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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

DOCENTEs: DR. JOÃO MALHEIRO

PROF. MSC, RENAN FREITAS

ALANA PEREIRA DA SILVA

HELEM VITÓRIA FREITAS ALMEIDA

JULIANA OLIVEIRA DE SOUZA

O USO DA SEQUÊNCIA DE ENSINO INVESTIGATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIA: UMA


ANÁLISE DE OBSERVAÇÃO

Castanhal-pará

2022
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O USO DA SEQUÊNCIA DE ENSINO INVESTIGATIVA NO ENSINO DE CIÊNCIA: UMA
ANÁLISE DE OBSERVAÇÃO

Pereira. Alana¹, Almeida. Helem², Oliveira. Juliana³


1. Estudante da Faculdade de Pedagogia da Universidade Federal do Pará (UFPA)
2. Estudante da Faculdade de Pedagogia da Universidade Federal do Pará (UFPA)
3. Estudante da Faculdade de Pedagogia da Universidade Federal do Pará (UFPA)

Resumo
Este trabalho é resultado da observação de aplicação de uma Sequência de Ensino
Investigativa (SEI), em uma turma de graduandos de Pedagogia da Universidade Federal do
Pará (UFPA). Onde descrevemos o que aconteceu nas sete etapas da SEI, as perguntas
realizadas pelas professoras e a necessidade do uso da SEI no ensino de Ciências. Assim,
buscamos apresentar que o ensino de ciências seguindo a metodologia da SEI, possibilita
que os alunos interajam melhor entre si, explorem suas ideias e conhecimentos cotidianos.

Palavras-chave: Ensino de Ciências; Metodologia; Construção de conhecimento.

Introdução
Este trabalho tem como pilar principal a sequência de ensino investigativa (SEI),
proposta por Carvalho et al (2009); se tratando de uma metodologia construtiva que pode
ser realizada em sete etapas. A SEI trás o aluno como construtor do seu conhecimento e o
professor como mediador, trabalhando uma troca de saberes entre professor e aluno. Desse
modo, essa metodologia precisa apresentar algumas atividades consideradas fundamentais
por Carvalho et al. (2009), podendo ser atividades experimentais ou teóricas e que devem
começar por uma problemática.
Para ser considerada uma sequência de ensino investiga segundo Azevedo (2010),
os alunos devem ser colocados frente a situações que o façam refletir, discutir, explicar e
relatar e não se prenderam a tentativas de explicar fenômenos científicos e tecnológicos.
Sendo assim, a proposta de Carvalho et al. (2009) mostra-se uma excelente ferramenta para
o sucesso na aprendizagem do ensino de ciências.
Nesse intuito, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência vivida pela turma de
graduandos de Pedagogia da UFPA. Tendo em vista, a utilização e apresentação de uma
Sequência de Ensino Investigativa realizada em sala de aula por discentes através de
experimentos, observando as interações e os questionamentos feitos e como ocorreu a
realização da atividade.

Metodologia
A metodologia deste trabalho consiste na observação de um experimento realizado
em sala de aula, seguindo a metodologia proposta por Carvalho et al. (2009) a SEI. Sendo
assim a primeira etapa da sequência de ensino investigativa é a proposição do problema,

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assim, a problemática do experimento em questão era: Como fazer o ovo boiar? Abordando
o conteúdo da água salgada e a densidade. Os materiais trabalhados foram: copo; água;
vinagre; sal; açúcar; colher e ovo. A turma foi divida em 4 grupos de 6 alunos, foram
entregues seis copos igualmente para cada grupo; três copos continham água, um com
vinagre, outro com sal e um com açúcar, junto com a colher e o ovo.
Depois da entrega dos materiais e da questão problema, os grupos tiveram liberdade
para agir sobre os materiais e refletir em como usá-los para solucionar o problema.
Diante da problemática levantada pelas professoras e depois do primeiro contato com
os materiais, os alunos começaram a levantar as hipóteses de como solucionar o problema
e a testar todas as hipóteses levantadas. As professoras monitoravam cada grupo, fazendo
perguntas para aumentar a curiosidade dos alunos; algumas das perguntas foram: Como
vocês conseguiram fazer o ovo boiar? Todas as tentativas de fazer o ovo boiar deram certo?
Em quais soluções o ovo boia mais? Ao fim de todas as tentativas dos alunos as professoras
recolheram os materiais.
Seguindo a sequência, as professoras instigaram os alunos a responder sobre as
causas do fenômeno com as seguintes perguntas: Por que vocês acham que deu certo?
Qual foi o material que fez com que em todas as soluções o ovo boiasse? Por que vocês
acham que o sal faz o ovo boiar? Depois de ouvir todas as respostas, as professoras
começaram a explicar sobre o fenômeno da densidade e em seguida expuseram um vídeo
disponível no link: https://youtu.be/TSNWj1XQB4g; que aborda sobre peso, massa, volume e
densidade.
Depois das explicações sobre as causas que possibilitaram o fenômeno, chegamos a
etapa do escrevendo e desenhando, onde os alunos receberam uma folha de papel A4 para
criarem seus desenhos a partir do que entenderam do experimento, para depois explicarem
seus desenhos.
É importante que as professoras fiquem atentas para que os alunos não fujam dos
conceitos estudados. Por fim, as professoras relacionaram todo o conteúdo abordado com o
cotidiano dos alunos da turma, trazendo um vídeo sobre o Mar Morto disponível no link:
https://youtube.com/shorts/dT1parrx2wc?feature=share.

Resultados e Discussão
Muitas vezes, os professores levam metodologias para a sala de aula que não
permitem ao aluno protagonizar seu conhecimento, a SEI vem ao contrário disso, fazendo
com que o aluno seja o centro da sua aprendizagem. Desse modo a sequência de ensino
investigativa trabalhada com a turma de graduandos nos permitiu observar como ocorre a
aprendizagem por investigação e o entendimento individual de cada aluno.
Entendemos que o ensino de ciências que estimule a interação entre os alunos seja o

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facilitador para autonomia por meio do coletivo e da cooperação. Sendo assim, o trabalho
em grupo em buscas de respostas em aula de ciências que envolvam a SEI, agregam com a
formação e o crescimento das relações tanto no social como no afetivo, além de
proporcionar a troca de saberes. Essa prática é muito defendida em estudos de cunho
científico, sendo assim deve ser incentivada (SEDANO; CARVALHO, 2017).
Para efeito desse trabalho, foi utilizado a experimentação como ferramenta
pedagógica a partir do tema sobre água salgada e densidade, tendo em foco maior
aproveitamento do ensino-aprendizagem dos alunos, para exemplificar usaremos o
conteúdo experimental e sua problemática “Como fazer o ovo boiar? ” Afim de uma
compreensão melhor do conteúdo que foi explorado, como mostra o diagrama abaixo:

Várias hipóteses
levantadas
Abordagem do
conteúdo sobre a
Densidade
Como fazer o
ovo boiar?
Maiores efeitos na
Momento dos alunos expor seu utilização do sal
entendimento do assunto

Troca de conhecimentos e
apresentação de vídeos
Aula didática e sobre o mar morto
prática para
melhor
aprendizado

A partir desse conteúdo, como pode-se ser observado, foi possível obter outros
aspectos sejam eles do cotidiano do aluno, sua socialização, o coletivo, assim como também
outros assuntos mais aprofundados como o mar morto e os efeitos da densidade do sal na
água. Há vários outros que poderiam ser exemplificados no cotidiano através do conteúdo
científico citado no diagrama acima, mas para além disso, há necessidade de notar que os
alunos tiveram contato com a prática por meio desse experimento investigativo, fazendo-os
refletir sobre a importância do ensino científico para seu cotidiano e torná-los mais
consciente do seu papel social.

Conclusões

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Concluímos que a aplicação da SEI em sala de aula possibilita que os alunos
aprendam de uma maneira mais dinâmica, divertida e eficaz. Pelo fato de que, durante a
observação do experimento proposto pelas professoras, o mesmo possibilitou a interação
coletiva entre a turma, onde todos interagiram e ouviram as hipóteses de cada grupo sobre
as causas do fenômeno. Dando ênfase, na etapa do escrevendo e desenhando que
proporciona um momento para os alunos usarem sua criatividade colocando em prática os
saberes adquiridos sobre o assunto estudado.
Portanto, a SEI como uma metodologia construtiva auxilia no exercício e na prática
das ciências; fazendo uma aprendizagem com significado e prazer para os alunos.

Referências bibliográficas

AZEVEDO, M. C. P. S. Ensino por investigação: problematizado as atividades em sala de aula. In


CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, p. 19-33, 2010.

BlaBlaLogia. Volume e densidade. You tube: 2016. Disponível no link >


https://youtu.be/TSNWj1XQB4g. Acesso em: 22.10.2022.

CARVALHO, A. M. P.; VANNUCCHI, A. I.; BARROS, M. A.; GONÇALVES, M. E. R, REY, R. C.


Ciências no ensino fundamental: O conhecimento físico – São Paulo: Scipione, 2009.

100 palavras. Mar Morto. Disponível no link > https://youtube.com/shorts/dT1parrx2wc?


feature=share. Acesso em: 22.10.2022.

SEDANO, L.; CARVALHO, A. M. P. Ensino de Ciências por Investigação: Oportunidades de


interação Social e sua Importância para a construção da autonomia moral. Revista de Educação em
Ciência e Tecnologia. Florianópolis, v. 10, n. 1, p. 199-220, maio, 2017.

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