Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução a Compósitos
1. Definições Básicas
3. Lâmina
4. Laminado
5. Processos de Fabricação
2
Definições básicas
Material compósito é um material constituído de duas fases combinadas
numa escala macroscópica cujo desempenho e propriedades para
uma dada aplicação são superiores aos materiais constituintes agindo
independentemente.
As fases constituintes de um compósito são:
• reforço: geralmente descontínua, mais rígida e mais resistente
• matriz: contínua e geralmente menos rígida e resistente
Além da matriz e do reforço, a interface entre essas fases também afeta
as propriedades mecânicas do compósito
Uma boa interface (resultado da compatibilidade química entre as fases)
é essencial para a resistência e rigidez do compósito
reforço
compósito
matriz
3
Definições básicas
Funções da matriz
4
Definições básicas
Homogeneidade
5
Definições básicas
Homogeneidade
6
Definições básicas
Anisotropia
7
Agenda
1. Definições básicas
3. Lâmina
4. Laminado
5. Processos de Fabricação
8
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de reforço – arranjo geométrico
particulado
fibra descontínua
fibra contínua
9
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de reforço – arranjo geométrico
10
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de reforço – arranjo geométrico
11
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de reforço – arranjo geométrico
12
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de reforço – arranjo geométrico
13
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de reforço – arranjo geométrico
roving
14
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de reforço – arranjo geométrico
reforço particulado reforço de fibras descontínuas reforço de fibras contínuas
a) unidirecional a) unidirecional
b) tecido (cross-ply)
b) orientação aleatória
quase-
isotrópico
c) multidirecional
15
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de matriz
polimérica
cerâmica
metálica
carbono
16
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de matriz
Vantagens:
alta rigidez e resistência específica
fácil processamento
custo de fabricação relativamente baixo
flexibilidade na orientação das fibras
17
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de matriz
Características
alto custo
alta tenacidade e ductilidade
consolidação: transformação física
processamento difícil
temperatura de uso limitada pela temperatura de amolecimento ou fusão
18
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de matriz
Características
cura: transformação química
uma vez curada não pode ser re-fundida
resistente, rígida e frágil
armazenamento com refrigeração
perecível (shelf life limitada)
processamento simples
temperatura de uso relativamente baixa
19
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de matriz
Matriz cerâmica reforçada por fibras de cerâmica
carbeto de silício
óxido de alumínio
nitreto de silício
Características
alta temperatura de uso
baixa densidade
alta rigidez e dureza
processamento complexo
isolamento elétrico
frágil – baixa tenacidade à fratura
baixa tolerância ao dano
20
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de matriz
Matriz metálica reforçada por fibra de boro, carbono ou cerâmica
alumínio
magnésio
titânio
Características
alta temperatura de uso
alta rigidez e resistência (3D)
alta condutividade térmica
dúctil – alta tenacidade à fratura
alta tolerância ao dano
21
Classificação de materiais compósitos
Quanto ao tipo de matriz
Matriz de carbono reforçada por fibras de carbono
compósito carbono-carbono
Características
alta temperatura de uso
alta rigidez
baixa densidade
baixa expansão térmica
boa condutividade térmica e elétrica
processamento difícil
22
Agenda
1. Definições básicas
3. Lâmina
4. Laminado
5. Processos de Fabricação
23
Lâmina
Definição
1 (longitudinal)
24
Lâmina
Orientação
z 3 y
1
2 θ
θ
x
25
Lâmina
Orientação
26
Agenda
1. Definições básicas
3. Lâmina
4. Laminado
5. Processos de Fabricação
27
Laminado
Definição
0o
− 45o
+ 45o
90o
y
x
28
Laminado
Notação
29
Laminado
Notação
um sub-escrito “S” pode ser usado para indicar que um laminado é simétrico;
nesse caso, apenas metade das camadas precisam ser indicadas
exemplo:
[0/+45/−45]S = [0/+45/−45 /−45 /+45/0]T
[0/ ±45]S = [0/+45/−45 /−45 /+45/0]T
30
Laminado
Notação
31
Agenda
1. Definições básicas
3. Lâmina
4. Laminado
5. Processos de Fabricação
32
Processos de Fabricação
33
Processos de Fabricação
Hand lay-up
Automatic Tape Laying (ATL)
Fiber Placement (FP)
Resin Film Infusion (RFI)
Filament Winding
Resin Transfer Molding (RTM)
Vaccum Assisted Resin Transfer Molding (VARTM)
Pultrusão
34
Processos de Fabricação
Hand lay-up: matéria prima
35
Processos de Fabricação
Hand lay-up: passos
4. Saco de vácuo
1. Corte de camadas 7. Estrutura curada
36
Processos de Fabricação
Hand lay-up: sequência de laminação
37
Processos de Fabricação
38
Processos de Fabricação
39
Processos de Fabricação
Vantagens Desvantagens
40
Processos de Fabricação
Automatic Tape Laying (ATL) e Fiber Placement (FP)
ATL FP
41
Processos de Fabricação
Automatic Tape Laying (ATL) e Fiber Placement (FP)
Vantagens Desvantagens
- Deposição de camadas na - Introdução de descontinuidades
orientação correta no reforço durante o processo de
- Reduz ciclo de custos laminação
- Manufatura de partes planas ou - Qualidade final de furos limitada
curvas pela largura da fita depositada
- Manufatura de grandes - Altos custos associados com
estruturas (até 14 m) em apenas cura em autoclave
uma etapa
- Processo automatizado
- Precisão, repetibilidade e
qualidade elevadas
42
Processos de Fabricação
Resin Film Infusion (RFI)
Tecidos secos são depositados entremeados por camadas de filmes
de resina semi-sólidos. O laminado é submetido a um saco de
vácuo para remover o ar através do tecido seco e posteriormente
aquecido para que a resina inicialmente derreta e depois flua por
meio do tecido livre de ar e, finalmente, a cura ocorra após algum
tempo.
43
Processos de Fabricação
Resin Film Infusion (RFI): matéria prima
Resinas: geralmente apenas epóxi
Fibras: quaisquer
Núcleos: vários, embora espumas PVC necessitem de procedimentos
especiais devido às altas temperaturas envolvidas no processo
44
Processos de Fabricação
Resin Film Infusion (RFI)
Vantagens Desvantagens
45
Processos de Fabricação
Filament Winding (enrolamento filamentar)
46
Processos de Fabricação
Filament Winding: matéria prima
Resinas: epóxi, poliéster, fenólicas
Fibras: vidro, carbono, aramida
Aplicações: estruturas axisimétricas como vasos de pressão, tanques de
combustível e dutos
Parâmetros de processo: viscosidade da resina, tensão na fibra,
velocidade, posicionamento das fibras
47
Processos de Fabricação
Filament Winding
Vantagens Desvantagens
- Processo de posicionamento de - Limitado a geometrias
fibras controlado axisimétricas
- Baixo conteúdo de vazios - Não permite bom controle do
- Permite a fabricação de partes conteúdo de resina
unidas em oneshot - A qualidade do produto final
- Permite fabricação de estruturas depende dos parâmetros de
de qualquer tamanho processo (viscosidade da resina,
- Processo com baixíssimo tensão nas fibras, velocidade,
desperdício de material posicionamento das fibras)
48
Processos de Fabricação
RTM é um processo de transferência de resina assistido por vácuo no
qual uma pré-forma seca é colocada entre duas partes rígidas de um
molde fechado seguido por impregnação de resina termofixa sob pressão
com ajuda de vácuo. Resinas de baixa viscosidade devem ser utilizadas.
Geralmente a cura é feita in-situ usando molde aquecido com controle
de temperatura. Aplicável na produção em cadência média e alta de
grandes componentes estruturais.
49
Processos de Fabricação
RTM: passos
50
Processos de Fabricação
RTM: matéria prima
Resinas: epóxi, poliéster, vinil éster
Fibras: vidro, carbono, aramida
Aplicações: gerais nas indústrias aeroespacial e automotiva
(aeroestruturas primárias, painéis reforçados integrais)
Parâmetros de processo: viscosidade da resina, definição dos pontos de
entrada e saída da resina, velocidade de infusão, qualidade do molde
(rigidez e resistência), tecidos (“dobrabilidade” ou distorções
geométricas e permeabilidade)
51
Processos de Fabricação
RTM: exemplos de aplicação
52
Processos de Fabricação
RTM
Vantagens Desvantagens
53
Processos de Fabricação
VARTM é similar ao processo de RTM, porém utiliza apenas vácuo, tanto
para a injeção de resina quanto para a cura do molde. Assim, ele opera a
pressões mais baixas do que o processo RTM, o que permite a inclusão
de núcleos de espuma facilmente incorporados no lay-up. O processo
consiste em apenas um molde com uma bolsa de vácuo e pré-forma
inserida entre essas duas partes. Um meio poroso é geralmente colocado
sobre a pré-forma para facilitar a distribuição de resina.
54
Processos de Fabricação
VARTM
Vantagens Desvantagens
55
Processos de Fabricação
Pultrusão
56
Processos de Fabricação
Pultrusão
57
Processos de Fabricação
Pultrusão: matéria prima
Resinas: epóxi, poliéster, fenólica
Fibras: carbono, kevlar, vidro
Aplicações: indústrias automotiva e petróleo, trilhos, pórticos e
maçanetas
Parâmetros de processo: velocidades e rotação e giro, aquecimento,
medida e calibração da solidificação, resfriamento, trefilação e corte
58
Processos de Fabricação
Pultrusão
Vantagens Desvantagens
59