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MARINGÁ - 2010
MOACIR TOMAZ DE SANTANA
MARINGÁ - 2010
A Didática na Sociedade Contemporânea e a Viabilização do Artigo 43 Da LDB.
Embora todos esses conceitos sejam buscados pelos acadêmicos mais dedicados,
muitos desses trechos podem ser considerados utópicos, a grande maioria das
universidades brasileiras não oferecem aos alunos possibilidades de trabalhos voltados a
pesquisas, ou projetos de cunho científico. O que se vê, na maioria das vezes, é um
ensino defasado em que se encontram apenas materiais antigos, em que se fica exposto
a pareceres de alunos de outras épocas, ou ainda presos a periódicos e relatórios que não
ensinam na prática, contribuindo para uma demora relativa ao descobrimento de novos
conceitos, o desenvolvimento de novas técnicas. Contudo, pesquisas de cunho científico
existem e quando elaboradas, contribuem significativamente para os estudos das
universidades ligadas e principalmente para os alunos que dela participam, o que
realmente se discute, não é a qualidade dos projetos e sim o número de pessoas que ela
engloba, afinal, todos enquanto estudantes deveriam ter os mesmos direitos e acesso a
um ensino de qualidade. Um investimento maciço em tecnologia e pesquisa deveria ser
considerado, adequando o ensino superior ao seu real objetivo, que é formar
profissionais aptos para o exercício de suas funções.
No entanto, essas falhas da educação não são de todo ruins, pois essas levam a
reflexões entre os alunos que, de forma natural, acabam aplicando na vida algumas das
diretrizes que defendem o pensamento reflexivo, estimulando debates sobre os
problemas enfrentados pela sociedade, porém limitados ao círculo universitário, criando
um ciclo de queixas que, embora importantes, não expandem os pensamentos para
outras instâncias do mundo.
Essas exposições fazem mais sentido quando citamos os cursos de licenciatura,
embora controverso, estes que formam para o magistério, são os mais defasados quando
se trata de pesquisa, ou prática. Esses, apesar de serem fundamentais para a formação
de qualquer profissional, ficam esquecidos, ouve-se muito sobre reformas educacionais,
porém as mudanças são oferecidas, na maioria das vezes, a professores já com carreira
estabelecida, enquanto o ensino nas universidades continua antiquado, incorrendo em
mais um ciclo que não se desfaz, em que forma-se errado para depois corrigir.
Para que este panorama se desfaça é necessário que o devido valor seja dado aos
cursos, independente das profissões que eles formam e autonomia para decidir o que é
indispensável para um bom funcionamento e maior investimento, acabando com a
estrutura deficitária das instituições, essas mudanças podem acarretar em melhorias,
tanto no ensino superior, quanto no básico, uma vez que professores bem formados
enviarão aos bancos universitários acadêmicos interessados e praticantes espontâneos
das diretrizes educacionais.
Para a implantação dessas mudanças no contexto educacional, que visam sanar
as dificuldades enfrentadas pelos cursos de nível superior, conseqüentemente os do
nível básico, é preciso levar e conta a forma com que se ensina, ou que se instiga o
aluno a querer aprender. A esse processo damos o nome de didática (Τεχνή διδακτική)
(techné didaktiké), termo vindo do grego e que significa arte ou técnica de ensinar.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Diretrizes_e_Bases_da_Educa%C3%A7%C3%A3o
_Nacional#Hist.C3.B3rico_2 . Acesso em:06/05/2010