tem 50 anos. poltica, presidente da Cmara de Colnia (Alemanha). advogada. mulher.
E mesmo assim, Henriette Reter ilustra uma classe de pessoas que se
conforma com a hrrida frase acima descrita. Deixem-me situar-vos: no dia 31 de Dezembro, na Alemanha, cerca de mil homens invadiram a estao de comboios central, assaltando e abusando sexualmente de dezenas de mulheres. Por si s, este um episdio deplorvel. Infelizmente, nada inslito. O inslito da situao encabeado pela prpria Henriette que, apesar de tudo aquilo que representa, decidiu dar to ilustre conselho a estas mulheres, aplicveis sempre a casos futuros! Tomem nota: manterem-se perto de um grupo de pessoas conhecidas; pedirem ajuda aos restantes transeuntes e - a preferida da internet - manterem-se a um brao de distncia de desconhecidos. Henriette Reter no acredita na culpabilizao do agressor. Henriette Reter no acredita na reformao de mentalidades. Tivessem essas mulheres tomado a iniciativa de abrir os braos, o aviso estaria dado. Que ningum se aproxime! Nada inslita foi a reao atrasada da polcia que esperou por queixas formais para intervir, j o ato havia sido consumado. E o entristecedor aparecimento de comentrios, aparentemente relevantes para o caso, de que todos os agressores teriam origem africana e rabe. Afinal, as origens de uma pessoa ditam os seus comportamentos e, neste caso, desculpabilizam o povo que viveu impvido neste assalto. No dia 5 de Janeiro noite, cerca de 300 mulheres reuniram-se perto do palco dos ataques para protestar contra a alegada inao da chanceler alem neste caso. Nos cartazes lia-se onde ests, Merkel?. E no corao de muitas ouvia-se: onde est a (minha) dignidade?, onde est a justia?. Os braos abertos de nada servem. Como prevenir a violao? No violando. Assim se educa, Sra. Henriette. Assim se muda o mundo.