Tua morte,a minha, a vida perdida, castrada Campos de chuva e memórias antigas Desbotadas, com pó e viúvas casadas
Um brotão de flor em meio ao Saara
Um objeto artifício nas histórias mal-contadas O cânulo da arma que brilha com o lustro da pólvora A bala que me morde, a boca que me atira e o tiro que me cala
Uno furo jorrante de lágrimas, que regam teu ego inchado
Jaspe e marfim cobrem me como um lençol Venia e defina-me, as carnes, como escultura Tampa-me e encerra teu canto nas minhas artérias
Esse é o teu poder, cala-te enquanto falo
Esse é teu sex appeal, champanhe barato Mas que deleita a comitiva, a comossária, o comichado Sílex pedra, vegetal primitivo, mirra turva e barata
Um dia vou te vencer, ou melhor a mim
Me dedico o não, o nunca, o jamais Por enquanto venha, retire minha roupa Deixe-me em amarras, na porta do impropério Ou do sacramental.