GLOBALIZAÇÃO

3º Ano
Ensino Médio Integrado
Adriana Dominato
2010
 CONSUMO GLOBALIZADO

Uma das características da globalização

é o aumento do fluxo de mercadorias entre
países. Com a intensificação do comércio,
cada vez mais produtos circulam por uma
intrincada rede de transportes terrestres,
marítimos e aéreos espalhada por grandes
extensões da superfície do planeta.
O comércio internacional tem crescido
incessantemente, desde a Segunda Guerra
Mundial. Segundo relatório anual da OMC,
publicado em 1995, no período que se
estende de 1945 a 1994, o crescimento do
comércio mundial foi 160% maior do que o
do produto interno bruto dos países.
Como consequência dos fluxos de
mercadorias também é resultado da
expansão das empresas multinacionais, que
ao abrirem filiais em vários países, até
mesmo em muitos emergentes, passam a
pressionar para que haja redução das
barreiras à circulação de seus produtos
pelos mundo.
 O TURISMO E A CULTURA
GLOBALIZADA

Outro aspecto importante da globalização é

a crescente movimentação internacional de
viajantes, com seu impacto econômico e
cultural. Um dos fatores que explicam o
aumento do número de turistas pelo mundo
é o enorme avanço tecnológico na indústria
aeronáutica: hoje os aviões são maiores,
mais rápidos, seguros e confortáveis.
Além disso, a maior concorrência entre as empresas
do setor baixou significativamente o preço das
passagens aéreas. Esse movimento de passageiros
compõe-se de pessoas que viajam a turismo e
também composto de profissionais que viajam para
administrar negócios globalizados. Há ainda viagens
por outros motivos: estudos, congressos científicos,
conferências e, claro, o crescente fluxo de migração,
sobretudo dos países em desenvolvimento para os
desenvolvidos.
 PRINCIPAIS RECEPTORES DE
TURISTAS (2004)

Posição/País Milhões de visitantes % do total mundial

1- França 75,1 9,7
2- Espanha 53,6 6,9
3- Estados Unidos 46,1 5,9
4- China 41,8 5,4
5- Itália 37,1 4,8
6- Reino Unido 27,8 3,6
7- Rússia 22,0 2,8
8- Hong Kong/China 21,8 2,8
9- México 20,6 2,6
10-Áustria 19,4 2,5
11-Canadá 19,1 2,5
12- Alemanha 18,4 2,4
 Concomitantemente ao crescimento do
fluxo de pessoas e de mercadorias
disseminam-se pelo mundo, sob a liderança
de corporações globais, determinados
comportamentos, hábitos de consumo e
estilos de vida, em especial dos Estados
Unidos.
 American way of life
“Modo norte-americano de viver”

Difundido pela produção cinematográfica,

televisiva e musical e pelas agências de
publicidade, que promovem produtos das
multinacionais.
Para muitos esse fenômeno redundaria
numa crescente homogeneização cultural do
mundo.
 Mas para outros, a maior parte da
população do planeta não podendo ou não
querendo acompanhar esse modo de vida
globalizado, apega-se à sua cultura
tradicional, muitas vezes como forma de
resistência.
 “ALDEIA GLOBAL"

 Avanços na informática;
 Avanços nas telecomunicações;
 Globalização da economia;
 Satélites de comunicação;
 Antenas parabólicas;
 Cabos de fibra óptica;
 Linhas telefônicas;
 Internet.
 INTERNET

Conecta todos os países do mundo,

embora de forma desigual. Por meio dela
são trocados e-mails e diversos tipos de
programas e arquivos de computador,
aproximando pessoas, empresas, governos,
ONGs e outras instituições.
 Pesquisas podem ser desenvolvidas sem
que o usuário saia de casa;
 Em diversos bancos de dados on-line
mantidos por organizações como o IBGE,
ONU, Banco Mundial, OMC, governos, etc.;
museus podem ser visitados virtualmente;
 Mercadorias podem ser compradas em lojas
virtuais;
 Transações bancárias podem ser feitas por
meio dos sites mantidos pelos bancos (home
banking);
 O poder de penetração e a influência das
redes globais de comunicação são grandes;
 CNN e BBC noticiando os principais
acontecimentos em qualquer ponto do
planeta, exemplificam essa situação;
 Ambas transmitem programas de televisão e
de rádio e mantém páginas na internet em
diferentes línguas;
 As TVs a cabo, por sua vez, permitem
sintonizar uma gama muito diversificada de
canais especializados em filmes, programas
infantis, músicas, esportes, economia,
geografia, história, etc.
 O espaço geográfico mundial está cada
vez mais integrado por meio de redes de
telecomunicação que podem aproximar
lugares e pessoas.
Herbert Marshall (1911-1980) sugeria
que, com a disseminação dos meios de
comunicação eletrônicos, com a integração
promovida pela aceleração da difusão das
informações em tempo real, o mundo teria se
tornado uma “aldeia global”.
Essa metáfora tem sido bastante utilizada,
sobretudo na mídia e na publicidade, para se
referir à integração promovida pela
globalização, sugerindo que os lugares e os
povos estão mais próximos do que nunca.
 A tecnologia de comunicação, porém, é
restrita a um número relativamente pequeno
de pessoas. Em alguns países
desenvolvidos essas tecnologias estão
praticamente universalizadas, mas muitos
lugares e pessoas nos países
subdesenvolvidos ainda não fazem parte da
chamada ‘aldeia global”.
ACESSO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO EM
PAÍSES SELECIONADOS (2004)
% da população

PAÍS Telefone fixo Computador Usuários da

pessoal internet
Suécia 76,6 76,3 75,6

Alemanha 66,1 56,1 50,0

Estados Unidos 60,6 74,9 63,0

Coréia do Sul 54,2 54,5 65,7

Japão 46,0 54,2 58,7

China 24,1 4,1 7,3

 PAÍS Telefone fixo Computador Usuários da
pessoal internet

Brasil 23,0 10,5 12,0

Argentina 22,7 9,6 13,3

México 17,4 10,8 13,5

África do Sul 10,3 8,2 7,8

Etiópia 0,6 0,3 0,2

Níger 0,2 0,1 0,2

 BLOCOS REGIONAIS

 A regionalização e globalização não são

processos antagônicos, mas
complementares. Ambos buscam ampliar
mercados para as empresas, principalmente
as grandes;
 A globalização é um fenômeno mais ligado à
economia, movido pela força do mercado;
 Regionalização tem um caráter mais político,
sendo fruto de acordo entre estados ou
países;
 Seu objetivo é integrar e fortalecer
economias, e os países abrem mão de parte
de sua soberania em troca de vantagens
econômicas;
 Em uma economia globalizada e cada vez
mais competitiva, a constituição de blocos
regionais permite a expansão de mercados e
dos lucros das empresas;
 A divisão do mundo em Estados Nacionais,
com fronteiras, moedas e alfândegas cria
barreiras para a livre circulação de pessoas,
mercadorias, serviços e capitais.
 A criação de blocos econômicos é uma
tendência de reduzir essas barreiras em
escala regional, mas também uma forma de
os países-membros fortalecerem-se ante o
processo de globalização;
 Os países participantes de blocos
econômicos regionais têm buscado acordos
para estimular a circulação de capitais,
serviços e mercadorias;
 Já a livre circulação de pessoas não tem
sido priorizada. A liberação não é feita de
forma homogênea;
 Dependendo do grau de integração, é
possível definir quatro tipos de blocos
econômicos:
 Zona de livre comércio

Os países assinam acordos para, com o

tempo, zerar as tarifas alfandegárias e
consequentemente, os impostos cobrados
pelos produtos que atravessam suas
fronteiras.
NAFTA (1994) e ALCA
 União aduaneira

Os países que compõem uma união

aduaneira, além de não cobrarem impostos
no comércio entre eles, como na zona de
livre comércio, definem uma tarifa externa
comum. Em outras palavras, os produtos
vindos de fora do bloco devem pagar o
mesmo imposto de importação ao entrarem
em qualquer país-membro.
MERCOSUL (1991)
 Mercado comum

Se diferencia dos demais porque seus

países-membros além de decidirem pelo
livre trânsito de mercadorias e pela
implantação de uma tarifa externa comum,
também ampliaram a integração com a
liberação de capitais, serviços e pessoas.
UNIÃO EUROPÉIA (fundada em 1957 com o
nome de CEE.
 União econômica e monetária

Os países-membros, além de
apresentarem todas as características dos
blocos anteriores, adotam uma moeda única
e buscam uma convergência das políticas
macroeconômicas, como a taxa de juros e
nível de endividamento público, abrindo mão
de sua moeda nacional e de seu banco
central.
 É a modalidade mais aprofundada e
complexa de integração. A UE é também
uma união econômica e monetária, embora
incompleta, pois até 2007 somente 13 dos
27 países-membros tinham adotado
efetivamente o euro, moeda da UE, como
moeda única.