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Proposta

Assunto: Aprovação de transação/ Acórdão Homologatório “Piscinas de Ribeirão”

Considerando que em 20 de Dezembro de 2005 foi celebrado um contrato de empreitada entre o


Município de Vila Nova de Famalicão e a empresa Telhabel S.A. para a construção do edifício
das piscinas municipais na freguesia de Ribeirão;

Considerando que no cumprimento deste contrato, surgiram divergências quanto à execução de


algumas questões técnicas e que estas não foram ultrapassadas pelas partes; nomeadamente
quanto à rubrica “estaleiros e acessos”, reposição do equilíbrio financeiro, erros e medições,
trabalhos executados não aceites pelo dono da obra, prorrogações de prazos e cálculos de juros;

Considerando que, por isso, veio o empreiteiro requerer a constituição de um Tribunal Arbitral,
ao abrigo do disposto no art. 180 nº1 alínea a) do Código de Processo nos Tribunais
Administrativos (CPTA) e na Lei 31/86 de 29 de Agosto;

Considerando que a arbitragem voluntária é uma forma privada de resolução de litígios no


âmbito da qual as partes por sua iniciativa escolhem pessoas, denominados árbitros, com vista à
resolução, por estes, através de uma decisão de natureza vinculativa, das suas divergências;

Considerando que esta proposta de submeter o litígio à arbitragem, de acordo com o art.º 184
nº3 do CPTA, foi aceite por deliberação de Câmara de 17 de Setembro de 2008;

Considerando que, no cumprimento do art.º 5 do Regulamento do Tribunal Arbitral que fez


parte integrante da referida deliberação, as partes podem acordar na resolução do litígio;

Considerando que a 10 de Janeiro do corrente ano chegou-se a um acordo, que consiste no


pagamento ao empreiteiro do montante de 250.000€ pelo dono da obra, a título de indemnização
única e definitiva e que pressupõe a cessação de funções do citado Tribunal;

Considerando que o citado Regulamento, na mesma disposição, prevê que, em caso de acordo,
deve ser proferida sentença homologatória pelo Tribunal Arbitral, que se junta e faz parte
integrante desta proposta;

Considerando que, por força do art.º 26 do Código de Processo Civil (CPC), as decisões
arbitrais têm a mesma força que uma sentença do Tribunal de 1ª instância;
Propõe-se que a Câmara Municipal:

1) Delibere ratificar o acordo celebrado entre as partes;

2) Tome conhecimento e aprove o Acórdão Arbitral que se anexa;

3) Dê cumprimento a esta decisão, através do pagamento da quantia de 250.000€


(duzentos e cinquenta mil euros) à empresa Telhabel S.A., a título indemnizatório;
achando-se esta ressarcida de todo e qualquer direito ou compensação relativos a
esta empreitada.

Vila Nova de Famalicão, 26 de Maio de 2010.

O Vereador dos Assuntos Jurídicos,

(Ricardo Mendes, Dr.)

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