Você está na página 1de 22

FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO

CURSO: DIREITO – 9º PERÍODO


DISCIPLINA: PRÁTICA JURÍDICA PENAL

ELABORAÇÃO DE PEÇA PROCESSUAL

São Luís
2010
ELABORAÇÃO DE PEÇA PROCESSUAL

Trabalho apresentado à Disciplina de Prática


Jurídica Penal, do Curso de Direito da FACAM,
para obtenção de nota.

Professor: Eduardo Floriano

São Luís
2010
FACAM – FACULDADE DO MARANHÃO
CURSO: DIREITO – 9º PERÍODO
DISCIPLINA: PRÁTICA JURÍDICA PENAL

EQUIPE:
FRANCISCO LUSIVALDO
GIVANILSON AVELAR
GLÁUCIO WENDEL
JUAREZ JÚNIOR
LUIS FÉLIX
MIGUEL BISPO
MOISÉS HENRIQUE
RICARDO RIBEIRO
EXELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA
COMARCA DE LÍRIO DOS VALES-MA.

Processo nº _____/____
  
  
EMÍLIA ROSA, solteira, costureira, brasileira, natural de
Laranjal/MA, nascida em 28/06/1949, residente e domiciliada na Rua das
Confusões, nº 0, Rancharia do Conde, Ribamar/MA, vem, perante Vossa
Excelência, por intermédio de seu procurador, infra assinado, com fundamento
no artigo 396-A do CPP, apresentar DEFESA PRELIMINAR acerca de fatos
que teriam colocado a Sra. INÁ SAFIRA BRANCA, divorciada, dona de casa,
brasileira, natural de Lagoa Negra/MA, nascida em 31/05/1969, residente e
domiciliada na Rua Capitão Morales Mexicanos, Solares Residence, Lírios doa
Vales/MA, como vítima de suposta tentativa de homicídio.

DOS FATOS

INÁ SAFIRA BRANCA, narrou que PEDRO ROSA AMORIM,


menor de idade, filho adotivo de seu atual companheiro, Petrus Amorim, havia
falado para este último, que sua irmã, Odete Rosa, e sua mãe, Emília Rosa, ora
representada, estavam o incentivando a colocar veneno na comida da vítima e
a jogar álcool na mesma, enquanto estivesse dormindo, para atear fogo.

Entretanto afirmou a suposta vítima que PEDRO nunca


chegou a tentar colocar veneno em sua comida, nem tampouco jogar álcool na
mesma para atear fogo, e que atualmente o garoto não tem dado mais notícia
de que sua mãe ou sua irmã continua o instigando a cometer tal ação.

PETRUS AMORIM, em suas alegações, corrobora com a


narrativa da suposta vítima, afirmando que sua filha, Odete Rosa e sua ex-
companheira, Emília Rosa, estariam tentando usar o menor PEDRO para matar
sua atual companheira.

PEDRO ROSA AMORIM, em seu termo de informações,


afirma que suas irmãs Lana e Odete estavam o incentivando a matar INÁ
SAFIRA BRANCA, e que sua mãe apenas dizia que era o único jeito,
contrariando as declarações de Petrus Amorim e Iná Safira.

Ainda acrescenta que certa vez LANA chegou a entregar-lhe


veneno para ele colocar na comida de INÁ SAFIRA, mas o menor não aceitou.
Por fim, informa que nunca chegou a pensar na possibilidade de cometer tal
ação.

DO DIREITO

Por todo o exposto, e, atendo aos critérios estabelecidos no


ordenamento penal pátrio brasileiro, que considera tentado o crime quando,
iniciada a sua execução, não se verifica o resultado natural por circunstâncias
alheias à vontade do agente, conforme art. 14, II, CP.

E, ainda, em observância a maioria esmagadora da doutrina


que diz que o crime percorre quatro etapas iter criminis até realizar-se
integralmente, e para que se considere o crime tentado de homicídio é
necessário que o agente tenha saído da fase preparatória e começado a fase de
execução, o que não foi observado em momento algum do caso em comento.

Só se pode falar em tentativa quando do início dos atos


executórios pelo autor mediato ou imediato do fato. Deve-se, ainda, observar o
expresso no art. 31 do CP, em relação à impunibilidade em que o caso concreto
se enquadra.

DO PEDIDO

Diante do exposto, requer que, caso a denúncia seja


oferecida, a mesma seja rejeitada pela inobservância dos requisitos do art. 395,
CPP. Seguindo, assim, a concepção de que não se deve emprestar o aparato
repressivo-penal do Estado para averiguação de matéria de cunho
eminentemente particular que apenas remotamente possa redundar na
aplicação concreta de pena. Devendo-se, com isso, operar a desqualificação do
tipo penal.
E, porventura, caso acatada a denúncia, que a acusada seja
absolvida sumariamente em observância ao art. 397, III, CPP, arquivando-se o
referido feito.

Rol de Testemunhas: (já qualificadas no Inquérito Policial).


Pedro Rosa Amorim (Informante).
Lana Rosa.
Odete Rosa.

N. Termos.

P. Deferimento.

São Luís-MA, 14 de outubro de 2010.

_______________________________

Você também pode gostar