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Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte Fala pessoal, tudo certo? Hoje daremos inicio a nosso curso especifico para Investigador da Policia Civil de Minas Gerais. Antes, porém, de efetivamente comesarmos, gostaria de dizer que é um prazer enorme estarmos aqui ao seu lado nesta preparacSo. Para quem ainda nao me conhece: eu sou o Prof. Vitor Cruz, desde 2009 estou trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também aprendendo muito) a disciplina mais legal dos concursos ptiblicos: o Direito Constitucional. Atualmente trabalho como Analista Judicidrio no TRE-GO. Sou ex- Oficial da Marinha do Brasil, graduado em Ciéncias Navais pela Escola Naval e Pés-graduado em Direito Constitucional. Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituicgao Federal Anotada para Concursos" publicado pela Editora Ferreira e dos livros "Vou ter que estudar Direito Constitucional Agora?" e "Questées Comentadas de Direito Constitucional — FGV", ambos pela Editora Método. Sou também coordenador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, da colecéo 1001 questées comentadas da Editora Método, onde também participo sendo autor das seguintes obras: -1001 Quest6es Comentadas de Direito Constitucional - ESAF; -1001 Questées Comentadas de Direito Constitucional - CESPE; -1001 Questées Comentadas de Direito Constitucional - FCC; -1001 Questées Comentadas de Direito Tributario - ESAF (este em parceria com Francisco Valente). Olé pessoal, eu sou professor Rodrigo Duarte, também sou servidor do TRE-GO, divido 0 curso aqui no Ponto com o Professor Vitor desde 2012. Sou bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia e p6s-graduado em Direito Constitucional. Este seré um curso de Teoria e Exercicios, todos comentados, com foco no concurso da PC-MG. Eventualmente, poderemos usar alguma quest&o de outra banca examinadora para fins de preencher alguma lacuna no estudo. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte Nossa filosofia 6 de sempre preparar nossos alunos alcangar a nota 10, para isso, sera imperioso sua dedicacdo e seu compromisso. Por mais dificil que a primeira vista possa parecer, néo podemos nos contentar em estudar para a nota 7, nota 8...lembre-se, a concorréncia é grande! Mas nao é por isso que seu estudo sera um martirio, pelo contrario, vamos nos empenhar ao maximo para que nosso cursu Ihe conduza avs 100% de acertus da forma mais agradavel possivel. A nossa programacao de aulas é a seguinte: Aula Q- Estado. 0 Estado e seus elementos, Finalidade do Estado. Aula 1- Teoria Geral dos Direitos Fundamentais; Direitos e Deveres Individuais (12 parte); Aula 2- Direitos e Deveres Individuais (3° parte); Aula 3- Direitos Sociais, Nacionalidade, Direitos Politicos. Aula 04- Direito Publico. Estado. O Estado e seus elementos, Finalidade do Estado. Preparados para iniciar 0 Ultimo passo para a aprovacéo? EntSo vamos Ia! Teoria Geral do Estado - Noc&o, Objeto e Método: A Teoria Geral do Estado (TGE) € a disciplina que tem por objeto a andlise da formacdo, organizacéo, evolugéo no tempo e finalidade dos Estados, sob os mais variados prismas, de forma que possa buscar o aperfeigoamento do Estado. Assim, percebemos' que embora seja uma disciplina juridica, ela nao se limita aos aspectos juridicos, pois tembém estuda o Estado através de uma anilise sociolégica e politica. A TGE esta intimamente relacionada com a ciéncia politica, mas se diferencia desta por incluir em seu objeto a andlise dos aspectos juridicos. 1. (ESAF/MRE/2004) O objeto da teoria geral do Estado é 0 estudo da construcao juridica do Estado, podendo abranger, ainda, o estudo do Estado em sua perspectiva de realidade juridica e de realidade social. * Como nos ensina o Prof. Dalmo de Abreu Dalla Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte A questao corretamente expés 0 conceito da TGE, que tem como objeto de estudo o Estado, sua formacdo e evolucdo, tudo isso analisado pelos mais variados prismas Gabarito: Correto. Origem da Sociedade - Sociedade Natural x Contratualismo: Foram muitos os tedricos que, ao longo do tempo, tentaram explicar a formacao da sociedade. Duas correntes se destacam, a sociedade natural e 0 contratualismo. Dessas correntes, surgiram muitas derivagdes, mas a esséncia que as distinguem & sempre a mesma, a resposta a seguinte pergunta: a sociedade é fruto de um agrupamento voluntério ou involuntario? Os adeptos a idéia de sociedade natural argumentam que o homem é naturalmente um animal social e politico, e somente o homem que fosse muito superior ou muito vil, ou entdo por algum acidente (naufragio ou perdido em um floresta) é que poderiam viver isulado. Desla forma, haveria uma ayregayao involuntéria das pessoas, como fruto da prépria natureza humana. Esta corrente tem origem em Aristételes e foi defendida também por Cicero, Séo Tomas de Aquino e muitos outros. Ja os contratualistas se opdem a idéia da sociedade natural, defendem que a sociedade é formada por uma associacao voluntaria dos homens, através de um contrato hipoteético. A origem do contratualismo ndo é bem definida pela doutrina, alguns afirmam que aparece com Plato, na obra "A Republica", mas, de forma clara e precisa, 0 contratualismo € proposto na obra "Leviata” (1651) de Thomas Hobbes. Para Hobbes o homem vive inicialmente, ou quando ndo é reprimido, em um “estado de natureza", totalmente livres, sendo eles egolstas, agressivos, luxuriosos, enfim, "animalescos" 0 que ocasiona uma "guerra de todos contra todos", uma constante tensdo que leva as pessoas a agredirem antes de virem a ser agedidos. ‘Apesar dessa esséncia "ma", para Hobbes o homem é sobretudo um ser racional e usa a sua razao para celebrar um contrato social, superando o estado de natureza e criando um “estado social" e, uma vez estabelecido, deve ser preservado a qualquer custo pela seguranca que da ao homem, sendo assim, ainda um mau governo deve ser defendido, pois é melhor que o estado de natureza. Assim, Hobbes pregava como essencial a existéncia de um poder "visivel" (Estado, um homem artificial criado pelo homem natural para sua protecdo e defesa) que obrigasse a todos a observancia das 3 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte leis, sob pena de serem castigados. Hobbes era essencialmente absolutista em suas idéias. Posteriormente, outros autores vieram a se opor ao absolutismo, mas sem negar o contratualismo, foi 0 caso de John Locke e, principalmente 0 caso de Monstesquieu, que na sua obra "Espirito das Leis" também também se refere a um estado natural do homem, mas este ndo seria um estado hostil e animalesco, mas sim de constante medo e fraqueza, onde a paz reinaria pelo temor de atacar. O que levaria o homem a viver em sociedade seriam as necessidades (alimenticia, sexual, fortalecimento reciproco...) @ a propria consciéncia de sua condicdo e do seu estado. Tanto Locke quanto Montesquieu so apontados como contratualistas, pela esséncia de suas obras, mas no se referiram expressamente ao “contrato social" como fez Hobbes, isso sé vem a ocorrer com Rousseau que concordava com Montesquieu no estado inicial da bondade humana, mas que preservar este estado natural, sozinho, acabou sendo muito dificil devido aos diversos obstaculos que foram surgindo. Desta forma, os homens se associaram voluntariamente, celebrando um contrato social, em busca de unir forgas, e assim abdicando de parcela de suas vontades em prol de uma vontade geral, criando um Estado, que é um corpo moral e coletivo, cuja soberania tem fundamento no conjunto das pessoas associadas, sendo assim inalienavel e indivisivel. E importante destacar que esta vontade geral ndo se confunde com o simples somatdrio de todas as vontades individuais, mas sim é a vontade que atende ao bem comum daqueles cidadaos. Rousseau exerceu influéncia imediata na Revolug&o Francesa, e para ele os maiores bens a serem preservados em qualquer legislacdo seria a liberdade e a igualdade, esta era inerente a condicgéo de cidaddo, j4 que uma vez convencionado o contrato social, todos seriam iguais, ndo havendo mais diferencas em termos de forga fisica ou qualquer outro aspecto. Embora isso néo seja pacifico, a maioria dos contratualistas percebem a disting&o de dois pactos diferentes e sucessivos: 1° Pacto de associag’o, quando os individuos efetivamente formam a sociedade, agrupando-se entre si. 2° Pacto de subordinagao, os individuos decidem obedecer a um poder comum em troca de beneficios. © contratualismo foi essencial & formac&o tedrica do Estado como & concebido atualmente, devendo sempre buscar o bem comum, predominando a vontade popular e buscando uma liberdade e 4 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte igualdade, criando assim as bases da democracia. No entanto, salienta o Prof. Dallari, que a idéia contratualista néo possui muitos adeptos nos dias atuais, servindo mais como carater filoséfico do que como justificativa aceitavel para a formacao da sociedade. Atualmente, ent&o, predomina 0 modelo misto de que a sociedade é produto de uma necessidade natural de associaco humana, de esséncia naturalista, mas sem excluir, porém, que a razio humana tem grande papel no estabelecimento de duas bases e caracteristicas. 2. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008). Um dos objetos de grande atengao do pensamento e da teoria politica moderna é a constituicao da ordem politica. Sobre essa teméatica, uma das tradicdes de reflexéo mais destacadas suslenla que @ ordem lem origem contratual. Todos os elementos abaixo séo comuns a todos os pensadores da matriz contratualista da ordem politica, exceto: a) 0 estado de natureza. b) a existéncia de direitos previamente a ordem politica. c) a presenga de sujeitos capazes de fazer escolhas racionai d) um pacto de associacio. e) um pacto de subordinacao. Comentarios: Letra A - Correto. O Estado de natureza era previsto por todos os contratualistas e trata da situacéo em que o individuo vivia antes de celebrar 0 pacto de associacgéo e passar a viver em sociedade. A Unica divergéncia é que para alguns como Hobbes, no Estado de natureza 0 homem era essencialmente mau e animalesco, enquanto para outros como Rousseu, 0 homem seria bom e temeroso. Letra B - Correto. Esse também é um pensamento essencial aos naturalistas. Inclusive é inerente a teoria do contrato social de que os individuos, possuidores de direitos inatos, abdicam de parcela desses direitos em prol das vantagens da convivéncia de sociedade. Letra C - Correto. A razéio é justamente 0 que faz 0 homem a abrir mAo de seus direitos e celebrar 0 contrato. Letra D - Correta e Letra E errada! O Pacto de associacao é 0 préprio cerne da teoria contratualista. Porém, a fase sucessiva ao pacto de associacéo que seria 0 pacto de subordinacéo nao é um consenso, embora prevista por muitos doutrinadores. Gabarito: Letra C. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte Elementos da Sociedade: © Prof. Dallari comenta que verificamos com frequéncia um agrupamento muito numeroso de pessoas em determinado lugar, em fungdo de algum objetivo comum, porém, isso nao é suficiente para dizermos que tais individuos constituem uma sociedade, ja que para assim ser considerada, precisa reunir 3 elementos caracteristicas: 1- Finalidade ou valor social; 2- Manifestagao ordenada; 3- Poder Social. 1- Finalidade ou Valor Social: 0 Bem comum. Duas correntes diferentes: a) Os deterministas - negam possibilidade de escolha, 0 homem se submete as leis naturais, sob o principio da casualidade. O homem tem a sua vida condicionada a fatores econdmicos ou geograficos e no adianta lutar contra eles. E aquele dizer: filho de pescador vai ser pescador. b) Os finalistas - 0 homem é livre para escolher sua finalidade, mesmo que "forcas" criem uma tendéncia, ele possui inteligéncia e vontade de fixar um objetivo préprio para dirigir a sua vida. E esta corrente finalista que faz surgir 0 conceito de finalidade social, que seria ent&o, aquela que harmonizasse todas as finalidade individuais. Ou seja, 0 bem comum, entendido como o conjunto de todas as condigdes que possibilitem o desenvolvimento integral da personalidade humana’. 2- Manifestacéo ordenada: reiteracéo + ordem + adequacao. E necessario que o agrupamento de individuos, além de possuir uma finalidade comum, possuma uma ordenacdo, que deve ser reiterada, ou seja com objetivos permanentes. Assim, pressupde-se a pratica de diversos atos, de forma continua, por um longo periodo. E preciso ainda que haja uma ordem (normas), a fim de que seja possivel que pessoas com diversos interesses distintos sejam conduzidas em prol de um mesmo objetivo. Por fim, as manifestacdes e acdes devem estar adequadas a busca do bem comum, crescimento e desenvolvimento da sociedade. 3- Poder Soci Para fins da organizagfo e funcionamento de uma sociedade é necessério a existéncia do poder social, que é fator inerente a * Conceito baseado na formulag3o do Papa Joao XXil. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte existéncia da sociedade e que pressupde uma bilateralidade, ou seja, uma vontade que predomina em prol de outra ou de outras. Os tedricos que negam a necessidade de um Poder Social séo genéricamente designados como anarquistas. Sociedades particulares x Sociedades Politicas: As sociedades, quanto & sua finalidade, podem ser basicamente de dois tipos: a) Sociedade de fins particulares - quando possuem uma finalidade definida, voluntariamente escolhida por seus membros. b) Sociedade de fins gerais - quando seu objetivo é criar condigdes para que cada um dos seus membros (ainda que estes sejam outras sociedades) consigam atingir os seus objetivos. Estas sdo as "sociedades politicas". As sociedades politicas podem ser bem pequenas e restritas como a familia, os clas e as tribos, mas podem ser também grandes e importantes como os Estados. Sociedade X Comunidade: E necessdrio que fagamos a distincdo entre os conceitos de sociedade € comunidade, pois isso sera necessdrio para que entendamos as diferencas entre outros conceitos como Estado e Nacao. Tanto as sociedades quanto as comunidades s&0 agrupamentos, com vocagao permanente, de pessoas. No entanto, possuem diferencas bem definidas. A formag3o de uma sociedade ocorre para que seus membros busquem um fim determinado, as comunidades surgem por si proprias sem a consciéncia de seus membros na busca de um objetivo comum, sendo objetivo das comunidades a sua propria preservaco. Diferentemente das comunidades onde existe um elo formado pela afinindade sentimental, psicolégica ou espiritual de seus membros, na sociedade ha vinculos juridicos para reger as relag3o entre seus membros e so as normas juridicas regulamentam a suas manifestagées. Encontramos ainda na sociedade a existéncia de um poder, que é estabelecido e reconhecido juridicamente, capaz de alinhar os membros em prol dos objetivos comuns, algo que n&o existe nas comunidades, onde nao ha liderangas juridicas, no maximo 0 exercicio de influéncias de membros sobre outros. Hé de se destacar também que nada impede que uma comunidade venha a se transformar em uma sociedade, caso seus membros 7 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte decidam voluntdriamente se organizar e passar a ordenamente perseguir objetivos comuns. Estado - Origem: Os autores indicam que o termo "Estado" no sentido que se mostra hoje (sociedade politica de vocago permanente dotada de poder) aparece pela primeira vez na obra "O Principe" de Maqulavel (1513). © termo foi gradativamente ganhando espaco ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII. Ha autores que no admitem a existéncia do estado antes do século XVII, para eles nao bastaria haver uma sociedade politica, mas também haver caracteristicas bem definidas como uma soberania una, 0 que nao era presente em épocas medievais, onde existiam os feudos e corporagées dissolvendo o poder. Outros autores dizem que o Estado sempre existiu, tendo 0 homem sempre se organizado em sociedade e sob uma autoridade. Aqui retomamos a idéia da formaco natural do Estado, assim como a sociedade, e da formacdo contratual do Estado. Os nao contratualistas pregam ora que a formacdo do Estado tem origem familiar (que foi se ampliando até gerar grandes aglomerados), ora por atos de forca (conquistas) ou ainda por causas econémicas ou patrimoniais (0 homem agrupou-se naturalmente para otimizar os meios de produgao e suprir necessidades). Hd ainda quem defenda que o Estado esté sempre em potencial formacdo pelo simples fato de haver a sociedade, que vai se tornando naturalmente complexa, até que necessita formar o Estado para geri-la. Aqui vimos teorias sobre a formacao origindria (inicial) dos Estados. 0 Estado, no entanto, também pode se formar de forma derivada, ou seja, através da unido ou fracionamento de outros Estados que ja existiam. 3. (ESAF/AFC-CGU/2012) O conceito de Estado é central na teoria politica, Os enunciados a seguir referem-se @ sua formulacao. Indique qual a assertiva correta. a) O conceito de Estado surge com o de Pélis, na Grécia. b) Sua formulagao original integra o Direito Romano. c) A definiggo passou a ser utilizada na Revolugdo Francesa. d) A primeira referéncia ao termo é de Maquiavel. e) A origem nao pode ser identificada. Comentari Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte Os autores indicam que o termo "Estado" no sentido que se mostra hoje (sociedade politica de vocagdo permanente dotada de poder) aparece pela primeira vez na obra "O Principe" de Maquiavel (1513). Letra D. Estado X Nagao: Comumente empregados como sinénimos, tais _ institutos doutrinariamente so tidos como distintos. A Nacio é um conceito saciolégico, refere-se a uma idéia de unido em comunidade, um vinculo que o povo adquire por diversos fatores como etnia, religido, costumes. O Estado é conceito juri dade politica. Comumente (e até mesmo sendo cobrado em diversos concursos) diz-se que o Estado 6 a nacio politica e juridicamente organizada. Esse ditado é importante para que didaticamente entendamos a idéia de formalizagdo do Estado, porém, o Prof. Dallari, afirma que & um erro o empregu dessa frase, jé que o conceito de nacaio nao tem qualquer utilidade para fins juridicos, mas somente sociolégicos, ndo podendo ser usado para definir o Estado que é algo essencialmente juridico. E de se notar ainda que, sendo termos totalmente auténomos, dentro de um Estado pode haver vérias nagdes (varios grupos vinculados), ou mesmo, esta nac&o pode estar espalhada por varios Estados, mas que continua mantendo este sentimento histérico de unio, exemplo classico disso € a nacdo judaica. ico, sendo uma sot 4. (CESPE/SEJUS-ES/2009) 0 Estado constitui a nacido politicamente organizada, enquanto a administracdo publica corresponde a atividade que estabelece objetivos do Estado, conduzindo politicamente os negécios publics. Comentarios: Os autores mais modernos subdividem a funcao de chefe de Governo (uma das funcées do Poder Executivo), como sendo a de chefe de Governo (exercendo atribuicées politicas) e a funcdo de chefe da Administragao Publica (chefiar a maquina administrativa). Assim, € um erro falar que a administragdo publica corresponde a atividade que estabelece objetivos do Estado, conduzindo politicamente os negécios publicos, j4 que este seria 0 conceito de "governo" Gabarito: Errado. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte Elementos do Estado a partir do Estado Moderno Podemos nos referir ao Estado a partir do Estado Moderno como “o ente dotado de soberania, que a exerce sobre um povo em um territério determinado”. Também importante é a conceituacéo de Estado proposta por Jelinek, para quem o Estado seria o detentor da personalidade juridica e 0 Unico ente produtor de direito, fazendo com que as limitagées do Estado fossem aquelas prescritas pelo produzido pelo proprio Estado. Todo do Estado possui entéo necessariamente 3 elementos, 1- Povo: E constituido somente por aquelas pessoas efetivamente ligadas ao Estado. Os nacionais daqucle lugar. N3o se confunde com "populagdo" que é qualquer um que esteja no territdrio. 2- Territério: 0 territério é 0 limite para o exercicio do poder de um Estado. 3- Soberania: E necessario que este povo e este territério tenha um governo, que dentro do territério seja o poder supremo, no se sujeitando a nenhum outro e que permita que o Estado seja independente de outros na esfera internacional. Todo Estado € criado com uma finalidade: alcangar 0 bem comum. Esta "finalidade" é incluida por alguns autores como sendo um quarto elemento do Estado, porém, isso néo é consenso, ja que existem criticas finalidade como elemento do Estado, devido 4 sua estreita relag3o com as varias concepcdes politicas que sdo a eles disponibilizadas, a exemplo do liberalismo, (Estado Liberal- garantia das liberdades), socialismo (Estado Social- promogéio do bem estar social), e etc... mas deixemos pra depois, ndo é necessdrio aprofundarmos nisso. 5. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) O conceito de Estado possui basicamente quatro elementos: nagdo, territério, governo e soberania. Assim, ndo é possivel que haja mais de uma nagdo em um determinado Estado, ou mais de um Estado para a mesma nacdo. Comentari: Dentro de um Estado pode haver varias nagdes (varios grupos vinculados), ou mesmo, esta nacdo pode estar espalhada por varios Estados. Gabarito: Errado. 10 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte Povo X Naga Assim como nac&o ndo pode ser considerado como sinénimo de Estado, também nao é sinénimo de povo. Povo também é conceito juridico que se refere ao elemento pessoal do Estado. Representa o corpo de membros que integra o Estado. A Nagao & concelto sociolégico que se refere a vinculos emocionals, culturais, religiosos e etc. © prof. Dallari lembra que muitas vezes um individuo se desvencilha voluntariamente ou involuntariamente de uma ordem estatal para se vincular a outra, deixando assim de pertencer ao povo de um Estado € passando a pertencer ao povo de outro Estado, ndo podemos no entanto dizer que ele trocou de "nacdo", pois nao rompeu necessariamente seus vinculos culturais, linguisticos, religiosos... sendy v mais correlo, enlao, dizer que locou de cidadania © ndo de nacionalidade. No entanto, 0 uso do termo nacionalidade, bem como 0 emprego de nag&o como sinénimo de povo, néo é por acaso. O termo nagao foi empregado durante a Revolucao Francesa (1789) como uma forma emocional de imbuir todos os cidadaos (como se fizessem parte de uma mesma nagdo) a lutar pela causa revolucionaria. Assim, a época da Revolucdo, ainda que de forma apelativa, ambos os termos eram empregados para dar a idgia de povo. O Poder Poli Soberania é a caracteristica que 0 Estado possui de ser independente na ordem externa (autodeterminac&o) e, na ordem interna, ser o poder maximo presente em seu territério. A doutrina que atualmente prevalece em nossa ordem juridica é que 0 povo é que tem nas mos este poder. Podemos elencar ent&o as caracteristicas essenciais da Soberania: 70 e a Soberani «" Unicidade - Ela é apenas uma, nao pode haver mais de um Poder Soberano dentro do Estado, sendo, ndo sera mais soberano. + Indivisivel - Ndo se pode permitir que haja conflitos ou fracionamentos criando interesses diversos daquele que ¢ o real interesse do povo e rompendo a unicidade. + Indelegabilidade (ou inaliendvel) - © povo nao pode abrir m&o de seu poder. Embora haja representantes, estes sempre agem em nome do seu povo. « Imprescritibilidade - Este poder é permanente, ndo se acaba com 0 tempo. cr Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Pra tor Cra Rogge Duarte A Soberania é um poder absoluto e perpétuo, que coloca o seu titular (no caso atual, 0 povo em conjunto) acima do direito interno e o deixa livre para voluntariamente acolher ou nado o direito internacional. O Poder soberano sé desaparece quando desaparecer o Estado. Embora aceitemos a teoria da "Soberania Popular", na qual 0 povo é © titular do Poder Soberano, a doutrina divide as teorias da soberania em dois grandes grupos: Teorias teocraticas - Todo poder tem origem em Deus; Teorias democraticas ou da Soberania Popular - Todo poder tern a sua origem no Povo. Estas teorias democraticas, que aceitam a origem da soberania no Povo, por sua vez, se dividem em 3 fases sucessivas e distintas quanto & titularidade: 1- O titular é 0 povo, entendido como massa amorfa fora do Estado; 2- O titular é a nagao, entendida como o povo de uma forma ordenada - foi a teoria reinante a partir & época da Rev. Francesa e no século seguinte. 3- O titular é 0 Estado. A partir da metade do séc. XIX e durante 0 séc, XX passa-se a entender que, se a Soberania é um direito, seu titular deve ser uma pessoa juridica. Assim, ainda que o povo fosse entendido como nagao, n&o possui personalidade juridica. 0 Estado entéo, que é instituicéo permanente, dotada de personalidade, que tem como objetivo alcangar 0 bem comum para o seu povo, iria em nome deste povo, que é de "onde provém o poder" assumir a titularidade da Soberania. © ~ | importante! t Essas separacées s&o importantes apenas para fins conceituais e tedricos e sero Uteis para o entendimento de diversos conceitos, institutos e sua evolucdo. No entanto, para fins de concurso, 0 que deve ser considerado é o seguinte: PARA O DIREITO BRASILEIRO A SOBERANIA E UM ATRIBUTO DO ESTADO BRASILEIRO (REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL), MAS TEM A SUA ORIGEM NO POVO E POSSUI COMO SEU TITULAR O POVO BRASILEIRO. 12 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte 6. (FCC/EPP/2004) Com fundamento em conceitos basicos da Teoria Geral do Estado, é INCORRETO afirmar: a) Todas as pessoas presentes no territério do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apdtridas, fazem parte da populacao. b) O conccito de Estado no se confunde com o de Nagio. c) O territério de um Estado é a base geografica do poder soberano. d) S80 elementos constitutivos do Estado Moderno: povo, territério e soberania. e) A soberania é una, divisivel, alienavel e imprescritivel. Comentarios: O erro esta na letra E, {4 que a soberania é indivisivel e inaliendvel. Gabarito: Letra E. 7. (CESPE/Promotor MPE-AM/2008) Sobre 0 Estado, relembraremos apenas 0 que dizem os manuais: Estado é uma nagdo politicamente organizada, conceito sintético que demandaria desdobramentos esclarecedores, pelo menos quanto aos chamados elementos constitutivos do Estado e, principalmente, sobre 0 modo como, em seu interior, se exerce a violencia fisica legitima, cujo monopolio Max Weber considera necessario a propria existéncia do Estado Moderno. Gilmar F. Mendes, Inocéncio M. Coelho e Paulo G. G. Branco. Curso de direito constitucional. Sao Paulo, Saraiva, 2007. A partir das idéias contidas no texto acima, assinale a opcdo correta acerca do individuo, da sociedade e do Estado. a) A idéia de Estado de Direito, desde os primérdios da construgo desse conceito, esté associada a de contencéo dos cidadaos pelo Estado. b) A soberania do Estado, no plano interno, traduz-se no monopélio da edic&o do direito positive pelo Estado e no monopdlio da coago fisica legitima, para impor a efetividade das suas regulagdes e dos seus comandos. c) Os tradicionais elementos apontados como constitutives do Estado S40: 0 povo, a uniformidade lingliistica e 0 governo. d) Os fenémenos globalizac&o, internacionalizagéo e integragéo interestatal puseram em franca ascendéncia o modelo de Estado como unidade politica soberana. e) O vocdbulo nagao é bastante adequado para expressar tanto o sentido de povo, quanto o de Estado. 13 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte A letra A estd errada. O correto seria a contencdo do Estado e nao dos cidadaos. A letra B é a correta. A letra C é incorreta ja que os elementos tradicionais seriam: povo, territorio e governo (soberano), ainda podendo elencar a finalidade. A letra D errou, pois a globalizacdo e integracdo enfraqueceram a soberania. A Ictra E é incorreta, nagiio ndo pode ser considerada nem como pvo nem como Estado. Gabarito: Letra B. 8. (ESAF/AFC-STN/2005 - Adaptada) O poder politico ou poder estatal é 0 instrumento de que se vale o Estado moderno para coordenar e impor regras e limites a sociedade civil, sendo a delegahilidade uma das caracteristicas fundamentais desse poder (Certo/Errado). . © Poder politico é 0 Poder Soberano que organiza o estado. Sua caracteristica é a indelegabilidade e nao a delegabilidade. Gabarito: Errado. 9. (ESAF/AFC-CGU/2004) Segundo a melhor doutrina, a soberania, em sua concepcdo contemporanea, constitui um atributo do Estado, manifestando-se, no campo interno, como o poder supremo de que dispée 0 Estado para subordinar as demais vontades © excluir a competigao de qualquer outro poder similar. Comentarios: Isso ai. Gabarito: Correto. 10. (ESAF/ENAP/2006) No caso brasileiro, a titularidade da soberania, por expressa previséo constitucional, 6 do Estado brasileiro. Comentari titular da soberania € 0 Povo. Gabarito: Errado. 4 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte 11. (ESAF/CGU/2006) A titularidade do poder constituinte origindrio, segundo a teoria da soberania estatal, é da nacao, entendida como entidade abstrata que se confunde com as pessoas que a integram. Comentiérios: A questao citou expressamente que se respondesse segundo a “teoria da soberania estatal” - segundo a qual a soberania pertenceria ao Estado e ndo ao povo ou a nacio. Gabarito: Errado. Estado-comunidade X Estado-poder: Segundo a doutrina, podemos olhar o fenémeno estatal através de dois diferentes prismas: 0 elemento pessoal (Estado-Comunidade) e 0 elemento poder (Estado-aparelho ou Estado-poder). 12. (ESAF/MRE/2004) 0 Estado, visto como Estado-comunidade, refere-se ao poder politico manifestado por meio de drgaos, servicos e relacées de autoridade. Comentarios: Nao é isso nao... O Estado-comunidade seria o elemento pessoal do Estado e ndo a manifestac&o do poder. Gabarilo: Errado. Estado, Governo e Administracao Publica: ‘Ao Poder Executivo foram outorgadas pela Constituicao as atribuicées mais diretas das politicas publicas. Podemos dizer que a funcéo executiva € subdividida em subfungdes. Os autores mais classicos identificam duas subfuncgdes: a Chefia de Estado (representar o Estado no &mbito internacional e ser um lider moral perante o povo) @ a Chefia de Governo (ser responsavel pela direc3o das politicas puiblicas e da administracao em Ambito interno). Por sua vez, os autores mais modernos ainda subdividem a funcao de chefe de Governo, como sendo a de chefe de Governo (exercendo atribuigdes politicas) e a fungdo de chefe da Administracao Publica (chefiar a maquina administrativa da Unido). O Brasil é um pais presidencialista, assim, 0 Poder Executivo tem como “chefe” o Presidente da Republica que exerce a sua fung3o com © auxilio dos seus “Ministros”. Pelo fato de sermos um pais 15 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Fento Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte presidencialista 0 Presidente tem em suas mos, a0 mesmo tempo, a chefia de Estado, a chefia de Governo e a chefia da Administraco. Vamos esquematizar isso: Chefe de Estado (CF, Art. 84, VII, VIII, XX.) E 0 membro do Poder Executivo que exerce 0 papel de representante do Estado, principalmente no Ambito externo, mas também como representante moral perante o povo, no 4mbito interno. Chefe de Governo (CF, Art. 84, I, IIT, IV, XIV...) Nesta condicdo, trata de negécios internos de natureza politica. (Ex. CF, art, 84, I- nomear e exonerar os Ministros de Estado; III - iniciar 0 processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituicao; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem camo expedir decretos @ regulamentos para sua fiel execucdio; XIV - nomear, apés aprovacao pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal...) Chefe de Administracao (CF, Art. 84, II, VI, XVIe XXV) Nesta condigao, sua fungao é chefiar a administracao em Ambito interno. (Ex. CF, art. 84, II - exercer, com 0 auxilio dos Ministros de Estado, a diregaio superior da administracao federal; VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organizagéo & funcionamento da administracao federal, quando nao implicar aumento de despesa nem criag3o ou extingao de drgaos publicos; b) extincdio de funces ou cargos puiblicos, quando vagos;) 13. (CESPE/SEJUS-ES/2009) Na qualidade de chefe de Estado, o presidente da Repiblica exerce a lideranca da politica nacional por meio da orientacéo das decisdes gerais e da direcio da maquina administrativa. Comentai Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte 16 WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte Assim o faz, atuando como chefe de governo, ou, mais precisamente, atuando como "chefe da administrac&o publica", e ndo como chefe de Estado (conforme dito pelo enunciado). A atuag&o como chefe de Estado se refere as suas manifestagdes no ambito internacional. Gabarito: Errado. 14. (ESAF/AFC-STN/2005) A funcao executiva, uma das fungées do poder politico, pode ser dividida em funcéo administrativa e fungéo de governo, sendo que esta Ultima comporta atribuigdes politicas, mas ndo comporta atribuigdes co-legislativas. Comentai Entendemos que a func&o executiva se divide na “funcéo administrativa” e na “funcao de gaverna”. A funcgao administrativa é& basicamente a gestéo da méquina publica enquanto a funcdo de goveno seria a funcdo politica, exercendo o direcionamento das politicas publicas além das fungées co-legislativas (sancdo, promulgacao e publicacao das leis). Gabarito: Errado. LISTA DAS QUESTGES DA AULA: 1. (ESAF/MRE/2004) © objeto da teoria geral do Estado € 0 estudo da construsao juridica do Estado, podendo abranger, ainda, o estudo do Estado em sua perspectiva de realidade juridica e de realidade social. 2. (ESAF/EPPGG-MPOG/2008). Um dos objetos de grande atencéio do pensamento e da teoria politica moderna é a constituigéo da ordem politica. Sobre essa tematica, uma das tradigées de reflexdo mais destacadas sustenta que a ordem tem origem contratual. Todos os elementos abaixo séo comuns a todos os pensadores da matriz contratualista da ordem politica, exceto: a) 0 estado de natureza. b) a existéncia de direitos previamente a ordem politica. ¢) a presenga de sujeitos capazes de fazer escolhas racionais. d) um pacto de associacao. e) um pacto de subordinacao. W Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte 3. (ESAF/AFC-CGU/2012) O conceito de Estado é central na teoria politica. Os enunciados a seguir referem-se a sua formulacdo. Indique qual a assertiva correta. a) 0 conceito de Estado surge com o de Pélis, na Grécia. b) Sua formulacao original integra o Direito Romano. C) A definicgo passou a ser utilizada na Revolugdo Francesa. d) A primeira referéncia ao termo é de Maquiavel. e) A origem nao pode ser identificada. 4. (CESPE/SEJUS-ES/2009) 0 Estado constitui a nacdo politicamente organizada, enquanto a administracéo _ptiblica corresponde a atividade que estabelece objetivos do Estado, conduzindo politicamente os negécios ptiblicos. 5. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) O conceito de Estado possui basicamente quatro elementos: nado, territério, governo e soberania. Assim, nao é possivel que haja mais de uma nacgéo em um determinado Estado, ou mais de um Estado para a mesma nacdo. 6. (FCC/EPP/2004) Com fundamento em conceitos basicos da Teoria Geral do Estado, é INCORRETO afirmar: a) Todas as pessoas presentes no territério do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apatridas, fazem parte da populacao. b) O conceito de Estado no se confunde com o de Nacao. c) O territério de um Estado é a base geogréfica do poder soberano. d) S&o elementos constitutivos do Estado Moderno: povo, territério e soberania. e) A soberania é€ una, divisivel, alienavel e imprescritivel. 7. (CESPE/Promotor MPE-AM/2008) Sobre 0 Estado, relembraremos apenas 0 que dizem os manuais: Estado é uma nagdo politicamente organizada, conceito sintético que demandaria desdobramentos esclarecedores, pelo menos quanto aos chamados elementos constitutivos do Estado e, principalmente, sobre 0 modo como, em seu interior, se exerce a violéncia fisica legitima, cujo monopdlio Max Weber considera necessério & propria existéncia do Estado Moderno. Gilmar F. Mendes, Inocéncio M. Coelho e Paulo G. G. Branco. Curso de direito constitucional. So Paulo, Saraiva, 2007. A partir das idéias contidas no texto acima, assinale a opcao correta acerca do individuo, da sociedade e do Estado. a) A idéia de Estado de Direito, desde os primérdios da construg’o desse conceito, esté associada 4 de contencdo dos cidaddos pelo Estado. 18 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte b) A soberania do Estado, no plano interno, traduz-se no monopélio da edic&o do direito positive pelo Estado e no monopélio da coacdo fisica legitima, para impor a efetividade das suas regulacdes e dos seus comandos. C) Os tradicionais elementos apontados como constitutivos do Estado sdo: 0 povo, a uniformidade lingijistica e 0 governo. d) Os fenédmenos globalizacdo, internacionalizacéo e integracdo interestatal puseram em franca ascendéncia 0 modelo de Estado como unidade politica soberana. €) © vocdbulo nagav € bastante adequado para expressar tanto o sentido de povo, quanto o de Estado. 8. (ESAF/AFC-STN/2005 - Adaptada) O poder politico ou poder estatal é o instrumento de que se vale 0 Estado moderno para coordenar e impor regras e limites a sociedade civil, sendo a delegabilidade uma das caracteristicas fundamentais desse poder (Certo/Errado). 9. (ESAF/AFC-CGU/2004) Segundo a melhor doutrina, a soberania, em sua concepgao contemporanea, constitu um atributo do Estado, manifestando-se, no campo interno, como o poder supremo de que dispée o Estado para subordinar as demais vontades e excluir a competicao de qualquer outro poder similar. 10. (ESAF/ENAP/2006) No caso brasileiro, a titularidade da soberania, por expressa previsdo constitucional, ¢ do Estado brasileiro. 11. (ESAF/CGU/2006) A titularidade do poder constituinte origindrio, segundo a teoria da soberania estatal, é da nago, entendida como entidade abstrata que se confunde com as pessoas que a integram. 12. (ESAF/MRE/2004) 0 Estado, visto como Estado-comunidade, refere-se ao poder politico manifestado por meio de érgdos, servicos e relacdes de autoridade. 13. (CESPE/SEJUS-ES/2009) Na qualidade de chefe de Estado, 0 Presidente da Repliblica exerce a lideranca da politica nacional por meio da orientagéo das decisées gerais e da direcéo da maquina administrativa. 14. (ESAF/AFC-STN/2005) A funcdo executiva, uma das funcdes do poder politico, pode ser dividida em func&o administrativa e funcéo de governo, sendo que esta Ultima comporta atribuigdes politicas, mas ndo comporta atribuicdes co-legislativas. GABARITO: 19 Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte \WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte je | |p| | Errado | | Errado | Errado je | | 8 | Direito Constitucional- PC-MG Aula 0-Tearia Geral da Fstada. Prof. Vitor Cruz e Rodrigo Duarte Errado Errado Errado Errado WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR: 20

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