Você está na página 1de 2

JOO E MRIO

Joo e Mrio eram irmos gmeos. Quando sua me morreu, eles


ficaram sob os cuidados do pai. Acabaram fugindo de casa e se
perderam um do outro. Nunca mais se viram.
Joo transformou-se num importante e bem sucedido empresrio,
professor universitrio, palestrante e, acima de tudo, pai devotado e
esposo exemplar.
Mrio, quase sempre desempregado, vivia nos bares da vida, bebendo
e arranjando briga, sobrevivendo de favor alheio, pois, devido ao seu
estado, sua ltima companheira tambm o deixou.
Numa sexta-feira noite, aps terminar uma de suas palestras sobre a
importncia da fora de vontade na busca perseverante das realizaes
pessoais, um aluno perguntou a Joo, no saguo do auditrio:
O senhor sempre teve esta extraordinria fora de vontade?
Nesta mesma sexta-feira, mesma hora, num outro ponto qualquer do
pas, Mrio estava sentado num meio-fio, bbado, chorando e tentando
pensar no que havia se tornado a sua vida. Seu nico amigo vem
busc-lo
para
lev-lo
para
casa
e
lhe
pergunta:
Diga-me, meu amigo, voc nunca teve fora de vontade? Nunca
desejou
ser
um
vencedor?
As
respostas
dos
dois
comearam
iguais:
Meu pai foi um pssimo exemplo. Ele bebia, batia em mim, no meu
irmo e em minha me. No parava em emprego nenhum. Tnhamos
uma vida miservel. Quando minha me morreu, fugimos de casa. Eu e
meu irmo gmeo nos perdemos e nunca mais nos vimos. Nossa
famlia literalmente se acabou.
Mas, terminaram completamente diferentes.
Mrio,
o
derrotado,
complementa,
melancolicamente:
Todo este sofrimento acabou comigo. Acabou com a minha fora de
vontade.

Joo,
afirmou,
confiante:
Todo este sofrimento me fortaleceu. Deu-me ainda mais fora de
vontade.
Feliz o homem que suporta a provao; porque, depois de aprovado, receber
a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam.
I Pedro 4.12
Autor desconhecido.

Você também pode gostar