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Trabalho Individual de Aplicação da 1ª Sessão

Questão nº 1:

O desenvolvimento humano é um processo de crescimento e de mudança, em


várias vertentes, que acontece ao longo da vida. Assim ao longo da infância e da
adolescência cada pessoa atravessa sucessivas fases, cada uma delas com características
próprias e que dá, ao indivíduo, uma visão do mundo e capacidades de interacção
diferentes ao longo do seu desenvolvimento.

Os estágios de desenvolvimento mantêm uma sequência estável, onde cada


estágio é uma sequência do anterior e base para o seguinte, apesar de cada fase ter uma
idade aproximada durante a qual deve acontecer, cada criança tem o seu próprio ritmo, e
há variações individuais que dependem de características pessoais, estímulos, etc.

Assim o Projecto Educativo do Escutismo integra as seguintes fases do


desenvolvimento dos indivíduos dos 6 aos 22 anos pois é obviamente necessário que o
dirigente conheça e tenha sempre presente as características de cada uma destas fases,
nomeadamente:

 a infância: período etário compreendido entre o nascimento e a


puberdade. Abrange, portanto, todo o desenvolvimento da personalidade. A
grande variação de comportamento ao longo da infância motivou a distinção em
diferentes fases. Piaget identificou 4 estádios, estádio da inteligencia sensório-
motora (0-2 anos); estádio pré-operatório ou intuitivo (2-7 anos); estádio das
operações concretas (7-11 anos); estádio das operações formais (11-15 anos). No
Movimento Escutista encontraremos individuos que se encontram a sair do 2º
estádio de desenvolvimento assim como nos últimos dois estádios,
nomedamente nos lobitos, nos exploradores e na psaagem para os pioneiros.
 a adolescência (15 - 19 anos) que se caracteriza por ser uma fase de
transição entre a infância e a juventude, extremamente importante no
desenvolvimento, que levará a criança a tornar-se um ser adulto, acrescida da
capacidade de reprodução. É nesta fase que se dá a consolidação do carácter do
jovem, que o identificará como adulto, no futuro. É uma fase delicada, pois é
durante a qual o jovem passa pelo maior numero de mudanças: acorda para a
vida amorosa; sofre várias mudanças de humor; aprende como lidar com
sentimentos, como a frustração, o medo, stress, a magoa, etc; descobre o que vai
fazer com a sua vida;…
 a pós-adolescência (19 – 25 anos) fase de consolidação das capacidades
adquiridas e de inicio da transição para a vida independente dos pais. É a fase na
qual se dá a transferência entre a adolescência e a idade adulta.

Conhecer as características de cada fase ajuda a identificar o que é normal e os


“desvios” da normalidade. No entanto, o conhecimento das fases de desenvolvimento
por si só não chega, é preciso conhecer cada um dos escuteiros para podermos criar um
ambiente que promova o desenvolvimento individual e o progresso de cada um deles e
consequentemente da patrulha/secção.

Neste sentido, o relacionamento com a família é de suma importância. Conhecer


as tradições, costumes e o meio familiar, assim, como o meios social onde se insere é
tão importante como conhecer os gostos individuais e traços de carácter de cada
elemento.

Sendo a família o primeiro agente de socialização dos indivíduos, o


conhecimento e compreensão do meio familiar onde o escuteiro se insere permite-nos
compreender melhor os seus comportamentos e atitudes.

Por norma, é a família que traz até nos o aspirante a escuteiro, pelo que será
correcto dizer que o escutismo e a família deverão ser aliados na educação e formação
da criança. Para promovermos esta aproximação devemos, enquanto dirigentes:

 integrar a família nas actividades escutistas através de reuniões com os


pais para informar sobre as actividades a realizar, normas e regras do
movimento e outras questões de interesse, assim como convidá-los a
participar activamente em eventos escutistas tais como festas, eiras,
acampamentos de pais, etc...;
 Devemos ter interesse em conhecer assim como para escutar e dialogar ,
quer com o jovem, quer com os pais;

O trabalho conjunto da família e do escutismo promoverá um crescimento


completo do jovem, quer ao nível das suas capacidades físicas, quer da suas capacidades
intelectuais, assim como o desenvolvimento de uma personalidade equilibrada,
preparando-o para a vida.

Mas se é verdade que a família é o primeiro sistema social onde a criança se


insere, também é verdade que ao longo do seu crescimento não é o único. Aos poucos a
criança vai sendo inserida em novos sistemas sociais como a escola, os escuteiros, a
piscina, o grupo de amigos, a catequese, etc…

Todos e cada um destes sistemas irão ser responsáveis pelo desenvolvimento do


carácter e sistema de valores da criança. Isto acontece porque por um lado, todos
precisamos de sentir que somos parte de algo, o que nos leva a desejar conformarmo-
nos com as “regras/normas” dos grupos onde nos inserimos ou então a deixá-los. Por
outro lado todos estamos sujeitos á aprendizagem por modelismo (aprendermos com o
que vemos os outros a fazer) pelo que temos tendência para repetir os comportamentos e
atitudes dos elementos que “pertencem ao meu grupo”.

Assim o jovem está sujeito a todo um conjunto de influências sócias externas,


nomeadamente em relação á definição dos papeis sexuais. È neste sentido que o papel
do escutismo enquanto sistema de educativo em co-educação se torna relevante para a
formação do jovem. Hoje em dia se verifica cada vez mais o aparecimento de famílias
monoparentais onde o jovem apenas tem como modelo uma mãe ou um pai, assim a
definição de papeis sexuais da criança torna-se mais difícil porque o progenitor tende a
adoptar ambos os papeis (é mãe e pai á vez).

A experiência de co-educação no escutismo ajuda a minimizar este impacto no


jovem pois permite á criança ver e experimentar a divisão de papeis e a divisão de
tarefas, a compreensão das diferenças e das complementaridades e ambos os sexos.
1. Apresenta uma tese escrita, utilizando pelo menos 2 folhas A4 na sua
totalidade, sobre:

 As principais fases de desenvolvimento das crianças, adolescentes


e jovens que integram o “Projecto Educativo do Escutismo” (6/22 anos).

 Qual a importância do relacionamento Escutismo / Família.

 As influências sociais na definição dos papeis sexuais.

2. Apresenta de uma forma esquemática, utilizando ilustrações, gráficos,


diagramas, etc., onde possa ser visto de uma forma explícita:

 (B.1.1) – Qual a Missão do Escutismo.

 (B.1.2) – As Finalidades Educativas e a principal caracterização


de cada uma delas.

 (B.1.3) – Valores inerentes à Lei, à Promessa e aos Princípios.

3. (B.1.4) Apresenta um comentário objectivo, em pelo menos uma página


A4, sobre a Exortação Pastoral “Escutismo, Escola de Educação”.

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