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Arqueologia Bíblica

Algumas descobertas, arqueológicas, importantes...

A arqueologia bíblica é a disciplina que


se ocupa da recuperação e
investigação científica dos restos
materiais de culturas passadas que
podem iluminar os períodos e
descrições da Bíblia. Usa-se como
base de tempo, um amplo período
entre o ano 2000 a.C. e 100 d.C..
Outros preferem falar de arqueologia
da Palestina, referindo-se aos
territórios situados ao leste e oeste do
Rio Jordão. Esta designação expressa
o facto da arqueologia bíblica estar especialmente circunscrita aos
territórios que serviram de cenário aos relatos bíblicos.

Sítios arqueológicos: Na atualidade, os territórios bíblicos estão


cheios de escavações, sítios arqueológicos e museus abertos ao
público em geral. Entre os mais destacados podem-se encontrar:

* A Igreja do Santo Sepulcro: Um complexo de sítios que


compreende no alegado túmulo de Jesus e o Calvário. Sua
identificação leva em conta achados arqueológicos, mas baseia-se na
maior parte em tradição do século IV d.C., devido a evidências de
tumbas judaicas, artefatos romanos, construções constantinas e
influências otomanas. A identificação continua sendo conjectura.

* O Museu Israel: Reúne objetos de valor universal, para estudos


bíblicos, a história e pré-história do chamado Oriente Médio. Este
museu é conhecido como um dos mais importantes museus
relacionados à arqueologia bíblica.

* O Túnel de Ezequias: Passando por baixo da Cidade Antiga de


Jerusalém e seus Muros, é um dos elementos declarados na bíblia
tanto nas Escrituras Hebraicas como nas Escrituras Gregas Cristãs.

* O Barco da Galiléia: Em 1986, um dos últimos achados foi um


barco enterrado perto do Mar da Galiléia, perto da antiga Cafarnaum
e com surpresa, datado do Século I, portanto do tempo de Jesus. Por
esta razão, “O barco da Galiléia” tem sido chamado de “O Barco de
Pedro”, porque se permite ter uma idéia do tipo de navios que os
pescadores que conheceram Jesus, usavam. O barco da Galiléia mede
cerca de 8 metros de comprimento e 2,3 metros de largura.

* Qumrán: Para muitos, este é um dos achados mais importantes de


todos os tempos. Embora haja controvérsias se teria sido o local de
uma seita judaica (essênios), com ruínas dum possível mosteiro,
estas cavernas são de grande importância para a arqueologia bíblica,
devido ao grande número de achados, como papiros, códices da
Tanak, do Novo Testamento, e muitos outros elementos para a
história dos estudos bíblicos.

Construções Bíblicas confirmadas

• A cidade de Gibeão.

• O Túnel de Ezequias: Um túnel de 533 metros foi construído para


prover a Jerusalém, água subterrânea, em prevenção da invasão
assíria de 701 a.C.

• As Muralhas de Jericó: Uma destruição das “Muralhas de Jericó”


data aproximada do ano 1550 a.C., tendo como a causa um cerco ou
um terremoto no contexto de extrato denominado Destrucción Ciudad
IV. Existem discussões sobre se a dita destruição corresponde à
descrição bíblica ou não. De acordo com o relato bíblico, os israelitas
destruíram a cidade depois que suas muralhas caíram, por volta de
1407 a.C.. As escavações de John Garstang, em 1930, datam a
destruição de Jericó em 1400 a.C., mas após escavações de Kathleen
Kenyon, em 1950, sua datação foi de 1550 a.C.. Bryant G. Wood
crítico do trabalho de Kenyon, observou ambigüidades nas
investigações com o carbono 14 que deram como resultado o ano de
1410 a.C., com 40 anos de diferença. Assim, Wood confirmou as
conclusões de Garstang. Infelizmente, a dita prova de carbono teria
sido resultado de uma má calibração. Em 1995, Hendrik J. Bruins e
Johannes van der Plicht utilizaram uma prova de radiocarbono de alta
precisão para 18 amostras de Jericó, incluindo seis amostras de
cereal carbonizado, que deram como resultado uma antiguidade
superior – 1562 a.C, com uma margem de 38 anos.

• O Segundo Templo: Confirmado pelo parecer ocidental.


Construído por Herodes I o Grande;
• A Rampa do sitio de Laquis : A cidade de Laquis foi capturada
pelo rei assírio Senaqueribe em 701 a.C.

• O Reservatório de Siloé: Uma piscina, ao sudeste das muralhas


da cidade, e receptora das águas do Túnel de Ezequias.

• O Templo de Siquém: Mencionado em Juízes capítulo 9. Em 1910,


arqueólogos encontraram ali cacos de cerâmica com inscrições,
registrando despachos de vinho e de azeite de oliva e pagamento de
impostos. Mas muitos dos nomes próprios inscritos neles continham o
componente báal (Baal). Os arqueólogos também descobriram
fragmentos em painéis de marfim.

•Túmulos: No Iraque, o arqueólogo Sir Leonard Wooley descobriu


16 túmulos de reis no cemitério da antiga Ur foi uma extraordinária
descoberta “A riqueza nesses túmulos, que continua sem igual na
arqueologia mesopotâmica, incluía algumas das mais famosas peças
da arte sumeriana que agora embelezam as salas do „‟Museu
Britânico e do Museu da Universidade da Pensilvânia”.

Dezenove túmulos localizados ao ocidente de Jerusalém têm sido


datados sem dúvida, ao tempo da Monarquia da Judéia, mas é
possível que representem sítios em memória dos reis mencionados
em II Crônicas 16:14; 21:19; 32:33 e no Livro de Jeremias 34: 5.

• A Tumba de Herodes: Em Maio 2007, arqueólogos da


Universidade Hebraica de Jerusalém anunciaram a descoberta da
tumba onde teria sido enterrado o rei Herodes I o Grande, perto de
Jerusalém. Herodes, que reinou no fim Século I a.C., teria vivido na
época de Jesus. Foi enterrado em um mausoléu retangular de 2,5
metros de comprimento com um teto em forma de triângulo.

Objetos de escavações documentadas

• Estela de Merenptah: Contém a mais antiga referência por


egípcios sobre os israelitas na terra de Canaã. Foi encontrada nas
ruínas do templo funerário do Faraó Merenptah (1236 a.C. a 1223
a.C.) em Tebas.

• A cidade de Ebla: Foi uma antiga cidade localizada no norte da


Síria, cerca de 60 km, a sudoeste de Aleppo. Foi uma importante
cidade-estado em dois períodos: em inícios do Terceiro milênio a.C.,
e novamente entre 1800 e 1650 a.C. O lugar é atualmente conhecido
como Tell Mardikh, e é famoso principalmente pelas 15.000 tabuinhas
ali encontradas. As tabuinhas cuneiformes, formam escritas datadas
por volta de 2.250 a.C., em língua suméria e eblaíta; uma língua
semítica até então desconhecida .

Incluem arquivos cuneiformes de Ebla (Tell Mardikh) que foram


descobertos em 1975, com o nome de três personagens relacionados
com os patriarcas bíblicos, entre eles o de Ebrum, que alguns
identificam com o patriarca bíblico Éber.

• A inscrição de Ecron: Encontrada em 1993 em Tell Mique;

• O Cilindro de Ciro: O Cilindro de Ciro II da Pérsia é feito de argila,


e registra um importante decreto do rei persa, encontra-se exposto
no Museu Britânico, em Londres. A conquista de Babilônia, de um
modo rápido e sem batalha pelo Império medo-persa, descrita em
Daniel 5:30-31, é confirmada no relato do Cilindro de Ciro.

• O Cilindro de Nabonido: Trata-se de um cilindro de argila do rei


Ciro o Grande, conquistador de Babilônia. Foi encontrado no Templo
de Shamash em Sippar, perto de Bagdá. A conquista de Ciro é
também descrita na Crônica de Nabonido. Em escrita cuneiforme, na
Língua acádia, encontra-se o nome de Belsazar como o filho de
Nabonido, último rei de Babilônia. O Livro de Daniel capítulos 5, 7, e
8 menciona Belsazar como um rei conhecido; nota-se também que
Belsazar oferece o terceiro lugar em seu reino como um grande
prêmio.

• A ostraca de Gath: A Ostraca (pedaços de cerâmica contendo


escrita) de Gath, foi encontrada por A. Maeir quando realizava
escavações em Tel es-Safi, 2005.

Texto inciso, de nove letras, que representa os nomes (‫)ולת אלות‬


etimologicamente relacionados com Golias (‫)גלית‬.

• Os textos de Balaão: Tinta sobre gesso, encontrados em Deir


´Alla na Jordânia - (Números 22 - 24).

• Asas de vasilha GBON (‫)גבען‬: Foram recuperadas da piscina de


Gibeão e teriam algumas inscrições: Algumas com a inscrição:
"Hananiah" que pode ter relação com a pessoa mencionada em
Jeremias 28:1.
Outros nomes inscritos são: Amariah, Azariah, Domla, Geder,
Hananiah, Neri, Shebuel.

• A ostraca de Arad (Israel).

• Selo de Gemariah ben Shaphan: Impresso em bula, foi


encontrado durante as escavações de Yigal Shiloh en 1983,
provavelmente pertencente à pessoa mencionada em Jeremias
36:10.

• Inscrição da Casa de David e na Estela de Tell Dan: A


inscrição Consiste em três fragmentos: o primeiro e mais extenso foi
descoberto em 1993 e os fragmentos menores em 1994.

• Ostraca Izbet Sartah: Dois fragmentos encontrados numa


escavação de 1976, com cinco linhas incisas de 80 a 83 letras (as
leituras dos editores variam) onde a última linha corresponde a um
abecedário.

• Selo de Jaazaniah: servo do rei (‫)המלך עבד ליאזניהו‬: Encontrada no


túmulo 19 em Tel en-Nasbeh (Mispá).

Possivelmente pertencente ao capitão do exercito em Mispá,


mencionado em II Reis 25: 23.

• O túmulo de Caifás[29] descoberto em Jerusalém em 1990.

• Selo de Jehucal ben Shelemia ben Shobi (‫)שבי בן שלמיהו בן יהוכל‬:


estampado em bula, encontrado nas escavações de Eilat Mazar num
suposto palácio do Rei David em 2005. Provavelmente se refere ao
mencionado relato do Livro de Jeremias 37,:3 e 38: 1

• As Ostracas de Laquis: Textos encontrados em 1930, que


descrevem acontecimentos do final do século VII a.C., pouco depois
da conquista dos caldeus.

Carta No. 3 menciona uma advertência do profeta.

Carta No. 4 menciona Laquis y Azekah como os últimos lugares


conquistados, tal como registra Jeremias 34:7.

Carta No. 6 descreve uma conspiração descrita em Jeremias 38:19 e


39: 9, utilizando uma fraseologia quase idêntica a Jeremias 38:4.

• As Talas de Laquis: No palácio de Senaqueribe em Nínive,


descrevendo a conquista da cidade;
• Pim de peso: Os primeiros pesos foram encontradas por R.A.S.
Macalister en Gezer. Foram encontrados desde então, muitos outros;

• A Inscrição de Pôncio Pilatos encontrada no teatro romano de


Cesaréia: O prefeito da Judéia, Pôncio Pilatos, erigiu o Tibérium em
honra de Tibério César.

Texto atual da terceira linha da inscrição:

TIBERIEUM

PONTIUS PILATUS

PRAEFECTUS IUDAEAE

• A conquista de Samaria por Sargão II da Assíria: Inscrição


(ANET 284) encontrada por Paul-Émile Botta e Dur-Sharrukin no ano
1843: "sitiei e conquistei Samaria, deportei 27.290 habitantes
desta... Reconstruí o melhor e estabeleci ali povos de outros paises
que eu mesmo conquistei." ( II Reis 17: 23-24).

• O Obelisco Negro: O Obelisco Negro de Salmaneser, em Acádia,


alista Jeú, rei de Israel (c. 905-876 a.C.) pagando tributoao monarca
assírio, numa escultura em relevo, descrito em II Reis cap.8-10.

• Selo de Ben Immer (‫)]?[אמר ]בן[ ליהו‬

Selo estampado em bula, encontrado em 27 de setembro de 2005,


quando se analisaram cuidadosamente escombros provenientes do
Monte do Templo em Jerusalém. Possivelmente se relaciona com um
sacerdote que serviu no Templo de Salomão segundo Jeremias 20:1.

• As Inscrições de Tiglat-Piléser III encontradas por A.H.


Layard na antiga Nínive: ANET 282: "Recebi o tributo de... Jehohaz
Joacaz de Judá" (incidente não mencionado na Bíblia).

ANET 283: “... Quanto à Menaém eu derrotei,... pus a Oséias como


rei sobre eles". (perspectiva descrita em II Reis 15, 19 e 17:3).

• A Pedra de Zayit: Uma pedra calcária arredondada, a Pedra de


Zayit é um pedregulho de calcário de 19 quilos, descoberto em 15 de
Julho de 2005 durante uma escavação em tel Zayit (Laquis), Israel.
Possui uma inscrição em abecedário páleo-hebreu, junto com restos
de diversas outras inscrições datado do Século X a.C.

• A Tabuleta de Nebo-Sarsequim: A Tabuleta de Nebo-Sarserquim


é uma inscrição cuneiforme de argila (5,5 cms) que faz parte da
coleção do Museu Britânico, cuja inscrição foi decifrada em 2007, e
faz referência a um oficial na corte de Nabucodonosor II, rei de
Babilônia.

Objetos de procedência conhecida, mas não provêem de escavações

Os seguintes objetos vêem de estudos do Século XIX e coleções não


documentadas cuja procedência não é relevante apesar da natureza
genuína de seu conteúdo. Em outras palavras foram descobertos num
tempo em que o conhecimento era limitado e não há razoes para crer
que tenham sido falsificados.

• Estela de Merenptah: Contém a mais antiga referência egípcia


sobre os israelitas na terra de Canaã;

• Os Papiros de Elefantina: Datados do período persa de um


arquivo duma comunidade judaica de Elefantina, Egito.

Um destes papiros, foi escrito em Jerusalém por Ananias que pode


ser a pessoa mencionada em Neemias 7:2.

• A Inscrição Monolítica de Salmanáser III:

Encontrado por J.E. Taylor, cônsul britânico em Diyarbekir em 1861,


na qual se mencionam "2,000 carros, 10.000 soldados de infantaria
de Ahab o israelita" (incidente não mencionado na Biblia);

• Inscrição de Nazaré: Tábua de mármore com um edito de César


proscrevendo a pena capital aos violadores de túmulos, datada do
Século I d.C.. A Frohner Collection assegura que a adquiriu em
Nazaré em 1878;

• A Pedra Moabita (Estela de Mesha): Uma pedra de basalto, com


uma inscrição sobre Mesa, Rei de Moabe encontrada em Dhiban,
Jordânia em 1868 e que menciona o rei israelita, Omri. Esta inscrição
completa confirma o relato bíblico em II Reis 3:4-27. A estela teria
sido feita, aproximadamente, por volta de 830 a.C.. Nela também se
encontram inscrições como um tributo a YHWH. É um documento de
grande importância relativo ao estudo da linguística hebraica;

• A Inscrição de Siloé: Situada originalmente na saída do túnel de


Ezequias, retirada de Jerusalém em 1880, a inscrição registra a
construção do túnel no século VIII a.C.. Encontra-se entre os
registros mais antigos escritos na língua hebraica
Fonte: wikipédia

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