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O Canto da Forja

Esse são os teus dias hediondos


Essa é tua mascara agora
Cingida num metal aéreo
Moldada num modelo aorta

Nas clavas de teus filhos


O espécie despercebido
Correu-lhe nos dedos
Agora, trilhos e milhas idos

Fantasie com a fumaça


que te queima agora
Sabes o rigor do carvão
sabes a formula da aurora

As cicatrizes são obrigações


são o pedágio da adaga
que corta a carne
e recorta a alma

Não apaga o fogo da forja


vira-se, faça-te, deixa-me
longe de teu cheiro azucre
longe de tua face em brasa.

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