Você está na página 1de 198
ANTONIO CARLOS DE ARAUJO CINTRA ADA PELLEGRINO GRINOVER CANDIDO RANGEL DINAMARCO TEORIA GERAL DO PROCESSO Preficio do Prof. Juis Eulilio de Bueno Vidigal 288 edicao = =MALHEIROS Teoria Geral do Processo (© Antonio Carlos de Araéfo Cinta ‘Ada Pellegrini Grinover (Cdnido Rangel Dinamarco ‘ eaigso, 1 rag: 08,1992; 2 tage: 01.1983: 23 tnagan: 07 1995; 10+ edi, 1994; I dig, 1995 "2 edge, 1996; 13elgto, 1997; 14 digo, 1998; 415% digg, 1999; 16+edeto, 2000; 17 edi, 2001; ‘98 ecipa, 2002; 19 edie, 2003; 20% eg, 2004; 2 pa, 2005; 22 adi, 2006; 23 eg, 2007; ‘2 eg, 2008; 25 edo, 2009: 26 eg, 2010; 2 eile, 2011. ISBN 978-85.392-0107-5 ireits reservados dita edit por ‘MALHEIROS EDITORES LTDA ua Pac de Arai, 29, conjo 171 ‘CEP 04551-940- Sa0 Palo SP Tek (4) 3078-7205 — Fes: (11) 30685095 ‘URL: wmaieseditores. comb cai malhcronedieres@tera come Composit PC tral Lada, apa Nadia Basso Impresto no Bel ‘Printed in Brak 122012 PREFACIO DA EDICAO 0s jovens mestes de dreito Ada Pellegrini Grinover, Candido Rangel Dinamaroo eAntOni Carlos de Aro Cinta acabam de da, ‘como preparo de su curso de Teoria Geral do Process, camprimen- tando a um dos principals deveres do professor. ‘A Faculdade de Direito de Sto Paulo sempre teve a ventura de ‘conta, para seus alunos, com excelente comptndios do dicitopro- zssul Desde meados do sfculopassedo até o presente foram cles dos metbores que jé se publicaram no Brasil, Muito poucos livros ‘ae cariter institucional, no campo do proceso, deixam de fis ' nossa escola, Se prescindimos dos coasagratos cursos de Paula ‘Baptista. no séeulo pssado cde Lopes da Cosa. no presente, nenom ‘manual péde,a seu tempo, ombrearse com os de Joi0 Mendes Jini, Joao Monteiro; Manusl Aurliano de Gusmgo, Gabriel de ‘Rezende Filho, José Frederico Marques e Moacyt Amaral Sans ‘A erugso da nova diciplina de Tevia Geel do Process velo ar os novos mestes o inceatvo que alto a seus antcessores. ‘A cxceléncia dos compéadios existentes ata, se ni justifica, Fill de muitos, em que se inclu, vexado, osubscritor destas Links. A iitcago, em ima s iscplina, dos esos de ditto pro- ‘essa iil e pena, fi defend, na Europe e no Brasil, por dois ‘dos mais profundes e origins pensedores da mata: Francesco CCamelutie Joaquim Canuto Mendes de Almeida. Debateu-seo primeiro, o longo de su fecund exséncia, pela uniffcagto, sem quebra de seu sistema de congraéneia monumental Seo proceso tem po exopo a composieso da lide, preciso carac~ ‘erza lide e sua composigio no process penal. Que tarefaingrta! (Quai sto as partes nesse confit de inereses? O inicio de um lado, a vit, de outro? O indicia eo Estado? A itn © 0 Estada? A Susie Pblca eo indcindo? Qua sto os interesses em antagonismo? O interest do inicio ‘ema saa liberdade e do Estado em seu cncareeramiento? O interesse da ‘time em ober reparagiocvile moral ©0 do indiiado em ao Tha con- ‘coder Odo Estado em protger iberdade do ido © do eininoso # quece puiiearse pola pena? Todas as variants foram exautivamenteestudadas ¢ debatias, 9 Jembrars delicioss fabula do lavradr, hoe 0 bua. (Osjovens autores deste ivo pouco se detiveram—e fizeram muito ‘bom — ness indagngdes. 0 fatoinegvel & que hn intimeras matéias qe sk comuns 20 proceso civil e a0 proceso peal Sem falar nes nogd05fundamentis, a que os autores, em excelente introdugfo, deram especial tengo, equ muito bem se destinam a ‘udantos do sogundo an jrdico, cuidaram de matureza, fies, efi ‘no tempo eno espago, interpretagio da lel procesual Na segunda parte {0 iva, tatando da jursdigto a competencn, dos servos axes 4a jutiga, do Minisirio PAblicoe do advogado, no se afataram umn instante desta visto unica do process. O mesmo se pode daze da parte final, dedicada eo proceso, As formas processus, a05 alos Pro- ‘cesninieis provas. "No capitulo referents ts agGes, os jovens mestres mantis uni- tarsi, Sastentam que a ide se eaacterira, no procesoo penal, pola pretenio punitva da Estado em cantaposijo A pretensto do indicado ua liberia, Em todas as matéras vesadas 0 novo compéndio mantén-se em to nivel cienifico. Os mestes que o elaboraram, que to cdo ve do- ‘monsram dignos dos mais alios postos da carer universtra, ter80, ‘sou crt, na consngrago de seus alunos eno respelto de sus colegas ‘6 justo praia pelo bem-empregndo exforo em pol do enking de sue Aiscipinn, ‘Sto Paulo, 1974 Prof Luts Buldto de Bueno Viigal suMARIO ret da I eg80 wn 5 reforms consitviosl do Poder dil (aprosntgi da 20 e- B PRIMEIRA PARTE.~ INTRODUGAO Capitulo 1~- SOCIEDADE B TUTELA JURIDICA ae ace ee a 2 coufiesinsatisfjdes nnn 28 3, dt mtica justo. a 8 4A apo esta poieadors Gurls) 5. meio temativos de slugs de contlics(pciiago sci) 33 (6 tot, at arbragem no dinsto modem... 37 7. coal jin! nips rear lo pa sie judo) 8 eso jst po proceso stat ‘A scons Jung pelos meios lemstivos Capiaulo 2 ~O PROCESO FO DIREITO PROCESSUAL 9 fa do tide modo nn AB 10. egies. ones AT 1, drto material edit proces wnccnsnroncscmrnens 4 ET 12 strum do pose 13 Tina evolves, ne Capitulo 3- DENOMINAGAO, POSIGAO ENCICLOPEDICA 'EDIVISAO DO DIREITO PROCESSUAL 1 donominag6. 3s ‘ ‘uA GERALDO RRoCEO sano . ee Copa 9 EFICACIA DALEL PROCESSUAL 16 Grade dodelpocemalwesccerncnconom= $7 NO PSPAGO ENO TEMPO ” 4, dimes da orm posi nnn TOT “BotiaormeceA ett da ema rosea 20 Sa = 4S. tlt da scm pce no tengo oI 108 17 soto nen 8 I eee a ds ee cy Copii 9 —INTERPRETAGAO DA LELPROCESSUAL 1D, nap de pce a 28. pnp dome ok pla esa ar 2 21: pin dno roses ngs csaiio 6 =n 2B. pine do putin indapoiias —# : 2. nina dapostve aiid line inentinto proves capil 19-BVOLUCRO HISTORICA 2k ee eae lene = DO BIRFIFO PROCHSSUAL BRASILEIRO 2B. pine decide fA 10, cai gil, z us 28 pnd reat aol dojo. a 50. ofegnimen a Zr eign data on ote jig Si, fn soma. Coon ns 2 pont da pubic am 2 compels lean nnn ib primi de eae poco ° 3. fet itive I ka 50, nips ceo umount fman. = 54 Cain de Pros Cr i 3, panto do dupe gendojundioeenreer on 8 55 tn procs pal tte 5a do Ci! i Capito §-DIREITO FROCESSUAL CONSTITUCIONAL Sees tote vs 57, lh oda sow Ci i i de rte 32 oes © Cot a ~ 8 ro ae Con See 3. Srenopemel ration no 7, Sapcscgpacmooa ~~ 34 tc comical do peso nonin 89 St Snmaticio eoeh odo mio aS 33 ecavobjuipa (uganda poe indcom)oonn 5 36, pana do Ser rose opl a 1 6A: Ss pemine pcsnn da Como scan nee Dc on Sa Tide fo So endo Cota) os ot eae 59.0 orepne do camprinon de song nnnco B Capitulo 6 - NORMA PROCESSUAL: OBJETO E NATUREZA, | ae ¥ 21, pom melee tunel sis 9 SES ree arr a 3, tpt des oct en SUGUNDA PART. —JURISDICAO 59. cn da or poser SES Cepia 1 sISDICKO: CONCEITO pie 7FONTES DA NORMA PROCESSUAL {PPRINGIMOS FUNDAMENTAIS 10, fe i i a 1, cons de io uss ‘fee en ae pcan ie carnation ‘2. amen cmos soa ocean Toe peti de wad i i a. rs ‘ aR a 82 & ea gut carr io ie inca defi) podetes increntes juris. z CCopido 12 ESPECI nid dura... 7 Ssdigo peal ot ev ‘elciopamenio etre jurado penal e civil radio especial ou comm nena jade roperio os inferior Siti de det ou de uid. (Ceptuo 13 —LIMITES DA JURISDIGAO generals limites intemacionaie Times intenmctonas do carlo oasoal nos te nee Copia 14 — URISDIGRO VOLUNTARIA, sdiminsrago pin de otresses pia nnn Jr volun ~ Jado contenciona jardin oie Capito 15 — PODER JUDICIARIO: FUNCOES, BSTRUTURAE ORGAOS ‘ings do Pc Sud fan uriiool so ros dajursdigt, ‘pos ao jrsiionie~o Conactno Nosioal hs, os ‘vidas de Justia eos Hcl Magistrate enn Capito 16 INDEPENDENCIA DO PODER JUDICIARIOL 'ESUAS GARANTIAS 138 10 1a 164 16s 1s 168 m1 im 1 us 116 179 180 181 ies 1s ie 188 191 1 195, 194 soso 0 Capinio 17 -ORGANIZACKO JUDICIARIA: ‘CONCETTO, CONTEUDO, COMPETENCIA LEGISLATIVA 89, one = 196 0, sompettcis egies = om 3, conte da rpnia to juin 82. Magia n wo 53, dup gra de juego 94, composi dos jis. 95, diva judi 96, épocas para uabaloforcase (Capindo 18— ORGANIZACKO SUDICIARIA: "AESTRUTURA JUDICIARIA NACIONAL 97. s Coasting existe jdicira nacional. (Cepindo 19 — SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA 98. bon de superp i e 20 99, Supremo Taibunal Federal Fancy insti 208 100, gran de juristiao do Supemo rina Federal vw 210 101. fngeso,componigo e uncomment (STE). a 102. Seperation compa vee 212 10s, ingrieconperignc acianament (Si) 218 Capinio 20 -ORGANIZACKO DAS JUSTICAS ESTADUAIS. 104. fetes. 216 Sostga Mila sada (Capito 21 ORGANIZACKO DA JUSTICA DA UNIKO AR a Fstign Ui pe 28 1, organiza de sia Federal Comes 223 11, organiza dasa Militar da Unio 114, organza de sia Elo. 2 ‘OMA GRA D9 PROCESO sudo a 15, exgaizag da tiga ebb ene 142. dados referents 9 proceso me 55. te le atest Datura Carns ¢-COMMETENCA ABSOLUTAERELATA 16: get jn BL) dcp mn i eet eens ie Be (G ante teat ti Sie pes 23 IS poet eee A 1, Somme temas aed ca ue Siegen en ie Eiccomcananenacemaay Bt | oe on a —____ | ‘TERCEIRA PARTE ~AGAO EEXCECAO. ieee ae eens ae | Capitulo 27 ~ AGRO: NATUREZA JURIDICA, 12 ggg |g 7 2 Renee ooo a oer Mo) ie eta : B 7 1 Spied = = cis ie Bitcacninaa oan 3h |S Seam i ime a see Fa ih me ee ee 2 : So ca som ee Nae ee ee ee li ye | 153. @ agiio como direito automo, em outras teorias. 282 i, Ce el She a ees =e (Cepia 24-0 ADVOGADO 136, 129. nodes gertis.nnrnminnninnnnnnnnnn 250 i 130, Defensra Palen, bees 251 8 11, aAdvooaca-Geral da Util sno 3s 159, 132. turers jurdice da advocela nn 4s 40. 133, abrangéncadaatlvidade de advocaca chomorsas 284 1134. deere edits do avo enn 285 Capitulo 28 CLASSIFICAGKO DAS AQOES 135, Ondem dow Advozados do Brat 255 et tes eae tee ao 136, exame de ordem © e850 nen any 12, elaine tacoma = 26 168. elniengso da ao pena: citrio wabjaivo 297 Capitulo 25 — COMPETENCIA: CONCETTO, ESPECIES, 164. elsiing das pe abahistas os isin coiives 298 ‘CRITERIOS DETERMINATIVOS. oo Capitulo 29- EXCEGRO: ADEFESA DO REU 1s. = 261 165. biateralidade de 580 © do proe80 02 138, eae 2 166. 02590 - tos. Assm ada sistema processus clea em alguns principios que se ‘estendetn& todos os ordenamentos © eon outs que Ibe so propice © ‘speifco. E do exame dos principios geris que informam cada siste- ‘ma que resular qualficklo aquilo qe tem de paricular ede comum ‘com os dems, do presente edo passa. Considerando 0s escopos Sociaisepllicos do processo edo dicito ‘em gral além do seu compromisso coma mon ea dics, atbui-seex- train relevineia «carts principios qu ado se preadem 8 ténica ou 8 dogmitioa juridcas, tazendo em si seissimas conotae cas, $ocias © politics, valendo como algo exlera ao sistoma procesial tervindo-the de austentiulolegitimedor. A experidcia jue, segundo coaecdssino pensamesio jus Soi pode ser eda pres spect: norma, vl efx. SOB © nga noma, conse a ptmolors (ca dodo po Shige) dal peteace a dogmitice juin, qu estado dco como ‘rm oom, Or vals co dort st bjt eons [prin O fat &extadado pia culo leur dos precipns {lsd deo proses cloca-se coe cpsemolgin = deo {Sle eatea norma olor Gc, no nie dees. ‘A doutrna dstingue os prinipiosgerais do diritoprocessual aguelas norms ideas que fepresentam una aspiracto de melhoria do aparethamento processul; por esse éngulo, quatro regras foram spoatadas, sob o name de “prineipos informatves” do proceso: a) © ‘rinepio lipo (lego dos meios mais eieazes eps de procure escort a verdade de evita eo); ) 0 principio jridico (gnaldade no processoe justipa na deciso}; )o prinepio polio (o maximo de ‘aratia socal, com o mlnimo de surifcio individual da Uberdad); ). 0 Principio econdmico (presto acesivel a todos, com vista 90 secu sun drape). Apesar de distints dos pineipios gesis, conto, tais normas ideais 6s in uenciam, enbora indictments ~ de modo que os pri~ ios gerais, spesar do forte contetdo etic de que dotados, no 86 limitam ao campo da deontologia eperpssum toda a dogmticajudi- ‘a, apreserianda-se ao extdioeo do deta nas suas proj se © ‘exprt ew conformagio do diritoposivo. © estado comparado das tndénciasevolutivas do’ provesto tem ‘pontado uma orienta comum ue inspiza todos os ordenamentos do ‘undo ocidental, mostando uma tendéncia cntieta de unfieaggo gue ‘parece ser o reflex daquolasnormas ideals, a imprimirem uma corn ‘eologia mesmo a sistemas processus de diferent matiz (vg, 08 pal tes do common law es igade bwadigt jurdica rman-germdaie), ‘Algus principios gerais tém aplicagko diversa no campo do processo civil e do processo nil, apresentando, ais vezes,feigdes ‘ambivalemes. Assim, p. ex, vige o sistema process] penal a Feara 4: indisponbilidade, a0 paseo que na Taloria dos ordetimentos pro- ‘exssuais vis impera a dsponibilidae; a verdae formal prevalace 20 ‘proceso civil, enquanto a verdad real domi o proceso penal, Outs ‘rneipies, peo contro, tm aplieago idéntca em ambos os ramos do ‘eto processual (rincipos da imprcalidade do juz do contadirio, (a livre conviogo ete). ‘lit, sobretudo 008 pinpiosconstincionsis que a embatam toda as disciplins processus, encontando ma Lei Mator a pataforma ‘comum que permite a claborago de uma tora geral do process. Suge ma doutian moder (apecalmente ent oF portage = » Gomer Cano Jorge Miranda) a propos de asic ‘nlp ea) espaurans, asin considers aquees consists ‘is elas dcias seas do proceso, de nol costcinal Gale ‘ta imperil, alae, cond, pubic, proces ‘em tempo rive ft); )fandamontaty, que sr ales emo ‘ais, quando epeiieadoseplcaospels eats process, ‘macnos aes Bo DIRETO PROCESSUAL « mst prculridadsc) rumen, os que serve como natin { eingmentodor principe andamenii, om so 0 plato ‘demand odo ipso ofa ods oda, ode puso saa fuze 18, principio da imparcialidade do ja (© carter de imprcalidade & inseparvel do go da juries. (0 juizcoloca-s entre ns partes easima dela: ela a primeira conieso pats que poseaexerer aun fino dentro do proceso A imparcalidade {do uz €pressupoto pra que atelago process se nstaure vai ‘mente. E nosse sontido que e diz que o dio jurisdicional dove ser Eubjetivamente cape ‘A incapcidade subjetiva do juiz que se origina da susp de sn ‘mparildado, afte profundampeats a relagdo processal,Tustameste ‘arn sssegurar 3 imparcialidade do jz, as Constiuigtes the estpulam [Bani (Cons, a 95), presrever-e vedagSes (rt. 95, para) © ‘rofbem juizose eibunns de excep at. 5, ine. 000). ‘os tribunais de excep ~istuidos para contingéncas partic lares~contapde-se ou notre, pré-consitulde pela Coasttuio € por Ie "Nessa plimeira scep, principio do juz natural apeeseta um ipo stead: no primeio consagra x noha de que 86 juz a9 Investido de jarsdgao(afatando ee, deste modo, a possibildade de 0 legislaor juga, impondo sangdespcons sem proceso pévio, través doleis votadas polo Parlameato, mute em voga no antigo diet inglés, ‘través do il of atander; no segundo impede aia de ibaras ad Iho edo excass, para 0 julgamento de causas pens ou cis. ‘Mas as modernas eadéncis sobre o principio do juz natural nele «nglobam probit de subir o juz consicionalmente competent, ‘Desse modo, 2 garaatiadesdobe-se cm és conceto: a) 6 so gos jrisicionais os insituldos pela Constiuigd; b)ninguéan pode x jul ‘no por drgo constuidoapbs ocoretaca do ft; c) entre os ulzes ‘ré-constituidos vigra ume ordem tnativa de compestncas qu exclat ‘gulquer allerstiva defer &dsciionaiedade de quem que que se. ‘A Const base de 1988 reintrodu gra. us compe tegen at 5%, ine. ‘A imparcialidade do ir 6 ums garunia de jastea para as partes. Parise, tem cleo ditto de exgi om ji imparcal eo Estado, que reserve pura si o execicio da funjo jorsdctonal, tem o correspon dete dover doar com imparilidae a slug das canis gu the ‘So sbmetids “As orgnize intemacioonis tambo preocupam em gate so nv aimparilidade dos 6s jurdiinas competent. Como sé a urine subi a ntncas estas poe cone ‘gran tga qu 0 cada uno qc @ see somete wav ‘ata de umpc o process pode representa un nse {0 lo apenas nica, mas cc bem, paras slut os conti: ‘burdvidas com juga, omodemo dre iteration no pode ‘Scar lio so problema das gant fundamen do homer, om ‘ekg fcc d sista de roto ds diets individuals et {urs constiulonal dead pat Independeniemens Jo eoohesineno ‘ead Estado, i nernaconal plc olen ob im gus 0 ‘rcs primordia do homer, inerentes 8 personalidad uma ee eso dei ao jz impr A Desir Unive ds Dios o Homam, cmt a procs ‘mao fsa pela Assen Geral os Nopes Unies ean em ars ‘mn 145, edule: toda psa ten deta, cn cue 0 pleas letldns, dese cuvide pubicaneate ecm sta por wn Stal (Eeterioeinparcil pan aera ests rete, ‘Supa cxme de qulgur stp cne lem mats pa 19, principio da iqualdade ‘Aigualade poant ae 6 premises para a afirnagto da igualdide erate 9 jl da norma insta no at 5, cap, da Contino, bro ‘principio d igualdade procesual As pres e os roctradores deve ‘merecer tatsrentoigualtro, para que team as mesma oporinids es defer valer em jun as Sus ates. Assim, ar 125,80 Cin de Proceso Civil prolama que ommpete so uz “asogura spats iguldade de tune" eo a ‘dtrmina qo sed caro eps oInape qe loo esa ‘ajo interes colin com do represent) ab sa rss, bert amo a0 reve lado per etal cu com bas cain No procera, tru revel dad dfeoror dato enim vopao pose reco ‘ef criminal. ives outs dspetvs, ps cilgcs proses, oar o plato da gate A absolutaigualdede juridca nlo pode, contudo, elimina a de- ‘sigualdade econdmice; por isso, do primitive conceito de igualdade, rnc GERAIS Do DIEITOPROCESSUAL e formal eneyativa (a lei nfo deve extabelecer qualquer diferenga ent indvidios), elamov-se pela passagem & igualdade subsincial hoje, ‘mi coneitgo posit da isonomia igs oportunidad pra todos, ‘sem propicndes polo Esado), realgaseoconecto realist, que POs ‘a pela igualdade proporcional, « qual signifies, em sntese, watameato igual as subsancialmente fuss. ‘A aparentequebra do principio da isnomia, dentro efor do pro- ‘cess, obedeceenatamente a prinpio da igual rele proprcional, ‘que impée tatamentodesigual as desiguais,justamente para que, supri= ‘ds as eiferenjas, se taj a igualdadesubsanca Lembres, nina, que no processo penal o principio da igualdade & semua plo favor re, pstalado Basico peo alo interes do aes do goza de prevalent proteio, no eontaste coma pretensio puntiva. Consgrim prevails dsr do asd, eno, 1 sonms que preveem a absolvigo pr infos de rors (at 5386 ine) a exec de romane patios da defi (ae 607 © {5px a revo somest a favor ora (ts 623 #62). [No processo civil legtimam-se normas e modidas destinadas a reogilibrar sb partes © permit que ltguem em paridade em arms, ‘Sempre que algums causa ou circunitincla exterior ao processo palit {uma dels em condigoes de superiordade ou de inferiridade em face ‘dv otra, Mas é muito deicads ese aren de reguiliro substi], {gual no deve criar dsequilcos prvilegiados a pretext de remover esigualdades, 0 tetese pis supotas dicldaes exadinkis pra ein xe ooo anes fies lvoe pat pao ‘apt de vrdacios pilin no process cil com () es pasos fm qednplo om dao, em bene de Fuses edo Minit Pibeo (CPC at 188); 5) a necorsrs ements do prone 30 bana ‘compete para aplote, meso qe esha de pares ba eco "oye caodesntng profen oatra a FeecdnPUDlia (at 4fs, 65263, qu Umidmeut tna eee ndcevel peg ‘Seed oo Etamento genes ded es quad sa Vesa te prove pean Lnwniton Go vende om peel nro {uc papain un pre comm (ar. 20, § 4). Outs prerogative ‘Se jutoum pee doeidade nance © el interes pain ao ‘roasts do pgunearo das deste prossnls (spend rojo) coca da meds entlarinkpenvtemen de oi arto pried eats (CPC rt 27, S11 e816, be 1 deabsolutalegitimidade constmcina lei que manda da rio- "ded, nos juzosinferores © os tbunti, ae caueas de interes de pessoas com ide igual ou superior a sesseia anos (CPC, art 1211-A, fe lel, 10.741, de 1.10.03, art. 71 Esttuto do Tdoso tome em ‘onsiderago que as pate idosas tem menor expecaiva de sotrevidac. ‘an siria dos caso, mas necessitm da ttl jorisicona, 20. princpios do contradtilo eda amp deft © principio do contaditévio também indica» atu de uma g2- ‘ana fundamental de justiga:absoltsmente inseparive da stig da justia organiza, o principio da audiéncia biter encoatra expe Sono brocardo romano audltur a aller pare. Ble & ts iximamente Tigao ao exerciia do poder, empe influent sabre w esters ric das ‘pessoa que a doutrina modema o considers inerente meant & pia ogo de proceso (infra, mn. 175-176) Coma veremas bitelidade da ao gra ied do rosso. im do prosenacomteclosn hi pelea dae psi {ore ea, Otto Jomandat) insur ree prose, voeando ‘ula json, mas ures procemal dso compll se ‘conde de propararo pov jul om shuts do resin (juz, por fora de su deve de imparinidade,colce:se dire is ‘artes, mas equidistant dls: ouvindo uma, nfo pode dear de ouvir ‘ours somente assim se dari a ambas a possbiidade de expot suis ‘nates, de apresetar suas provas, de infu sobe o eoavencimento do {uz Semests pela soma da pacialidade ds parts (ama reprsentando ‘tee ea outa, anise 0 juz pode corporiiear a shnese, om Um po- ‘oso daléco por isto gue foi dito ques partes, em relago 20 jul, ‘fo im papel de antagonists, mas sim de “colaboradoresnecessio ‘ada um dos contendares agen proceso tendo em vista 0 prpri in ‘eres, mat aagto combinada dos dis serve &justiga na cliinaso do ‘confit ou controvésia quo os exvolve ‘No Brasil contraditrio na instru criminal via tadiciona ‘mente ergido em expresiagaratiaconsiticional, endo deduzido da ‘ripia Constituieo, indiretamente embors, ara o process civ dn tiea postu ea adotada quanto a garania da ampla efes, que 9 conta. “Tan Feder como ta Cara revolt sede, permis de flea, Aemendsconrtacoal 4, de Bde oreo de 2008, ‘oesisior aanign aedo de lence ago com cigs “nreperundo goal par qi recurs exw pasa se coe ‘Sen ina do dapat na 93, ine. Dd Coase Fede, ‘Se comtncosalnete gin alms diporzo lal ou ene {alqueviewe a pensar mole ps dese a ese espe 128. principio da publcidade © principio da pubicidade do processo constitu uma preciosa gratia do invido na tcante ao exereicio da jursdigho. A preseaga £ piblico nas audiéneiae © possibildade do cxampe doa autos por ‘Galguer pessoa representa one seguro insirmento de Nsalizagao ‘oplar sores cbr dos mayistades,promotores publics edvogsdos, Em lima anise, o povo ¢o julz dos izes. a responsabilidad das ‘locates juicns vaste outa dimenso, quando tnx decides ho do ‘er tomades em sudnci pli, na prestapa do povo. Foi pla Revolugio Franesn que se reagiu conta 08 juts scre- tos ede carter inquisitive do perodo anesior.Famosas as paras de ‘Mirabeou pernte « Assemblela Constituinte: donnes-mot le juge que Yous outes, partial, corrapt mon enna mini vous voues, et Imimporte, puri qu'il me pulse rien faire ula face da publ ‘Relimente items da publicidad dos ato processais ste ntté ‘5 toaores grenias de independZacia, imparcialdade, suloridade © Fesponsabiidae do jz "Ao lado des publiidad, que também se denomina popular outa sista existe (chainado de pubiedade para as pts ou rest), pelo {Goal os alos processais slo pobico $6 com relagto As partes ¢ seus ‘Eetensores ot um admeroredurido de pessoas. Com as, garantea- ‘s individos conta os males dos jute soot, mas evilando alguns cess que vamos nos refer logo mals. ‘A Decaragto Univeral dos Ditetos do Homem, slenement pro- lama pelas Nagdes Unides em 1948, gurante a pubicidade popu ‘dos julzo (art 10 en ordem jraica brasileira outorga a ese principio ‘slats constiticonal, dispondo que “todos os julgamentos dos Ogos 4 Poder Tudela sero pablicos, efundamentadas todas os decisis, ‘Sob pena de mide, pdend a limitarapreseapa, em dterminados ‘og As pprias partes e seus advogados, ov soment a exes, em casas hoe ual a preservagdo do dieito 8 itimidade do interesado no siglo roscintos Geta bo RETO PROCESSUAL, » ‘lo prejudiqu o interessepblico & informagao" (Const, a. 93 ne TX red. EC n 45, de 12.04). Anes da Constiuigao Federal de 1988, 0 principio da publicdade era afrmado exclusivarente em nivel inf ‘national (CPC, a. 188; CPP art 792; CLT, at 77). © digo de Process Civil, por sun vex, testing odio de constr ab i pre «seus procures, O tec ot de ato cries 30 doporitvo dt enteoya ede vant partis Tevltotes de septa jul on dvrco:esamenteo tm gal ‘Sagrado po ntrese aro (ar. 135, ar). © Clg de Pres {Ci de 1939 ao cou al esto ts. 3 19). ro pic ds pullade reat quo o avo Codigo adatou ese aps ela ‘feta deverd agus so seavalas em fice da noma constinsl Stpereicos que mete edie tg de pbiidde de pres ‘or as eo rocaradres, mda nar pico o xii (at, feu. ‘Arega gral d publicidade dos sts processuaitencontaexcorso nos casos em gue o dcoro ou o interes social aconselbem que ees 180 fejnm dvalgados. Ho qu disp o at. 185, ics. rex, do Codigo de Proceso Civil, bm como ars 483 « 792, § 18, do Csigo de Processo ‘nal Tmbéen nesses casos edoe-s, por motivos dbvios, a publicidad restr, m lens consonincia com oie. do at 93 e até com expresst ‘trig cance no art 5, nex, de Constiniggo Federal. No campo peo ein. 9.034, de 3 mai de 1985, sobre oaa- zag eitine Sete d sig rena de nestor de de ‘hep taza prpo jz, em dapostvo de ido const ‘orld ar yea ein. 99, de 2 de lo de 1996, elo rnereeptagns ellie, en tata Sea estado come sges) {ire 9, Mw orn 0 pote tr mje, oquata examen een, ao podenda erica cone, sais qu eda, Alls, toda procruo ht de sor tomada contr a exasperasgo do rincipio da pubicdade. Os modemos cans de comnicarso de mas- 5 podem repesentar umn peigo to grande como @ proprio sere. ‘As niéncins elevsionadas tm provocado cm viros pases profundas ‘manifeagties de potest, Nio #6 os joie slo porturbades por um ‘curosidade mals, como es propras partes © as festemnhas veen-s “Submetiasu excess de publicidad que iniingem seu diet &intii- ‘Sade, nm de conduriem& disogso do proprio funlonamento da Jus- tiga través depresses importa todos oe Bgurantes do drama judicial Publicidad, como garanta politica ~ cua Bnaidade & 0 controle 4a opnigopiblica nos Servis da justia ~ so pode ser conan ‘com o sensacionalimo que aftoni dignidads human. Cabo téniea legilatvs encontrar jst cqulvio eda a problems &solugto mais consents em face da experiencia dos costumes de cada pov 0 de Gigs Pacona Pel © Face Aversa co {to Gein 8906, e479), eubelce como deo 0 rosso © Se examine gu eatin plc, eso sa rosin, ftios de flare igri, fdas ou en snare nda ot Concho 8 autridde, peal cop pops etna apes (Gr Pine. xv) 00 36 Sgn Irene ne scenes {3 mlitoia, ectots,cartrooison atip ergo aals de regu, no ea Se deegacin pinboard hora de ‘Sputeteadoendetemeat pce dese rs” Se, com ne resernams pecan adv ot 29, principio da leldede processeal Sendo o proceso, por sa indole, eminentemente dialtico, éepro- ‘vvel que spares se sirvam dele fallando ao dever de verdad, apindo ‘ens decd tr rine grat” compara de dorogarto, oi rom qulger poesia de via teres ood ‘Some o Je dei (i,m. 72) is qurdize que a exstencia ‘egos seins da aria do dopo au de rng one ‘nom dura gars de lndopendela os uz. (© principio do duplo gras de jursio fundaso na posibilidade de a deciso de primeto grau ser iajusia ou ertada, dai decorendo a ‘neceaidade de peritir ua reform em gran de recurso, Apes disso, nda existe ums comente dourinira — oj reduidissima ~ que = ‘manifesta contaramente a principio, Para tanto, invoca ues pinipais ‘reunetncine ) nfo 2 os uizes de primeiro gran, as tamisim os da {risigho superior peri cometer eos ¢ijastias no julgament, por vezsreformando até una seatenja consentines com o direito © sta; ba dciso em grau de recurso initil quando cons a sen ‘eng de primero gra, iniagindo ato principio da economia prooes- sal; o) a decisto que reforms e sentenga da jursdifo inferior € sempre ‘ocivs, pois apontn uma dverpéncs de ntrpretago que dd marge & ‘vide quant 4 coretaaplieaso do drt, produzindo a nceteza nas rolaéesjuridicas eo desprestigio do Poder Judi. "Nilo obstante, é mais conveniente dar o Vendo uma oportunidad ‘para seexame da seatenpa com a qual nto se coaformot, Os tibu- nas de segundo grav, formados om gral por juices mais experientes ¢ onsituindo seem os colegiado, ofeecei maior suranga est jcologicamente demonsrado que o juz de primero gau se cerca de Faiores caidas ao julgamento quando sabe que sua decisio poder set ‘evista pelos louis da jursdiao supenioe ‘Mas principal fundamento para a manutensto do-prncipio do upto grau de naweza politica: beau ao estaal pode fear imune ‘so necersrioe confofes,O Poder Judiiro, principameats onde ses ‘ments nto slo sufagrados plo povo, 6, deat todos, o de menor ‘eprescntatividade. Noo leitimaran sur, sendo oconrole popular fale oexereico da uno jursdicional ands incipient em mits or ‘dnamentos, como e nosso. F preciso, portant, que se exerga to menos ‘contol interno sobre a legalidade ea justga das decisbes judi. Tis conotato politica do principio do dupo grau de jurisdieao. ‘© duplo gra de jursigdo ssi, acolhido pela generalidade dos sistemas processuiscontemporines, inclusive pelo brasil. O prin ‘iio nl € garntdo constacionnlmente de modo expresso, entre nbs, (desde a Republic; masa propria Constiuiao incumbe-se de aubule 2 ‘competénciarecursala vires érallos da jurisdic (at. 102 in, at 105, nc art 108, in. m),peevendo expeessameate, sob denomine- ode tribuncis, és jdeiios de segundo ga (rg. art 93, ic 1), Ademais, 0 Cédigo de Process Penal, o Cédigo de Process Civ ‘| Consoles das Leis do Trabalho, leis extravagantes ea eis de oF. ‘nizagdo jdiciiapreveem edsciplinam oduplo grande jurisdic. dirito brasileiro, na cats do norte-amtricano, tii 20 Sgt {de cpula da jarisigdo 0 Supremo Tribunal Federal ~ eras atibul- ‘ee que o eolocam como drgdo de xperosiedo de teeta oat do ‘Quarto gra (at. 102, inc. . Por su vero Superior Tribunal do Jus, © Tribunal Superior Eleitoral eo Triounal Superior do Trabalho podeot fancionar como gos de tereeiro gra ats 105, ine. mT, ie, © 1, inc. [im principio #6 se efetiva 0 duplo eau de jadi see quando 0 veeido apesentar recurso contra desido de primeiro gat om sc, Ii necessdade de nova provecao do rio jursdicional, por parte de oneness munch. deka Do DIEETO FROCESSUAL « quem foi destavresido pela decisto. 86 excepeionalmentc, em casos {xpresstmenteprevstos em lie tendo em vst interes publics ‘elevantes, a jrsdipo superior entra em cena sem provocasto da parte (CEC, are 475; CPP art. 874, ines +a, of art. Aly eat. 746), Ta 6 ‘devolupto ofa, ou romessa neessdria, que alguns texts legis anda insist em denoeingr “recurs de ofc" "Neahuma dscriminspoestbelecem 0 Cédigo de Proceso Civile ‘ode Proceaso Penal quanto ts eausss de peueno valor ou de deteri= ‘nada matéeia Qualger que sea o valor scones do benetii plei- teado ou a pena cominada para 0 iio penal, adite-seo duplo gms {ulamento 737, de 25 de novembxo daguele mesmo ano, destin, nos {eros do art. 27 do tala nico que complatava o Cédigo do Comério, "determinate ord do jlzo no processo comer (© Reguamento 737 dviiv os prosanalistas. Fo consdeado “um taf eculujut,no amgo do deo process, dhepocnem ge ft bord fo elogiado cma “0 mala e ais ‘vel monet lego do Bal porvenrao ras ote e- ‘igo depron she polinado na Amaia” Ne ealdae, xn do srenmens tne esa peepee, o Regula [To és do pnt de it dx enn proces, pelea {gurtocs economia simplldde do procedimets ‘Anos mais are, em virtde de profongada campants,restabelecis- se, através da fein. 2.033, de 20 de setembro de 1871 (reulada pelo ‘ees. 4824, ce 2211.71),ameama orienta ber do sntgo COdigo 1 Proceso Criminal do pedo. ‘Nese melo-tempo as causa civiscootinuaram ase regula p= las Ondenages esse aterages, Sendo inimoras es leis modifcativas ‘ds Ordenagies 0 Govern, dando cumprimento a refrida len. 2.033, {4 20 de setembro de 1871, encarregou o Cons. Antonio Joaquim Ribs ‘de units em im conjuto que coativesse toda a lepslagto relatva ‘0 proceso civil A Conolidagio das Les do Proceso Civil eaborada ‘or Ries, pssou a fr foya de Il em vitade da resolusto imperil de 23g de deecmbro de 1876. 0 teabatbo do Conselbeiz Ribas, na verdade, ‘lo se limitou a compile as disposgbesprocesuais eno vigentes, Foi lem, reesrevendo-as mats vees ta Como as interpreta; e, m0 fonts de vris disposigdes de rua Consolidags, invorava a autoidade ‘Mo 58 de textos romanos, como de autores de nomeada, em lugar de Teas leans constates dus Ordenagde ou dois extravagant. -FVOLUGKO MISTORICADO RETO PROCESSUALDRASIEERO 19 51 insta das normas ‘ina das primeira medidas Iegslativas adotadss pelo Govemo ‘Republican, com selagso a0 process civil, consstin em estender bs ‘casas civs em geal as normas do Regulameato 737, com algumas ‘excepts (deen. 763, de 169.1890). ‘Logo aps, poo de. n. 848, 6 11 de outubro de 189, institu se © cxganizouse a Justza Federal uo pas, estibelecendo-se nds, sobre ‘© modelo do Reyulamento 737, as reps do proceso para seas de ‘competincia daula Justia. ‘Com a Constitisdo de 1891 consagrov-se, a par da dualidade de Sustia~Justiga Federale Justus Fstaduis a dulidae de processes, ‘com diviso do pode de esa sobre drt processal entre a Uniso Federal es Estados. Haboreu-se, portato, de um lado, a lesa ofe- eral de proceso, cj conolidago,preparada por José Higino Duarte ‘Perc, fl aprovada pelo dec. 3.084, de 5 de povembro de 1898; de ‘outro lado iniciaram-se 8s poucos os tabalos de preprasdo dos C5- {igos de Proceso Civil dos Cédigns de Pocesso Criminal estaduas, ‘ne mora pros ao iri federal Marecem rele expec, por rele epeto renovate ¢ 0 hin, o Oign de Proceso Civ da atin ede So Pal, 52. compettncia pare egslar ‘Com a Consttuigto Federal de 1934, concentou-se novamente 1s Unio competncia para loyslar com excusvidade em matéria de proceso, mantendo-se es regra nas Constingiessubsequents. So ‘mente ade 1988 fi que, mantendo em principio tal competencia excl ‘Siva quanto 4s norma procesuais em Setid esto, deucompetéacia ‘oncorrente aot Estados par leis sobve “procediments em maria ‘rocessual” art. 24, inc.) e8 “era, funcionamento © process do uz de pequenss cass” (ine). © primero dessesdspostivos par ‘te da dstingo entre normas processus e noms sobre procedimento, 4e difildxerminasdo (nest oba, cap. 9. Sendo bastante recente ‘ novidade consitsconal, os Estados ainda no exercram esas noVas ‘competéacias. ‘Com a competécia Unit para legislar sabre proceso, dada ‘consttucionalmente em 1984, tomou-se neceséra a preparasto de ‘novos Ciigos de Proceso Civile Peal endo 6 govero organizado ‘omits de jurists encerregados daguela act, Em face de dvergtacias surgidas na comissto encarregads de prepara um snteprojeto de Cédigo de Proceso Civil, um de seus mem bros, oadvogado Pedro Btista Martins, spreseiou tim uabalo de sua luvra. Fo ese trabalho que, depois de revist pelo entio Ministo da ‘usa Franciaeo Campos, por Guilherme Estelitne por Abgar Renault, ‘eansfrmourse no Cédign de Process Civil de 1939. Serviram-the de paredigma os Cdigos da Ausra, da Alemanhse de Portpal;adotou 0 ‘rineipio da omlidade, tl como cracerizad por Chiovena, com alg Ins concestis a adie, notadamente no que diz espelto a0 sistema, ‘Serecuros © mulipliasio de procedimentos expeciis TInslituivaeo vigente Céigo de PocestoPensl através Go dele 2.3.86, de 3 de outibro de 1941, par entrar em vigor em 1° de janeiro td 1942 Ease CSdigo baseon-e ho projetoelaborado por Viera Brags, ‘Nelson Hongris, Naredlio Queiroz, Roberto Lyra, oréneio de Abreu € Céndido Mendes de Almeida. © Céigo de Proceso Penal comptes de eos eedobes: oxen otocenn ee age“ co proceso ea ge "sds rseton em psi’ orden ds recursos em ga: Fda cea “7 — dale juiinas com aos ‘aang’; peste al 158, reform legisatva ‘Chegou um momento em que foi possvel a veriieapao dos graves efits apresetados pelos dois estat processus, especialmente & ‘ita dos problemas priticos decoments de sua aplicayo. Alm iso, a “precagto erica a que or submete a doutina, bem como waite tien aflorago de leis exravaganies(complemenares ou modificativas), tcabarum por exigir a refrmulagdo da legslgao processual, com a preparaso de novas coving es, “Afedo Buzaid e José Fredtioo Marques, professors da Faculda- ede Direte de Sto Palo, reeberum do Govern Federal o eneargo de ‘labora, respectivamente, ot snlepeojetos do Cédigo de Proceso Civil ‘2 Cédigo de Processo Penal (O Antepojto Buzsid evsto por uma comissto compost dos pro- fesores Joa Frederico Marques e Luls Machado Guimaries © do des Tins Aninio de Andrade, 0 eubmetdo ao Congesso Nacional (tn. eas ci VOLUCAO MISTORICADODIRETO PROCESSUALRASHIRO 12) {510/72 fea, depois de sffer mmerosnsemendas, fi sprovadoe em sequida promalgndo pela en. 5.869, de 11 de Jani de 1973 O Anteprojeto José Frederico Marques, depos de revisto por una comisso compost ds profs. Helio Bastos Tomaghi, Benjamin Moraes Flo, Jost Carlos Moreira Alves José Salgado Martins lem do p= ‘to sur, encaminhao a0 Congreso Nacional em 1975, Dep Softer virias emendas,o projet fl aprovado pela Chmara dos Depts {os (DOU de 72.1177) ¢ encaminhado ao Sedado Federal, onde se en- ‘contava quando veio a ser retirao pelo Exeoutiva (ene outa cs, poraue hava sido evogado o Cédigo Penal de 1969, antes mesmo de rar em vigor). ‘Os tabalhos foram retomadoe no Gaver Figueiredo, qu institu ‘uma comisso compostados prof. Francisco de Asis Todo, Rogéo [Lauria Tucl e Helio Fonseca, ej anterojet, revisto por comssio inegrada pelos profs. José Frederico Marques e Jorge Alberto Romero, ‘bi fnalments encaminhado, pela mensagem n. 240, de 29 de junbo de 1983, ao Cangresso Nacional (pj 1.655783). O projeo foi apravado pela Cara dos Deputados, mas dese endo permanece sem progresso ho Sena Federal “Melhor sorte teve a Lei de Execuso Penal (lei n. 7.210, de 1.7.1984, em vigor desde 13.1985), que resultou de tabalhos da ‘omissio composts dos prof. Francisco de Assis Toledo, René Ariel Dott, Miguel Reale Je, Ricardo Antunes Andreucci, Rogério Lauria ‘Tucci, Sérgio Marcos de Moraes Pombo, Benjamin Moraes Filho © ‘Negi Cain, "Em 1993, em face da premonte necosidade de modemizagio do CCotgo de Proceso Penal, 0 Ministéio da Justia encaregou a Fscls Superior da Magistatra,presdida pelo Minist Stlvio de Figueiredo ‘etre, de ofrecer proposts de efor do Cig, constiuindo-se ‘omissto pela portaria 349793, ‘A comissto encanegade dos uabulos e, postrioment, a comie- so derevisto, formadas por juizes, odvogndes, membros do Minstrio Piblico,delegads e profesores,epresestou, sempre soba diceoo da "seol, Ses conjunts de anteprojcos de Tei eo Minit, publicdos no DOU de 25 de noverbeo de 1998, ‘Comalgumes modificagSes,o Executive encaminhou & Ciara dos Depuiados & matéria,veiculada pelos projetos de lei mn. 4895, 4.896, ‘4897, 4.898, 4.899 e 4.900, todos de 1995, Desses, umn projeto fo con ‘vertido em Ie, sendo os demas airados polo Executive.

Você também pode gostar