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Autoria: Sérgio Viegas
1 Introdução
Em que era vivemos? Em qual sociedade? Qual deixamos para trás? O que se desponta
no horizonte? Qual a economia atual? Ela se baseia em conhecimento ou em informação?
Todos estes questionamentos persistem mesmo após estudos no meio acadêmico e
geração de artigos, teses e livros publicados. Por quê parece tão difícil identificar e definir o
momento atual?
Nota-se uma forte crise etimológica no uso destes conceitos básicos e uma aceitação
por parte dos leitores e da mídia em geral quando estes se deparam com frases como:
“vivemos na era da informação” ou “vivemos na sociedade do conhecimento” ou ainda
“vivemos na economia da informação”. Afinal, quem tem razão? Existe uma verdade? O que
é uma era? O que define uma economia?
Partindo da etimologia destes termos e dos conceitos de dado, informação,
conhecimento e atenção o objetivo aqui é identificar a verdadeira era, sociedade e economia
em que vivemos, levando-se em conta o contexto histórico, os estudos já existentes e as
citações utilizadas pelos autores, que podem vir a demonstrar maior ou menor tendência na
aceitação de uma definição em oposição a outra.
1.1 Justificativa
Estas frases têm sido mencionadas em vários artigos e livros sobre gestão do
conhecimento e da informação. Apesar de toda a importância do assunto, nota-se que não há
uma definição única e aceita por todos, bem como não existe muita preocupação quanto à
utilização deles, vindo estes a serem utilizados em publicações sem o devido cuidado com sua
definição prévia de forma a clarificar as eras e a sociedade tratada. Uma era deve ter inicio e
fim, por isto tem característica de um período. Estas datas normalmente não são apresentadas
quando autores utilizam-se da frase: “Era da informação”, por exemplo. Quando ela começa e
quando termina não é informado, deixando o termo solto no vazio, o que gerará confusão já
que cada leitor poderá imaginar uma data específica.
Esta dificuldade de entendimento pode ser melhor identificada por meio da seguinte citação:
1
áreas de conhecimento consolidadas, como a sociologia e a filosofia, e
por outras áreas como a ciência da informação, a ciência da
computação e a administração. Tal discussão epistemológica não é
objetivo deste trabalho, embora reconheça-se que seu cunho filosófico
seja interessante, relevante, instigante e intelectualmente estimulante.”
(NETO, BARBOSA E PEREIRA, 2007).
Alvarenga Neto (2002) concluiu que as organizações que afirmavam ter programas de
gestão do conhecimento praticavam, na verdade, a gestão estratégica da informação que, por
sua vez, também é conceito rico em significado.
Marchand & Davenport (2004) reconhecem que há um grande componente de gestão da
informação na gestão do conhecimento e que grande parte do que se faz passar por gestão do
conhecimento é, na verdade, gestão da informação. Sendo assim, em que sociedade estamos?
Apesar deste reconhecimento de que a gestão do conhecimento seria, na verdade, uma gestão da
informação pode-se inferir que estamos na era da informação? Ou sociedade da informação?
Enfim, mantém-se a dúvida.
Stewart (1997) cita em seu livro, Capital Intelectual, grande obra precursora de várias
idéias referentes ao conhecimento e informação, as eras da informação e do conhecimento, bem
como economia da informação e do conhecimento. Todas citadas no mesmo livro, ao acaso, sem
distinção clara.
1.2 Objetivos
1.3 Metodologia
2 Referencial Teórico
2
O referencial teórico será separado em dois aspectos, a etimologia e a história. Dentro
da etimologia será feito um estudo à parte dos termos “era”, “sociedade” e “economia”
visando maior clareza e entendimento.
O foco aqui será o entendimento dos conceitos e não sobre o que já existe pelos
diversos autores que já publicaram sobre os temas. Algumas pinceladas de autores existirão,
mas apenas para ajudar no reforço do conceito, motivo maior neste momento.
Foram utilizadas referências de dicionários para entendimento dos termos na visão
etimológica. Para o referencial conceitual sobre o assunto buscou-se autores que não apenas
estudaram a gestão do conhecimento, como até ultrapassaram tal visão nas literaturas mais
recentes. É o caso de Thomas Davenport que iniciou com conhecimento empresarial e depois
chega ao tema de economia da atenção. Neste assunto também Lanham contribui.
Sobre a gestão do conhecimento e o objetivo deste artigo são colaborações importantes
as obras de Stewart, Choo e Alvarenga Neto, apenas para citar alguns.
Sobre os resultados da pesquisa, a obra de Sene colaborou também por ter sido
utilizada a mesma forma de pesquisa deste artigo, com a mesma fonte: Google.
2.1 Etimologia
2.1.1 Era
De acordo com o dicionário on-line Priberam i da língua portuguesa uma era é “uma
época fixa que serve de ponto de partida para a contagem dos anos”, um período, uma época.
Não se pode utilizar o termo sem a definição deste período ou ao menos uma tentativa de
definição desta época, se não por datas, por marcos históricos.
Em Michaelis ii – moderno dicionário da língua portuguesa, uma era consiste em:
“1 Geol Divisão primária do tempo geológico, compreendendo
vários períodos. 2 Época notável. 3 Período de séculos muito
extenso. 4 Início de uma nova ordem de coisas: Chegamos a uma
nova era. 5 Acontecimento ou época fixa que se toma como base
de um sistema cronológico. 6 Série de anos que principia num
grande acontecimento histórico: Era de Cristo.”
Sendo assim será um dos objetivos deste estudo preencher esta tabela abaixo:
3
2.1.2 Sociedade
2.1.3 Economia
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não consegue produzir tudo o que deseja. Por causa desta escassez surge a necessidade de
trade-offs (tomar decisões) onde se abdica de um bem em troca de outro.
Filho et al (1998) complementam com a lei da escassez: “Produzir o máximo de bens e
serviços a partir dos recursos escassos disponíveis a cada sociedade.” A necessidade, o desejo
move o mundo atual.
Davenport e Beck (2001, p. 3) citam: ”Nesta nova economia, capital, trabalho,
informação e conhecimento são fatores abundantes”. Se um fator não é escasso tende a ter
redução de valor para sociedade como um todo e, por consequência, deixa de ser uma
“moeda” de troca. Por exemplo, se água é abundante e de fácil acesso ela não será uma boa
moeda de troca. Já o ouro ou diamante são escassos e por isto têm um valor maior. Se a
informação é abundante, disponível em excesso e de forma fácil, não podemos basear a
economia neste “bem”. Talvez a informação ideal para alguém, na hora certa, com qualidade
e para um determinado fim tenha um alto valor, se houver conhecimento para utilizá-la por
parte de quem a detém. Mas a informação em geral está por aí, disponível na internet, livros,
jornais, revistas, etc.
Wessels (2002) comenta que a troca no período medieval era direta, o escambo, bens
por bens. Com o advento da moeda a troca passa a ser indireta, bens por dinheiro. Hoje a troca
indireta é muito mais complexa. Com cartões de crédito e transferências pela internet o
dinheiro não é físico, mas virtual. Neste sentido o dinheiro pode ser considerado até uma
informação.
Evans apud Davenport et al (2004, p.49) complementa que os fluxos de informação
estão se separando dos fluxos físicos. Esta separação move a economia do físico, do tangível
para o intangível. Porém, qual seria o intangível atual? Certamente a informação foi
considerada a base econômica por diversos autores, mas hoje em dia ela é abundante.
Davenport e Beck (2001) nos proporcionam uma nova visão de que a atenção humana é o
fator escasso da economia atual. “A quantidade total de atenção disponível no mercado é
restrita”. Nota-se que ela difere da informação e da tecnologia que aumentaram em sua
quantidade e disponibilidade.
2.2 História
Parece que a literatura ainda não ousou dividir a idade contemporânea. O próprio
significado do nome mostra que esta será sempre a idade atual, presente. Sendo assim, deveria
haver um corte no passado já que, de 1789 aos dias atuais, a sociedade, a economia, o
trabalho, a comunicação, tudo mudou muito. O mundo já é outro, as fases cada vez mais
curtas e as mudanças frequentes. Não podemos imaginar que a idade contemporânea possa
acomodar toda esta diversidade.
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As transições entre as idades são feitas através de marcos históricos como a revolução
francesa que marca a virada para a idade contemporânea. Logicamente as coisas não mudam
de um dia para o outro, mas um marco representa algo que transforma, mesmo que aos
poucos, o modelo vigente.
Da era industrial para a era da informação Stewart apud Alvarenga Neto (2005, p. 37)
apresenta um motivo para tal:
Este marco poderia indicar o inicio da era da informação, apesar de não ser um
reconhecimento histórico. Tomando esta era como real, faltaria ainda identificar quando ela
termina. Se começou, será que já terminou? E se a nova era do conhecimento surgiu, qual foi
este novo marco? O próprio Alvarenga Neto (2005, p. 37) identifica a era informacional como
também sendo a era do conhecimento no título do capítulo 2.2: “A convergência das
tecnologias e a nova dinâmica tecno-econômica: breve análise da transição da era industrial para a
era informacional ou era do conhecimento.”
3 Dados e Resultados
Sene (2008) apresenta uma pesquisa realizada no Google sobre o uso indiscriminado
dos termos, reforçando este estudo – quadro abaixo:
Fonte: Google Brasil. [On-line]. São Paulo: Google Brasil Internet Ltda, 2008.. [12 de março de 2008], <http://www.google.com.br>.
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Existe predominância para: “Era da informação”, “Sociedade da informação” e
“Economia do conhecimento”.
Ainda segundo este autor:
“a história humana foi marcada por diferentes modos de
desenvolvimento: o agrário, o industrial e o informacional. O que os
diferencia é basicamente o fator de produção mais importante, o que
está atrelado ao grau de desenvolvimento tecnológico vigente em cada
um deles e ao nível de produtividade. [...] No modo de
desenvolvimento agrário, vigente desde o neolítico, o fator de
produção mais importante era a terra. O trabalhador atuava sobre ela
com o objetivo de produzir os meios de subsistência, como os
alimentos. [...] Com o advento das revoluções industriais, a
humanidade adentrou no modo de desenvolvimento industrial. A
partir da era industrial, os fatores de produção mais importantes
passaram a ser as matérias-primas e as fontes de energia. [...] todas as
sociedades industrializadas passaram gradativamente a funcionar
segundo a lógica do industrialismo: a produção e circulação de bens
maquinofaturados; a agricultura, com a crescente mecanização;”
(SENE, 2008).
As mudanças são um fato. O que precisa ser definido é uma explicação clara para que
as eras, sociedades e economias sejam aceitas com nomenclatura única para cada uma delas.
Em pesquisa realizada diretamente no Google em 2006 e agora em 2009 utilizando a
opção: “na web e busca em torno de 0,25 segundos”, mesmo que o Google altere seus scripts
e mecanismos de busca de tempos em tempos para evitar que as empresas usem artimanhas
visando se colocarem no topo da lista, nota-se uma grande diferença e, mais uma vez,
reforçando o uso sem concordância dos termos estudados neste artigo – quadro abaixo. Neste
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quadro pode-se notar uma predominância na quantidade de amostras, nos dias atuais, da
sociedade do conhecimento, era do conhecimento e economia do conhecimento.
Interessante observar que o único item que apresentou queda de 2006 para 2009 foi a
sociedade da informação, talvez pelo crescimento das outras nomeações da sociedade, ou pelo
forte apelo da palavra “conhecimento” que, conforme foi visto, incorpora a informação dentro
dela.
Apesar de todos estes dados colhidos, as citações não podem ter cunho científico, mas
apenas uma amostra da tendência. Ajuda em uma visão do uso de cada termo, mas não
esclarece ou define qual seria o termo mais adequado. Para este estudo mais aprofundado as
definições serão descritas nos próximos itens deste artigo.
3.1 Era
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“[...] através de indicadores como a crescente importância do setor de
serviços, que já é responsável por 2/3 (dois-terços) dos empregos nos
EUA, e a utilização cada vez maior da informação em produtos e
serviços, tornando-se a fonte de 3/4 (três-quartos) do valor agregado à
produção.”
Estes autores se somam a Stewart apud Alvarenga Neto (2005, p. 37), conforme foi
visto no item 2.2.
Parece não haver um marco real para a mudança de eras entre informação e
conhecimento, apesar do valor deste superar aquele, mas está claro o marco final da era
industrial. Desta forma, nossa primeira questão seria assim definida:
3.2 Sociedade
Da migração da sociedade agrária para a industrial vários nomes surgiram para esta,
por exemplo, a sociedade pós-rural (De Masi e Angeli, 1999, p. 32). Parece normal uma
acomodação de nomes até que a nova estrutura social realmente venha a ser entendida e
nomeada na história. Hoje temos a sociedade pós-industrial, uma sequência da sociedade
industrial.
Um dos marcos para a mudança da sociedade pós-industrial é a migração da economia
para a área de serviços, reduzindo o número de trabalhadores nas áreas rural e industrial.
Rodrigues (2000) cita que “A sociedade pós-industrial produz bens imateriais:
informação, serviços, ética e estética.”
Em De Masi apud Campus (2004, p. 10) temos que:
“Sociedade pós-industrial: É a sociedade que valoriza o núcleo-
familiar como célula de convivência civil, reúne na mesma pessoa o
papel do produtor e do consumidor, desestrutura o tempo e o espaço
permitindo, mediante a telemática, a conexão de subsistemas cada vez
mais descentralizados, desmassifica a cultura recuperando o
indivíduo.” (DE MASI apud CAMPUS, 2004).
Setor Participação
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1980 1997
Serviços 39,40% 62,00%
Indústria 23,90% 22,40%
Agricultura 36,70% 15,60%
Fonte: Organização Internacional do Trabalho (1998) apud Terra (1999:8)
3.3 Economia
Baseado no que já foi explicitado neste artigo, que posiciona a base da economia sobre
os bens escassos, não parece ser a informação a nossa base econômica, o nosso bem escasso
atual. Conforme já descrito, a informação é abundante e disponível. Garimpá-la, filtrá-la e
separar o “joio do trigo” é que se torna chave de sucesso.
Hoje as ferramentas de filtros de emails são essenciais para eliminar a quantidade de
spams e mensagens não requisitadas às quais somos sobrecarregados diariamente.
Segundo Taylor apud Alvarenga Neto et al (2002, p. 4), “o valor de recursos de
informação deve ser julgado a partir da perspectiva do usuário”. Ainda segundo o artigo é preciso
gerenciar os recursos informacionais de toda empresa, bem como se gerencia os recursos
financeiros, materiais e humanos. Apesar da necessidade de gerenciamento e da importância da
informação ela está longe de ser a base da economia atual. Seu valor depende de cada momento,
cada situação, cada usuário, sendo bastante subjetivo. A oferta de informação é excessiva,
conforme foi colocado, e a demanda tem sido filtrada visando uma redução, um foco, um melhor
uso da nossa atenção limitada.
Para Davenport e Beck (2001), “hoje, menos é mais”. Menos excesso de informação com
mais qualidade. Este é o caminho apontado por eles.
Na economia industrial, ou feudal, não se buscava menos terra, ou menos mão-de-
obra, ao contrário, o foco era o aumento de posses, de recursos visando aumento de riqueza e
produção. Nesta linha, realmente, a informação trilha um caminho contrário ao que, por
exemplo, a terra representou para a economia feudal.
A informação é a base do conhecimento. Será este então a base da economia atual? O
conhecimento precisa ser gerenciado. Neste caso, quanto mais conhecimento se tem, melhor.
Maior o valor do profissional no mercado, por exemplo.
Seria o conhecimento um bem escasso? Ou é um bem de difícil acesso? É difícil saber
onde está o conhecimento nas organizações. Quem detém tal conhecimento? Esta busca
propiciou o inicio da gestão do conhecimento propriamente dita e a criação de bases de
conhecimento empresariais através de bancos de dados e pesquisas. Uma tentativa de
transformar o conhecimento tácito em explícito. A verdade é que estas bases se
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transformaram em repositórios de informações, que tentavam, mas não cobriam todo o
conhecimento necessário que buscavam representar. Algo sempre permanecia nas cabeças das
pessoas e apenas lá. Reforçando, Davenport e Beck (2001, p. 3) citam: ”Nesta nova economia,
capital, trabalho, informação e conhecimento são fatores abundantes”. Nota-se que eles
incluem o conhecimento como fator abundante, o que parece realmente ocorrer nos dias
atuais.
Conforme vimos no inicio deste artigo, o conhecimento parece não ser gerenciado, mas
sim a informação. Surgem tentativas de fazer com que o conhecimento seja armazenado,
reutilizado, melhor aproveitado, mas não se tem uma efetiva forma de gerenciar o que está nas
mentes das pessoas. Gerenciamos nossas contas bancárias, nossos recursos materiais, mas o
conhecimento não. Stewart apud Alvarenga Neto (2005, p. 3) constata que:
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Realmente a atenção é o principal objeto de desejo da mídia, através de comerciais
cada vez mais caros e direcionados, propagandas em revistas, outdoors; Enfim, há um
bombardeamento de informações frequentes e necessidade de mais atenção. Não apenas a
mídia, mas as pessoas buscam ganhar atenção para seus projetos nas empresas e até para eles
mesmos. Uma mera conversa apresenta um jogo de conquista de atenção por parte dos
envolvidos.
Outro autor a abordar a economia da atenção é Lanham (2006). Ele descreve:
“Economia, [...], estudo da alocação de recursos escassos. [...]
vivemos na economia da informação, mas informação não é escassa
[...] O que nos falta é atenção humana [...]. Atenção é a commodity
escassa.” ( LANHAM, 2006, p. Preface, tradução nossa).
A atenção parece, portanto, ser de interesse de todos, tanto de quem dá quando de
quem recebe. É escassa, limitada e seu preço sobe cada vez mais. Um bem que se mostra mais
propício a ser a base da economia, mesmo que ainda de difícil compreensão para todos,
principalmente para economistas mais ortodoxos.
4 Conclusão
Vive-se hoje a sociedade da informação. Esta é tão rápida, globalizada, com frequentes
mudanças e excesso de informações que gera por si só um montante de conhecimento nas
pessoas nunca visto em outras sociedades passadas. Esta era atual, a era da informação, que se
iniciou em 1991 e vai até os dias atuais, exige das pessoas uma necessidade de proteção à
sobrecarga de informações. Estes filtros são necessários porque o ser humano tem um limite
de atenção disponível. Este limite já vem sendo ultrapassado, gerando stresse e síndrome de
déficit de atenção. Viver hoje é saber gerenciar a atenção sobre o que se deve aprender e qual
conhecimento será buscado e armazenado. Menos pode ser mais. Conhecimento por si só
também não gera nada, fica armazenado nas mentes das pessoas. A economia da atenção
impõe novas necessidades e, sendo compreendida por todos, gerará um aumento no valor que
atenção humana representa. Não basta apenas ter informação e conhecimento, pois sem
atenção não se dá a ação e sem ação não se tem resultado. O processo todo começa na
consciência, passa pela atenção e chega até a ação. Este é o objetivo de todos nós, uma ação
que chegue a bons resultados.
Este estudo buscava uma definição única quanto à era, sociedade e economia em que
se vive hoje. Não foi uma abordagem completa, nem ao menos houve uma pesquisa de campo
devido ao prazo disponível, mas foi uma tentativa de delinear o assunto e gerar o embrião
para uma sequência neste estudo.
5 Bibliografia
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CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: A era da informação: economia,
sociedade e cultura; vol. 1. SP: Paz e Terra, 1999.
FILHO, ANDRÉ FRANCO MONTORO ET AL. Manual de economia. SP, Saraiva, 1998.
LANHAM, RICHARD A. The economics of attention: style and substance in the age of
information. USA: The Universty of Chicago Press, 2006.
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TELLES, MARIA MESQUITA MOTA., TEIXEIRA, FRANCISCO LIMA CRUZ. Artigo:
Aspectos de Dominação e Emancipação na Gestão do Conhecimento Organizacional: o
Papel da Tecnologia da Informação. Universidade Federal da Bahia , 2002.
i
http://www.priberam.pt
ii
http://michaelis.uol.com.br/
iii
http://www.dicionariodoaurelio.com/
iv
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cronologia_da_História_do_Mundo
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