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UNIDADE IMIRIM – IPENMA

RAQUEL APARECIDA DE SOUZA QUEIROZ


RA: 1013823 – 10/04/2010

TRABALHO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
PARTE I – ANÁLISE DAS TIRINHAS

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MAFALDA
Mafalda é a heroína das histórias em quadrinhos escritas e desenhadas pelo
cartunista argentino Quino. As histórias, apresentando uma menina preocupada com
a humanidade e a paz mundial que se rebela com o estado atual do mundo,
apareceram de 1964 a 1973, usufruindo de uma altíssima popularidade na América
Latina e Europa.
Mafalda foi muitas vezes comparada à personagem Charlie Brown, de
Charles Schulz, principalmente por Umberto Eco em 1968.

QUINO

Joaquín Salvador Lavado, o Quino, é o desenhista argentino


mais conhecido no mundo. Boa parte da fama vem da personagem Mafalda, que
criou em 1964. As tiras da menina crítica e politizada foram publicadas em vários
países (inclusive no Brasil, na edição "Toda Mafalda", da Martins Fontes). Em 25 de

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julho de 1973, deixou de fazer a personagem. Julgou que estava sendo repetitivo.
"Quando alguém tapa o último quadro de uma história e já sabe qual vai ser o final, é
porque a coisa não vai bem", explica ele em seu site oficial. Mafalda só apareceria
novamente em desenhos e campanhas institucionais.
Deixar Mafalda deu a Quino a liberdade para fazer cartuns.

ANÁLISE

Mafalda, através de seu gesto de esticar os olhos, nos diz que está olhando
para o continente asiático no Mapa Mundi.
Já na segunda parte da tirinha, através da plantinha morta, nos diz que está
olhando para regiões desérticas, continente africano e lugares onde há muito calor e
pouca água.
O continente asiático, mais especificamente a Índia e a China, se tornará o
maior responsável pelo aquecimento global dentro dos próximos 20 anos. O
continente mais populoso do mundo responderá por 40% das emissões de gases
responsáveis pelo efeito estufa. Junto aos Estados Unidos, hoje são responsáveis
pela metade da emissão de CO2.
Sendo assim, a possibilidade de surgirem e se manterem regiões desérticas,
com grandes aquecimentos e sem água em virtude da irresponsabilidade do
continente asiático será muito grande.
Concluindo, ela nos diz que o continente asiático é o grande responsável pela
destruição da natureza e por consequências como a morte da vegetação.
A histórica preocupação social e política das tirinhas da Mafalda me fizeram
chegar a essa conclusão, já que sabemos que tanto a China quanto os Estados
Unidos não estão empenhados em resolver a situação do clima por motivos
políticos.

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ANGELI

Arnaldo Angeli Filho, nasceu em 31 de agosto de 1956 na


cidade de São Paulo e já aos 14 anos, publicou seu primeiro desenho na extinta
revista Senhor.

Premiado pelo HQMix por seis anos consecutivos como o melhor chargista do Brasil,
Angeli é responsável pelo cartum editorial da Folha de S.Paulo, onde também
publica a tira diária Chiclete com Banana, no caderno Ilustrada, que abriga
personagens antológicos como Rê Bordosa, Bob Cuspe, Os Skrotinhos, Wood &
Stock, entre outros.

ANÁLISE

O primeiro quadro representa o caos da maior cidade da América Latina.


Todo o ônus que traz esse título é representado na charge: o trânsito intenso e

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caótico, a grande poluição em parte provocada pela emissão de gases dos veículos,
indicando a superpopulação da cidade.
Já no segundo quadro existe uma complexidade muito maior. Ele retrata os
maiores motivos dos grandes conflitos atuais da humanidade que são o poder, a
religião, o dinheiro, tudo isso acima de todas as coisas. Chama cada tópico de ilhas
da ignorância, cada qual representada por um símbolo: o cemitério, que representa
a quantidade absurda de inocentes que já faleceram por causa dessas guerras. A
mesquita, que é a representação maior de uma das religiões mais polêmicas do
mundo: a islâmica. A estrela de Davi, que representa outra dessas religiões: a
judaica. Uma torre sinalizando a existência de petróleo, que hoje é o grande
determinante de quem detém o poder no mundo. Um foguete, que representa o
poder daqueles países com grande armamento bélico e nuclear, também símbolos
de poder. E o mar vermelho representando de forma veemente todo o sangue
derramado em virtude desses interesses ressaltados na ilustração, mostrando
claramente inclusive a separação do ocidente e do oriente por esses motivos.
Acredito que a maior qualidade de Angeli foi mostrar a sua preocupação
social através do desenho. De que adianta dinheiro e poder se o saldo é essa
catástrofe que vemos diariamente retratadas nos jornais de todo o mundo: pessoas
morrendo, se matando, por motivos egoístas, sem pensar num motivo maior, sobre o
qual poderiam unir forças, que é a salvação do nosso planeta. De que adianta
defender um ponto de vista, uma religião, se no futuro não haverá como praticá-la e,
muito menos, difundi-la?

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CHICO BENTO

Menino tipicamente roceiro ou caipira, que anda sempre descalço, com


roupas simples e chapéu de palha. Vai à escola mas não gosta muito de estudar e
sua fala é representada com erros de ortografia, retratando um dialeto caipira. Sua
fala em filmes e desenhos, entretanto, é um pouco diferente da apresentada nos
quadrinhos mas ainda assim representa fielmente o modo interiorano de falar.
Acorda antes do nascer do sol para ajudar o pai na roça, vive tentando roubar
goiabas do rabugento Nhô Lau, brinca com os demais da turma e ainda namora a
Rosinha. É um dos personagens mais populares e queridos de Maurício de Sousa. É
acomodado, eventualmente preguiçoso e um tanto mentiroso, mas principalmente
aventureiro. Ainda assim, apesar de seus defeitos e travessuras, Chico é um menino
bondoso, generoso, ama a natureza e os animais, sejam eles selvagens ou do sítio.
Enfim, é um representante natural do povo interiorano brasileiro. Tem se destacado
atualmente na escola ao fazer redações. Foi inspirado em um tio de Mauricio do
interior.

MAURÍCIO DE SOUZA

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Mauricio de Sousa (Santa Isabel, 27 de outubro de 1935) é um dos
mais famosos cartunistas do Brasil, criador da "Turma da Mônica".

Mauricio de Sousa começou a desenhar cartazes e ilustrações para rádios e


jornais de Mogi das Cruzes, onde viveu. Procurou emprego em São Paulo, como
desenhista, mas só conseguiu uma vaga de repórter policial na Folha da Manhã.
Passou cinco anos escrevendo esse tipo de reportagem, que ilustrava com
desenhos bem aceitos pelos leitores. Maurício de Sousa começou a desenhar
histórias em quadrinhos em 18 de julho de 1959, quando uma história do Bidu, sua
primeira personagem foi aprovada pelo jornal. As tiras em quadrinhos com um
cãozinho Bidu e seu dono, Franjinha, deram origem aos primeiros personagens
conhecidos da era Mônica. Em 1963, Mauricio de Sousa cria junto com a jornalista
Lenita Miranda de Figueiredo, Tia Lenita, a Folhinha de S. Paulo. Sua personagem
Mônica foi criada neste ano. Em 1987, passou a ilustrar o recém-criado suplemento
infantil d'O Estado de S. Paulo, o Estadinho, que até hoje publica tiras da Turma da
Mônica.

Maurício montou uma grande equipe de desenhistas e roteiristas e depois de


algum tempo passou a desenhar somente as histórias de Horácio, o dinossauro.

ANÁLISE

Antes de mais nada, a primeira coisa a se observar na tira são os modos de


fala característicos de baixa escolaridade que, infelizmente, é associada a pessoas
da zona rural. Aí já entramos em um problema social que é o difícil acesso à escola
pelas pessoas residentes em áreas rurais, ocasionando esse índice. Como descrito
acima, a personagem foi criada com esse objetivo também: o de mostrar os modos e
costumes desse povo. Mas como podemos acompanhar nas revistinhas, é muito
mais uma homenagem do que uma crítica.

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Os “di” são muito característicos de São Paulo. Não falamos de. Além disso,
temos a tendência de juntarmos as palavras ao falarmos. Exemplo: “disperança”.
Isso também caracteriza o modo de falar das pessoas do interior.

Com relação à mensagem que quer passar, também é uma característica de


Maurício de Souza, que é a conscientização ambiental. Quem já foi ao Parque da
Mônica sabe que é um dos passeios mais educativos que há sobre meio ambiente.
Cada temporada tem uma peça diferente sobre os recursos naturais e sua
conservação. Existem muitas revistinhas inteiramente dedicadas a esse valor, isto é,
à preservação do meio ambiente e à conscientização sobre o tema. E muitas delas
são do Chico Bento, o maior amante da natureza e de tudo o que faz parte dela.

No caso acima, ele fala sobre o problema do desmatamento. Ele claramente


está plantando uma árvore com a esperança de recuperar, uma a uma, todas as
outras que foram derrubadas. Coloca acima de suas preferências pessoais, que
sabemos que são as árvores frutíferas, a árvore que, independente de que espécie
seja, irá recuperar a sua tão amada floresta.

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PARTE II – CURIOSIDADES DA
LÍNGUA BRASILEIRA

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