Compensação é a previsão legal que permite aos contribuintes deduzirem em Guia da
Previdência Social, valores pagos ou recolhidos indevidamente. A compensação é efetuada diretamente no campo 6 da GPS, obedecidas as condições e limites impostos pela legislação previdenciária. A compensação, independentemente da data do recolhimento, não pode ser superior a 30% do valor a ser recolhido em cada competência, devendo o saldo remanescente em favor do contribuinte ser compensado nas competências subsequentes. Operação para cálculo do limite máximo de compensação Contribuições descontadas dos segurados + Contribuições da empresa (inclusive SAT) (-) Deduções (Sal. Família e Sal. Maternidade ocorrido até 28/11/99) = Valor a recolher à Previdência Social X 30% (limite legal) = Valor a ser compensado (limite máximo) Condições para compensação A compensação somente pode ser efetuada obedecendo as seguintes condições: • contemplar exclusivamente contribuições sociais arrecadadas pelo INSS; • estar em dia com as contribuições normais, inclusive as decorrentes de parcelamento; • em GPS correspondente ao estabelecimento em que se efetuou o recolhimento indevido. 1 As empresas que efetuarem compensações de valores referentes à competências posteriores a 12/98 deverão proceder à entrega dos formulários retificadores de GFIP, quando for o caso: • RDE (Retificação de Dados do Empregador) e • RRD (Retificação de Remuneração e Devolução de FGTS). 2 Atualização monetária 3 Na hipótese de pagamento ou recolhimento indevido, a contribuição será atualizada monetariamente nos períodos em que a legislação assim determinar, a contar da data do pagamento ou recolhimento indevido até a da efetiva compensação, utilizando-se os mesmos critérios aplicáveis à cobrança da própria contribuição em atraso, na forma da legislação de regência. 4 Cálculo da incidência de juros e correção monetária 5 Prescrição 6 O direito de realizar compensação de contribuições extingue-se em 5 anos, contados da data: • Do pagamento ou recolhimento indevido, ou • Em que se tornar definitiva decisão administrativa ou passar em julgado a sentença judicial que tenha reformado, anulado ou revogado a decisão condenatória. Para a compensação de valores pagos ou recolhidos indevidamente decorrentes de descontos (contribuições de empregados, subrogações ou retenções previstas na legislação previdenciária), somente será admitida mediante documentos que provem a empresa ter assumido o respectivo encargo, ou no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado à compensá-lo. Tais documentos devem ser mantidos à disposição da fiscalização pelo prazo de 10 anos, sob pena de glosa dos valores compensados.