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ALINE BARRETO GOMES FERREIRA

LUDICIDADE, NO APRENDIZADO MOTOR E SENSORIAL


NA NATAÇÃO INFANTIL

Lauro de Freitas
2018

ALINE BARRETO GOMES FERREIRA


2

LUDICIDADE, NO APRENDIZADO MOTOR E SENSORIAL


NA NATAÇÃO INFANTIL

Projeto apresentado ao Curso de Educação


Física Bacharelato da Faculdade UNIME.

Orientador: Melina Benin

Lauro de Freitas
2018

ALINE BARRETO GOMES FERREIRA


3

LUDICIDADE, NO APRENDIZADO MOTOR E SENSORIAL NA


NATAÇÃO INFANTIL

Projeto apresentado ao Curso de Educação Física


Bacharelato da Faculdade UNIME.

Orientador: Melina Benin

Projeto apresentado___/___/___

Banca Examinadora

________________________________________
Pro. Esp. ou Ms.

_________________________________________
Prof. Esp. ou Ms.

_________________________________________
Prof. Esp. ou Ms.
4

Dedico o presente trabalho a pessoa que amo e todos os demais que fizeram parte
desta conquista direta e indiretamente.

AGRADECIMENTOS

Aos colegas do curso, pelo coleguismo e pelo inegável apoio quando


necessário.
5

As orientadores, Professores: Etiene da Silva Martins e Melina Benin por


todo auxilio, experiência compartilhadas, competência e manifestação de força de
vontade, enfim pela excelente orientação e pela amizade demonstrada nesse
período.
Aos mestres, pelos ensinamentos, dentro e fora da sala de aula, durante
toda a época desta pós-graduação, dentre eles, Shirley Floriano que me deu
oportunidade e me mostrou a arte de ensinar. Aos amigos de trabalho pela paciência
com os estudos e pela pesquisa realizada.
A Faculdade UNIME, porque sem ela não poderia ter realizado este sonho
de conquista. É em especial, a família a qual me apoiou tanto nesta jornada tão
difícil de minha vida, mas principalmente a Deus, por me nortear e dando muita
energia nos momentos mais difíceis, agradeço a meu amado, companheiro pelo
carinho, paciência e muita dedicação nesta longa caminhada.
E finalmente, a todos aqueles que embora não citados nominalmente,
contribuíram direta e indiretamente para a execução desta pesquisa.

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Natação com Práticas de Ludicidade .................................................. 12


6

FIGURA 2 – Natação Convencional.......................................................................... 13


FIGURA 3 – A Natação Infantil como Preventivo para Asma, Bronquite.................. 17
FIGURA 4 – Técnica Lúdica para Desenvolvimento da Respiração e Resistência. 20
FIGURA 5 – Uso do Bambolê com Pratica de Mergulho Infantil............................... 21

RESUMO

O projeto busca analisar as práticas da ludicidade, no aprendizado motor e sensorial


na natação infantil aplicado as idades de 1 a 14 anos. Uma vez que a autora, já
7

estagia na área em questão, e observou as dificuldades de aplicar o aprendizado


convencional da natação para adultos para os infantes. Assim o objetivo principal
deste, é analisar o aprendizado dos esportes aquáticos, averiguando, qual pratica
lúdicas se enquadram melhor em determinadas idades da infância. Outra boa
vantagem é que não cria elevadas despesas, tanto para os alunos, quanto aos
professores, sendo de fácil adaptação. Somente necessita do comprometimento
educacional. A metodologia deste estudo se baseia nas observações empíricas dos
profissionais que aplicaram a ludicidade na natação, como cantigas, brincadeiras e
jogos. E através de publicações teses, revistas e artigos em que foram devidamente
caracterizados estes conhecimentos acadêmicos, num referencial de cunho
qualitativo, valorizando as experiências dos profissionais e os méritos de
aprendizado dos alunos. Após a realização do estudo pode-se considerar que a
técnica da ludicidade é muito eficaz, pois com ela consegue-se amplificar as
habilidades psicomotoras aquáticas das crianças.

Palavras Chave: Natação, Lúdico, Técnica, Ensino Tradicional.

ABSTRACT

The project aims to analyze the practices of playfulness, motor and sensory learning
in children's swimming applied to the ages of 1 to 14 years. Since the author, she
8

already practices in the area in question, and noted the difficulties of applying
conventional adult swimming apprenticeship to infants. Thus the main objective of
this, is to analyze the learning of water sports, finding out, which playful practices fit
best at certain ages of childhood. Another good advantage is that it does not create
high expenses for both students and teachers, and is easy to adapt. It only needs the
educational commitment. The methodology of this study is based on the evaluations
of the professionals who applied the ludicature in swimming, such as songs, games
and games. And through theses publications, journals and articles in which these
academic knowledge were properly characterized, in a qualitative framework, valuing
the experiences of the professionals and the merits of students' learning. After the
study, it is possible to consider that the technique of playfulness is very effective,
because with this it is possible to amplify the aquatic psychomotor skills of the
children.

Keywords: Swimming, Playful, Technique, Traditional Teaching.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 10

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12
9

2.1 DIFERENÇAS NAS PRATICAS DE NATAÇÃO NO BRASIL. 12

2.2 A NATAÇÃO INFANTIL 15

2.3 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO ESPORTIVA 19

3 METODOLOGIA 24

4 CONCLUSÃO 25

REFERÊNCIAS 26

ANEXO 28
10

1 INTRODUÇÃO

O presente projeto visa considerar e analisar as práticas da ludicidade, no


aprendizado motor e sensorial na natação infantil, uma vez que estes recursos
aplicados ao aprendizado dos esportes aquáticos, empregando técnicas
instrumentais e jogos educativos, como instrumento didático metodológico para
alunos infantis, com a utilização de danças, coreografias e objetos de entretenimento
aquático como exemplo: Tapetes flutuantes, bolas, bambolês dentre outros meios
são usados como alternativas divertidas, proporcionando situações pedagógicas que
motivem e estimulem o ensino, aptidões motoras da natação, a autonomia a
criatividade e a informação das crianças.
Este projeto se esboça na ludicidade, no aprendizado motor e sensorial na
natação infantil e nas sérias dificuldades que os professores de natação e esportes
aquáticos, tem em comandar a alunos infantis, em suas modalidades de nado.
Desta forma o escopo deste estudo será o de analisar o aprendizado dos
esportes aquáticos, utilizando-se como meios, os instrumentos musicais e lúdicos
para crianças, como mais uma ferramenta de ensino metodológico. Verificando
assim, qual pratica lúdicas e musicais se enquadram melhor em determinadas
idades da infância. Correlacionando desta maneira às duas formas de aprendizado,
de forma cientifica, sendo a prática lúdica versos o uso de práticas convencionais de
aprendizado. Demonstrando também, quais as falhas e acontecimentos negativos e
se existem das práticas lúdicas e musicais. Uma vez que possam existir dificuldades
para ensinar as crianças, as práticas de natação, visto que muitas delas têm
resistência na memorização e concentração dos fluxos motores dos esportes
aquáticos.
O que determinou a realização desta revisão de literatura é por que as
crianças não se concentram nas técnicas de aprendizado da forma que os adultos
se concentram, sendo importante para todos os docentes terem como se espelhar
numa melhor forma de ensinar as crianças. Além da questão de saúde visto que a
natação é um esporte sem impacto e com bons resultados para problemas
respiratórios, equilíbrio coordenação motora dentre outros, e a qual é muito
frequente em idades infantis. Estimular a prática deste esporte é muito significante.
11

Assim, todo esforço para seu desenvolvimento em ter uma vida mais saudável é
satisfatória.
A metodologia lúdica e musical se utiliza de danças, músicas infantis,
brincadeiras, com contagem e caracteres de jogos, e diante que os alunos foram
levados a conhecer, de forma divertida e aberta e construtivista. Pois de acordo com
Paynter e& Aston (1985, apud Campos, 2000, p.14), a música mostra um importante
meio para o ensino dos esportes aquáticos, sendo uma linguagem e ou uma
condução de expressão, através do esforço criativo e com a acústica.
Assim, a metodologia focou na observação empírica, pela experiência dos
professores de natação, e nos exames qualitativos de artigos e livros acadêmicos,
onde a prática lúdica não só promove como também completam o aprendizado dos
esportes aquáticos.

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICACAPITULO 1
2.1 DIFERENÇAS NAS PRATICAS DE NATAÇÃO NO BRASIL.
12

No Brasil, as práticas de esportes foias práticas de esportes foram bastante


estimulada visto o grande evento das olimpíadas de 2016. Onde o Brasil ficou em
13ª colocação no quadro de medalhas. Sendo a maior colocação deste país em
todos os tempos. Este evento diretamente estimulou os novos e velhos atletas, seja
no patrocínio governamental e privado, como no intercâmbio com os profissionais de
outras nações.
Assim como o patrocínio de capital motiva e incentiva o esporte em todas as
áreas, as práticas lúdicas de jogos e músicas, são grandes motivadores para esta
nova geração de futuros esportistas. Todos os professores de natação afirmam que
o uso de práticas lúdicas e brincadeiras aumentam e desenvolvem melhor o ensino
e técnicas da natação, pois todos distinguem, mesmo aqueles que habitualmente
não lidam com garotos, que o “brincar” é parte continua da criançada, (BAHIA,
2007).
A diferença entre as práticas, de natação infantil, Figura 1, e as de natação
convencionais, Figura 2, é que, de acordo com determinada atividade o lúdico e os
jogos, não ficam muito bem, quando a “parte séria” das técnicas e da ciência
esportiva, inicia-se que quer dizer: parte-se para estudar, ou faça as tarefas e
quando tudo estiver pronto, vocês estarão “livres para brincar.”brincar. ” (MARQUES,
2012).

Figura 1- Natação com práticas de Ludicidade

Fonte: Autoria própria, (2017)


13

O grande desafio, está na aplicação das técnicas avançadas para as


crianças, como concentrá-las e convencê-las, sem criar um desconforto emocional.
Ao mesmo tempo inspirar estes infantes, o desejo de aprimoramento motor na
natação.

Figura 2- Natação Convencional.

Fonte: Edição e autoria própria, (2018)

Para professores de natação infantil, se faz necessário o uso dos jogos e o


lúdico, que se mesclam dentro do processo de ensino e aprendizagem, isso quer
dizer que o lúdico e os jogos são parte complementar da ação educadora. É sob
este aspecto que se explana: como brincar na piscina e aprender do mesmo jeito, ou
até, desenvolver as técnicas avançadas para as crianças sem ter as perdas
psicomotoras, como estresse, descomprometimento, dentre outros.
No ambiente escolar, é comum o uso da música para remeter a
determinadas etapas da rotina as quais as crianças iniciarão: o acolhimento, hora da
merenda, hora de ir embora e daí por diante. Segundo Cavalcanti, (2016) apud Lélia
Diniz (2005), essa técnica é cada vez mais integrada nesse processo é bem
justificada. Dentre as divisões, destacam-se: música como terapia psicossomática, a
música auxilia no desenvolvimento de outras disciplinas (neste caso a natação).
Assim a música pode vir a ser um bom mecanismo de controle, música
como divertimento e lazer; música como meio de transmissão de valores estéticos,
14

música como meio de trabalhar práticas sociais e valores e tradições culturais dos
alunos e música como disciplina autônoma.
A música sempre foi muito presente no universo infantil, seja na rotina diária,
no lazer, nos espaços de ensino, e porque não no ensino da natação. Quando se
trata de ensino para crianças, a ideia é entreter e ensinar através do lúdico, de
maneira que socializem e as deixem à vontade, dentro de um limite, para que o
processo se estabeleça.
A aprendizagem pode ocorrer de forma lúdica, sem perder a sua essência,
suas características, como meios de comunicação e expressão, quando assume
função pedagógica dentro de espaços de ensino, (CAVALCANTI, 2016).
Outra questão muito comum é a fase na qual o lúdico e os jogos é aceito
nas piscinanas piscinas. Quando falar-se em natação infantil o assunto é natural e
procurado. Já nas primeiras séries do ensino fundamental começa a polêmica:
brincar ajuda ou distrai. E quando falar-se nas demais séries, no segundo e terceiro
grau o lúdico fica absolutamente esquecido, pois agora todos os aspectos (as teorias
convencionais e as lúdicas), tendem a trabalhar mutuamente e muito seriamente
(MARQUES, 2012).
As lições lúdicas trazem para as crianças um aprendizado mais estimulante
pois elas estão brincando de aprender, e fazem isto certo com encanto, alegria e
entretenimento, levando a experimentos motores estabelecidos que o seu professor
indica e porque não dizer educa. Através do lúdico, as crianças copiam muitos
movimentos cotidianos pela sua imaginação e pelo “faz de conta”. Numa interação
entre os experimentos anteriores, e a sua criatividade para novas interpretações e
reproduções do real, de acordo com suas feições, necessidades, desejos, paixões e
ações, estas, fundamentais para a atividade criadora do homem (VYGOTSKY,
1984).
Desta maneira, o ensino da Natação para as crianças deve ser
acompanhado de muitas brincadeiras e jogos, preferencialmente com cantigas e
músicas rítmicas, para a fixação dos movimentos, uma vez que as técnicas para
estas crianças ficam parecendo mais simples, como se pode para qualquer adulto,
todavia para a mente ainda em desenvolvimento de uma criança se faz necessário
outras metodologias. (MARQUES, 2012).
Se não ocorrer os devidos ensinamentos com o uso de novas metodologias
que traga uma motivação para os futuros atletas e posteriores cidadãos, este país
15

não terá um bom amanhã, para estes mesmos cidadãos, uma vez que é no esporte
aquático, e em qualquer atividade esportiva, que se modifica o caráter e a disciplina
dos infantes, pois é nesta fase que se atribui seu senso crítico e a construção da sua
personalidade, o conhecimento das teorias e a criatividade. Fincando-os em uma
possível carreira.
O ensino Lúdico institui como premissa o conhecimento de que existe um
mundo concreto para a criança, onde este aprendiz deve vir a descobrir por si
próprio de maneira divertida e saudável.

2.2 A NATAÇÃO INFANTIL

Trazendo a metáfora a seguir, com intuito de ilustrar o papel da natação


infantil. Sabe-se que para realizar a construção de uma casa, o engenheiro precisar
saber preparar o terreno da obra, isso é: tirar o esquadro, fazer as plantas e as
bases da fundação, no tamanho adequado, para a construção suportar todo o peso
que será sobreposto, escolher todo material que será utilizado na obra, dentre
outros.
A casa somente foi construída corretamente, pois o engenheiro que
trabalhou na estrutura da casa teve os conhecimentos necessários, soube o passo a
passo para a construção dos alicerces da casa, certamente esse alicerce servirá de
suporte para seu peso, e com isto, ocorreu economia de material e ganho de tempo,
em construção.
Essa metáfora utilizada aqui é simplesmente para ressaltar a importância
dos profissionais de natação infantil, uma vez que esta reflexão trás, o trabalho feito
para uma criança praticante de natação, esta vai conseguir ser um adulto com as
devidas bases é alicerces nestas praticas, podendo ser um futuro atleta excepcional.
Tendo um ganho de desempenho, e uma economia de tempo, e porque não
dizer esforço físico ao realizar sua natação com eficácia. Uma vez que o
desempenho esportivo é de natureza multifatorial e exclusivamente o
desenvolvimento somente acontece de forma harmônica por conta dos fatores
determinantes a cada modalidade que permite um alto desempenho esportivo
(WEINECK, 1999).
O profissional de natação infantil também tem que ter em mente a
importância dessa fase, pois é nesse período que a criança aprende com a mesma
16

facilidade e esse aprendizado é o qual ela vai levar para sua vida adulta. Ressalta-
se a frase da médica, física-matemática e retórica, e pedagoga (MONTESSORI,
1965), a criança aprende mais do zero aos seis anos do que um adulto ao longo da
sua vida.
Desta maneira fica óbvio o papel do profissional de natação infantil tendo em
mente quais atividades, quais os valores precisam ser desenvolvidos nessa fase,
pois é a parti daqui que vai se formando o caráter do individuoindivíduo.
A autora, Montessori (MONTESSORI (1965, p. 167) fala o seguinte sobre a
formação do caráter:
Sabem-se todos os defeitos de caráter são devidos a tratamento errado que
a criança teve durante o primeiro período. Diante disso, é notório que os
educadores infantis devem ter uma responsabilidade e uma noção da
importância dessa fase, para as crianças.

Segundo o Referencial Curricular Nacional para a educação infantil (RCN), o


desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança, estão intimamente
relacionados com o processo de socialização e desempenho. Nas interações sociais
e da ampliação dos laços afetivos que as crianças podem estabelecer com outras
crianças e com o adulto contribuindo para que o reconhecimento, do outro e a
constatação das diferenças entre as pessoas sejam valorizadas.
O RCN (1998), ainda ressalta que isso pode acontecer nas instituições de
esportes infantis que se constituem, por excelência em espaços de socialização,
propiciam o contato e o confronto com adultos e crianças de várias origens
socioculturais, de diferentes religiões, etnias, costumes, hábitos e valores, fazendo
dessa diversidade um campo de experiência educativa.

Previne Doenças

Além, disto ressalta-se que a natação é a única atividade esportiva que pode
ser praticada sem contra-indicações, em todas as idades. Outro ponto a ser
elucidado para a pratica da natação infantil é a fisiológica onde as funções
respiratórias, são as mais beneficiadas. Conforme esclarece a Sociedade Brasileira
de Pediatria (CHENCINSKI, 2015).
17

Este primeiro benefício das funções respiratórias para as crianças já é


conhecido dentro do meio, e por isso, acaba sendo é um bom motivacional para os
pais matricularem seus filhos na natação. (CAVALCANTI, 2016).
A criança que possui asma, bronquite ou algum outro problema respiratório,
se tiver uma boa frequência de aulas, obterá uma melhora considerável, muitas
vezes se curando de suas enfermidades, ou com certeza diminuirão. Segundo
(CHENCINSKI, 2015). Este esclarece também que a criança que não possuir
nenhuma síndrome respiratória as pratica de natação servem como uma prevenção
destas doenças e para seu o bom desenvolvimento pulmonar. Conforme a Figura 3
em que explica que doenças com a asma ou bronquite podem facilmente serem
tratadas com práticas de exercícios físicos. Reforçando a musculatura pulmonar.

Figura 3- A Natação Infantil como Preventivo para Asma, Bronquite

Fonte: Asma, bronquite, reportagem site G1, pediatra Escobar, Ana (2012)

A natação infantil tem seu proveito no desenvolvimento Psicossocial e


motor, uma vez que segundo (CHENCINSKI, 2015), a natação infantil é um esporte
18

sem impactos, estimado pela comunidade fisioterapêutica como completo, pois


trabalha todos os mecanismos fisiológicos.
Além destas, fisiologias tem os benefícios, psicomotores que vão da
coragem e autoestima, conhecimento próprio corporal com a percepção tátil,
lateralidade, as visuais e as auditivas e ritmo, sociabilidade. O autor (BAHIA, 2007)
define melhor todas as características e vantagens do aprendizado infantil da
natação:

1) Melhora o desenvolvimento psicomotor;


2) Abre o apetite das crianças;
3) Desenvolve a capacidade cardiorrespiratória;
4) Previne obesidade infantil;
5) Aumenta as noções de tato, temporais e rítmicas;
6) Fortalece a musculatura;
7) Estimula um sono mais calmo;
8) Desenvolve as articulações;
9) Amplia a sociabilidade e a autoconfiança.

Além do que foi descrito sobre aperfeiçoamentos dos desempenhos


respiratórios e fisiológicos da criança, e no aumento da composição motora e o
tônus muscular. Tem como reforço metodológico a sugestão da Sociedade Brasileira
de Pediatria é de que os infantes podem começar a praticar natação a partir dos 06
meses pelo menos 30 a 40 minutos. Neste período, o ouvido fica adiantado o
suficiente para impedir a entrada da água, diminuindo as ocasiões de infecções.
Além disso, o bebê também já é imunizado contra algumas doenças. (CHENCINSKI,
2015).

Atletas de Elite

Outro ponto chave, além das psicológicas e de funções respiratórias sobre a


natação infantil é a capacitação de atletas de elite.
Uma vez que segundo o autor (BOMPA, 2002), a formação dos atletas de
elite, tem uma fina relação entre a magnitude da força criada e desenvolvida
profissionalmente, com à velocidade e a resistência, além, das capacidades
19

bimotoras, as quais são mais determinantes e complexas de se desenvolver,


dependem das particularidades do desporto e bem como as características e
desejos de cada atleta.
Na prática da natação infantil, raramente uma competência aparece de
forma única neste esporte. Com ressalva da respiração e resistência motora, força
bruta de nado, em geral, tudo acontece de forma aleatória (WEINECK, 1999). Na
natação, por exemplo, observa-se uma alta relação entre força e resistência,
determinando-se a resistência muscular, como fator chave para um desempenho
primordial, isto somente é alcançado com bastante tempo. Na natação, assim como
em diversos desportes, o treinamento energético deve estar anexo com as
capacidades de concretização (BOMPA, 2002).
Nesse sentido para o planejamento de uma mesma capacidade física esta
deve se manifestar em diferentes formas:

O planejamento de uma temporada de natação implica na subdivisão do


ano de treinamento em unidades menores, denominadas microciclos, nas
quais enfatiza-se o desenvolvimento de capacidades físicas predominantes.
Ao descrever o objetivo do planejamento, deve-se organizar aplicações de
metodologias de treinamento na seqüência em que proporcione adequada
performance atlética. (BOMPA 2002, p. 02).

O mesmo autor esclarece que na infanto-adolescência, para atletas, estes


vão passar por etapas preliminares e pela particularização esportiva da natação
inicial, onde no esporte é o período destinado ao aprendizado das técnicas de nados
avançadas. No Brasil, a particularização esportiva preliminar é realizada em geral
em escolinhas de natação, de forma pouca profissional, não existindo estimulo
profissional que se destaca os atletas, tendo assim um baixo volume de pessoal
capacitado. É indispensável salientar que para se alcançar elevados níveis de
elaboração motora para natação, além de uma capacidade biomotora, também é
significativo treinar outras habilidades nos infantes, que tenham substituições de
caráter prático entre si.

2.3 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO ESPORTIVA

A ludicidade, ainda que bastante empregada no contexto da instrução, é


bem pouco falada na língua portuguesa. O Lúdico é uma palavra que deriva de
20

ludus, que vem da língua morta latim, onde representa a arte de recreação infantis e
ou competições/jogos, como também teatrais, e até apostas de azar. Isto traz de
inusitado para o fator humano, uma experiência integral e completa, quando age
ludicamente, (HUIZINGA, 2008).
De acordo com (LUCKESI 2007) este designar que as atividades lúdicas no
esporte devem-se propiciar aos alunos que a vive, uma sensação de treino com
liberdade, ou uma conjuntura de perfeição tanto para o professor quanto ao aluno,
sendo de entrega total para essa existência. Sem divisões.
Para (LUCKESI, 2007, p. 2), apud (Bettelheim 1989), reporta que os jogos
infantis podem não aparentar para a criança, uma realidade de rotina de treinos e ou
exercícios, para estes infantes, está mais para brincadeiras, todavia ao seu treinador
este propicia ganhos musculares, coordenação motora, e ou uma compreensão de
como exercício deve funcionar conforme Figura 4. Por meio da brincadeira, as
crianças estudam o que podem o que não tem capacidades para fazer, e não se
decepcionam se não conseguirem.
É como fazer com os objetos em geral, apreendem a dividir, a usar melhor
seus artifícios, e desenvolver suas habilidades.

Figura 4- Técnica Lúdica para Desenvolvimento da Respiração e Resistência


21

Fonte: Autoria própria (2018)

Ao jogar com os outros infantes, estudando movimentos e usando materiais


diversos lúdicos com uso e regras simples e práticas, a probabilidade e as regras de
conduta temtêm ganhos bem superiores que o normal. (LUCKESI, 2007), apud
(BETTELHEIM 1989), afirma que o maior treinamento realizado pela criança ao
jogar, diz respeito à sua capacidade de saber perder e ganhar. Com essa aquisição,
ela compreende que os reveses da vida são temporários.
Assim o conceito atribuído pela compreensão de sua tipologia lúdica, refere-
se às alternativas pedagógicas do esporte; como exemplo o uso de um simples
bambolê (Figura 5), serve para uma criança como instrumento de dança e jogos;
além de criar uma dinâmica de grupo, porém ao seu treinador/professor além destes
instrumentos ele serve como auxiliador para os exercícios físicos; roda de alvo,
exercício rítmico, muscular e de resistência, bem aquém das práticas infantis o
bambolê é uma ferramenta de trabalho que lhe circula.

Figura 5- Uso do bambolê com pratica de mergulho infantil

Fonte: Autoria própria (2018)


22

O conceito atribuído por estudiosos da temática lúdica, até mesmo ao


governo brasileiro teve sua relevância, ao menos na época das olimpíadas de 2016
uma vez que a Resolução, nº 11, 2013, auxiliou as escolas públicas no
desenvolvimento de novos mirins atletas com uso de técnicas esportivas lúdicas
com brincadeiras, jogos dentre outros, para as criança de 12 a 17 anos, que terão
noções sobre inúmeros esportes ampliando conhecimento e valores olímpicos, uma
vez que os jogos criam interesse nas crianças, quando estas são postas em prática
esportivas, com metas e finalidade de favorecimento ao Programa de Formação
Esportiva Escolar.

CONSIDERANDO o propósito de contribuir para a descoberta e formação


de novos talentos no esporte, com vistas a sua participação em eventos
esportivos, em especial aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016;
RESOLVE “AD REFERENDUM”: Art. 1º Destinar recursos financeiros de
custeio, nos moldes lúdicos, esportivos, operacionais e regulamentares do
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a escolas públicas municipais,
estaduais e distritais, que tenham estudantes na faixa etária de 12 a 17
anos matriculados no ensino fundamental e/ou médio, a fim de favorecer a
disseminação da prática esportiva e o desenvolvimento de valores olímpicos
e paraolímpicos entre os jovens e adolescentes, numa perspectiva de
formação educativa integral que concorra para a elevação do desempenho
escolar e esportivo dos alunos, no âmbito do Programa de Formação
Esportiva Escolar. (BRASIL, Resolução/CD/FNDE nº 11, 2013)

O apoio público mesmo que esporádico é de grande valor, uma vez que os
exercícios físicos são essenciais da dinâmica humana, que é caracterizada por ser
espontânea funcional, afirma que o lúdico é um desejo básico de personalidade, de
expressão corporal e da mente, e de fato uma demonstração satisfatória,
(LOPES,1998). O mesmo autor relata que a ludicidade promove “ações vividas e
sentidas, não definíveis por palavras, mas compreendidas pelas oportunidades
encontradas nas fantasias, pela imaginação e pelos sonhos que se articulam com
materiais simbólicos”.
Para (LUCKESI, 2007), apud (TEIXEIRA 1995), existem várias razões para
a utilização de recursos lúdicos no processo de aprendizado, dentre as quais se
podem citar:
a) os recursos lúdicos correspondem naturalmente a uma satisfação interior,
pois a criança apresenta uma tendência lúdica;
b) o prazer e o esforço espontâneo são elementos fundamentais na
constituição das atividades lúdicas;
23

c) as atividades lúdicas mobilizam esquemas mentais, estimulando o


pensamento e o senso crítico;
d) as atividades lúdicas integram e acionam as esferas motoras, cognitivas e
a afetiva dos seres humanos. Obviamente, um jogo ou uma técnica recreativa nunca
devem ser aplicados sem ter em vista um benefício esportivo/educacional. Nem todo
jogo, portanto, pode ser visto como material pedagógico.

Assim sendo, o lúdico não é encontrado nos prazeres estereotipados, no


que é dado pronto, pois possui a marca da singularidade da criança que o vivencia.
Para esta criança a ludicidade sempre estará coligado, com algo prazeroso e
divertido. Com constitutivos fundamentais, que levam o infante à plenitude do
conhecimento, à valorização interpessoal, à liberdade de expressão, à flexibilidade e
à indagação dos resultados, com abertura para o descobrimento e a importância do
processo dos exercícios.

Os exercícios lúdicos também podem ser analisados segundo os seus


desígnios. São eles:
a) Desígnios dos exercícios lúdicos no Esporte Infantil: visam o
desenvolvimento das áreas psicomotoras, perceptivas, de atenção, raciocínio e
estimulação para o contato com os objetos;
b) Desígnios dos exercícios lúdicos na educação fundamental: visam
aumentar no aluno os seus potenciais criativas, intelectuais e físicas, permeadas
pelo incremento social e interpessoal;
c) Desígnios dos exercícios lúdicos no Ensino Médio: visa o conhecimento, a
solidariedade, a colaboração, o respeito da criança a si mesmo e de outras, a
julgamento crítico, a concentração, e a uma motivação de objetivos e metas de
treino;
d) Desígnios dos exercícios lúdicas no esporte de jovens e adultos (EJA):
visam um treinamento adequado à realidade do aluno e da sociedade em que está
inserido;
Conclui-se em base na pesquisadora (MASSA, 2014, p. 938), a qual
confirma através de suas pesquisas de campo que, na percepção dos docentes, em
seu escopo de trabalho, 100% afirmaram que a ludicidade tem relação direta ou
indireta com algum instrumento, (embora não saibam dizer que tipo de processo ou
24

ferramentas são utilizadas), porem todos concordam ser uma estratégia educacional
eficaz uma vez que auxilia na compreensão do espaço que tem em “sala de aula”
para o lúdico. Em geral, este é o elemento que separa um jogo pedagógico de um
outro jogo de caráter apenas lúdico. Seu aprendizado e desenvolvimento.

3 METODOLOGIA

No estudo em questão, no qual o objetivo é analisar o aprendizado dos


esportes aquáticos, utilizando-se como meios, os instrumentos musicais e lúdicos
para crianças, como mais uma ferramenta de ensino metodológico.
Será necessário utilizar uma abordagem qualitativa, para esta revisão de
literatura, com busca de artigos, livros e bibliografias de autores renomados,
segundo Figueiredo (2009), apud (Cervo e Bervian 2002 p 66), para este tipo de
pesquisa são investigados documentos para “descrever usos e costumes, tendência,
diferença entre outras características”. A fonte de investigação pode ser extraída de
documentos escritos ou não escritos, tais como filmes, vídeos, slide, fotografias, ou
posters etc. Nesses documentos são utilizados como fonte de informações
indicações esclarecimentos que trazem seu conteúdo para elucidar determinadas
questões e servir de prova para outras, de acordo com o interesse do pesquisador.
25

4 CONCLUSÃO

Com este estudo, teve por escopo a indagação da ludicidade, no aprendizado


motor e sensorial na natação infantil averiguando acerca de novas possibilidades do
aprendizado dos esportes aquáticos, e se pensar sobre os treinos esportivos em
base a meios, os instrumentos musicais e lúdicos para crianças na lucidez de uma
perspectiva mais aberta e científica que contemple a construção do conhecimento a
partir de múltiplas referências.
E averiguando, qual pratica lúdicas e musicais se enquadram melhor em
determinadas idades da infância, de modo que o elemento lúdico possa vir a ocupar
plenamente os esportes aquáticos. Por essa via, uma prática de natação lúdica,
efetivamente, deixará exercer melhor a profissão e de forma mais abrangente e
criativa. Fica constatado como ponto negativo, que o lúdico e os jogos, se anulam,
quando a “parte séria” das técnicas e da ciência esportiva, inicia-se uma vez que as
crianças não se adaptam as ordens, praticas estudos ou tarefas diretas. Por outro
ponto as práticas lúdicas também são excelentes ferramentas de ensino aos
infantes, ativando o prazer e o esforço espontâneo que são elementos fundamentais
na construção de atividades criativas, estimulando o pensamento e o senso crítico.
Foi confirmado o atual apoio governamental lúdico esportivo educacional
conforme a resolução, n.º 11 de 2013, a qual cria precedentes para novos
aprendizados, e técnicas cientificas brasileira, uma vez que a prática lúdica
confrontará a partir desta os exercícios convencionais de aprendizado.
Conclui-se demonstrando também, quais os benefícios das práticas de
natação na infância por parte fisiológica é metodologias, lúdicas e musicais. Como
também a parte da medicina. Que relata o aperfeiçoamento e os desempenhos
musculares e respiratórios da criança, bem como o ganho imunológico contra
doenças respiratórias, bastante comuns em idades inicias da vida, tudo isto
respaldando pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
26

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27

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WEINECK, Jurgen. Treinamento ideal. 9ª ed., São Paulo. Ed. Manole, 2003
ANEXO

Figura XX: Crianças em Atividades Lúdicas.


28

Fonte: Autoria própria, ano base (2018).

Figura XX: Crianças em Atividades Lúdicas.


29

Fonte: Autoria própria, ano base (2017).

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