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Elementos de Fonética do Portugués Brasileiro Liz, Catlos Cagliari ‘UNIFESP - EFLCH Paulistana ~ Editora ~ Capleute 1 ‘A PRODUGAO DA FALA. 1.A fala (© homem nao dispde de um Grgio especifico para falar. A fala aparece como uma modificagéo do funcionamento de certas partes do corpo, de tal modo que resulte na produsio de sons co- ‘mo forma de expresso de uma linguagem, Por exemplo, as cor das vocais t2m como fungbes primatias as fungbes biol6gices co- ‘mo a de travamento da forga muscular que permite as pessoas Jevantar pesos articulando os bragas como alavaneas, a fungto de protegdo dos pulmées com relagdo compos estranhos que pene ‘rem no tubo de ar da respiragso e outras. A produeio da fala comega com uma programagio neurofl- siolégica, cuja reaidade conhecemos pouco, mesmo com 03 avan- 0s atuals da cigneia, A programacdo neurolégica comanda 0 de- senrolar de uma série de contragées e distensOes musculares que, Por sua vez, provocam 0 movimento de érgias do corpo, tornando ppossivel a produgfo dos sons da fala, Nao nos preocuparemos ‘com a participagio neurolégica nem muscular, mas to somente com as modifieagbes resultantes e necessérias para a formacio dos sons da fala ‘Uma vez produzidos 0s sons da fala, 0 processo lingistico 4a comunicasio continua com a transmissio desses sons através do ar até 0 ouvinte. A transmissao dos sons de fala tem leis préprias e € objeto de estudo de uma parte da Fisica, chamada Aciistica, © ouvinte capta 0s sons da fala através do ouvido, que transforma a energia actstca propagada pelo ar em energia meci- nica, através das vibragées do timpano e dos trés ossinhos que li- {gam 0 timpano & eéclee. As vibragées mecinicas sio transforma ddas em variagdes de pressio hidréulica dentro da eéclea e, em seguida, tansformadas em impulsos neurolégicos que sio trans- imitidos pelos nervos ao cérebr. 18 teats Cag ‘Obviamente, além de todas essas etapas, para que a fala se realize, € preciso, no inicio, um processo mental de coditicagéo linglistica por parte do falante, unindo um significado que se quer ‘ransmitir com um conjunto especifico de sons da lingua na qual se quer transmitir equele significado, e um processo de decodi ‘cago lingistica por parte do ouvinte, extraindo dos sons que ou- ‘iu um significado lingUistico de que é capaz. Na longs caminkada da comunicagio lingiistica falada, a maioria dos fatos ocorrem numa seqiéncia, com uns eventos se sucedendo a outros, de tal moda que hé necessidade de certo tem= poo para que tudo chegue ao fim e na ordem cert, Por isso, fal, Giferentemente de uma fotografia, pode ser analisada em fungio o tempo necessiri & sua reslizagio e da ordem dos fatos que se sucedem. A fala setia mais como um filme, uma sucessdo de e= ventos que, quando em movimento, forma um continuo, Como no filme, podemos pegar o desenrolar da fala © congelar determina dos momentos, como o filme congela os quaulros de que se com- ‘poe, para entendermos melhor, isolada e detidamente, como os ‘movimentos da fala realmente se produzem. Nao precisamos, na verdade, « nlo ser de umas poucas paradas, para marcarmos em nosso registro como a fala se realiza. A essas paradas que marcam ‘0s momentos mais importantes da fala Hnglisticamente chamare- ‘mos de segmentos da fala. A ortografia de nossa lingua, por &- xxemplo, usa um processo semethante para registrar a fala, A nossa escrita & uma sucesso de letras, cada qual contribuindo de certa forma para a identificagdo de alguns segmentos da fala, 0 que ‘permite no seu conjunto a compreensio da linguagem escrita, ‘A fonética linghistica se preocupa de maneira principal com ‘arte de cortar 0 continuo da fala em segmentos, de tal modo que ‘© sistema lingUistico de uma determinada Lingua possa ser enten ddido c manuscado com propriedade e simplicidade. Apds o traba- Tho de descrigdo dos sons de inimeras inguas, a Fonética chegou ao ponto de oferecer recursos espectficos de como se pode des- cxever qualquer som de qualquer lingua, utlizando-se to somente de um conjunto relaivamente pequeno de categorias fonétcas ‘ais categorias baseiam-se fundamentalmente nas caracteristcas de produgéo e percepgio dos sons da fala pelo homem. Além da 7 amas do Fontce do Pott resco 19 simplikdade operacional linghistcament, tals categoias permi- tem a comparagio dos sons de una lingua com sons das demais Tings, colsa que as ortograias ds linguas nfo aleangam, por e3- tare intimamenteligadas As Linguas a que pertencem « no se preocuparem com o modo como as ouraslfaguasusam leas se- fhelhantes. Compare a pronincia da letra U em paavras de algu- nas linguas, como por exemplo:luxo (portgués), uxury (inglés) ¢ le (francés). A linguas mudam muito com o passat do tempo, a ortografia, porém, muda pouco. Por causa dessas restrigdes, a Fonética precisou desenvolver um alfabeto proprio, baseado niio tos sons de dterminada lingua, mas nas possbilidades atoulaté- rias do homem, ou sja, no coajunto gerl de todos os sons de to- das as linguas. Como dissemos acim, tl alfabeto fol composto com hase na andlise das cracterstica da produgéo e da percep- 4 dos sons das Kinguas & dele vamos fazer uso para desctever 0s Principals sons da lingua portugues, © afabeto fonéticointera- Cional 6, em gerl,apresentado em forma de tbela, onde os sons parecer cassifieados em fungdo das categorias fonticas bisioas «que deserevem a produgio e a percepgia dos sons da fala ot de segmentos fonéicos. Na folha seguinte,encontrames o alabeto fonético adotado pela Assoviagio Internacional de Fonética. 20 solr Coa Evert forte does Bose> 21 SivBol0s PA PaRa TaNscacio FONEMCA usecase # mn TOM 74 ae =] T ¢ ine fmm] © gio 4 pn } eae ie ] j : 5 ml Pele eels Ha [+ waacivedo—g) tereoedo atta rh esti re selee “ coleelec af |e mis bac yvoneade ‘eingsioda = resto Fin minininte—F— = . ae wangado som thegio. ‘pe ate principal) op) fie] [salea| fase ‘cemultzndo my siltbico pe eum sound Lk compose 2 a a) eg] eae 4 ~ gefae at 7 7 rele ‘Sempre que precisarmos nos referit & maneira como é dita rs a uma palavea ou entnciad,iremos usar atranserigd fonétia. Os simbols fontios,além diss, eonstinuem tm modo ficil de se a ‘efeito, a Lingilistica procura descrever como a lingua funciona mm Leofrefoolestesfeatss|oe| os 7 aelaetae ‘nos seus diversos niveis, mas sempre tomando como referéncia a = : linguagem falada. A linguager falada € constituida de enunci Sal fe ac “f* dios. Cada eounciado nfo € simplesmente a somat6ria de palavras os os gue se sucedem, mas forma uma unidade propria, em funglo da a L qual as palavras devem se amoldar. Embora estejamos sempre a- tentos as caracterstias fonsticas da linguagem falada, isto 6, de ‘enuneiados, contudo, na maloria das vezes, vamos apresentet os fatos fonéticos através do estudo de lstas de palavras representa- tivas dos fendmenos que queremos mostra 22 use Cafes Cosion 2. O aparelho fonador Para falar usamos quase metade do compo, desde o diafrag- rma até o eérebro, Vamos nos deter agora naquelas partes que pro- duzem, que retém ou que servem de passagem a corrente de ar, uma vez que os sons da fala so originados e modilados em fun ‘elo da presenga de at. O conjunto de partes envolvidas nas produ ‘80 dos sons da fala chama-se aparelho fonador. O aparelko fons dor pode ser dividido em ts partes de acordo com as tarefas que ddesempenham: a parte respiratéria, a parte fonatéria e a pate ati- culatéria, Na pigina seguinte apresentamos uum desenho esquem tico do aparelho fonador, ilusttando as principaisestruturas envol- ‘vidas na produgio da fala (of. Figura 1). ‘A parte respiratéria compreende essencialmente os pul- Ges, os brénquios, a traquéla e as estruturas envolvidas no pro- cesso da respiraglo e que formam as cavidades infaglotsis, Na expiragdo, 0 ar sai dos pulmées, passa pelos brénquias, pela tra- usin © atinge a laringe. A Tsringe constitu a parte fonatéria do aparelho fonador, A laringe € uma cavidade montada sobre a traquéia e formada por ‘um conjunto de cartilagens e misculos. Na laringe localizam-se 25 cordas vocais que sio duas tiras de miscules ebstruindo a passa- gem da corrente de ar. A passagem livre que se pode formar entre a8 cordas voeais chama-se glote. A cavidade laringea tem na parte ‘superior uma estrutura mével, chamads epiglote, cujafungdo & a bir ou fechar 0 acesso a cavidade laringea. Durante ingestio de alimentos, a epiglote fecha a entrada da cavidade laringea, fazen- ddo com que o alimento seja conduzido pelo es6fago ao estomago, A cpiglote parece nao desempenhar uma fungio atticulatéria na produgdo dos sons da fala, ‘A tereeira parte do aparetho fonador é coustituida pelas ca- Vidades supragiotais se chama parte articulatéria do aparelho fo- nador. Na fala, em geral,o som tem sua origem wa passagem pela slote, O ar excitado acusticamente passe, entéo, pelas cavidades supraglotais, onde ¢ modulado, recebendo o timbre caraeteristco, conforme a configuraggo de parte articulatéria do apatelho fons or. Essa parte pode ser dividida em quatro grandes reaides, onan do Fenitca do Peay Ero 23, segundo a configuraciio de quatro cavidades que as compiem: & cavidades fringes, que se localiza logo acima da laringe; a cavi- dade oral ou bucal,limtada na frente pelos inisivos ¢ ars pelos pilaes da fauce; a cavidade labial, entre os incsivos e os labios; € ‘2 cavidade nasal. A cavidade nasal, na verdade, 6 composta de ‘duas partes distintas: a cavidade nasofaringea, situada na parte de ‘rds ¢ limitada pelo sinal do septo nasal e pela abertura nasofarin- ‘gen, quando © véu palatino se encontra abaixado, ou pela parede postetior superior faringal, quando o véu paling se encontra le- vvantado e nio ocorre a abertura velopalatina. A outra parte da ¢3- vidade nasal & constituida pelas fossas nasals. As fosas nasais e3- to divididas entre si pelo septo nasal, com origem nas narinas © desembocando na cavidade nasofuringea, Figuea 1: Core aptl do aparoho food 3. Cavidade nasal 9, Parede farngal 2, Cavidade nasofaringea 10. Paato duro 5. Cavidade labiah 11, Ven palatine ou pala mole 4. Cavidade oral 12 Epiglote 5. Covidad faingal 13. Osso hide 6, Acesso nasal 14, Cartilager tireside 17, Acesso oral 15, Antndides 8. Lingua 16. Glote 24 ie Coe Gogh ‘A parte da frente da cavidade faringea ¢ 0 cho da cavidade bbucal sio consttudos pela lingua. A tingua € uma massa de tect- dos e misculos capaz de se moldar de indimeras formas, produ zindo conseqiientemente indmeras configuragées na {0 dos sons da fala, c # descrigzo fonética dos sons da fala se ba- seit enormemente nas posturas assumidas pela lingua durante a ‘produgio dos sons. ‘Chamamos de articuladores atives todo 6rgdo ou parte da aparelho fonador que se move modificando a configurago da ca- ‘vidade onde se situa com a finalidade de modular 0 som. So arti- culadores ativos: os labios, a lingua, o véu palatino e as cordas vooais, As outras partes do aparelho fonador contra as quais 0s articuladores ativos se deslocam e as partes fixas das cavidades so 08 aticuladores passives, 3. Os processos de produgao da fala 3.1 PROCESSO NEUROLINGUISTICO Inicialmente temos 0 processo neurolingistico, responsivel pela programapio e exeeuedo do trabalho neuromuscular, necessi- ‘Ho & attculagéo da fala por parte do aparelho fonador. 3.2 PROCESSO AERODINAMICO A fala se realiza com uma modificagio do sistema respi- ratorio na sua quase totalidade, e que passa a ter ento uma fa- se curta de inspiragio com um grande aciémulo de ar nos pule mes, e ume fase prolongada de expiragio, Todos os sons do portugues sfo produzidos com uma corrente de ar pulmonar e- agressiva, isto 6, durante a fase explratéria da respirapio. Dize- ‘mos, neste caso, que 0 som € protuzido pelo mecanismo aero- dindmico pulmonar egressivo. Apés uma pritica exaustiva de esforgo fisico, as pessoas falem utiizando as vezes também a fase ingressiva da respiragao, usando entdo 0 mecenismo aero- dindmico pulmonar ingressivo, cavidades fringes e bucal. A Ifagua € 0 drgio mais importante na modula eri deFesica do Fats sero 25 Em alguns sons de oeras Lingua, o ado aparetho fonador & posto em movimento, nfo através da respirag, mas por um mo- ‘yimento para cima ou para baixo da laringe com a glote fechada, fincionsndo asim como umn pistio dentto do apartho fonador. Neste cso, quando a corente de ar & egressiva, 0 som se chama cjectivo, quando # diego da corente de ar €ingressiva, o som Se chara implosive. Dizemos ainda que esses sons sio produzidos peo mecanisin aerodintmico glotalegressivo ou ingressivo, 1 ainda um tereeiro modo de se por @ ar em movimento deni do aparethofonador:é através do mecenismn serio ‘velar Em portugués, quando dizenos ‘ao® para uma erianga, fa endo uin movimento como o dedo indicador e filando “num? “num, nfo usamos a corent de ar do sistema resptaéro, Neste 20, 0 uxo de ar & ingressvo, provocado pela baixa de pressio due ovorre na boca, quando pronuneiamos esse som chamado de clique. As Figurs 2 ¢ 3 mostram o que ovorre dentro da boca e como € articulado 0 eligue mencionado acima, euja transcrigio fonetice € (y ‘Sains de ‘hector Sagres Figva 2: Formapo dos contos healt evar na ponte ve do prodpto dum ehqueaeok Fg 3: Ores ingresvo do fit doo na segunda lave da rose doom she aeoe Outro som semelhinte a este ocorre quando, por exemplo, o cavaleiro da sinal para tocar o cavalo, dizendo “hla! hia!” repett- das vezes. Neste caso, partindo da posigio da Figura 2, porém sem a protrusio labial, ponta da lingua permanece no contato ¢ 4 parte do meio e de trés se sbaixam, deixando o ar entrar late- | salmente para dentro do aparelho fonador, devido & baixa pressdo 26 is Coe Cagh do ar dentro da boca. Esse clique é chamado de clique lateral e suas tnés fases de produgdo esto ilustradas esquematicamente a ‘seguir na Figura 4 ess det wired Tetra Fee ess de pred. es cg leer 8.3 PROCESSO FONATORIO. © processo fonatétio refere-se a0 modo como o ar ex: citado acusticamente ao passar pela glote. Se a corrente de ar ‘encontra as cordas vocais bastante separadas, o fluxo de at en ‘contra pouco obstaculo para passat, como ocorre na respiragio ‘normal silenciosa, Porém, se as cordas voeais comesarem a fe char a glote, a corrente do ar comege a encontrar um obstaculo ceda vez maior para passar, e como conseqiléncia o ar adquire furbuléncia gerendo um ruldo. Experimente soltar o ar como hhuma tespiragdo normal e, em seguida, comece a fechar a glo- te, Voce notaré que o ar, que sata silenciosamente da boca, Comeca a sal agora com frice¥o, Quando dizemos algo sussur. Tando, usamos uma formagia da glote semelhante & descrita cima, produzindo friegdo. ‘Quando as cordas voeais se comprimem uma contra @ ou- tra, horizontalmente, a pressio subglotal do ar aumente até que 4 pressio do ar fique maior do que a forga muscular gue man. ‘ém a5 cordas vocais juntas, obrigando-as a se separarem. Ene to, parte do ar é liberado pela glote aberta, © que faz com que Blonenor de Fontica do Poms Eamikie —27 a pressio do ar caia até flcar menor do que a presslo que forga as cords vocais uma contra a outra, Entio as eordas vocais fe- cham a glote novamente, até que a pressto subglotal as force @ se separarem, estabelecendo assim um ciclo continuo pela repe- tigo desse processo. Quando isso acontece, dizemos que as cordas vocais estio vibrando, As cordas vocais, batendo uma nna outra, libertam a cada intervalo uma pequena porgio de ar, resultando a excitagio actistica periédics do ar numa freqién cia igual a0 mimero de batidas das cordas vocais por segundo, ssa freqiéncia actistica € chamada de fundamental do som e & responsével direta pelas caracteristicas melédicas da fala, A vi- bragdo das cordas vocais ocorre com uma freqiléncla média de 100 betidas por segundo na voz masculina adulta ¢ com uma fieqiitncia média de 200 batides por segundo na vor femninina adulta. As eriangas apresentam freqiéncias fundamentais ainda ais altas do que 2 voz feminina adulta. A fregiéncia das bati- as varia do acordo com a necessidade de se variar a melodia do enunciado ou entoagio. (Os sons produzidos com vibragses das cordas vocais cha- mam-se sons vozeados ou sonoros. Quando 0 som nio é praduzi- ddo com vibragdes das cordas vocais, chama-se som desvozeado ot ssurdo. Pronuncie os seguintes pares de palavras, observe o primei- ro som de cada uma e veja como num caso ocorte um som vozea- 4do ou sonoro, a0 passo que no outro ocorre um som desvozeado ou surde: sem vozeamento com vozeerento fica vce pata uta ont if Surdo ¢ sonora so termos muito gers, ¢&s vezes & neces- sitio adotar uma classificago mais adequada para se descrever me Thor © processo fonatério. Assim, por exemple, as vogais, que em. portygués sio comumente classificadas como surdas, si0 de fato sussurradas, Pronuncie as palavras abaixo de tal modo que alia ‘opal seja com vozeamento num e880, ¢ com sussurTo no out: 28 ie Cofos Cayton ‘cone corte oto corto ‘Uma vogal surda propriamente dita seria produzide com a slote aberta de tal modo que no houvesse ftiegdo glotal, sendo a Vogal excitada acusticamente somente pela ressondncia causada pela configuragdo das cavidades supraglotais, E possivel pronunciar um som fazendo com que haja, 20 ‘mesmo tempo, vibragdo das cordas vocals fieg#o glotal: € um sussurro vozeade, ‘AS cordas vocais podem interromper bruscamente & corten- te de ar, segurando a oclusio por um certo tempo e abrindona bbruscamente. Tal fato produz um corte abrupto na intensidade dos sons vizinhos e & chamado de ochusiva glotal. A oclusio glotal ¢ representada pelo simbolo {2}. Algumas pessoas dizem a palavra ‘n€?", as vezes, fazendo ume oclusio glotatno final: [ne?}. (Quando falamos “Aha!” com surpresa, dizemos eomumente dois as com uma oclusiva glotal no meio: (87a Quando as cosdas vocais se tocar muito vagarosamente cot ‘brags lentas, em vez de um som vozead, temos um som trem Jndo (em inglés chemado de ‘creaky voice’), Algumes pessoas de vor grossa fazem muito uso desse tipo de fonagio, Algumas linguas _usam esse tipo de Fonagio para caracerizar finals de enunciados, Quando, juntamente com as vibragaes das cordas voeais, corre um escape de ar em excesso através da glote, resultado

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