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ii) Suponhamos que P(n) seja ste um mtetro k tal que 4"-+6n—1 = Yk. Isto é equivalente a 4” = 9k—-Gn+1 élida para algum n, ou seja, 4° +6n —1 6 divistvel por 9. Isto significa que e Multiplicando os dois membros da igualdade por 4, obtemos 4°*! = 9 —24n + 4. Logo 4°*} + 6(n +1) —1=9k ~24n +446(n +1) = 9k = 18n + 9k ~2n +1), Portanto, "+1 + 6(n + 1) — 1 6 divisivel por 9, 0 que prova que P(n + 1) é verdadeira Assim, provamos que P(n) implica em P(n +1), para todo n natural Logo, pelo Principio da Indugao Finita, P(n) é verdadeira para todo n € N. 2.6 Resolvendo problemas com o método da indugao Até agora, vimos a utilidade do método da indugio para construir definigdes ¢ demonstragées. Nesta segao, veremos como 0 raciocinio indutivo pode também ser iitil para resolver problemas. Nessas circunstancias, costuma ser i | raciocinar no caminho inverso, de n para tris. Este procedimento costuma ser chamado de recursivo. PLO 7. A Torre de Hanoi um quebra-cabegas com uma base, na qual sio fixadas tes hastes. Em uma destas hastes so enfiados u certo niimero de ‘os (5 na figura 2.1), de diametros diferentes, de modo que um disco sempre repousa sobre outro de diametro menor. Qual é nfimero minimo de movimentos para transferir todos os discos para uma outra haste, respeitando sempre a restric&o de que um disco nunca seja colocado sobre um disco de diametro menor? Figura 2.1: A Torre de Hanoi A idéia fundamental 6 de que um problema com n diseos (n > 1) pode ser reduzido a um problema com n— 1 discos. Isto é, se sabemos tra wsferir n — 1 discos de uma haste pare sabemos também transferir n discos. De fato, para transferir n discos da haste 1 pi serd necessario, em algum momento, transferir 0 disco de maior diametro da haste 1 para a haste 3. A tinica forma em que isto pode ser feito 6 pela prévia remogaio dos n — 1 discos superiores 2 AB para a haste 2. Observe que, nesta transferéncia, tudo se passa como se apenas estes n — 1 discos estive m1 presentes: como 0 n-ésimo disco é maior que todos os demais, ele nao impoe qualquer restrigéo no processo. Apés a passagem do maior disco para a haste 3, resta apenas transferir os n—1 discos da haste 2 pa a 3 (novamente, tudo se passa como se o maior disco nao estivesse 14). A figura 2.2 ilustra estes trés passos. - e Figura 2.2: Passando de n — 1 para n. Em consequéncia da discussio acima, se designarmos por h,, o néimero minimo de movimentos para transferit n discos de uma haste para outra, temos hy = hy-1 + 1+ hy-1, 00 Seja, fy 2hy1 +1 ,para todo n > 1, Equivalentemente, podemos também escrever hy.i = 2g + para todo n € N. Note que estas igualdades, juntamente com o fato de que hy = 1 (basta um movimento para transferir um finico disco), definem, por recorréncia, a sequencia (hin). Podemos resolver o problema para n = 5 discos formando a sequéncia explicitamente, como na tabela abaixo, que mostra que sio necessirios 31 movimentos para transferir 0s 5 discos, niimero de discos (n) | mtimero de movimentos (In) 1 2 3 4 5 capitulo 4 aprend pressio para o termo geral de uma sequéncia definida como acima, mas é natural conjecturar, a partir da tabela, que é h 1. Podemos p pat demonstrar que, de fato, esta 6 a expressiio correta. De fato, a expressio vale para n = 1, ja que 2!— 1 =1= hy. Suponhamos que, para algum n € Entdo hus = 2hy +1 = 2 para n+ 1. Logo, pelo Prir , tenhamos hy, = 2" — 1. 2"—1) +1 =2"*!—1, o que mostra que a expresso também 6 valida io da Indugao Finita, h, = 2" — 1 para todo n natural, Bes 22

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