até agora we conhecenenbum remo par ea doen (© mmoresson — A gente tem que deteobri agama cos oro u vim me dete yost, aman ovo ie pare wma vagem staves dat montana em Bus Ute remo lntragdesPorgue na cidad, lem das tmontankan moram os grandes medion Acie — Urn carvana de scorr nas mantahat!E vs dude, eu ouvi duet que ov grandes médeos moran tran tambem ouv dace que € uma caminhada pepo O tentor pretende leva meu filo? (© morzsvon —~ Numa viagem como ers nfo 1© lvam ‘rian [A wit — Bom, epero que o tenor volte om side (0 moresson — Agora cu tenho que ic embors Ades Sei pare o plano 1. © meno seguindo o professor, no plano 1 — Eu tenho que dizer uma coisa. A mie escute & ports, © rnoresson — O que &? (© Mento — Eu quero ie com o senor para as montanhas. © proresson — Como eu jd disse & sua £ uma viagem dificil ¢ Perigoss, Vocé nfo Vai conseguir nos acompanhar. Além diss: Come voe8 pode querer abandonar Sua mie, que esta doente? Fique, # sbsolutamente Impossivel vocé vir conosco. 28 © Menino — E porque minha mie esti doente que Eu quero com vor, para juscar para ela remédios © insecugdes (Com of grandes médicos, na cidade além das montanbas ‘© Pnoresson — Eu tenho que falar com sua mie novamente, Ele volta ao plano 2.0 menino escuta & port (© PorEsson — Estou aqui de novo. Seu filho diz que quer vir conosco, Eu expliquei que ele nfo poderia deixar a senhora sozinha e doente que, além diso, é uma via- sem dificil e perigosa. £ absolutamente impossivel voce vir conosco, eu Ihe disse. Mas ele respondeu que tem que ir & cidade, além das montanhas, buscar remédios ¢ ina. truc6es pars a sua doenca. ‘A wiz — Eu ouvi suas palavras, E nio duvido do que 0 ‘menino diz — que ele gostaria de fazer a caminhada perigosa com o senhor. Meu filho, venha : © menino entra no plano 2. Desde o dia em que ‘Seu pai nos deixou, Eu nio tenho ninguém A nio ser voeé 20 meu lado, Vocé nunes sai De minha vista nem do meu pensamento Por mais tempo que eu precisase Para fazer sua comida, Arrumar suas roupas ¢ Ganhar dinheico, © mento — como a senhora diz. Mas apeste dist nada vai poder me desviar do que eu pretendo, (© Mento, 4 Miz £ 0 rRoresson — Eu vou (ele vai) fazer 4 perigosa caminhada E buscar remédios ¢ instrugdes Para a sua (a minha) doenga, Na cidade além das montanhas, ne (© exanve coro — Eles viram que nenhum argumento Podia demové-lo. Entfo o profesor ¢ a sua mie diseram ‘Numa #6 vor! (© PnorEsson EA MAE — Muitos estdo de acordo com 0 erro, ‘mas ele [Ni erté de acordo com a doenga, ¢ sim Em acabar com a doenga (© GRANDE cono — A mie ainds disse: A Mar — Eu ji no tenho mais forgas. Se assim tem que ser, Vi com o professor, Mas volte logo. 2 exanne cono — As pessous comegaram a viagem Para ae montanhas. Entre elas estavam 0 profesor Eo menino, ‘Mas o menino nio podia suportar tanto esforgo: Ele forgou demais seu coragio, Que pedia retorno imediato. Na alvorada, 20 pé dat montanhas, Ele quase no conseguia Arrastar seus pés cansados. Entram no plano 1: 0 professor, os trésestudentes e, por sil fimo, 0 menino trazendo um cantil (© provessox — A subida foi répida. Li esti a primeira ca- bana, Lé nés vamos parar um pouco. Os més estuoanTes — Nés obedecemos. les sobem num estado no blano 2. menino detém 0 ro (© Menino — Eu tenho que dizer uma coisa. (© proresson — O que & (© Menino —Eu ndo me sinto bem, (© Pnoresson — Pare! Quem faz uma viagem como esta nio ‘pode dizer exsas coiss. Talver vocé esteja cansado por ‘nfo estar acostumado a subir montanhas, Pare € des- canse um pouco, le sobe no estrado. (Os ras estuDANTES — Parece que © menino esti eansado por causa da subida. Vamos perguntar ao professor. (© cxanve cono — Sim. Perguntem! (Os taf estupanes ao profesor — Nés ouvimos que 0 ‘menino esté eansado por causa da subida. O que hi com tle? Vocé esta preocupado com ele? (© proresson — Fle nio esti se sentindo bem, & 56 iso, Ele std s6 cansado por causa da subida, (Os Tals EstuDANTES — Entio voc’ nio esti preocupado com ele? Longe pause. Os és esrunawres entre les — Vocts ouviram? © professor dise Que 0 menino extdsomente eansado por causa da subida Mas ele ndo esti ficande com uma aparéncia muito es- cranha? Logo depois da cabana vem s passagem escreia Sé se pode passa por ela Agarrando-e 4 rocha com as duas mios. Tomara que ele no esteja doente, Porgue, se ele nio puder continuar, nds vamos ter que Deixar 0 menino aqui. Eles gritam em divecéo ao plano 1, com as mios em concbs ‘Vocé esti doente? — Ele no responde, — Vamos per~ untar 20 professor. ‘Ao professor: Quando hé pouco perguntamos pelo me- nino, voc8 diswe que ele estava simplesmente cansado por Causa da subida, mas agora cle estd com uma aparéncia ‘muito estranha. Olhe, ele até esti sentado, (© proresson — Estou vendo que ele ficou doente. Tentem ‘carregi-lo na passagem estreita. (Os raés esruvanres — Vamos tentar. Or trés extudentes tentam atrevessar a “pasiagem estrita” carregando 0 mening. A "passagem estreita” deve ser coms- ‘traide pelos atores com extrados, cordas,cadcivas etc., de tal forma que of trés estudantes posiam pastsr s6s, mas ndo car- regando 0 merino. (Os rads esruoanres — Nio podemos passar com ele e tam ‘bém nio podemos ficar com ele. Acontega o que acon- ‘ecer, née temos que continuar porque uma cidade in- ‘ira erté esperando o remédio que nds viemos buscar. tervel ter que die st may el no pede virco noico, és vamos ter que deixar 0 menino aqui, nas ‘moneanbas. (© pnorasson — B verdade, talvez tenham que fazer isto. Eu ‘no posso me opor a voces. Mas eu acho justo que se pergunte Aquele que ficou doente se se deve voltar por sua causa, Meu coragio tem pena desa pesoa. Eu vou até ele e, com 0 maior cuidado, vou prepari-lo para seu destino. (Os mais estupaNTES — Fasa isto, por favor. les se colocam frente a frente, (Os TREs ESTUDANTES E © GRANDE CORO — Nés vamos Ihe pecruter (es he pcp) se gor ese volte (que voltem) por sua causa., Porém, mesmo se ele quiser, [Nos nfo vamos (eles nfo iam) volear, E sim deixi-lo aqui e continue 22 (© pnoresson, que foi até 0 menino no plano 1 — Presta ‘stencio! Como voce ficou doente e nio pode continua, ‘Vamos ter que deixar voc# aqui. Mas é justo que s© per fgunte iquele que ficou doente se se deve voltar por sua ‘Causa. Eo costume exige que aquele que ficou docnte esponda: voeés nfo devem volta. (© menivo — Eu compreendo. (© prorrsson — Vocé exige que se volte por sua causa? 0 ewiso — Voeés no devem voltar! (© proresson — Entio vot esti de acordo em ser deixado sau? (© mento — Eu quero pensar. Pausa pera reflexao. Sim, eu ‘estou de acordo. (© proresson grite em direcdo 40 plano 2 — Ele respondea ‘conforme a necessidade! (© eRANDE cono E 08 TRES ESTUDANTES no momento em que (os frés estudantes dercem ao plano 1 — Ele disse sim. Continuem! (Os trés extudantes param, (© poresson — Agora continuem, nio parem, Porque vocés decidiram continua. Or trés estudantes (0 meNINo — Ew quero dizer uma cvisa: eu pego que nio ‘me deixem aqui, e sim me joguem no vale, porque eu tenho medo de morrer sozinho. (Os mais estupanTEs — Nés nio podemos fazer iss, (© mento — Parem! Eu exio. (© proresson — Voets decidiram continuar ¢ deixi-lo aqui facil decidir o seu destino, Mas dificil executé-lo. Estdo prontos para jogi-lo no vale? (Os rns EsTUDANTES — Sim. (Os trésestudantes levam o menino para o estrado no plano 2 ms Encore a cabega em nowos brasox, Nio toca forge Nés levamos vocd com cuidedo. Os tnés esudantes colocam 0 menino ne parte posterior do estrada ¢, de pi a sua frente, escondem:no do pibtice, © Menino invisivel — Eu sabia muito bem que nesta viagem “Arrscava perder minha vida Foi pensando em minha mie Que me fer a parti. ‘Tomem meu cant, Ponham o remédionele E levem para minha mie, Quando vocts volearem. © caanpe cono — Entfo os amigos pegaram o cantil E deploraram os trises caminhor do. mundo E suas dora les amarges, E jogarsm 0 menino, Pé'com pe, um a0 lado do outro, Na beitt do abimo, De olhos fechadon eles jogaram 0 menino, Nenhum mar eulpado que o outro. E jogaram pedagos de tres E uma pedrinhss Logo em squid AQUELE QUE DIZ NAO. (0 Granve cono — O mais importante de tudo é aprender 3 estar de acordo. Muitos dizem sim, mas em estar de acordo, Muitos ndo so consultados, © muitos Estio de acordo com o erro. Por iss: (O mais imporcante dé tudo é aprender a estar de acordo. professor esti no plano 1; a mie e 0 menino, no plano 2. (© prornsson — Fu sou o profesor. Eu tenho uma escola na cidade e tenho um aluno cujo pai morreu. Ele x6 tem amie, que cuida dele. Agora, eu vou até a casa deles para me despedir, porque estou de pactida para uma via- ‘gem as montanhas, Bate na porta, Posso entrar? © Menino passando do plano 2 para o plano 1 — Quem & Oh, 0 professor esti aqui! O professor veio nos vistae! ‘© proresson — Por que faz tanto tempo que vocé nio vai 4 escola na cidade? © Mento — Fu nio podia ir porque minha mie ficou do- (© Paoressox — Eu nio sabia. Por favor, v4 logo dizer a ela ‘que ev estou aqui (© Menino grita em direcao 40 plano 2 — Mamie, 0 profesor std aqui. A mae sentade numa cadeiva de madeira no plano 2 — Man- de entrar (0 MENINo — Entee, por favor. 0s dois entram no plano 2. (© proresson — Faz muito tempo que eu nio venho 24 ‘Seu filho diz que a senhora tem estado doente, Esti me- Thor agora? 2s [A Mit — Nio se preocupe com a minha doenga, nio hi de ser nada. ‘© pwortssox — Fico contente de ouvir isto. Eu vim me des- pedir de vocés, porque amanhi eu estou de partida para 4s montanhas uma viagem de estudos, porque na ci- dade, além das montanhas, moram os grandes mestes. ‘A Maz — Uma viagem de estudos nas montanhas! E verdade, eu ouvi dizer que os grandes médicos moram Ii, mas também ouvi dizer que € uma eaminhada perigosa, O senhor pretende levar meu filho? (© pnorzsson — Numa viagem como esta, nio se levam cri- angas. A Mar — Bom, espero que o senhor volte com saiide. © moressox — Agora eu tenho que ir embora. Adeus. Sai ara 0 plano 1. Oaensno seguindo 0 professor, no plano | — Eu tenho que dizer uma coisa, A mie escute d porta, (O pnoresson — O que é? © Mento — Eu quero ir com 0 senhor para as montanhas. (© Pnoresson — Como eu ji disse A sua mie, uma viagem dificil © Perigosa, Voed nio ‘Vai conseguir nos scompanhar. Além disso: Como vocé pode querer abandonar Sua mie, que esté doente? Fique. B absolutamente Impossivel woed vir conosco. O MeNino —£ porque minhs mie esta doente que Eu quero ir com voeé, para Buscar para ela remédios e instrucdes ‘Com os grandes médicos, na cidade além das moncanhas. ‘© Pnoresson — Mas vocé estaria de acordo com todos os im- previstos que Ihe poderiam surgi durante a viagem? 26 (© Mento — Sim, ‘0 rnorzsson —Eu tenho que falar com sua mie novamente, le volte ao plano 2.0 menino excutaé porta Estou aqui de novo. Seu filho diz que quer vir conosco. Eu expliquei que ele nio poderia deinar « senhora ozi- nha e doente © que, além diss, é uma viagem dificil ¢ perigosa E absolutamente imposivel voe® vir conosco, tu lhe dise. Mas ele respondeu que tem qu it cidade, Slém das montana, buscar remédiose insteuges para a sua doenga. ‘A i — Bu ouvi suas palaveas. Endo duvido do que 0 me- nino diz — que ele gostaria de fazer + caminhada peei- sos com o senhor. Meu filo, vena ci © menino entra no plano 2. Desde o dia em que Seu pai nos deixou, Eu ado tenho ninguém ‘A nio ser vocé do meu lado. Vocé nunca sais De minha vista nem do meu pensamento Por mais tempo que eu precisase Para fazer sua comida, ‘Arrumar suas roupas € Ganhar dinbeieo (© Menino — E como a senhora diz. Mas apesar disso nada ‘vai poder me deeviar do que ew pretendo. (© MENINO, a MAE E 0 PRoFESsoR — Eu vou (Ele vai) fazer a perigosa caminada E buscar remédios e instZugies Para a sua (a minha) doenga, Na cidade além dss moncanhas. (© caanoe cono — Eles vieam que nenbum argumento Podia demové-to, Entdo 0 profesor ¢ a mie diseram ‘Numa sé vor: CO PROFESSOR E A MAE —Muitosestio de acordo com 0 erro, mat ele [Nao esti de acordo com a doenga, ¢ sim Em acabar com a doenga, © cRANDE cono — A mie ainda disse ‘A Maz — Eu j ndo tenho mais forcas. Se assim tem que ser, Vi com o professor, Mas woe logo. 2 (© cranne cono — As pessoas comesaram a viagem ara as montanhas. Entre elas estavam 0 professor, Eo menino, Mas 0 menino ndo podia su Ele forgou demais seu coracio, Que pedia retorno imediato. Na alvorada, 20 pé das montanhas, Ele quate nio conseguia mais Arrastar seus pés cansados. ar tanto esforgo: Entram no plano 1: 0 professor, os trés estudantese, por sltimo, 0 menino trexendo um cant. (© pRoresson — A subide foi répida, Li est a bana, Li nés vamos parar um pouco. (Os tals esruvaNres — Nés obedecemos. Eles sobem num estrado do plano 2..O menino detém 0 brofessor (© Menino — Eu tenho que dizer uma cols © Pnorrsson — O que &? ae (© Menino — Eu no me sinto bem. (© prorEssox — Pare! Quem faz uma viagem como esta nfo pode dizer evsas coisa. Talvez vocé esteja cansado por niio estar acostumado 4 subir montanhas. Pare e descan- s€ um pouco. Ele sobe no estrado. (Os mais esruvaNres — Parece que o menino ficou doente por causa da subida. Vamos perguntar 20 profesor. (© eRaNDe cono — Sim. Pergunte (Os tads estuDANTES a0 professor — Nés ouvimos que o me- nino ficou doente por causa da subida. O que hi com cle? Voe€ esté preoctipado com ele? (© proresson — Fle nfo esté se sentindo bem, é s6 isso. Ele ‘std 56 cansado por causa da subida. Os ads esrunanres — Entbo oct nfo atk preocupado com ele? Longe peusa. (Os rns esrupanres entre eles — Vocés ouviram? © professor disse Que 0 menino est somente cansado por causa da subida Mas ele nfo esti ficando com uma aparéncia estranha? Logo depois da cabana vem a passagem est Sé se pode pasar por ela “Agatrando-se A rocha com as duas mios. Nés nfo podemos carregar ninguém. Devemos entio seguir 0 grande costume © Jogar o menino no vale? 40 plano 1, com as mios em Eles gritam em dire come ‘A subida da montanha the fez mal? (0 mentNo — Nio. ‘Veiam, eu estou em pé. Ey nfo estaria sentado Se estivesse doente? ne Pause, O mening sente (Os mis estupaxres — Vamos falar com 0 profesor. Mes- tre, quando hi pouco perguntamos pelo menino, voce disse que ele escava simplesmente cansado por causa dt subida, Mas agora ele sti com uma aparéncia muito Gseranha. Olbe, le até etd sentado. BE verrvel ee que dizer isto, mas hi ruito tempo reina um grande costu- me ne ns auc qe nfo pode continua er nga © mortson — Coma, oct queen jst ee meine no (Os rns estuDaNTES — Sim. anos incengio, © Paoresson — £ um grande costume. Eu no posso me ‘opor a ele, Mas o grande coseume também exige que se pergunte aquele que ficou doente se se deve volear por sua causa. Meu coragZo tem muita pena des pesoa. Eu vou até ele e, com o maior cuidado, vou Ihe falar do stande costume. (Os mits estupawres — Faca iss, por favor. Eles se colocam frente a frente, (Os taés EsTUDANTES 0 GRANDE cono — Nés vamos Ihe perguntar (eles Ihe perguntaram) se ele quer ‘Que e volte (que voltem) por sua caus. Porém, mesmo se cle quiver, Nés nfo vamos (eles nio iam) volear, E sim jogi-lo no vale, Ovnoresson, que foi até 0 menino no plano 1 — Presta aten- ‘Gio! Hi muito tempo existe a lei que aquele que fica ddoence numa viagem como esta tem que ser jogado no vale. A morte ¢ imediats. Mas 0 cortume também exige ue se pergunte iquele que ficou doente se se deve voltar or sua causa, Eo costume exige que aquele que ficou ddoente responda: Vocés nio devem voltar, Se eu estivese fem seu lugar, com que prazer ew morreria! 230 © menino — Eu compreendo, (© mnorzsson — Voe# exige que se volte por sua causa? Ou cté de acordo em ser jogado no vale como exige o gran- de cortume? O Menino, depois de um tempo de rele ‘estou de acordo. OpnorEsson grite em direcio 40 plano 2 — Desgam até aqui Ele nio zespondeu de acordo com o costume (Os ras estuvantes descendo em diregéo ao plano 1 —Ele disse nfo. Ao menino: Por que voc# nio responde de acordo com o costume? Aquele que diswe 3, também tem que dizer b. Naquele tempo quando Ihe pergunta- ‘vam se voc€ estaria de acordo com tudo que esta Viagem poderia tcazer, voc® respondeu que sim, (© MENINO — A resposta que eu dei foi falsa, mas a sua per- gunta, mais falsa ainda. Aquele que diz 3, nfo tem que dizer b. Ele também pode reconhecer que a era falo Eu queria buscar remédio para minha mie, mat agora feu também fiquei doente, e, stsim, isto nfo é mais pos- E diante desta nova situagio, quero voltar imedia- tamente, E eu pego a vocés que também voleem ¢ me lever para cass. Seus estudos podem muito bem esperar. E se ha alguma coisa 2 aprender li, o que eu espero, +5 poderia ser que, em nossa situagio, nds temos que volear. E quanto 20 antigo grande costume, nio vejo nele 0 -menor sentido. Preciso € de um novo grande costume, que devemos introduzir imediatamente: 0 costume de refletir novamente diante de cada nova situacao. (Os mis esrupawrEs ao professor — © que fazer? O que o ‘menino disse nio é nada heréico, mas faz sentido, —Nio. Eu nko © Prortsson — Eu deixo com vocés a decisio do que fazer. Mas tenho que Ihes dizer uma coisa: se vocés volearem, vio ser cobertos de zombaria e vergonha, (Os vaés Estupanres — Nio é vergonha le falar a favor de si préprio? (© Pnortssox — Nio. Eu nfo vejo nso nenhuma vergonha, (Os mais esrupawres — Entio nés queremos volear. Nao vai ‘ ser a zombaria © nfo vai set 0 dexprezo que vio nos m= pedir de fazer o que é de bom senso, endo vai set um antigo costume que vai nos impedie de aceitar uma idé Encoste a cabeca em nosior bragos. Nio faga forga. 'Nés levamos vocd com cuidado. © GRANDE cono — Assim oF amigos levaram o amigo E eles criaram um novo costume, E uma nova lei, E levaram 0 menino de volta, Lado a lado, caminharam juntos ‘Ao encontro do desprezo, ‘Ao encontro da zombaria, de olhos abertos, Nenhum mais covarde que 0 outro A decisio Peca diditica Die Massnahme Lehrstick Escrito em 1929/30 Estria: 13.12.1930 em Berlim Traducdo: Ingrid Dormien Koudela 235

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