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FISIOLOGIA DO SISTEMA

ENDÓCRINO

FISIOLOGIA HORMONAL:
- Glândulas endócrinas e
seus respectivos hormônios.
SISTEMA ENDÓCRINO
• O sistema endócrino nada mais é que um
conjunto de órgãos e estruturas, capazes de
produzir hormônios.
• As glândulas endócrinas, juntamente com o
sistema nervoso, coordenam as atividades
sincronizadas entre os vários sistemas do corpo
humano.
• O sistema nervoso, percebendo alterações
externas do ambiente, consegue, via hormonal,
modificar o meio interno do organismo.
As principais glândulas endócrinas e seus hormônios

extraído de: http://www.oup.co.uk/best.textbooks/medicine/humanphys/illustrations/


HORMÔNIOS
• São substâncias químicas produzidas pelas
glândulas endócrinas, ou até mesmo por
células isoladas, que quando lançadas na
corrente sanguínea, agirão à distância,
inibindo ou estimulando a função de certos
órgãos-alvos.
• Atuam como mensageiros, transmitindo
informações aos órgãos-alvos, para que
estes executem funções.
• Devido a esse mecanismo, o sistema
hormonal é importante para auxiliar na
manutenção da homeostase.
Conceitos gerais sobre os hormônios

composição
química:
derivados de aas ou de
definição: colesterol
Substâncias químicas,
secretadas para o sangue produção:
por céls. especializadas, glândulas endócrinas
que regulam a(s) ou tecido
função(ões) metabólica(s) neurossecretor
de outras céls. do
organismo.

Hormônios

atuação:
nas células-alvo degradação:
(com receptor)
transporte: pelo fígado (fezes) e
excreção renal
no sangue: livres ou
ligados às proteínas
plasmáticas
SISTEMA ENDÓCRINO
- FUNÇÕES -
• Diferenciação do sistema nervoso reprodutivo
e do sistema nervoso central no feto em
desenvolvimento.
• Estimulação do crescimento durante infância e
adolescência.
• Coordenação dos sistemas reprodutivos.
• Manutenção da constância do meio interno
durante a vida.
• Início de respostas adaptativas e corretivas
quando acontece um estado de agressão.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA
ENDÓCRINO
HIPOTÁLAMO
HIPÓFISE

ADENOHIPÓFISE NEUROHIPÓFISE

ADRENAIS TECIDO RINS


ADIPOSO,
TIREÓIDE MÚSCULOS E ÚTERO
OSSOS
TESTÍCULOS GLÂNDULA
GLÂNDULA MAMÁRIA
OVÁRIOS MAMÁRIA
INTERAÇÃO HORMÔNIO-
CÉLULA
• Apesar dos hormônios estarem distribuídos
através do corpo, somente as células com
receptores apropriados são afetadas.
• Os receptores hormonais tem duas funções
principais:
– Reconhecer e ligar-se especificamente ao seu
hormônio particular.
– Iniciar um sinal da célula alvo a um hormônio de
acordo com a concentração de hormônio.
MECANISMOS DE
REGULAÇÃO HORMONAL
• Para manter a homeostase, a secreção de
hormônios deve ser “ligada” e
“desligada”, quando necessário.
• Ajustes nas velocidades de secreção
podem ser executados por dois
mecanismos diferentes:
• Mecanismos de feedback
(retroalimentação)
• Mecanismos neurais
MECANISMOS NEURAIS
• São ilustrados pela secreção de
catecolaminas:
– Nervos simpáticos fazem sinapse na
medula adrenal e, quando estimulados
causam secreção das catecolaminas
(epinefrina, norepinefrina e
dopamina) na circulação.
MECANISMOS POR
FEEDBACK
• Os mecanismos por feedback são mais
comuns do que os neurais.
• O termo feedback significa que algum
elemento da resposta fisiológica a um
hormônio “retroalimenta ”, direta ou
indiretamente, a glândula endócrina que
secretou o hormônio, fazendo com que
haja alteração na velocidade de secreção
desse hormônio.
MECANISMOS POR
FEEDBACK
• O feedback pode ser negativo ou
positivo.
• O feedback negativo é o mecanismo
mais importante e comum para
regular a secreção hormonal.
• O feedback positivo é raro.
FEEDBACK NEGATIVO
• Os fundamentos do feedback negativo
sustentam a regulação homeostática
praticamente em todos os sistemas do
organismo.
• Nesse sistema as concentrações
aumentadas de hormônio resultam na sua
menor produção.
• Os efeitos dos hormônios são proporcionais às
suas concentrações sanguíneas, portanto o
controle de tais concentrações é um importante
meio de garantir a função fisiológica está sendo
cumprida.
FEEDBACK NEGATIVO
• Nos sistemas endócrinos o feedback
negativo significa que alguma
característica da ação hormonal, direta ou
indiretamente, inibe a secreção posterior
do hormônio.
– Exemplo: o hipotálamo secreta um hormônio
liberador, que estimula a secreção de um
hormônio da adenohipófise.
• Este, por sua vez, atua sobre uma glândula endócrina
periférica (p. ex., os testículos), que atua em tecidos-
alvo (p.ex. músculo esquelético) produzindo as ações
fisiológicas.
– Os hormônios retroalimetam na hipófise anterior e no
hipotálamo, inibindo as suas secreções hormonais.
FEEDBACK POSITIVO
• O feedback positivo é raro.
• Com o feedback positivo, alguma
característica hormonal provoca mais
secreção do hormônio.
• Quando comparado com o feedback
negativo, que autolimitante, o feedback
positivo é autocrescente.
• Embora raro nos sistema biológicos,
quando o feedback positivo ocorre, ele
conduz a um evento explosivo.
RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-
HIPOFISÁRIAS
• O hipotálamo e a hipófise funcionam de
maneira coordenada, comandando a maioria
dos sistemas endócrinos.
• A unidade hipotálamo-hipofisária regula as
funções da tireóide, adrenal e das glândulas
reprodutoras.
• Também controla o crescimento, a produção
e ejeção do leite e a regulação osmótica.
RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-
HIPOFISÁRIAS (Anatomia)
• A hipófise (pituitária) consiste em um lobo
posterior em um lobo anterior.
– Lobo posterior = neuro-hipófise ou hipófise-
posterior;
– Lobo anterior = adeno-hipófise ou hipófise
anterior.
• O hipotálamo está conectado à hipófise por um
talo fino, chamado de infundíbulo.
• Funcionalmente, o hipotálamo regula a hipófise
tanto por mecanismos neurais quanto
hormonais.
RELAÇÕES HIPOTÁLAMO-
HIPOFISÁRIAS
• HIPÓFISE:

• ADENOHIPÓFISE
• Porção glandular

• NEURO-HIPÓFISE
• Secreta os hormônios
produzidos pelo
hipotálamo.
NEUROHIPÓFISE
• A neurohipófise é uma coleção de axônios, cujos
corpos celulares estão localizados no
hipotálamo.
• Uma vez sintetizados nos corpos celulares, os
hormônios são transportados ao longo dos
axônios em vesículas neurossecretoras e
armazenados no botões terminais nervosos da
neurohipófise.
• Quando o corpo celular é estimulado, as
vesículas são liberadas por exocitose e o
hormônio secretado penetra nos capilares,
adentrando à circulação, que entrega os
hormônios aos seus tecidos-alvo.
NEUROHIPÓFISE
• O lobo posterior da hipófise deriva do tecido
neural e secreta dois hormônios peptídicos:
– Anti-diurético (ADH) e a Ocitocina, que atuam
sobre seus respectivos órgãos-alvo, rim, mamas e
útero.
NEURO-HIPÓFISE
• ADH
• É também chamado de hormônio anti-diurético
ou vasopressina.
• Promove o aumento da reabsorção de água a
nível renal, diminuindo a a quantidade
excretada na urina.
• OCITOCINA
• Promove a contração uterina no momento do
parto.
• Promove a liberação do leite pelas glândulas
mamárias.
AÇÃO DOS HORMÔNIOS NEURO-
HIPOFISÁRIOS
• AÇÃO VASOCONSTRITORA:
• A vasopressina (ADH), em doses
relativamente altas, tem a capacidade
de excitar a contração da musculatura
lisa das arteríolas; diminuindo assim o
fluxo sanguíneo regional e aumentando
a pressão arterial (daí o nome
vasopressina).
AÇÃO DOS HORMÔNIOS NEURO-
HIPOFISÁRIOS
• CONTRATILIDADE UTERINA:
– A ocitocina produz contração do músculo uterino.
– A contração uterina à ocitocina é variável, de acordo
com a taxa de estrógenos e progesterona, no sentido
de que, quanto maior for o teor de estrógenos, mais
sensível será o miométrio à ação da ocitocina.
– Efeitos inversos são observados com a progesterona.
– Assim, a sensibilidade uterina à ocitocina vai
aumentando gradualmente durante a gestação, pela
secreção cada vez maior de estrógenos.
AÇÃO DOS HORMÔNIOS NEURO-
HIPOFISÁRIOS
• EJEÇÃO LÁCTEA:
• A ocitocina acelera, ou pode mesmo determinar a
ejeção do leite da glândula mamária ao contrair a
musculatura mioepitelial que reveste o ácinos
mamários.
• A secreção de ocitocina depende, neste caso, da
estimulação do mamilo que, ao ser comprimido ou
massageado, determina um reflexo que age sobre o
Hipotálamo, aumentando a secreção de ocitocina.
• Fatores ambientais podem integrar-se também a
nível hipotalâmico facilitando ou inibindo a secreção
de leite.
AÇÃO DOS HORMÔNIOS NEURO-
HIPOFISÁRIOS
• EMOÇÃO SEXUAL:
– Foi demonstrado que a taxa de ocitocina
tem relação direta com a intensidade do
orgasmo feminino durante o relação sexual,
podendo-se concluir que seja um hormônio
importante, pelo menos no sexo feminino,
em relação à afetividade sexual.
AÇÃO DOS HORMÔNIOS NEURO-
HIPOFISÁRIOS
• A hipovolemia também é um estímulo
potente para a secreção de ADH.
– Diminuições no volume do líquido extracelular de
10% ou mais provocam uma diminuição na pressão
arterial sangüínea que é percebida pelos
barorreceptores no átrio esquerdo, na artéria
carótida e no arco aórtico.
– Essa informação sobre a pressão sangüínea é
transmitida pelo nervo vago ao hipotálamo, que
comanda um aumento na secreção de ADH.
– A seguir, esse hormônio estimula a reabsorção
de água nos ductos coletores, tentando
restaurar o volume do LEC.
PERTURBAÇÕES NEURO-
HIPOFISÁRIAS
• A mais conhecida é o diabetes
insípido, em que há falha na
secreção do ADH, eliminando-se seu
efeito antidiurético, evidenciando-
se poliúria de baixa densidade;
– Aumento do volume urinário e urina
mais diluída, por falta de concentração
da urina.
– Níveis de ADH estão baixos.
PERTURBAÇÕES NEURO-
HIPOFISÁRIAS
• No diabetes insípido nefrogênico,
as células da neurohipófise estão
normais, mas as células do ducto
coletor (rim) não respondem ao ADH
= a água não é reabsorvida, e a
concentração dos líquidos corpóreos
estimula a secreção de ADH.
– Níveis de ADH estão aumentados.
PERTURBAÇÕES NEURO-
HIPOFISÁRIAS
• Observa-se aumento do ADH no stress,
especialmente pós-cirúrgico, e em
algumas doenças cerebrais e pulmonares.
• O ADH aumenta, ainda, em algumas
alterações em que há excesso de água no
organismo, agindo como fator
patogênico, como na insuficiência
cardíaca, cirrose hepática ou nefrose,
que freqüentemente evoluem com
edemas.

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