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INICIAÇÃO A NATAÇÃO
VITÓRIA
2018
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INICIAÇÃO A NATAÇÃO
VITÓRIA
2018
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Dr. Prof. Edson Castardeli por ter aceitado esse desafio da
orientação e nos ter proporcionado a expansão necessário do conhecimento sobre o
tema. Obrigado por nos reforçar e ampliar ainda mais a pedagogia relacionada e a
construção deste trabalho. Obrigado pela orientação que além de relacionar os
temas e artigos, nos permitiu uma visão crítica, através de diversas reflexões e
indagações sobre o trabalho do profissional de educação física, possibilitando nos
tornamos sujeitos criticos em nossa aprendizagem o que nos tornara profissionais
ainda melhores no futuro.
Também agradecemos aos nossos pais e avós pela confiança a nos empregado
nesses últimos 4 anos de graduação, pela motivação em momentos difíceis nesse
início da nossa longa vida acadêmica, e por todo esforço que nos concederam.
Obrigado.
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RESUMO
ABSTRACT
The present study aims to analyze the possible methodologies of swimming initiation,
among the age groups of children, adolescents and adults, and the work of physical
education teachers in swimming education. This work was carried out through a
systematic review, seeking to understand and understand the published works that directly
address the proposed theme. This work looked for articles in the databases, SCIELO
Brazil and SCIELO Portugal, BDTD, CAPES and Google Academic, merging the key
words, selecting articles from the year of 1997. The selection of the articles was from the
reading of their titles and respective abstracts, excluding papers that have to do with the
following criteria: articles that address the high yield, nutrition, physiology and kinesiology.
The reading and comprehension of the articles found lead us to conclude that in relation to
the studied age groups we found a greater number of researches related to children but
with a focus directed to the playful, in the teaching process and with the relation to
adolescents and adults the number of research is more limited, especially in relation to
adolescents, since the many researches with a focus on high performance training and
very little for initiation, and when the subject is adults the researches are more related to
fear, than to the pedagogical process itself . Thus, we conclude that there is a need for
more studies focusing on the methodologies used in the pedagogical process of initiation
of swimming
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................….07
2 OBJETIVOS .................................................…..............……………………..... 10
3 METODOLOGIA................................................................................................10
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................…... 12
5 CONCLUSÃO/DISCUSSÃO ........................................……………………….... 42
6 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 46
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1 INTRODUÇÃO
• Historia da Natação
• Papel do professor de E.F na Natação
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
Após esta seleção dos artigos em seguida partimos para a revisão dos trabalhos e
seus resultados, seguindo a sequência do menor para o maior nas faixas etárias
de idade.
12
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A partir dos artigos encontrados foram realizadas análises de acordo com uma
sequência cronológica e os critérios observados e estabelecidos na metodologia.
Nessa perspectiva foram elencadas quatro categorias de análise as quais foram
constituídas pelos próprios artigos analisados e estão referenciadas pelos
respectivos títulos.
4.1 NATAÇÃO/INICIAÇÃO
A ludicidade tem grande importância no ensino das crianças. Ate mesmo os pais,
entendem do sucesso do ensino lúdico, e de suas vantagens.
O questionário a seguir mostra a partir das respostas dos pais, os motivos que os
levam a apresentarem a prática da natação aos filhos e as respostas positivas e
negativas sobre o trabalho do professor.
A questão número um do questionário procurou entender o por que dos pais optarem
pelas atividades aquáticas, no caso da natação, ministradas a seus filhos, isto e quais
os fatores que contribuem para a aderência das crianças em aulas de natação, no
âmbito do lazer.
A maioria dos sujeitos que participaram da pesquisa (35%) aponta que a possibilidade
de inserção das dinâmicas lúdicas em atividades aquáticas (natação) torna-se o
principal motivo que contribui para aderência de seus filhos a programas de natação,
nos momentos dedicados ao lazer das crianças (TAHARA E SANTIAGO, 2007).
Com essa resposta podemos observar que a ludicidade tem um grande papel na
iniciação dentro do meio líquido e como ela tem uma importância no início do processo
pedagógico do nado como TAHARA (2007) conclui que mergulhar, tendo o meio
líquido com espaço inclusivo, e um olhar sobre a prática pedagógica da natação,
possibilitando a este ser um ambiente que ofereça condições para o desenvolvimento
pessoal de toda e qualquer indivíduo, sem excluir as expectativas tanto do professor
como do aluno, num processo bilateral, contribuindo para a construção de um novo
saber […]
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“[…] utilizo brincadeiras, por exemplo, balões coloridos com pedrinhas dentro para
catar no fundo da piscina, uma barra na parte funda da piscina, para eles descerem
pela barra, basquete dentro da piscina […]” (Entrevistado N).
“[…] para que os mesmos possam ter um momento de integração e descontração
com os outros alunos, executando brincadeiras e jogos que possam divertir os
mesmos” (Entrevistado A). (CARDOSO DA SILVA, 2011)
Fez-se necessário destacar que a maioria dos entrevistados citaram que utilizam as
brincadeiras principalmente nos minutos finais da aula, sendo esse o momento livre
para brincar:
O lúdico nas aulas de natação possibilita o brincar, construindo laços afetivos entre o
professor e o aluno em um relacionamento bilateral, onde ambos aprendem nesta
construção do saber, o que motiva a relação pedagógica (DIAS,2007).
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Reparem que em todos os professores, o trabalho lúdico tem grande importância nas
metodologias de aprendizagem em suas aulas.
GERSTER (2011) afirma isto: pode-se inferir no que se refere a promover
atividades lúdicas nas aulas de natação infantil como procedimento
metodológico, que os profissionais em questão se fazem valer da ludicidade,
com maior ou menor ênfase; o que foi refletido tanto nas respostas dos
professores quanto ao que se pôde observar nas aulas, que estas
promovem o desenvolvimento pessoal e social do ponto de vista das
atitudes e conceitos metodológicos.
4.2 CRIANÇAS/NATAÇÃO
Sabe se que o público infantil tem uma facilidade maior para a aprendizagem dos
esportes e na natação não é diferente. As crianças podem progredir satisfatoriamente
mediante um treinamento de 3 a 4 vezes por semana, durante aproximadamente 45
minutos a uma hora por série (MAGLISCHO,1999).
Sobreviver na Água 75 25
20
Arcos (Não 17 78 3 2
flutuantes)
Outros 18 65 11 6
Equilíbrio dinâmico
• 82% sempre usam, 16 % as vezes, 2% raramente.
Rotações simétricas
• 30% sempre usam, 62% usam as vezes. 6% usam raramente, 2% afirmam
que nunca usam.
Partidas e viragens
• 39% sempre usam, 47% usam as vezes, 10% usam raramente e 4% nunca
usam.
Destrezas complexas
• 7% sempre usam, 33% usam as vezes, 47% usam raramente e 13% nunca
usam.
Entrada na água 60 29 10 1
Equilíbrio dinâmico 82 16 2 0
Ação propulsiva 74 24 2 0
correta do MI
Rotações simétricas 30 62 6 2
Ação propulsiva 24 63 12 1
correta do MS
Destrezas específicas 74 23 2 1
das técnicas
Controle da 39 53 8 0
Respiração ritmado
Partidas e viragens 39 47 10 4
Destrezas complexas 7 33 47 13
Atitudes
Não ter medo 79 20 1 0
Saber utilizar o 81 19 0 0
equipamento
Respeito pelas 94 6 0 0
regras na
atividade
Respeito pelas 94 6 0 0
ordens e
organização
Compreensões
Procedimentos 90 9 1 0
e organização
da turma
Regras de 83 17 0 0
segurança e
salvamento
26
Jogos e 87 13 0 0
atividades
lúdicas
Conhecimento 64 35 1 0
da linguagem
técnica
Domínio 54 43 3 0
teórico da
mecânica do
movimento
Por fim os autores ROSA, ZANI, CARLOS, ZANQUETA, COURI concluem dizendo
que as crianças submetidas ao programa de natação da FAFIBE adquiriram,
habilidades e capacidades físicas que possibilitarão um melhor desenvolvimento
motor. E também uma melhora na composição corporal, que contribui para uma
melhor qualidade de vida e prevenção da obesidade infantil nessas crianças.
No entanto, os autores concordam que são necessárias maiores investigações para
confirmação dos dados.
Este artigo foi selecionado por meio da leitura de seu título e resumo, porém ao
analisarmos seus resultados constatamos que seu foco não tem relação com a
metodologia de ensino da natação que é o tema que abordamos em nosso estudo,
porém ele faz uma relação com outro artigo que utilizamos em nossa revisão.
Neste artigo os autores MARTINS, SILVA, MARINHO E COSTA (2015) fizeram uma
bateria de testes e analisaram os resultados de cada grupo, o grupo com uma
pequena experiência e o grupo sem experiência com natação. Porém era como
objetivo avaliar as habilidades motoras simples, como agarrar, lançar e bater: bater
em bola parada, driblar, agarrar/apanhar, pontapear, lançar superior e inferior e não
havia nenhuma relação com o ensino da natação, e nenhum tipo de teste no meio
líquido, apenas se os grupos participantes possuíam ou não experiência com o
nado.
Ao final os autores concluem que, eles concordam com o artigo publicado um ano
antes, já citado a cima ROCHA, MARINHO, FERREIRA E COSTA (2014) que ensino
da natação ao 1º ciclo básico de ensino promove preferencialmente a aquisição de
habilidades aquáticas básicas (como entrada na água, o equilíbrio dinâmico e o
controlo respiratório), num ensino que valoriza a aquisição de compreensões
básicas na gestão de jogos e atividades lúdicas aquáticas. Nestas assume-se o jogo
como um recurso metodológico natural que agrega simultaneamente motivação,
eficácia pedagógica e, muitas vezes, a manipulação de material didático para fins
lúdicos específicos. Assim, e embora não seja conhecido efetivamente essa
transferência entre habilidades aquáticas básicas e habilidades motoras globais no
meio terrestre (e vice-versa) quando se valoriza determinada concepção pedagógica
da natação, os nossos resultados deixam antever um efeito positivo do ensino da
natação em variadas habilidades motoras básicas […] MARTINS, SILVA, MARINHO
E COSTA (2015).
Deixamos este artigo pois ele fez uma forte ligação ao primeiro artigo apresentado
neste estudo e seu trabalho sobre a importância do ensino da natação e sua
iniciação desde cedo.
4.3 ADOLESCENTES
Como citado, na pesquisa sobre Adolescentes foi achado apenas um Artigo Único.
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A fala de MAGLISCHO no primeiro paragrafo deixa claro que esta faixa etária,
busca um treinamento mais competitivo, mas e interessante citarmos o artigo
publicado na Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, por ALVES, JUNGER,
PALMA, MONTEIRO E RESENDE (2007) sobre Motivos que Justificam a Adesão
de adolescentes a prática da Natação, que vai além disto e aborda diversos
outros fatores.
Neste artigo participaram 98 indivíduos (67 homens e 32 mulheres) com idade entre
13 e 18 anos de idade, matriculados em escolas de natação da cidade o Rio de
Janeiro. o instrumento de coleta de dados utilizado era composto de questões
objetivas e uma escala de opinião sobre os motivos que influenciam o adolescente a
continuar praticando a natação. o estudo foi realizado em três estabelecimentos de
ensino a natação no município do Rio de Janeiro. Os resultados revelaram que os
motivos relacionados a saúde correspondem a 13 por cento do total.
Categorias Media
Bem-estar pessoal 1,867
Condicionamento Físico 1,704
Prevenção de doenças 1,622
Diversão 1,572
com maiores respostas, acima da média de 1,5 tanto para o sexo masculino quanto
para o sexo feminino foram:
● Bem-estar social
● Condicionamento físico
● Prevenção de doenças
Tabela 09 – Retirada do Artigo. Resultados distintos por sexo, em relação aos
motivos que justificam a permanência na natação
Categorias N° alunos N° alunos sexo Media das Media das
sexo feminino respostas dos respostas dos
masculino alunos do sexo alunos do sexo
Masculino Feminino
4.4 ADULTOS/NATAÇÃO
piscina”
A10F: “Quando criança minha mãe
estava me ensinando a nadar de
costas e eu quase me afoguei”
1. Controle da respiração
2. Flutuação
3. Relaxamento
4. Propulsão
5. Equilíbrio
• Controle da respiração
No meio aquático a respiração é mista: a inspiração é realizada pela boca e a
expiração e pode ser feita pelo nariz, boca ou por ambos ao mesmo tempo. Para
começar a adaptação é necessário que o aluno sinta a água em contato com o
rosto. Para promover maior independência do aluno na água o uso de óculos deve
ser estimulado.
• Flutuação
Para a flutuação é indispensável abordar alguns princípios da mecânica dos
fluídos:
a) Princípio de Arquimedes: o peso do volume da água deslocado é igual ao peso
do corpo que flutua nela.
b)Empuxo ou força de flutuação: quando um corpo está imerso em um líquido em
repouso, sofre um empuxo para cima igual ao volume por ele deslocado.
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• Relaxamento
O relaxamento corporal depende da confiança em si mesmo e do conhecimento do
ambiente aquático.
• Equilíbrio
Enquanto nas atividades terrestres consideram-se o Centro de Gravidade (CG) e o
Centro de Pressão (COP) como referências para o controle do equilíbrio estático e
dinâmico, em meio aquático a referência é sempre o Metacentro, isto é, o ponto
que determina a estabilidade de um corpo flutuante e cuja localização varia em
função do tamanho, da forma e da posição assumida pelo corpo.
• Propulsão
Durante a realização das atividades de propulsão de membros superiores e
membros inferiores, o aluno é estimulado a compreender as diferentes forças que
interferem na propulsão do corpo dentro da água: atrito, resistência frontal e
esteira. Pode-se ainda obter propulsão a partir do impulso na borda da piscina, em
atividades de “deslize”.
Por fim, os autores concluíram com base nos resultados obtidos na pesquisa que
fornecer a adultos CP tanto após boas e más tentativas de prática, durante as
aulas de natação, ocasiona similar aprendizagem do nado crawl.
5 CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise dos artigos voltados a iniciação, identificamos que esses estudos
tinham como foco a ludicidade e como ela é uma ferramenta essencial para o
ensino a natação. Desta maneira, podemos destacar que os professores que usam
o lúdico como uma importante ferramenta de ensino, através de jogos e de
brincadeiras que motivam a criança a socializar com as outras crianças, a resolver
seus conflitos e a superar seus medos na água. E que por estarem trabalhando
com a ludicidade esses professores costumam ser muito dedicados, serem muito
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Nos artigos voltados as crianças podemos observar uma preocupação por parte
dos autores em mostrar parte do processo pedagógico utilizado pelos professores,
indicando as metodologias utilizadas como ensino da adaptação ao meio aquático
que usa tarefas como as que geram confiança na água, entrada na água e
equilíbrio, sendo esses três importantes trabalhos, destacados para início do
processo de iniciação, para partir dali iniciar atividades mais específicas como
domínio mecânico de membros inferiores, superiores, propulsão dos membros,
controle e simetria, e esses trabalhos metodológicos na natação acarreta uma
melhora física para crianças e uma melhora qualidade de vida, como podemos
observar em um dos artigos.
Podemos destacar também que nas aulas, os professores usam vários materiais
na sua forma de trabalho, pois ajuda no processo de aprendizagem, no lúdico e é
uma ferramenta para aqueles que tem medo se sentirem mais à vontade na água.
O trabalho de iniciação a natação desde cedo em crianças tem uma grande
importância e resultados favoráveis, pois a ênfase na diversão, socialização,
ensinos das habilidades e técnicas de forma gradual auxilia no desenvolvimento
motor das crianças.
Em nossa pesquisa sobre iniciação ao nado para adultos, percebemos que o foco
dos trabalhos encontrados são com relação ao sentimento do medo, que é um
empecilho para adultos iniciarem a natação.
Diante dos estudos, a superação do medo da água é um fator muitas vezes
superado pelo aluno, com o auxílio de algumas técnicas indicadas pelo professor
como, praticar mais o exercício que causa medo e técnicas de respiração por
exemplo, mas que necessita como falamos acima, do trabalho do professor de
natação com aluno, para que se rompa essa barreira do medo, desenvolvendo
uma confiança professor-aluno, criando um ambiente de aula ainda mais agradável
para o aluno. Existe dentro do trabalho de adaptação para adultos também além da
superação do medo também o objetivo que visam a melhora do aluno no seu
desenvolvimento do nado, como o próprio aluno saber seus limites de movimento.
Lógico que qualquer grupo iniciado precisa de um feedback vindo do professor,
este faz parte de sua avaliação inicial e continua do trabalho, que como foi dito
aumenta a relação aluno-professor.
Deszsa maneira concluímos que deve haver mais pesquisas com relação ao
processo pedagógico de iniciação que abordem outras metodologias além do foco
de ludicidade e que sejam específicas para cada faixa etária.
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6 REFERÊNCIAS