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Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Linhares


Engenharia de Controle a Automação

Compósitos

SOUZA, A. G.; BREMER, V. R.; POMPERMAIER, J. A.; DE OLIVEIRA, L. R. P.


Graduandos
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COMPÓSITOS
Princípio da Ação Combinada

Material multifásico cujas propriedades


constituem uma combinação benéfica
(sinergia) das propriedades das duas ou mais
fases que o constituem.
A idéia de usar fibras (no caso, fibras
vegetais) como elemento reforçador
de um material é antiga, tendo
ocorrido em diversas civilizações
antigas:

• Egípcios
• Civilizações pré-colombianas (incas, maias)
• Índios brasileiros

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Essa ideia ainda é empregada


hoje – casas ainda são
construídas com tijolos de terra
seca reforçada com fibras
naturais (palha) → “adobe” .

A cidadela de Bam,
na província iraniana
de Kerman: a maior
estrutura do mundo
em adobe.
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Construção atuais em adobe


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MATERIAIS COMPÓSITOS NATURAIS

● Ossos
○ colágeno (proteína de elevada resistência, mas
macia), junto com o mineral hidroxiapatita
(resistente, rígido).

● Madeira
○ fibras de celulose (resistentes e flexíveis) +
hemicelulose (pouco resistente e hidrolisável) +
envolvidas por lignina (mais rígida)
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COMPÓSITOS SINTÉTICOS

Boeing 787 Dreamliner, o primeiro avião comercial a ser construído com 50% de compósitos.
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ESTRUTURA DE UM COMPÓSITO

Compósitos → Fase Matriz + Fase Dispersa

Fase matriz

Polímero → CMP
Cerâmica → CMC
Metal → CMM

Fase dispersa

polímeros, cerâmicas, metais, minerais, materiais orgânicos naturais, ...


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COMPÓSITO COM MATRIZ POLIMÉRICA

Material compósito para o qual a matriz é uma


resina polimérica (poliésteres, epóxi, vinil-
ésteres) e que possui fibras (normalmente de
fibras de vidro, carbono ou aramida) como a fase
dispersa.

Pneu

Matriz: elastômero (borracha)

Partículas: negro de fumo (carbono) absorvem


UV e aumentam resistência mecânica
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COMPÓSITO COM MATRIZ CERÂMICA

Compósito no qual tanto a matriz quanto as


fases dispersas são materiais cerâmicos. A fase
dispersa é adicionada normalmente para
melhorar a tenacidade à fratura.

Concreto

Matriz: cimento

Partículas: areia e brita


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COMPÓSITO COM MATRIZ METÁLICA


Material compósito que possui um metal ou uma liga
metálica como a fase matriz. A fase dispersa pode ser
composta por partículas, fibras ou whiskers, os quais são,
em geral, mais rígidos, mais resistentes e/ou mais duros do
que a fase matriz.

Cermetos

Matriz: metal

Partículas: carbetos

Os cermetos são usados ​na fabricação de resistores


(especialmente potenciômetros), capacitores e outros
componentes eletrônicos que podem sofrer altas
temperaturas.
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RELAÇÃO ESTRUTURA - PROPRIEDADES

● As propriedades do compósito dependem:

○ das propriedades individuais, tanto da fase matriz,


quanto da fase dispersa.

○ da natureza da interface entre a fase matriz e a


fase dispersa.

○ da “geometria” da fase dispersa.


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GEOMETRIA DA FASE DISPERSA
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CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS COMPÓSITOS


(SINTÉTICOS)
Compósitos

Reforçado com partículas Reforçados com fibras Estrutural

Particulas Reforçado por Contínuas Descontínuas Painéis em


(alinhadas) Laminados
Grandes dispersão (curtas) Sanduíche

Orientadas
Alinhadas
Aleatoriamente

Esquema de classificação para os vários tipos de compósitos.

CALLISTER, W. D.; RETHWISCH, D. G. Materials science and engineering : an introduction. [s.l.]


Hoboken, Nj Wiley, 2020.


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FASE DISPERSA
● Partícula: porção de um sólido com dimensões
aproximadamente iguais nas três dimensões.

● Partículas grandes: maiores que 1 μm.


○ Matriz transfere parte da carga à fase dispersa

● Reforçados por dispersão: partículas entre 0,01 μm e 0,1 μm


○ Interações partícula-matriz ocorrem a nível atômico.

● Fibras: são materiais finos e alongados, como filamentos, que


podem ser contínuos ou cortados (descontínuos).

● Fibras: diâmetros maiores do que 1 μm.


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COMPÓSITOS REFORÇADOS POR DISPERSÃO

● Usado nos CMM, quando são necessárias altas


resistências em temperatura elevada e resistência à
fluência (exemplo de uso: indústria aeroespacial)

● Chamados de ODS – Oxide Dispersion Strengthened


(reforçado por dispersão de óxido)

○ Adição de óxidos finos


■ 3% de óxido de tório em Ni: é o níquel TD
(“Thoria Dispersed”)
■ Alumina em alumínio (sinterização de pós de
alumínio cobertos por camada de Al2O3 )
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COMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRAS

● Usado nos CMM, quando são necessárias altas


resistências em temperatura elevada e resistência à
fluência (exemplo de uso: indústria aeroespacial)

● Chamados de ODS – Oxide Dispersion Strengthened


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COMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRAS
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FIBRAS
● Resistência depende do quanto a carga é transferida da matriz para a fibra.
● Ligação interfacial entre fibra e matriz cessa na ponta da fibra, deformando
a matriz naquela região.
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INFLUÊNCIA DO COMPRIMENTO DA FIBRA

σ*f → limite de resistência à tração da fibra


τc → resistência da ligação fibra-matriz
d → diâmetro da fibra
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INFLUÊNCIA DA ORIENTAÇÃO DAS FIBRAS

(a) Fibras contínuas e alinhadas


(b) Fibras descontínuas e alinhadas
(c) Fibras descontínuas e orientadas aleatoriamente
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INFLUÊNCIA DA INTERAÇÃO ENTRE FIBRA E MATRIZ
Compósitos reforçados com fibras requerem uma adesão moderada entre matriz e fibra.

● Uma alta adesão entre as duas fases confere boa resistência mecânica pela
transferência eficiente de carga da matriz para as fibras, porém o material torna-se
frágil.

● Uma baixa adesão resulta em baixa resistência mecânica, mas a energia absorvida na
fratura aumenta por dissipação de energia durante o processo de descolamento da
fibra (puxamento da fibra – “fiber pullout”).
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REGRA DA MISTURA

Cada fase constituinte do compósito contribui


para as propriedades efetivas do compósito,
sendo essa contribuição dependente apenas
da fração volumétrica das constituintes.
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COMPÓSITOS COM PARTÍCULAS GRANDES

REGRA DA MISTURA PODE SER APLICADA


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EXEMPLO

Módulo de elasticidade em
função da porcentagem
volumétrica de tungstênio para
um compósito que contém
partículas de tungstênio
dispersas em uma matriz de
cobre. Os limites superior e
inferior obedecem às equações
do slide anterior.

Partícula de tungstênio em uma matriz


de cobre
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FIBRAS CONTÍNUAS

Quando o processo de fabricação garante que as fibras fiquem alinhadas,


surge a anisotropia das propriedades → propriedades dependem da direção
em que a carga é aplicada em relação à direção das fibras. Fibras contínuas
apresentam comprimento ilimitado e são normalmente produzidas pelo processo de
extrusão.

LEGENDA:

Fc – força suportada pelo


compósito;
Fm – força suportada pela
matriz;
Ff – força suportada pela fibra;
Sc – seção transversal da
matriz;
Sf – seção transversal da fibra.
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Carregamento Longitudinal em Compósitos
com Fibras Contínuas e Alinhadas

Representação esquemática de curvas Tensão versus Deformação de Engenharia para


compósito com matriz dúctil e fibra frágil
Estágio I → fibra e matriz deformam elasticamente
Estágio II → matriz entra em regime de deformação plástica
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CÁLCULO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE
COMPÓSITOS COM FIBRAS CONTÍNUAS E ALINHADAS

Para carregamento longitudinal


(estado de isodeformação)
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CÁLCULO DO MÓDULO DE ELASTICIDADE
COMPÓSITOS COM FIBRAS CONTÍNUAS E ALINHADAS

Para carregamento transversal


(estado de isotensão)
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MÓDULO DE ELASTICIDADE
EM COMPÓSITOS COM FIBRAS CONTÍNUAS E ALINHADAS

Previsões de regra de mistura


para módulo longitudinal (E1)
e transversal (E2), para
compósito de vidro-poliéster
(Ef = 73.7 GPa, Em = 4 GPa).
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LÍMITE DE RESISTENCIA
COMPÓSITOS COM FIBRAS CONTÍNUAS E ALINHADAS

σ*c,l = Limite de resistência


do compósito na direção
longitudinal (L)
(a fibra falha antes da matriz,
com menor deformação)

σ*f : limite de resistência à


tração da fibra

σ’m : tensão na matriz no


momento em que a fibra
falha
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COMPÓSITOS COM FIBRAS ALINHADAS E DESCONTÍNUAS
Limite de resistência do compósito na direção longitudinal (L) Com distribuição
uniforme de fibras com l > lc

Limite de resistência do compósito na direção longitudinal (L) Com distribuição


uniforme de fibras com l < lc σ*f : limite de resistência à
tração da fibra;
σ’m : tensão na matriz no
momento em que a fibra
falha. τc : resistência da
ligação fibra-matriz (ou tensão
limite de escoamento por
cisalhamento da matriz – o
que for menor)
d : diâmetro da fibra
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A FASE FIBRA

• Whiskers Monocristais, alta razão comprimento / diâmetro, altíssima resistência, caros;


• Fibras Podem ser policristais ou amorfos, diâmetro pequeno;
• Arames Monocristais com diâmetro de dezenas de microns;

Whiskers Fibras Arames


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CARACTERÍSTICAS DE VÁRIOS MATERIAIS FIBROSOS USADOS COMO
REFORÇO

Limite de
Módulo de
Resistência à Resistência Módulo
Material Massa Específica Elasticidade [GPa
Tração Específica (GPa) Específico (GPa)
(106 psi)]
[GPa (106 psi)]

Whiskers

Grafite 2,2 20 (3) 9,1 700 (100) 318

Nitreto de silício 3,2 5-7 (0,75-1,0) 1,56-2,2 350-380 (50-55) 109-118

700-1500 (100-
Óxido de alumínio 4,0 10-20 (1-3) 2,5-5,0 175-375
220)

Carbeto de silício 3,2 20 (3) 6,25 480 (70) 150


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CARACTERÍSTICAS DE VÁRIOS MATERIAIS FIBROSOS USADOS COMO
REFORÇO

Limite de
Módulo de
Massa Resistência à Resistência Módulo
Material Elasticidade [GPa
Específica Tração Específica (GPa) Específico (GPa)
(106 psi)]
[GPa (106 psi)]

Fibras

Óxido de alumínio 3,95 1,38 (0,2) 0,35 379 (55) 96

3,6-4,1 (0,525-
Aramida (Kevlar 49) 1,44 2,5-2,85 131 (19) 91
0,600)

Carbono 1,78-2,15 1,5-4,8 (0,22-0,70) 0,70-2,70 228-724 (32-100) 106-407

Vidro-E 2,58 3,45 (0,5) 1,34 72,5 (10,5) 28,1

Boro 2,57 3,6 (0,52) 1,40 400 (60) 156

Carbeto de silício 3,0 3,9 (0,57) 1,30 400 (60) 133

UHMWPE (Spectra 900) 0,97 2,6 (0,38) 2,68 117 (17) 121
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CARACTERÍSTICAS DE VÁRIOS MATERIAIS FIBROSOS USADOS COMO
REFORÇO

Limite de
Módulo de
Massa Resistência à Resistência Módulo
Material Elasticidade [GPa
Específica Tração Específica (GPa) Específico (GPa)
(106 psi)]
[GPa (106 psi)]

Arames Metálicos

Aço de alta resistência 7,9 2,39 (0,35) 0,30 210 (30) 26,6

Molibdênio 10,2 2,2 (0,32) 0,22 324 (47) 31,8

Tungstênio 19,3 2,89 (0,42) 0,15 407 (59) 21,1


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COMPÓSITOS POLIMÉRICOS REFORÇADOS COM FIBRA DE VIDRO

● Vantagens
○ Alto limite de resistência à tração(3500 MPa),
barato

● Usos
○ Carrocerias automotivas e carenagens marítimas
○ Recipientes de armazenamento

● Limitações
○ Baixa rigidez (70 GPa)
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FIBRA DE VIDRO
● Composição da fibra: 55%SiO2, 16%CaO, 15%Al2O3, 10%B2O5 e
4%MgO
● Diâmetros entre 3 e 20μm
● Muito sensível a defeitos superficiais da fibra
● São recobertas com uma capa protetora
● Podem ser usadas na forma de fios e tecidos
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COMPÓSITOS POLIMÉRICOS REFORÇADOS COM FIBRA DE CARBONO


● Vantagens
○ Baixa densidade relativa (1,8)
○ Alto módulo de elasticidade (200 a 700 GPa)
○ Retêm alto módulo de elasticidade e alta resistência à tração em
altas temperaturas (temperatura máxima de trabalho: 110 °C).
○ Em temperatura ambiente, é inerte a umidade e a muitos ácidos,
solventes e bases.

● Usos
○ Equipamento esportivo, aviação, automotivo.

● Limitações
○ O quilo da fibra de carbono fica entre US$ 50 e US$ 1 mil, o que
encarece o produto mesmo com a produção em larga escala. Por
isso ele é utilizado somente em produtos de alto valor, como em
carros de F1, veículos de luxo, iates, aviões e foguetes.
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FIBRA DE CARBONO

● Diâmetro 4 a 10μm
● Produzidas a partir de precursores: rayon, poliacrilonitrila e piche
● Processo afeta o módulo de elasticidade: existem materiais com
várias classes de módulos → padrão, intermediário, alto e ultra alto
● Fibra contém também regiões de grafita e regiões não-cristalinas
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COMPÓSITOS POLIMÉRICOS REFORÇADOS COM FIBRA ARAMIDAS


● Vantagens
○ Baixa densidade relativa (1,44)
○ Alta tenacidade
○ Ductilidade permite tecelagem

● Usos
○ Blindagem balística, artigos esportivos, pneus, cordas

● Limitações
○ Susceptíveis a ácidos e bases fortes
○ Baixa resistência à compressão
○ Custo (maior que o da fibra de vidro)
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PROCESSAMENTO DE COMPÓSITOS REFORÇADOS COM FIBRAS


● Pultrusão: produtos longos e seção transversal constante
(mechas de fibras)
● Usado com fibras de vidro, carbono e aramidas (concentração
entre 40 e 70% fibras)
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PROCESSO “PREPREG”

Tecidos pré-impregnados construídos a partir de fibras secas e impregnadas


com resinas de cura a quente são chamados de prepreg.
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LAMINADOS E PAINÉIS-SANDUÍCHE

Um painel sanduíche é um tipo de material compósito


constituído por uma estrutura de três camadas: duas
lâminas finas, rígidas e resistentes de material denso,
separadas por uma camada de um material de baixa
densidade e que pode ser muito menos rígido e
resistente do que as lâminas
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LAMINADOS E PAINÉIS-SANDUÍCHE
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LAMINADOS E PAINÉIS-SANDUÍCHE

O compensado, ou madeira compensada, é feito


empilhando folhas finas em uma espécie de
sanduíche. Cada folha é colada sobre as outras.
Isto a torna resistente às dobras em todas as
direções. Também melhora a estabilidade
dimensional (o quanto ela se expande ou contrai
em diferentes temperaturas) e impede que ela se
desfaça quando perfurada por pregos e
parafusos.

Painéis de fachada (Sainsbury Arts Center)


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CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS COMPÓSITOS


(SINTÉTICOS)
Compósitos

Reforçado com partículas Reforçados com fibras Estrutural

Particulas Reforçado por Contínuas Descontínuas Painéis em


(alinhadas) Laminados
Grandes dispersão (curtas) Sanduíche

Nanocompósitos Orientadas
Alinhadas
Aleatoriamente

Esquema de classificação para os vários tipos de compósitos.

CALLISTER, W. D.; RETHWISCH, D. G. Materials science and engineering : an introduction. [s.l.]


Hoboken, Nj Wiley, 2020.


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NANOCOMPÓSITOS

● Carga Sub-Micrométrica
○ → 100 a 1000 nm (0,1 a 1µm)

● Carga com dimensões nanométricas


○ → 1 a 100 nm – 0,001 a 0,1 µm (nanocarga)
○ Aumento de resistência se dá por interações a
nível atômico ou molecular entre a carga e a
matriz → nas interfaces

● Carga inorgânica com dimensões nanométricas


○ → 1 a 100 nm
■ Negro de fumo (nanocarga)
■ Carbonato de cálcio (CaCO3)
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EXEMPLO DE NANOCOMPÓSITO

Restaurações dentárias:

Alguns materiais de restauração dentária recentemente desenvolvidos são


nanocompósitos poliméricos, incluem as nanopartículas de sílica, e
nanoaglomerados compostos por aglomerados fracamente presos compostos por
partículas com nanodimensões tanto de sílica quanto de zircônia.

● alta tenacidade à fratura


● são resistentes ao desgaste
● possuem curto tempo de cura e baixo encolhimento durante a cura
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Referências Bibliográficas

● CALLISTER, W. D.; RETHWISCH, D. G. Materials science and engineering : an introduction. [s.l.]


Hoboken, Nj Wiley, 2020.
● https://www.ccs.unicamp.br/cursos/ie521/cap04.pdf
● https://www.scielo.br/j/rmat/a/K3RXq6PCSdYMDFyfY6q3PPm/?lang=pt#
● https://www.infoescola.com/engenharia/extrusao/
● https://www.youtube.com/watch?v=oUzN1fII47w&list=LL&index=2&t=947s
● https://www.youtube.com/watch?v=krY-x0r7YfI&list=LL&index=3&t=1473s
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AGRADECIMENTOS

Prof. Vitor Luiz Rigoti - Orientação.


Profa. Bárbara Guimarães - Engenheira de Materiais.

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – Campus Linhares


Avenida Filogônio Peixoto, 2220 - Aviso. Linhares - ES . CEP 29901-291
Fax: 55 0XX27 3264-5749 . https://www.linhares.ifes.edu.br/

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