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Mário Quintana

Biografia:
Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de
1906. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do
Povo. Em 1914 inicia seus estudos e em 1915, ainda em Alegrete, conclui o curso primário.

Começa a produzir seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea. Seu
conto, A Sétima Personagem, é premiado em concurso promovido pelo jornal Diário de
Notícias.

O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua autoria: Palavras e
Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a Editora Globo obras de diversos
escritores estrangeiros. O poeta colaborou para que obras como Em Busca do Tempo Perdido,
do francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não dominavam a língua francesa.

A primeira edição de seu livro A Rua dos Cataventos é lançada em 1940 pela Editora
Globo. Obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a figurar em livros escolares e
antologias.

Com 60 poemas inéditos, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, é
publicada sua Antologia Poética, em 1966, pela Editora do Autor - Rio de Janeiro. Mario
Quintana falece no dia 5 de maio.

Principais Obras:
- Ritmo

- Noturno

- Gioconda

- Espelho Mágico

- Sapato Florido

- O Batalhão de Letras

- A Rua dos Cataventos

- Palavras e Sangues

- A Sétima Personagem
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Estilos e Temas da Produção Literária do Autor:
composta por escritores que buscam uma poesia mais equilibrada e séria, sendo chamados de
neoparnasianos.
O contexto histórico mundial dessa época é a Segunda Guerra Mundial que influenciou
na temática e estilo dos poemas escritos no Brasil, tornando-os mais sombrios.

Análise do Poema:

Os Degraus

Não desças os degraus do sonho


Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!
E é um sonho louco este nosso mundo...

Baú de Espantos

Nos dois primeiros versos o autor faz o uso da metonímia para transmitir ao leitor que
ele não deve ir para o caminho da fantasia e fazer coisas erradas que tenham conseqüências
ruins, que esta representada no texto como os monstros.

Nos próximos versos percebemos mais uma vez o uso de metonímia expressando a
idéia de que ás vezes as aparências enganam, assim como diz o ditado: “Quem vê cara não vê
o coração”. Os deuses fazem alusão a algo bom, mas que se escondem atrás de uma máscara
ocultando sua real face.

O eu - lírico no penúltimo verso está dizendo para que o leitor não fuja da realidade.

No final deste poema o eu - lírico sugere que devemos aproveitar nossa realidade que
já é cheia de mistérios ao invés de fantasiar e fugir.

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