Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dispositivos Semicondutores
Dispositivos Semicondutores
Apostila
para a disciplina
Dispositivos Semicondutores
Elmar Uwe Kurt Melcher
1. Introdução...................................................................................
3. A junção pn.................................................................................
4. O transistor bipolar.....................................................................
5. O capacitor MOS..........................................................................
6. Transistor MOSFET......................................................................
1. Introdução
O objetivo desta apostila é assistir ao aluno no acompanhamento
das aulas, na revisão da matéria em casa, e na preparação de relatórios e
provas.
Esta apostila não pode nem deve tentar substituir nem as aulas
nem os livros recomendados para a matéria.
2. Física e propriedades de
semicondutores
mq 4
En =
2 2 ( 4πε 0 ) n 2
2
(121)
O nível zero para a energia é definido por um elétron livre no
espaço em repouso (velocidade zero).
− 13,6eV
En =
n2 (121)
A unidade eV corresponde a energia de um elétron com potencial
6
1 eV = 1,69E-19 J (121)
Num átomo com muitos elétrons, os vários elétrons são distribuídos
nos níveis de menor energia possível, obedecendo ao Princípio de Exclusão
de Pauli. Como o elétron é dotado de spin, cada nível de energia comporta
dois elétrons com spins opostos.
2.2.Condutores, Isoladores e
Semicondutores
Num cristal com elétrons, o estado fundamental (T=0K) é obtido
preenchendo os níveis de menos energia de modo a ter somente um elétron
em cada estado. Logo, em um cristal a T=0K, há várias bandas cheias com
elétrons, sendo a última necessariamente cheia por completo ou pela
metade. As propriedades de condução do cristal dependem
fundamentalmente do fato da última banda estar cheia ou não.
usando uma analogia com água dentro de um tubo fechado dos dois lados:
quando o tubo nao contêm nenhuma água, obviamente não pode ter fluxo de
água. Se o tubo está parcialmente cheio, e uma parte do tubo é levantado a
água flui para a parte mais baixa. Quando o tubo está completamente cheio,
não se observa fluxo de água mesmo quando uma parte do tubo é levantado.
2.3.Semicondutores intrínsecos e
extrínsecos
Um semicondutor intrínseco é definido pelo fato que a sua
8
2.3.1.Semicondutor tipo n
2.3.2.Semicondutor tipo p
Definimos:
n concentração de elétrons livres,
p concentração de lacunas livres.
1
F(E) =
E − EF
1 + exp
kT (121)
onde
EF energia de Fermi,
k constante de Boltzmann,
T temperatura absoluta
2 E − EC
N (E) = Mc me 3 2
π 2
3
(121)
onde
Mc constante de valor inteira dependente do tipo do
cristal
me massa efetiva de um elétron.
n( E ) = F ( E ) ⋅ N ( E ) (121)
Para obter a concentração de elétrons em toda a banda de
condução é necessário calcular o integral:
n= ∫ F ( E ) ⋅ N ( E ) dE
EC
(121)
Quando EC-EF >> kT, o integral pode ser aproximado por
E F − EC
n = N C exp
kT (121)
onde
32
2π me kT
N C = 2 MC
h2 (121)
Da mesma maneira é possivel determinar a concentração de
11
lacunas:
EV − E F
p = N V exp
kT (121)
Multiplicando as equações (8) e (10) obtemos
− Eg
np = N C N V exp
kT (121)
Como Eg é uma constante, percebemos que o produto das
concentrações de elétrons e lacunas livres à temperatura fixa sempre é uma
constante.
Definimos:
ni concentração intrínseca de elétrons livres,
pi concentração intrínseca de lacunas livres.
ni = pi (121)
Usando equação (11) chegamos a uma relação muito importante
para as concentrações de cargas livres:
np = ni2 (121)
Usando novamente (11) consegue-se calcular ni:
− Eg
ni = N C NV exp
kT (121)
A concentração intrínseca cresce com aumento da temperatura.
12
E C + EV kT NV
Ei = + ln
2 2 NC (121)
Como NC e NV têm valores próximos e kT<<|EC+EV| podemos
aproximar
EC + EV
Ei ≈
2 (121)
Isto significa que a energia de Fermi de um semicondutor intrínseco
é situada no centro da banda proibida.
n + NA = p + ND (121)
Equações (13) e (17) podem ser combinadas para obter a
concentração de lacunas e elétrons num semicondutor tipo n:
1
( N − N A ) + (N − N A ) + 4ni 2 ≈ N D
2
nn 0 =
2 D D
(121)
13
se N D − N A >> ni e N D >> N A .
NC n
E F = E C − kT ln = kT ln n 0 + E i
ND ni (121)
E F − Ei
n = ni exp
kT (121)
Ei − E F
p = ni exp
kT (121)
Num semicondutor tipo n, o nível de Fermi é acima do nível
intrínseco e num semicondutor tipo p o nível de Fermi é abaixo do nível
intrínseco.
∂B
∇×E = −
∂t (121)
∂D
∇× H= − + J cond = J tot
∂t (121)
∇ ⋅ D = ρ ( x, y, z) (121)
∇⋅B = 0 (121)
B = µ0 H (121)
D( r , t ) = ∫ε S ( t − t ′) E ( r , t ) dt ′
−∞ (121)
A equação (27) fica reduzida a D=ε E para frequências abaixo da
ordem dos 1012Hz. E e D são o campo elétrico e a indução elétrica; H e B são
o campo magnético e a indução magnética; ε e µ são a permissividade e a
permeabilidade; ρ (x,y,z) é a densidade de carga e J é a densidade de
corrente. Entre as seis equações acima, a mais importante para o tema desta
disciplina é a equação de Poisson (24).
J p = qµ p pE − qDp ∇p
(121)
15
J cond = J n + J p
(121)
Jn é a densidade de corrente de elétrons e Jp é a densidade de
corrente de lacunas. Estas componentes são formados pelo componente
devido ao campo elétrico e pelo componente devido ao gradiente de
concentração, respectivamente. A condutividade é dada através das
mobilidades µ n de elétrons e µ p de lacunas. A mobilidade de elétrons é
sempre maior que a mobilidade de lacunas. As constantes de difusão D n e Dp
∂n kT ∂ n
J n = qµn nE +qDn = qµn nE +
∂x q ∂x
(121)
∂p kT ∂p
J p = qµ p pE − qDp = qµ p pE −
∂x q ∂x
(121)
Estas equações são válidas para campos elétricos fracos. Para
fortes campos, os termos µ nE e µ pE devem ser substituídos pela velocidade
de saturação vs.
∂ n n ∂ E F ∂ Ei
= −
∂ x kT ∂ x ∂x
(121)
O campo elétrico é dado por
∂ V 1 ∂ Ei
E( x ) = − =
∂x q ∂x (121)
inserindo (33) e (34) em (31),
16
∂E ∂E ∂E
J n = µn n i + n F − n i
∂x ∂x ∂x
(121)
No equilíbrio a corrente é nula, então o gradiente do nível de
Fermi também deve ser nulo, ou seja, o nível de Fermi é constante.
∂EF
J n = nµ n =0
∂x (121)
2.4.3.Equações de continuidade
∂n 1
= Gn − U n + ∇ ⋅ J n
∂t q (121)
∂p 1
= Gp − U p − ∇ ⋅ J p
∂t q (121)
onde Gn e Gp são a taxa de geração de elétrons e lacunas causadas
por influência externa como excitação ótica com fótons de alta energia ou
ionização por impacto com campo elétrico muito forte. A taxa de
recombinação de elétrons num semicondutor p é Un e pode ser aproximado
∂n p n p − n po ∂E ∂n p ∂ 2np
= Gn − + n p µn + µn E + Dn
∂t τn ∂x ∂x ∂ x2 (121)
∂ pn p − pno ∂E ∂p ∂ 2 pn
= Gp − n − pn µ p − µ p E n + Dp
∂t τp ∂x ∂x ∂ x2 (121)
17
3. A junção pn
A junção pn é de grande importância tanto em aplicações de
eletrônica como na compreensão de outros dispositivos semicondutores. A
teoria básica das junções pn foi estabelecida por William Schockley.
Assim temos:
− q N A ; − x p < x < 0
ρ( x) = q N D ; 0 ≤ x < xn
0 ; outros x
(121)
A zona entre -xp<x<xn não contem cargas livres. Por isso ela se
chama zona de depleção.
∂E ρ ( x )
=
∂x εS (121)
NA
− q
εS
( )
x + x p ; − x p< x < 0
E( x) = N
−E +q D x;0≤ x < x
m
εS n
(121)
ND N
Em = − q xn = q A x p
onde εS εS
∂V
= −E( x )
∂x (121)
q NA
( )
2
2 ε x + x p ; − x p< x < 0
V ( x) = S
q ND
V −
bi
2 εS
( x − xn ) ; 0 ≤ x < xn
2
(121)
onde
Vbi =
q
2 εS
(
N A x p 2 + N D xn 2 )
(121)
O potencial Vbi pode ser determinado também a partir do diagrama
de bandas de energia,
19
Vbi = ( Ei − E F ) + ( Ei − E F )
x <− x p x > xn
(121)
ou
kT N A kT N D kT N A N D
Vbi = ln + ln = ln
q ni q ni q ni 2 (121)
Comparando as equações (46) e (48) obtemos a largura W da zona
de depleção:
2 εS N A + N D 2 ε S kT N A + N D N A N D
W = xn + x p = V = ln
q N A N D bi q2 N A ND ni 2
(121)
A zona de depleção não contem cargas livres e então não conduz a
corrente elétrica. Ela atua como um isolador entre dois condutores, formando
um capacitor cuja capacitância por área pode ser calculada a partir de W:
dQ ε S
C' = =
dV W (121)
Quando se aplica uma tensão externa ao dispositivo, ela se subtrai
do potencial interno Vbi. Assim a largura da zona de depleção e a
capacitânica são modificadas:
2 εS 1 1
W= + (V ± V )
q N A N D bi
(121)
− 12
2 1 1 1
C' = +
q εS N A N D Vbi ± V
(121)
Quando o valor de V se aproxima ao valor de Vbi, a zona de
depleção tende a desaparecer e a condição de equilíbrio não existe mais, ou
seja, deve surgir uma corrente elétrica.
3.2.Característica corrente-tensão
Usaremos as seguintes simplificações para obter a característica de
20
corrente:
2) a aproximação de Boltzmann
As diferenças de concentrações de cargas livres tem relação
exponencial com a diferença de níveis de energia correspondente.
E Fn − Ei
n = ni exp
kT (121)
Ei − E Fp
p = ni exp
kT (121)
Ei E Fn E Fp
Ψ=− q , Φn = − q , e Φp = − q (ver transparência T5) para
Definimos:
escrever
q( Ψ − Φ n )
n = ni exp
kT (121)
21
p = ni exp
(
q Φp − Ψ )
kT (121)
O produto pn passa a ser:
E Fn − E Fp
pn = ni 2 exp
kT (121)
ou:
pn = ni 2 exp
(
q Φ p − Φn )
kT (121)
Para polarização direta temos EFp-EFn>0 e pn>ni2 e para polarização
reversa EFp-EFn<0 e pn<ni2.
∂n p n p − np0 ∂E ∂n p ∂ 2np
= Gn − + n p µn + µn E + Dn
∂t τn ∂x ∂x ∂ x2 (121)
Para o lado p, sem campo elétrico, ela se apresenta como:
np − np0 ∂ 2np
0=− + Dn
τn ∂ x2 (121)
Precisamos de duas condições de contorno para resolver esta
equação. A primeira condição de contorno é:
n p ( x → −∞) = n p 0
(121)
A segunda condição de contorno podemos calcular no ponto x=-xp.
kT ∂ n
J n = qµn nE +
q ∂x
((26))
calculamos a derivada da concentração de elétrons a partir da
equação (55)
∂n q( Ψ − Φ n ) q ∂ ( Ψ − Φ n ) qn ∂ Ψ ∂ Φ n
= ni exp ⋅ = −
∂x kT kT ∂x kT ∂ x ∂x
(121)
e substituímos o campo elétrico pelo gradiente do potencial
obtendo
∂Ψ kT qn ∂ Ψ ∂ Φ n
J n = −qµn n + qµn −
∂x q kT ∂ x ∂x
(121)
∂Φ n
J n = −qµn n
∂x (121)
Supomos que a densidade de corrente não varia dentro da junção,
mas sabemos que a concentração de elétrons varia de várias ordens de
grandeza. Isso somente é possível se o gradiente do potencial Φ p aproxima
V = Φ p − Φn
(121)
e aplicar equação (13). Agora é possível determinar para x=-xp
V
n p p p = ni 2 exp
kT (121)
ni 2 V
np = exp
pp kT
(121)
p p ( x = − x p ) ≈ p p0 n p 0 p p 0 = ni 2
Com e ,
23
qV
n p ( x = − x p ) = n p 0 exp
kT (121)
Assim a solução de equação (60) é dada por:
qV x + xp
n p − n p 0 = n p 0 exp − 1 exp
kT Ln (121)
Dn τ n .
onde Ln =
x ≤ −xp
Supondo ausência de campo elétrico para , a corrente de
elétrons é obtida a partir da equação (31).
∂n p qDn n p 0 qV
J n = qDn = exp − 1
∂x Ln kT
x =− x p
(121)
Similarmente obtemos a corrente de lacunas para x=xn:
∂ pn qDp pn 0 qV
J p = − qDp = exp − 1
∂x x = xn
Lp kT
(121)
Lp = Dpτ p
onde .
qV
J = J n + J p = J S exp − 1
kT
(121)
qDp pn 0 qDn n p 0
JS = +
Lp Ln
com
4. O transistor bipolar
A invenção do transistor bipolar no ano 1947 por uma equipe dos
Bell Laboratories representa um dos maiores avanços na elétrônica porque
era o primeiro dispositivo semicondutor ativo que substituia a válvula triodo.
4.2.Característica de corrente do
transistor pnp
Para calcular as correntes no transistor aplicamos a equação de
continuidade na região de emissor, base, e coletor, da mesma maneira como
no caso da junção pn simples:
∂ 2 n ( x ) n( x ) − n E
− = 0 ; x < −xE
∂x2 DE τ E (121)
∂ 2 p ( x ) p( x ) − p B
− = 0;0< x <W
∂x2 DB τ B (121)
25
∂ 2 n( x ) n( x ) − nC
− = 0 ; x > xC
∂x2 DC τ C (121)
As 6 condições de borda para resolver o sistema de três equações
diferenciais são:
n( x → −∞) = nE (121)
qV
n( − x E ) − nE = nE exp EB − 1
kT (121)
qV
p(0) − pB = pB exp EB − 1
kT
(121)
qV
p(W ) − pB = pB exp CB − 1
kT (121)
qV
n( x C ) − nC = nC exp CB − 1
kT (121)
n( x → ∞) = nC (121)
Pelo mesmo caminho usado para o cálculo da corrente do diodo, a
solução das equações de continuidade nos levam as correntes de emissor e
coletor:
p(W ) − p B − ( p( 0) − p B ) e −W LB
x L p(W ) − p B − ( p(0) − p B ) e W LB
−x L
p( x ) − p B = e B − e B
2 sinh(W LB ) 2 sinh(W LB )
para 0 < x < W
(121)
x + xE
nE + ( n( − x E ) − nE ) exp L ; x < − x E
n( x ) = E
xC − x
nC + ( n( xC ) − nC ) exp ; xC < x
LC
(121)
com LB = DBτ B LC = DC τ C LE = DE τ E
26
∂p ( x ) ∂n ( x )
JE = J p + Jn = −qDB − qDE
x =0 x =− x E ∂x x =0 ∂x x =− x E
(121)
D p 1 D n qV D p 1 qV
JE = q B B + q E E exp EB − 1 − q B B exp CB − 1
LB tanh(W LB ) LE kT LB sinh(W LB ) kT
(121)
∂p ( x ) ∂n ( x )
JC = J p + Jn = − qDB − qDC
x =W x = xC ∂x x =W ∂x x = xC
(121)
D p 1 D n qV D p 1 qV
JC = q B B + q C C exp EB − 1 − q B B exp CB − 1
LB sinh(W LB ) LC kT LB tanh(W LB ) kT
(121)
A diferença entre estas duas correntes aparece como a corrente de
base:
I B = AJ E − AJ C (121)
onde A é a área da junção.
4.3.Ganho de corrente
Quando um transistor pnp é polarizado no regime ativo, a corrente
de emissor consiste de duas componentes, a componente de lacunas
IpE=AJP(x=0) vindo para base e a componente de elétrons InE=AJn(x=xE)
saindo da base no emissor. A corrente de coletor também consiste de dois
componentes, IpC=AJp(x=W) e InC=AJn(x=xC). Estas correntes aparecem nas
equações (82) e (83).
27
∂I C
α 0 ≡ hFB ≡
∂I E (121)
∂I pE ∂I pC ∂I C
α0 = ⋅ ⋅ = γ ⋅αT ⋅ M
∂I E ∂I pE ∂I pC
(121)
O primeiro destes termos, é chamado de eficiência do emissor γ ,
α T é chamado de fator de transporte da base, e M é o fator de multiplicação.
∂J p ( x = W ) 1
αT = =
∂J p ( x = 0) cosh(W LB )
(121)
−1
∂J p ( x = W ) n D L
γ = = 1 + E E B
∂J E p B DB L E
(121)
O ganho de corrente na configuração de emissor comum é definido
como:
∂I C
β0 ≡ hFE ≡
∂I B (121)
Nota que α 0 eβ 0 são ligados por
α0
β0 =
1 − α0 (121)
então,
28
γ p D L 1 p 1 N 1
hFE ≈ = B B E ≈ B⋅ ≈ E⋅
1 − γ nE DE LB tanh(W L B ) nE W N B W
(121)
Assim podemos ver que um bom transistor com alto fator de
amplificação deve ter W pequeno e dopagem forte no emissor.
4.4.Curvas características
Transparência T8 mostra as características de saída para a
configuração base comum e T10 a configuração emissor comum. Para a
configuração base comum, a corrente de coletor é praticamente igual a
corrente de emissor (α 0~1) é independente de VCB. Na configuração emissor
comum, transparência T10, percebemos que o ganho de corrente é muito
grande e que a corrente aumenta com VCE. A saturação pouco expressiva em
configuração emissor comum é devido a uma diminuição da largura efetiva
de base e um aumento de β 0 com VCE e se chama de efeito Early. A tensão
VA onde se encontram as tangentes das curvas é chamada de tensão de
Early.
4.5.Modelo Ebers-Moll
O objetivo de um modelo é de descrever certos aspectos do
comportamento de um objeto real, dentro de um determinado domínio de
aplicação. O modelo pode ser usado para prever o comportamento de um
objeto existente ou de um objeto ainda a ser confeccionado. O uso de um
modelo ou de um conjunto de modelos para este fim se chama simulação.
I I
F R
I I
E C
E αI I R αN I F C
IB
B
IE = IF − αI IR (121)
IC = I R − α N I F (121)
qV
I F = I F 0 exp EB − 1
kT
(121)
qV
I R = I R 0 exp CB − 1
kT
(121)
qV qV
I E = I F 0 exp EB − 1 − α I I R 0 exp CB − 1
kT kT
(121)
qV qV
I C = −α N I F 0 exp EB − 1 + I R 0 exp CB − 1
kT kT
(121)
Quatro parâmetros são necessários para o modelo Ebers-Moll de um
transistor: IR0, IF0, α N, e α I.
5. O capacitor MOS
O estudo da estrutura metal-óxido-semicondutor é muito útil para
entender efeitos na superfície de semicondutores e indispensável para
entender o funcionamento do transistor MOSFET.
qΦ m − qχ − E g 2
N A = ni exp
kT (121)
Além desta condição, supomos que o isolador é perfeito e não
contém carga armazenada. Assim não pode ter fluxo de corrente através do
dispositivo e o nível de Fermi no semicondutor é sempre constante.
31
5.2.Regimes de Funcionamento da
estrutura MOS
Quando uma polarização positiva ou negativa é aplicada, existem
basicamente três regimes de funcionamento.
− qN A ;0 < x < W
ρ ( x) =
0;outros x (121)
A equação de Poisson leva facilmente ao potencial em função de x:
2
x
Ψ = ΨS 1 −
W
(121)
qN AW 2
ΨS =
onde 2ε S
Ψ S= Ψ Β concentração intrínseca
Ψ S>Ψ Β inversão
2ε S
W= 2 ΨB
qN A
(121)
Numa estrutura MOS ideal, a polarização aplicada será dividida
entre o óxido e o semicondutor.
t ox
Vi = Q
ε ox S (121)
Como no início da inversão forte QS=qNAWm da equação (105),
obtemos a tensão de limiar VT necessária para entrar no regime de inversão
forte.
t ox
VT = Q + 2ΨB
ε ox S (121)
t ox
VT = 2 ΨB + 2ε S qN A ( 2 ΨB )
ε ox (121)
1
C=
1 1
+
Cox C D (121)
Para uma espessura constante do óxido tox, a capacitância por área
Cox é constante. A capacitância por área CD é dada por
∂ QS
CD =
∂ ΨS (121)
e depende da polarização V. A característica capacitância-tensão da
estrutura MOS é mostrada na curva (a) da transparência T16. Explicamos a
curva (a) da esquerda para direita, temos o regime de acumulação onde a
capacitância total é perto da capacitância do óxido. Quando a zona de
depleção começa se formar, a capacitância total diminui, passa por um
mínimo e volta crescer quando as cargas de inversão são formadas. Nota que
34
6. Transistor MOSFET
O transistor MOSFET é o dispositivo da maior importância
tecnológica por sua facilidade de integração em circuitos pequenos e
altamente complexos.
2ε S
Wm = ( 2 ΨB + V ( y ) )
qN A
(121)
QB = − qN AWm = − 2ε s qN A ( V ( y ) + 2 ΨB )
(121)
onde V(y) varia de VS para y=0 até VD para y=L. A carga total no
semicondutor passa a ser
εox
QS = ( − VG + 2ΨB + V ( y ))
tox (121)
e a carga livre disponível para conduzir corrente é então,
Qn = QS − QB (121)
Assim temos a resistência numa faixa dy,
1
dR = dy
Wµ n Qn ( y ) (121)
A corrente ID é igual para 0<y<L,
dV dV
ID = = Wµ n Qn ( y )
dR dy (121)
Integrando dos dois lados temos,
36
L VD
∫I D dy = ∫ Wµn Qn ( y ) dV
0 0 (121)
que nos leva a corrente ID:
ID =
W ε ox
µn
VD
VG − 2 ΨB − V D −
L t ox 2
2
3
( 32
)
32
2ε S qN A ( V D + 2 ΨB ) − ( 2 ΨB )
(121)
Para VD pequeno, podemos aproximar,
W ε ox V
ID ≈ µn VG − VT − D VD
L t ox 2 (121)
Esta característica pode ser vista na transparência T20, onde
percebemos curvas parabólicas para VD pequeno. Quando a parábola atinge
um máximo, o MOSFET entra em saturação e a corrente ID é independente de
VD:
W ε
µ n ox ( VG − VT )
2
I Dsat ≈
L t ox (121)
Neste capítulo determinamos a característica de corrente do
transistor MOSFET com canal tipo n, o NMOS. As características do transistor
com canal tipo p, o PMOS são equivalentes para polarizações inversas.