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Seminário Integrador

Ocupação impermeabiliza as margens em especial

Acadêmicos: Camilla Tolentino


Claudio Souza
Edilson Soares
Flávio Filizzola
Jaqueline Tibana
Karla Mendonça
Lucas Briltes
Rodrigo Vieira
Talita de Freitas

Este presente trabalho foi elaborado com o objetivo de mostrar

Muitas vezes o ser humano precisa modificar o meio ambiente em que vive para
que suas necessidades sejam supridas. Entretanto, estas modificações podem provocar
inúmeras situações indesejáveis, como é o caso daquelas provocadas pela
impermeabilização do solo através do asfalto e/ou concreto.
As conseqüências da impermeabilização são diversos problemas na cidade como
por exemplo as enchentes, aumento da temperatura média e uma diminuição
significativa na umidade relativa do ar, a impermeabilização do solo também pode
aumentar a quantidade de poluentes presentes no rio. Ela é apenas um, dentre inúmeros
impactos negativos que o homem tem causado ao meio ambiente. Medidas para a
resolução deste problema devem ser tomadas, pois a resposta da natureza a esta
agressão já veio, a as que estão por vir tendem a ser ainda mais rigorosas.
A falta de planejamento urbano é um fator importante na impermeabilização das
margens devido à ocupação. A urbanização é necessária, porem deve-se ter um total
controle do avanço das ocupações para não ocorrer futuras catástrofes.
Ocupação impermeabiliza as margens em especial

A impermeabilização do solo ocorre quando o solo perde a capacidade de


absorção da água. Este processo acontece principalmente nas cidades.
Os processos de cimentação, asfaltamento, calçamento de ruas e calçadas e
outros, como a própria construção das edificações, formam uma espécie de capa sobre o
solo, impedindo que a água fique em contato com este e assim possa ser absorvida.
Alguns dos efeitos sentidos com este processo são o aumento das enxurradas nas
cidades nos dias de chuva. Como a água não é absorvida pelo solo no ponto que deveria
ser, estas enxurradas chegam aos rios em volumes muito maiores do que sua capacidade
natural de escoamento, causando enchentes e transbordamentos em dias de fortes
chuvas.
Outro efeito trazido pela impermeabilização do solo é que a água da chuva não
penetra no solo não alimentando os lençóis freáticos, afetando assim a realimentação
das águas das bacias hidrográficas.
Os processos de urbanização e industrialização têm um papel fundamental nos
danos ambientais ocorridos nas cidades. O rápido crescimento causa uma pressão
significativa sobre o meio físico urbano, tendo as conseqüências mais variadas, tais
como: poluição atmosférica, do solo, das águas, deslizamentos, enchentes e etc. Este
crescimento acelerado e desordenado das cidades culminou em um cenário onde as
aglomerações possuem altos índices de ocupação informal, carente de infra-estrutura e
serviços básicos, caracterizando-os assim chamados assentamentos urbanos precários:
favelas, ocupação de margens de Igarapés, palafitas e assemelhados.
A ocupação irracional das margens pode ocasionar em desastres urbanos como,
inundações (Enchentes), alagamentos, desmoronamentos, contaminações químicas,
contaminações orgânicas, doenças e epidemias.
Nessa mesma linha de pensamento é importante destacar que as áreas urbanas
são as que mais expressam as intervenções humanas no meio natural. Assim também, o
desmatamento, as edificações, a canalização, a mudança do curso dos rios, a poluição da
atmosfera, dos cursos de água e a produção de calor geram diversos efeitos sobre os
aspectos do ambiente. As alterações ambientais causadas pelas atividades urbanas são
sentidas pela população, tais como o aumento da temperatura nas áreas centrais, o
aumento de precipitação e as enchentes. Essa última conseqüência do processo de
urbanização teve como causa principal a construção de casas, indústrias, vias marginais
implantadas nas áreas de várzeas dos rios e proximidades e é, atualmente, um problema
constante nos períodos chuvosos nos principais centros urbanos.
As enchentes são fenômenos naturais que ocorrem quando a precipitação é
elevada e a vazão ultrapassa a capacidade de escoamento, ou seja, quando a chuva é
intensa e constante, a quantidade de água nos rios aumenta, extravasando para as
margens dos rios (áreas de várzeas). Todos os canais de escoamento possuem essa área
de várzea para receber o "excesso" de água, quando ela ultrapassa os limites dos canais.
Entretanto, com as interferências antrópicas (do homem), as inundações são
intensificadas em vista de alterações no solo de uma bacia hidrográfica, tais como a
urbanização, impermeabilização, desmatamento e o desnudamento (eliminação da
vegetação).
Enchente não é sempre aquele desastre a qual vemos na TV: cidades inundadas,
pessoas e animais ilhados, gente que perde a casa com tudo dentro. Contudo, são
fenômenos naturais que acontecem em todos os rios; porém o Homem vem colaborando
para que estas sejam mais freqüentes e intensificadas, causando grandes danos
ambientais e sócios econômicos das regiões afetadas.
Algumas obras podem ser realizadas para controle das enchentes tais como
bueiros, diques, barragens de defesa contra inundações ou mesmo obras de
Revitalização de Rios, muito utilizadas na Holanda e na Alemanha.
Na época das chuvas (que ocorre geralmente durante o verão, no sul do Brasil, e
durante o inverno, na região norte) os rios enchem e alagam as terras em redor,
chamadas áreas naturais de inundação. Mas a ação do homem mudou o curso natural
das coisas.
Há também casos onde ocorrem cheias artificiais provocadas por erros de
operações de comportas de verte douro de barragens ou por erros de projetos de obras
hidráulicas como bueiros, pontes , diques , etc.Quando este transbordamento ocorre em
regiões sem ocupação humana, a própria natureza pode se encarregar de absorver os
excessos de água gradativamente, gerando poucos danos ao ecossistema, mas podendo
gerar grandes danos à agricultura. Quando o transbordamento dá-se em áreas habitadas
de pequena, média ou grande densidade populacional, os danos podem ser pequenos,
médios, grandes ou muito grandes, de acordo com o volume de águas que saíram do
leito normal e de acordo com a densidade populacional.
Antigamente, antes de as cidades se formarem, a água entrava toda na terra.
Quando o homem começou a tirar a vegetação e construir casas nas margens dos rios, as
enchentes viraram uma grande “Dor de Cabeça”. Sem as raízes das árvores, que
funcionam como esponjas que seguram a água no solo, o volume de água que volta para
os rios aumenta muito, e o risco de acontecer uma enchente “desastrosa” aumenta junto.
As coisas pioraram nas cidades, porque os prédios, casas e o asfalto que recobre as ruas
tapam o caminho da água até a terra, a chamada “impermeabilização do solo”. O lixo
jogado nas ruas também contribui para os alagamentos, porque entope os bueiros e faz
os córregos transbordarem.
O processo de urbanização causa mudanças no microclima das cidades. O
intenso processo de desmatamento e a construção de residências, edifícios, indústrias,
ocupação das áreas de várzeas e a impermeabilização do solo com asfalto acarretam
ainda mais no aumento dos problemas causados nesses grandes centros. Além do
desmatamento e da impermeabilização do solo, o consumo de combustíveis fósseis por
automóveis e indústrias torna a cidade uma fonte de calor. Esse fenômeno é
denominado "ilha de calor". O aumento de temperatura nos centros urbanos intensifica a
evaporação; além disso, o material particulado (poluentes) em suspensão favorece a
formação de núcleos de condensação na atmosfera. O resultado é o aumento da
quantidade de chuvas. Nas áreas urbanas, a quantidade de chuva anual é 5% maior e, em
dias de chuva, a precipitação (quantidade de chuva medida) é 10% superior se
comparada com as áreas rurais. No entanto, as inundações não resultam apenas do
aumento da quantidade de chuva, mas - e principalmente - do aumento da velocidade de
escoamento superficial ocasionado pela impermeabilização do solo. Além disso,
diariamente, os rios recebem uma carga de água utilizada pela população (esgoto), o que
também contribui para aumentar a quantidade de água no leito dos rios.

Diariamente os rios recebem a água do esgoto nas cidades brasileiras, o que contribui
para aumentar a ocorrência dessas problemáticas.
Em condições naturais, parte da chuva fica retida nos troncos e folhas, o
escoamento superficial é retido por obstáculos naturais gerando maior infiltração e
retardando a chegada da água nos cursos de água. Quando a cobertura vegetal é retirada,
não há resistência ao escoamento e a água atinge os rios com maior facilidade e rapidez,
contribuindo também com o assoreamento dos rios, pois, sem a cobertura vegetal, os
sedimentos são carregados pela água e acabam depositados no fundo dos leitos dos rios.
Este fato é agravado quando há impermeabilização do solo.
Outro fator que agrava as inundações nos centros urbanos é o entupimento dos
bueiros ocasionado pelo lixo jogado nas ruas pela população. Em dias de chuva, com a
impossibilidade do escoamento pelos bueiros, a água concentra-se nas ruas de forma
rápida, causando transtornos no trânsito e no comércio, além de atingir residências e
causar todo o tipo de estragos.
Como conseqüência da impermeabilização do solo e também da ocupação
irregular e desordenada nos grandes centros, os alagamentos representam uma ameaça
para a população, especialmente nas áreas periféricas, onde há deficiência de coleta e
tratamento de esgoto. Quando isso acontece, as pessoas correm maior risco de pegar
doenças, já que as águas sobem e carregam esses detritos para ruas e casas, junto com
urina de ratos (que provoca uma doença grave chamada leptospirose). Nessas águas
estão também os esgotos não canalizados, que em muitas cidades do Brasil são
despejados a céu aberto nos córregos, sem nenhum tratamento.
O processo de urbanização no Brasil, atualmente, ocorre de forma intensa e, na
maior parte dos casos, sem planejamento. Áreas inteiras são ocupadas e loteadas, de
forma clandestina ou não, contribuindo para os processos de erosão. Esta urbanização
desmesurada também leva a população a ocupar áreas dos leitos de rios ou de
mananciais.
Tudo isso só faz agravar essa questão nos grandes centros urbanos. As soluções
encontradas para conter, da maneira que é possível, seguem uma linha imediatista na
tentativa de alcançar a resolução do problema em um período curto de tempo. Dentre as
ações, destacam-se as obras de desassoreamento dos rios (retirada dos sedimentos
depositados pela água) e, conseqüentemente, o aprofundamento do leito, com
canalização e construção de reservatórios regularizadores de vazão.
Enfim, algumas Alternativas e medidas preventivas ideais para a solução das
inundações são fundamentalmente institucionais. A atuação e fiscalização dos órgãos
responsáveis (estaduais e municipais) no que tange ao uso e ocupação do solo, à
utilização dos recursos hídricos e ao cumprimento da legislação seriam um bom ponto
de partida para a solução do problema.
Neste sentido, a má definição de atribuições, ausência de uma política unificada
e de competição entre os órgãos públicos e o conflito de projetos são fatores que
influenciam na resolução dos problemas em curto prazo e o grande investimento de
capital. Portanto, frente aos problemas elucidados, é necessário um planejamento
urbano coerente com a gestão dos recursos hídricos e uso e ocupação do solo,
respeitando as áreas de várzeas e as encostas. Ressalta-se que estas áreas podem ser
ocupadas, mas de forma planejada, e as atividades devem ser compatíveis com as suas
características, como, por exemplo, a implantação de parques, ciclovias, áreas para
práticas esportivas ou exposições nas áreas de várzea.
A conscientização dos técnicos e da população de que as enchentes são um
processo natural do regime hidrológico de um rio é essencial para a implantação de
medidas preventivas que evitem os prejuízos vistos atualmente e com os quais toda a
sociedade tem que arcar.
Conclusão

No decorrer da história, a natureza experimentou inúmeras modificações


proporcionadas pelo homem de forma diferenciada no tempo e no espaço. Nesse
processo, a água sempre apareceu como principal elemento para a fixação e
desenvolvimento das diversas civilizações que surgiram, sendo até determinante para o
nascimento de cidades.

Contudo, essas ocupações que inicialmente não se refletiam de maneira mais


significativa no meio ambiente passaram a exercer grande influência neste, sobretudo
pelo modo de vida capitalista consumista e pelas inovações tecnológicas. Os espaços
urbanos cresceram rapidamente sem que houvesse um bom planejamento de sua infra-
estrutura, exemplo disso é a não construção de um sistema de saneamento básico que
atendesse a crescente demanda do serviço. Com isso, os cursos d’água que estavam
inseridos nesses espaços passaram por um intenso processo de degradação ambiental,
sendo aterrados ou tendo sua qualidade da água afetada significativamente por esgotos
domésticos ou industriais, na maioria das vezes lançados clandestinamente.

Considerando que a transformação da natureza frente à produção dos espaços


urbanos vem acarretando inúmeros problemas sócioambientas, como surgimento de
áreas de risco, fortalecimento da segregação social, poluição atmosférica e de rios e
lagoas, é de fundamental importância a existência de estudos que busquem entender
como essas relações sócioambientais se dão no processo de construção das áreas
urbanas, que uma vez entendidos, possibilitem a estruturação ou reestruturação destas,
minimizando os impactos negativos decorrentes dessa apropriação do espaço por
diversas camadas da sociedade.

Bibliografia
Referências Bibliográficas:
http://www.presenteparahomem.com.br/por-que-ocorre-enchentes-nas-grandes-
cidades/#ixzz0xDcf6PBY
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/chuvas-enchentes-
verao/inundacao-alagamento-cheias-prevencao-defesa-civil.shtml

http://www.webartigos.com/articles/17189/1/ACAO-DO-HOMEM-SOBRE-O-MEIO-
AMBIENTE-E-SUAS-CONSEQUENCIAS-PARA-A-SAUDE/pagina1.html

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