Você está na página 1de 8

Publicac,;ao da

JUVENTUDE COMUNISTA PORTUGUESA



nucleo de Lordelo/Paredes

~otetuu~, <UJdate~

Proletarios de todos os paises UNI-VOS!

~ LIVI-deto. {Pto.9'Z-eMi(/.o. eo.~iH-UM a eneece»

t) te« po.(/.o. em ti H-Mcido. 'Dij '!ue pMa/l- e mfYVtelf..

7e.u ~ te« e'tWJeilt~. 0. te« paMa~ Sao. 'teti,!uiM do. pauado.

:Zue tu te.u «o: clVI-ai(4o.

P-'ta d-emfPte pe¥etuado..

7e.u M tUM PeH-4M Atuu

A Se~1VI-a do. Atwi~ e Sao. 'R~ue PMa te pelf.d~ M lattM

7e dM maU Ie e maU d-IVI-te.

f1a ti(/.iUte miH-M d '~ilto. :Zue H-4~ '!uUiUte e:rldlVl-M &4ta e~eIf.'tado. eaae tUo.U1£o. 'iteMa telf.'ta d-iH-9'UtM.

eadeilteiItM. cadeilteilt~ :Zuem m~ de'ta MH-da oec ea~aH-do. d-eM uH-cio.H-eilt~ e~e9'ad~ e a CIVI-'telf..

"

LORDELO: TERRA DE HISTORIA

2 ~.rpa - boletim de intervencao politica, social e cultural DEZEMBRO 2002

&@nil@&liIJi;j~ POESIA

A Revolugao de Outubro de 1917, 85 anos depois Advento de uma nova epoca historica, a Revolucao de Outubro - primeira grande tentativa de construcao de uma sociedade nova, livre, justa, fraterna, soltdarla. liberta de todas as formas de opressiio e de exploracao - constitui 0 acontecimento maior da Historia da Humanidade.

As oonquistas polttlcas, econ6micas, socials, culturais, os avances civilizacionals decorrentes da Revolucao de Outubro, transformaram profunda e positivamente a vida niio so do povo artifice da Revolu9iiO mas de todos os povos do mundo. Convocando os trabalhadores a intervirem activamente na construcao da sociedade socialista e demonstrando que a natureza profundamente democratica do socialismo radicavam exactamente nessa partlclpacao activa dos trabalhadores na construcao da sua sociedade, a Revolucao de Outubro corporizou sonhos e anseios milenares de milhoes de explorados, de humilhados e of en didos, deu forca a luta contra 0 opressor e explorador sistema capitalista, mostrou que 0 Futuro e possive!.

A derrota da experlencia iniciada em 1917 - derrota que decorre de um

vasto conjunto de factores de onde emergem quer uma pratica, a dado momento, de afastamento e afrontamento do ideal comunista quer a violenta e continua of ensiva do capitalismo internacional - nao apaga das paqinas da hlstoria e da vida nem 0 seu significado profundo nem a importancia das suas conquistas civilizacionais. Assinalar 0 seu 85." aniversario significa, por isso, sublinhar essa importancla universal, significa reafirmar aos modernos falsificadores e reescrevedores da Historia que jamais consequlrao apagar a accao da Uniiio Sovietica na contencao do imperialismo, na defesa da paz mundial, no apoio solidario, permanente e decisive a luta libertadora dos trabalhadores e dos povos e as transforrnacoes revolucionartas ocorridas no mundo ao Ion go do secuto XX.

«Esta experiencia niio caira no esquecimento. Entrou na historla como conquista do Socialismo», afirmou l.enine, numa apreciacao as transforrnacoes operadas

nos primeiros meses da Revolucao de Outubro. E 6bvia a actualidade desta aflrmacao. A sltuacao decorrente do fim da URSS traduz-se numa acentua- 9iio brutal da exploracao, no aumento das injustic;as e desigualdades, no usc e abuso da lei da forca e na proliferacao de conflitos belicos, na violacao multiplicada dos direitos e garantias dos trabalhadores, no empobrecimento acelerado da democracia, em terriveis reqressoes civilizacionais. Asttuacao actual comprova que, ao contra rio das previs6es e profecias dos peritos de service, 0 desaparecimento do socialismo como sistema mundial nao tornou 0 mundo melhor, nem mais dernocratico, nem mais pacifico, nem mais justo, nem mais humano. Pelo contra rio. Bem pelo contrario. Outubro faz falta: eis 0 significado da luta que milh6es de homens, mulheres e jovens prosseguem em todo 0 planeta - luta transforrnadora, feita do sonho de uma sociedade nova de que a Revolucao de Outubro foi portadora.

FICHA TECNICA: Director: Miguel Correia, Grafismo e Edil;ao On-Line: Jlidio Fernandes; Folografia: Roqerlo Martins; Reviaao: Carla Maia; Coordenacao de crstnourcao: Joaquim Barbosa; contacto: 964783409:

Web: http://jcplordelo.no.sapo.pt: E-mail: afarpa@portugalmail.pt: Tiragem: 1000 exs

Ha muitas firmas em crise Po is nao souberam poupar Niio pensaram no futuro S6 pensaram em gastar.

Se 0 empregado pede aumento o patrao nao pode dar

Depois compra carro novo

Para nele acelarar.

Pessoas sem pensamento S6 querem andar na alta Passear pela noite dentro Gastam 0 que faz falta.

Mundo em que vivemos Com tanta falsidade

Niio ha casa que aguente com semelhante vaidade.

Andam nas noites boernias A comer fruta estragada Rejeitam 0 que tern em casa S6 por eles apalpada.

Gastam 0 que faz falta

Com uma pessoa qualquer

As vezes ate se esquecem Que tem em casa uma mulher.

Carlos Feio

Da bandeira

Um pintor afamado niio sei por que garra~

pintou uma bandeira v Iha'

com 0 tinto do vinho • ,. l' ~

e 0 sangue que tinha .'. u,l

E veio a velha cose . . \ ~

gritar em alvoroco .k que mais valia deitar ao poco quem fugia da procissao.

Os homens que malhavam na eira refilaram contra tal agitayao

a mando do capataz

com vozes mal dispostas.

Foi entao que um rapaz

viu na bandeira pintada a razao da sua dor de costas.

Desfez entao a corcunda

E percebeu a barafunda ...

E na bandeira vennelha escreveu para maior perigo

- vejam s6 0 que vos digo -

a palavra amigo!

Carlos Ferreira

DEZEMBRO 2002

~arpa - boletim de intervencao polftica, social e cultural

3

CH EGA DE ADIAM ENTOS! par Cristicno Ribeiro*

A instalacao de um Centro de Atendimento a Toxicodependentes, vulgarmente designado por CAT, em Paredes, abrangendo a vasta regiao do Vale do Sousa, continua a desenrolar-se com continuos percalcos, fruto de temores injustificados e lneflcacias criminosas.

Primeira pergunta - Justifica-se urn CAT no Vale do Sousa? o responsavel regional dos Services de Prevencao e Tratamento de Toxicodependencia estima em 300 a 400 0 nurnero de toxicodependentes existentes s6 no Concelho de Paredes e que dada a ausencia desse equipamento junto do seu domicilio se deslocam sucessivamente ao Porto ou se desmotivam do tratamento. Se incluirmos os restantes concelhos do Vale do Sousa veremos quae significativo e 0 universe dos que teriam a necessidade de apoio clinico e social.

Segunda pergunta - Ha concelhos a privilegiar nessa instalacao, ou melhor, ha razoes para a sua nao instatacao neste ou naquele concelho, nesta ou naquela cidade? Claramente a resposta e negativa. 0 acesso facilitado a uma localizacao central e claramente uma condicao para 0 sucesso. Nesse contexto Paredes ou Penafiel cumprem essa condicao, E quem nao quer 0 sucesso dos programas de prevencao e tratamento?

o Vereador Fernando Perpetua, responsavel pelas infra-estruturas, assume-sa agora publicamente como 0 maior adversario da localizacao do CAT em Paredes. Os seus argumentos sao passiveis de entrar no anedotario nacional. Segundo ele, a instalacao do CAT «e contrerie a politica de investimento que tem side seguida pelo executivo nos attimos 8 anos, com repercussi5es nos dominios da vivencie social e urbana»(!} e que «a

oP9fio do SPIT na escolha de Paredes deve-se a se ter verificado um not6rio surto de desenvolvimento e progresso»(!!}. Estamos perante um caso grave de insensibilidade social adornada por palavras sem senti do. Onde e que 0 senhor vereador das infra-estruturas «inventou» as «vivencias sociais e urbanas» contraries a instalacao do CAT? S6 se foi no bairro de barracas da CRIP e das traseiras da CAMARA. ..

Terceira pergunta- Ha problemas com a localizacao do CAT ou com 0 seu funcionamento? Analisemos as sxperiencias ante rio res dos CAT's existentes. Nao ha registo de maior criminalidade, perturbacao da ordem publica ou mudanca «nas vivencias social e urbana» de uma Avenida da Boavista, onde se localiza por exemplo um CAT. Porque desencadear dem6- nios virtuais? Eo do risco de dosncas contagiosas associadas ao consumo de drogas que se fala? Saberao alguns on de se tratam doencas infecciosas como a tuberculose? A localizayao prevista junto do Centro de Saude de Paredes, no Centro da Cidade, junto da area privilegiada de acesso publico como e a area escolar e desportiva, era, julgo, uma alternativa aceitavel. E na ausencia de outras alternativas e a solucao. Compete a quem tao levianamente assim actua apresentar as ditas alternativas. Em resumo, estamos perante mais um argumento que querendo ser politicamente correcto e socialmente desastroso.

E quando se ve que a pr6pria JSD admite agora que na estrategia de prsvencao dos riscos dos toxicodependentes com a SIDA inclui as polernicas "salas de chute" em espacos limitados como as prisoes, 56 podemos lamentar que 0 Eng. Perpetua nao milite na JSD ..

• Medico. Coordenador do PCp-Paredes

o queque que nao gosta de ler

Afinal decidi deixar de ser egoista e partilhar algumas das ideias com os comuns dos mortais. Nao quer dizer que eu 0 nao seja, mas como ja algumas vezes estive quase a passar-mel. .. Bom, adiante! Existe algo mais forte que 0 amor? .. Talvez! A vida e a forca que nos liga a ela. Sinceramente, apetecia-me comentar algo sobre a minha terra adoptiva, mas como nao lenho acompanhado 0 dia-a-dia, nao you falar daqueles que at raves desta real farpa ja enfiaram 0 barrete e foram literalmente des- tWlI'lo.._"""" mascarados por oradores do povo que fizeram da escrita, tal como eu, a arma de arremesso para compor e por 0 que esta mal, direito. 0 tempo de me andar a farpar por tudo e por nada, lanyarfoguetes para aqui e para ali ja acabou. Como um bom foguete, tem uma fase ascendente, tem 0 bum que e o climax, tern as luzinhas que e 0 extase, e tem a fase descendente que e a ressaca, ou seja, queremos mais foguetes.

Eo um pouco dentro desla ideologia - a do "foguele" - que me you farpar um pouco. Sim, porque isla para mim ja sao farpas passadas e com isto espero alertar alquern, alquern que seja minimamente humilde e culto para encaixar algo e evitar os perigos do "fogo de artificio". Nao pensem, voces, que 0 fogo de artificio e s6 aquele p6 que anda nas caleiras dos nossos

jovens, naol A hipocrisia, a fingida ostentacao, 0 nariz ernpinado, a ultima roupa que eu comprei, 0 carro alernao que 0 meu pai me deu, a ultima gaja que eu dormi era um estrondo, etc., etc ... "You now what i mean", para meio queque ou candidato a queque isto basta, mas para um verdadeiro puro sangue, isto e 56 foguetes. Eo evidente que agora todos se questionarao - "repeal after me: -Entao pa 0 que e 0 verdadeiro queque?» Ou, como eu gosto de chamar, puro sangue. Nao vos vou dizer, e claro! Porque 0 segredo e a alma do neg6- cio, no entanto, para facilitar e talvez esclarecer muita gente, incentivo toda a genie a ter um livro na mesa da cabeceira ... sei la ... talvez "Os meus problemas" de um grande orelhudo e lingua de sardao chamado Miguel Esteves Cardoso. Ok. Ja leram? Esclarecidos acerca da verdadeira missa de que e feilo um queque? Excelente!

Nao custa nada. Eo s6 preciso nascer com ela no sangue. Antes de me ir embora, gostaria de dar um pouco de saude a um puro sangue que bem precisa neste momento. Ja sabes: a vida e mais forte que 0 am or. Agarra-te a ela, sem vida nao podesamar.

Aquele abraco, Ze da Tira

4

~8rpa - boletim de intervencao politica, social e cultural

DEZEMBRO 2002

""

LORDELO: TERRA DE HISTORIA

A Vila de Lordelo situa-se no extremo Noroeste do Concelho de Paredes, a cerca de doze quilometros da sede. Tendo side a freguesia mais populosa ate aos ultirnos censos; e hoje, segundo os ultimos Censos, a segunda freguesia mais populosa do concelho, e tem como limites: Vilela a Este e Rebordosa a SuI. Fica no meio dos concelhos de Valongo, Paredes, Paces de Ferreira e Santo Tirso.

De Lordelo fazem parte os lugares de: Igreja, Santa Marta, Guardao, Ribeira, Cerqueda, Moinhos, Vinhal, Torre, Codecais, Ferrugenta, Campa, Soutelo, Agrelo, Vila, Corregais, Bouco, Parteira, Levadinha, Ronfe, Penhas AItas, Corujeira, Cosme, Padrao, Aldeia Nova, Entroncamento, Toleiro.

Ha duas estradas atravessar a Vila de Lordelo a Nacional n." 209 Valongo a Paces de Ferreira a outra que em Lordelo parte desta para ligar em Vandoma com a nacional n." 15 do Porto a Penafiel, Regua, e Vila Real

No local onde hoje e Lordelo, existiram em tempos duas freguesias: uma situada na margem esquerda do Rio Ferreira que se chamava Lordelo, fazia parte do Concelho de Aguiar de Sousa; a outra na margem direita do rio, a freguesia de Castanheira, que por sua vez pertencia a Refojos de Riba D'Ave, e que recebeu Foral de D. Dinis e D. Manuel I. As duas povoacoes acabaram por se fundir, dando vida a uma so: Lordelo. Para Pinho Leal, 0 toponirno de Lordelo e diminutivo de Lord (Lordesinho), tese sem grandes bases documentais, porque, a ser assim, como referiu em tom jocoso 0 Dr. Jose do Barreiro, "teria havido muitos pequenos Lords em Portugal, onde ha muitos lugares chamados Lordelo." Na obra "Tentativa Etirnoloqica" e feita alusao a etimologia (ciencla que estuda a origem das palavras) do termo "Lordelo", que tal como Louredo e Lourosa, provern do latim laurus, 0 laura ou loureiro, que deu lauretum - bosque de loureiros. Especie vegetal pouco produtiva que viria a desaparecer da maior parte das nossas povoacoes,

Na antiga Castanheira existiu 0 importante Mosteiro dos Conegos de Santo Agostinho, fundado no seculo XIII e subsistindo ate ao seculo XVI. Durou relativamente pouco tempo, mas foi de extraordinaria importancia

na historia da reqiao. Hoje nao existe nesse local qualquer vestigio do Convento.

Depois de pertencer aos Coneqos Regrantes de Santo Agostinho, foi anexado in perpetuum, pelo Bispo do Porto, D. .Joao Azevedo, a Mesa Pontifical da Catedral do Porto.

Data de rnilenios 0 povoamento de Lordelo. Por esta terra passaram os Romanos, e deixaram obras importantes e duradouras.

A Ponte Romana das Penhas Altas, e um exemplo da alta tecnica de construcao daquele povo e da atencao que por eles foi dedicada a esta regiao. Perto da ponte romana encontram-se moinhos de agua. A finalidade dos moinhos, que existiam e existem (embora, grande parte estao votados ao abandono) no lugar da Ribeira, Moinhos e Penhas AItas prendia-se com a moagem do milho quando Lordelo era essencialmente uma regiao agricola. Mas 0 aproveitamento da corrente das aquas do Rio Ferreira nao foi so para a moagem do milho. Tarnbern foi usada para a serragem da madeira, datando de 1880 os primeiros engenhos. Da epoca medieval, subsiste ainda a chamada Torre dos Mouros ou dos Alcoforados. Situada no lugar da Torre, a 200 metros da E.N. 209 entre os 27 e 28 km. Eo uma torre medieval de quatro faces com pequenas frestas ogivais. Embora denominada Torre dos Mouros, a verdade e que nao ha qualquer relacao com os mouros. Esta Torre tera pertencido ao solar dos "Alcoforados", propriedade dos fidalgos de "Cirnes" (Senhor Pedro Vaz Cirne de Sousa), do Largo do Poco das Patas, hoje Campo 24 de Agosto, no Porto, cujo palacio e, actual mente, a Junta de Freguesia de Bonfim.

Foi considerada imovel de interesse publico em 1988. Ainda dentro da arquitectura civil, destaca-se 0 Palacete dos Silvas, duas casas-terre do seculo XIX, iguais em volumetria e pormenores, com fachada revest ida a azulejo rnonocrornatico, irnovel de grande interesse artistico e tecnlco, mandado construir por Arnaldo Moreira da Silva apos regresso do Brasil.

Foi aprovado a 16 de Maio de 1984 a elevacao de Lordelo a Vila pela Assembleia da Republica e, posteriormente, publicado no Diario da Republica de 28 de Junho na Lei 20/84.

DEZEMBRO 2002 ~arpa - boletim de intervenc;:ao politica, social e cultural Algumas personalidades:

Professor Antonio Jose Sousa Almeida: nasceu em 12 de Agosto de 1883 em S. Martinho de Campo, concelho de Valongo. Comecou a sua carreira de professor na Escola de Parteira, sendo posteriormente colocado na Escola de Moinhos onde permaneceu ate ao fim da sua carreira profissional. Esteve ligado a funcacao da Cooperativa da Electrificacao "A Lord". Foi fundador da Cas a do Povo de Lordelo, do Sport Club de Lordelo - 0 primeiro grupo de futebol de Lordelo cujo campo se situava no Vinhal. Faleceu a 10 de Marco de 1949.

Maestro Virgilio Jose Gaspar Pereira:

Nasceu na freguesia de Vilela a 7 de Outubro de 1900, filho do prof. Ant6nio Gaspar Pereira e de Frandsca Romana Coelho Pereira. Atraido desde cedo pel a rnusica, frequentou 0 Conservat6rio do Porto e a extinta Academia de Mozart. Com apenas 19 anos, ja era professor do ensino primario e Director da Escola Anexa a Escola Normal do Porto. Eo nessa altura que funda 0 Orfeao Infantil do Porto. A partir de 1924 lecciona em Lordelo, onde fundou e dirigiu "Orfeao Castro Araujo". Em 1 de Junho de 1957, como reconhedmento pelo extraordinario trabalho desenvolvido em prol da cultura e da rnusica, foi agraciado com 0 Grau de Cavaleiro da Ordem da lnstrucao Publica. Faleceu em 1965.

Padre Floriano Dias Pereira: nasceu em Ancede (Baiao), tendo vindo para Lordelo

• em 19 de Fevereiro de 1931 para exercer

o seu maqisterio sacerdotal, onde permaneceu ate 11 de Novembro de 1941. Esteve associado a construcao do Cruzeiro de Meda e da tundacao da Cooperativa de Electrificacao "A Lord". Faleceu em 31 de Maio de 1956, sendo sepulta-

do em Ribadouro.

5

Arvore de Loureiro: arvore que predominava a paisagem lordelense. M6 do Moinho: actividade econornlca que predominou no pass ado. Os moinhos eram movidos pela corrente das aquas do ,. Rio Ferreira. Tebus« de Madeira: industria de mobiliario, predominante em Lordelo. Escudo: tradicao das casas senhoriais.

EMBLEMA DE LORDELO

Jose Manuel Ribeiro da Silva: nasceu em Lordelo, a 16 de Fevereiro de 1935, tendo faleddo em 9 de Abril de 1958, com apenas 23 anos de idade, vitima de acidente de mota em Lousada. Afirmou-se como um dos maiores ciclistas portugueses do seu tempo, apesar da sua morte prematura. lniciou 0 seu percurso como atleta aos 15 anos e participa em provas of ida is a partir dos 17 anos, nomeadamente, na Volta a Franca onde teve uma magnifica prestacao.

Horacio Pinto Nogueira: nasceu a 3 de .Julho de 1897 na freguesia de Nevogilde, concelho de Lousada. lniciou a sua carreira de tarrnaceutico numa farrnacia de S. Mamede de Infestao 0 Sr. Nogueira veio para Lordelo tomar conta da farrnacia do seu irrnao - Sr. Cardoso - que faleceu em 1914. Homem meticuloso, com grande sabedoria mostrou-se sempre disponivel para ajudar a tratar as rnaleitas de lordelenses.

Fontes:

Paredes. J6ia do Sousa ... Paredes: Anaqia Editores, 1996; Revista "Presence" da Fundacao "A Lord",

A Fundacao "A Lord" homenageou os antigos professores de Lordelo

Esta homenagem consistiu na inauquracao de uma exposicao no dia 30 de Novembro. Esta exposicao retracta 0 arnbiente da sala de aula dos tempos mais antigos. Podemos ver expostos: carteiras, quadro preto, mapas, livros escolares, lousas e diversos elementos usados na escola prirnaria dos nossos pais e av6s. Nesta exposicao podemos tarnbern conhecer a vida da professora D. Idalina, atraves de inumeras fotos. A par da lnauquracao realizou-se uma conterencia de homenagem aos antigos professores de Lordelo. Nessa conferencia participararn tres oradores: 0 presidente da Fundacao: a Dr. Maria Jose e a prof.· Luisa Almeida em representacao da prof" Celia - vice-presidente do Agrupamento de Escolas de Lordelo.

Fraga Meireles agradeceu a todos os presentes, em especial, aos antigos professores pelo seu mestirnavel contributo em prol da formacao das pessoas de Lordelo. Lu isa Almeida salientou, entre outros assuntos, a irnportancia dos pais no processo educative, a estreita relacao entre a Fundacao e as escolas, reconheceu que as escolas de Lordelo tern muitas insuticiencias, entre as quais, a pouca capacidade de integrar devidamente os alunos com deficiencia. A Dr. Maria Jose fez um balance da Fundacao e da Biblioteca, considerando-o bastante positivo. Na conterencia deu-se a conhecer 0 novo guia para a Biblioteca, um guia ilustrado que tem como principal alvo 0 publico infantil.

~.rpa - boletim de intervencao politica, social e cultural

Submissoes (II) porVltor Leal

6

No meu ultimo artigo deixei bern vincada toda a minha revolta pelo facto de existir urn tipo de vassalagem quase servil, por parte de uma fasquia de trabalhadores em relacao aos patr6es. Esta forma de subrnissao assume, por vezes, laivos de veneracao a tudo quanto e patronato.

Eo triste que tal aconteca de forma tao descarada, pois isso s6 contribui para que cada vez mais os patr6es se encham de peito, pensando que sem eles a vida de todos os assalariados estaria em causa. Eo urn vasto rol de situacoss caricatas. Continuando a manter-se este tipo de relacionamento assente na subserviencia, cada vez mais sao descurados os direitos que a classe trabalhadora tern, mas que, na nossa praca sao quase tabus.

Caros leitores, sera que e fazendo todas as vontades aos patr6es, que eles, quando tern que tomar medidas para nos explorarem enos encostarem a parede vao poupar os graxas? Nem pensar!

Situacoes do genero: lavar os pipos do patrao, pisar 0 vinho do patrao, levar 0 carro do patrao ao fim-de-semana, deixar levar urn pouco de lenha, deixar fazer urn rnovel la para casa, etc ... Se fosse a enumerar todas as situacoes estariamos aqui etemamente.

DEZEMBRO 2002

No entanto, eles vao se apoderando de ti para tudo, para urn sem nurnero de tarefas que tu pens as que e feito pelo teu rnerito. Puro engano!

o fim de quase todas estas situacoes quase sempre degeneram no seguinte: aparece urn lambe-botas corn mais graxa que tu, e 0 patrao encosta-te.

A memoria nao e urn dom de todos, em especial daqueles que tern que exercitar os dedos a contar cifras. Eo por isso que eu entendo que a base contratual entre as duas partes deve assentar noutro tipo de atitudes. S6 tendo uma atitude mais firme por parte de todos, sera possivel inverter este quadro. Nos devemos ter medo de reclamar aquilo que, sabemos muitas vezes vergonhosa, nos tiram.

Sera que ainda nao deu para perceber que a nossa classe e a mais desunida por via do mutismo? Tal mutismo s6 da azo a que se goze ferias quando a firma entende, que grande parte dos nossos assalariados ten ham des contos para fins sociais terceiro-mundistas. Que tenhamos de estar de cocoras sempre que eles mudam urn feriado ou uma ponte.

Eo contra este tipo de atitudes que eu me insurjo e acho que devemos todos refiectir, para que no futuro saibamos diferenciar 0 que deve ser 0 trabalhador, 0 escravo ou 0 cobarde.

CLINGER sao noticia no ciberespaco

"Algumas band as nao tern bern nocao daquilo que fazem, muito menos humildade e sensatez na sua forma de estar. Os Clinger sabem que 0 seu som nao e propriamente pop ou algo do genero e que 0 futuro nao vai ser assim tao facil, No entanto, querem lutar por aquilo que mais gostam: a rnusica. Sao, provavelmente, das melhores bandas portuguesas den- tro das sonoridades mais pesadas." In 123som.com. Os Clinger estao a ser reconhecidos pelo seu

born trabalho. Born exemplo disso e 0 titulo de banda do rnes conseguido no site www.123som.com. La podemos encontrar a banda em destaque com uma entrevista exclusiva. No mesmo site [a tinha side comentado 0 trabalho dos clinger tanto 0 EP "inside" como actuacoes ao vivo. "Os Clinger sao urn dos projectos mais aliciantes do novo Metal portuques, A qualidade de execucao e a energia que libertam em palco deixam antever urn futuro promissor para os rapazes de Lordelo. 0 EP "Inside" e uma boa mostra daquilo que conseguem fazer. A adquirir." palavras do jomalista Jorge Baldaia

acerca da actuacao no rockmusic challenger 2002 a 13/10102 na Fnac. Mas na mais. No site www.metalopenmind.com os clinger estao tam bern em destaque com entrevista e passatempo. No mesmo site, o EP "inside" mereceu 0 seguinte comentario: "0 EP "Inside" e a estreia discoqrafica de curta duracao em edicao de autor do grupo portuques Clinger. Urn quarto de hora de boa rnusica pesada que Ihes pode

valer urn contrato a curto prazo, uma vez que 0 grupo mostra urn profissionalismo impressionante e urn potencial enorme dentro do metal conternporaneo" pelo jomalista Clam. Na web, podemos ainda encontrar os clinger, com passatempos, entrevistas e outras noticias, em www.powerwebzine.web.pt, www.divergencias.com, www.bandasdegaragem.org, www.garageband.com e nao esquecer, tam bern pod em encontra os clinger na nossa pagina oficial em www.jcplordelo.no.sapo.pt. Para entrar no universe clinger mais a fundo visita www.clingermusic.com Eles merecem todo 0 apoio. Parabens clinger.

Teatro em Lordelo

No passado dia 30 de Novembro tivemos a oportunidade de assistir a uma peca de teatro exibida no Cineteatro de Lordelo. A Associacao Cultural de Sobrado trouxe-nos a peca "Vanessa vai a luta" - uma historia de uma menina que queria ser rapaz, com uma insaciavel curiosidade de tudo saber. o convite e orqanizacao desta louvavel ini-

ciativa ficou a cargo da Associacao Unidos a Ferrugenta (AUF). So foi pena nao ter ocorrido tanto publico como seria desejavel, No entanto, ficou provado que e possivel, pel a persistencia dos jovens lordelenses, promover iniciativas desta indole para poder elevar 0 nivel cultural da nossa freguesia.

DEZEMBRO 2002 ~arpa - boletim de intervencao politica, social e cultural 7

PACOTE LABORAL: andar para tras NAO! parte2

4. Diminuir 0 tempo de trabalho nocturno

De acordo com a lei actual mente em vigor, 0 trabalho nocturno corneca a contar a partir das 20 horas ate as 7 horas do dia seguinte, e e pago com um acrescirno de 25%. Como e que 0 Governo pretende alterar esta situacao de forma a aumentar os lucros das empresas a custa da reducao da remuneracao dos trabalhadores? - Como nao consegue impor que o sol se ponha a 22 horas, decreta que para efeitos de trabaIho nocturno so se comece a contar a partir das 22 horas. Efectivamente, de acordo com 0 n." 3 do art." 182 do "codigo", "considera-se periodo de trabalho nocturno entre as 22 horas de um dia e as sete horas do dia seguinte". E como 0 trabalho nocturno e pago com um acrescirno de 25%, as empresas ficariam assim isentas de pagar 3 horas por dias de trabalho nocturno com aquele acrescirno de remuneracao, De acordo com estimativas feitas, a aplicacao desta disposicao determinaria uma reducao na rernuneracao mensal de centenas de mil hares de trabalhadores calculada entre 100 e 150€ (menos 20 a 30 contos por mes), Nao resta qualquer duvida que tal reducao multiplicada por centenas de mil hares de trabalhadores vezes 12 meses, representaria um aumento significativo nos lucros das empresas, e na exploracao dos trabalhadores, sem qualquer aumento da produtividade (tambern neste caso nao haveria aumento do VAB - Valor Acrescentado Bruto - da empresa que serve para determinar a produtividade). Finalmente interessa recordar que as mulheres gravidas e que estejam a amamentar estao dispensadas por lei de realizar trabalho nocturno (actual mente a partir das 20 horas). Passariam a ter de trabalhar ate as 22 horas da noite.

5. Alterar 0 conceito de retribuicao para 0 calculo

das prestacoes complementares e acess6rias

o n.? 3 do art." 222, estabelece que "ate prova em contrario, presume-se constituir retribuicao toda e qualquer prestacao do empregador ao trabalhador". No entanto, logo a seguir, no n." 1 do art." 223, restringe a definicao de rstribuicao para calculo das prestacoes complementares e acessorias, po is estabelece que "quando as disposicoes convencionais ou contratuais nao disponham 0 contrario, entende-se que a base do calculo das prestacoes complementares ou acess6rias e constituida pel a retribuicao base e pelas diuturnidades", ficando assim excluidas muitas prestacoes com caracter regular como sao os subsidies de turno e de trabalho nocturno, de isencao de horatio de trabalho, prernios de produtividade, de assiduidade, etc. Esta restricac da base de calculo, reduzindo-a apenas a retribulcao base e as diuturnidades, determinaria uma reducao geral nas rernuneracoes dos trabalhadores portugueses porque reduz a base de calculo de multiplos subsidies (por ex., subsidio de risco, eventual mente ate o subsidio de natal, isencao de horatio, subsidio por trabalho nocturno; etc.). A actual lei (DL 49408) estabelece no n"2 do art." 82." que "a retribuicao compreende a rernuneracao base e todas as outras prestacoes regulares e periodicas feitas, directa ou indirectamente, em dinheiro ou especie", definicao esta que em bora mantida no n.? 2 do art." 222 do codiqo do Governo, e abandonada no art." 223 como se mostrou. Isto constituiria um retrocesso de decadasl

6. Transformar a precaridade em regra

Num quadro em que Portugal se destaca negativamente pela percentagem de contratos a prazo, 0 Governo de direita propoe-se armar 0 patronato com novas possibilidades de alargar e ate, nalgumas situacoes, eternizar 0 vinculo precario. Mantendo a discriminacao sobre os jovens a procura do 1."

emprego e desempregados de longa curacao que poderao ser sempre admitidos a prazo. Mas 0 mais grave e que, segundo 0 art." 136 do projecto da direita, 0 contrato de trabaIho a termo incerto dura por todo 0 tempo necessario para a substituicao do trabalhador ausente ou para conclusao da actividade, tarefa, obra ou projecto cuja execucao justifica a sua celebracao, Num cinico exercicio Baqao Felix, escondendo este objective vertido no "codiqo", vem proclamar a sua disponibilidade para reduzir os contratos a prazo atraves de um pacto com os parceiros sociais.

7.0 trabalhador como objecto por via da mobilidade

funcional e geogriifica

Propoe 0 Governo neste pacote laboral "0 trabalhador pode ser colocado em categoria inferior aquela em que foi contratado ( ... ) desde que seja imposta por necessidades prementes da empresa ou por est rita necessidade do trabalhador e desde que seja autorizado pelo trabalhador e services do Ministerio't.E claro e sabido como e que muitos trabalhadores reagem perante as pressoes do patronato e 0 receio de perder 0 emprego.

Mas mais a frente (art." 255) 0 empregador pode, quando 0 interesse da empresa 0 exija, encarregar temporariamente 0 trabalhador de services nao compreendidos na actividade contratada. 0 "temporariamente" sera definido pelo patrao ja que para esta questao nao e necessario nem a aceitacao do trabaIhador nem autorizacao do Ministerio da tutela. Nesta linha e segundo 0 art." 246 do projecto governamental, "0 empregador pode, quando 0 interesse da empresa 0 exigir, transferir 0 trabalhador para outre local de trabalho se essa transfen§ncia nao implicar prejuizo serio (quem define 0 prejuizo serio'P) para o trabalhador". Finalmente, no art. ° 247, pode tarnbem e sempre que 0 interesse da empresa 0 exija, transferir 0 trabalhador para outre local de trabalho "sem 0 seu prejuizo seno" podendo tal transfsrencia ser por um prazo superior a 6 meses.

8. Ataque frontal aos contratos e convencoes colectivas Com a entrada em vigor do C6digo de Trabalho resultara de imediato: as disposicoes das convencoes colectivas de trabalho vigentes que contrariem normas imperativas deverao ser alteradas no prazo de 12 meses, sob pen a de nulidade (art. 14." do decreto preambular); todas as convencoes colectivas em vigor ha, pelo menos um ana a data da entrada do C6digo terao de ser integralmente revistas no prazo de 3 anos (art. 13."). Mas, segundo 0 art. 15, se entretanto for negociada uma convencao, os trabalhadores que nao esteja filiados em sindicatos outorgantes dessa convencao podem "escolher" essa convencao mediante adesoes individuais. Se essa nova convencao, ao fim de 3 meses (empresa) ou de 6 meses (sector) abranger a maioria dos trabalhadores da empresa ou do sector, em resultado da aplicacao directa da nova convencao ou das adesoes dos trabalhadores nao abangidos, entretanto efectuadas, as demais convencoes colectivas de trabalho deixarao de produzir efeitos (caducarao),

Apos a caducidade, os trabalhadores que nao ten ham aderide a nova convencao, sao "obrigados a escolhe-la", sob pena de nao ficarem abrangidos por qualquer convencao, Oeste regime transit6rio reultara assim: 0 aniquilamento das actuais convencoes: a sujeicao dos trabalhadores a todo 0 tipo de pressoes dos patroes para que "escolham" certa convencao: 0 incremento pelo patronato de criacao de sindicatos "fantoche" que aceitem rapidamente as condicces que aquele Ihes queira irnpor,

(continua na proxima edlqao)

8 Iflarp. -boletim de intervencao politica, social e cultural DEZEMBRO 2002

IUdio Fernandes ili@clix.pt

o Sr. Joaquirn Silva aquando da intervencao pela SBPAR, na sua rua (R. de S. .Joao, em Soutelo), vi 0 muro da sua propriedade, cairo Mais de um ana depois, tudo esta na mesma.

Assim pergunta:

"Quim (Mota), quando

e que pees 0 muro direito?"

RUA DO FOLHEDO, OUTEIRO

Uma verdadeira vergonha para uma freguesia que quer ser cidade!

II ~~!::::a-=e=d~~

JUVENTUDE COMUNISTA PORTUGUESA

Você também pode gostar

  • pg462 Xi 2
    pg462 Xi 2
    Documento2 páginas
    pg462 Xi 2
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • A Farpa 7 26maio2011 PDF
    A Farpa 7 26maio2011 PDF
    Documento4 páginas
    A Farpa 7 26maio2011 PDF
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 5 Dez2010
    Farpa 5 Dez2010
    Documento6 páginas
    Farpa 5 Dez2010
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 5 Dez2010
    Farpa 5 Dez2010
    Documento6 páginas
    Farpa 5 Dez2010
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 5 Dez2010
    Farpa 5 Dez2010
    Documento6 páginas
    Farpa 5 Dez2010
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • A Farpa 6 Jan 2011 - 2
    A Farpa 6 Jan 2011 - 2
    Documento4 páginas
    A Farpa 6 Jan 2011 - 2
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • FARPA 9 1a
    FARPA 9 1a
    Documento8 páginas
    FARPA 9 1a
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 3 1
    Farpa 3 1
    Documento8 páginas
    Farpa 3 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 1 1
    Farpa 1 1
    Documento8 páginas
    Farpa 1 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 5 1
    Farpa 5 1
    Documento8 páginas
    Farpa 5 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 4 1
    Farpa 4 1
    Documento8 páginas
    Farpa 4 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 24 - 1
    Farpa 24 - 1
    Documento8 páginas
    Farpa 24 - 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 2 1
    Farpa 2 1
    Documento8 páginas
    Farpa 2 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 8 1
    Farpa 8 1
    Documento8 páginas
    Farpa 8 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 20 1
    Farpa 20 1
    Documento7 páginas
    Farpa 20 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 12 1
    Farpa 12 1
    Documento8 páginas
    Farpa 12 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 13 1
    Farpa 13 1
    Documento8 páginas
    Farpa 13 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 17 1
    Farpa 17 1
    Documento8 páginas
    Farpa 17 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 16 1
    Farpa 16 1
    Documento8 páginas
    Farpa 16 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 15 1
    Farpa 15 1
    Documento8 páginas
    Farpa 15 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 22 1
    Farpa 22 1
    Documento8 páginas
    Farpa 22 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 23 1
    Farpa 23 1
    Documento8 páginas
    Farpa 23 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 19 1
    Farpa 19 1
    Documento8 páginas
    Farpa 19 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 14 1
    Farpa 14 1
    Documento8 páginas
    Farpa 14 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 25 1
    Farpa 25 1
    Documento8 páginas
    Farpa 25 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 26 1
    Farpa 26 1
    Documento8 páginas
    Farpa 26 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • Farpa 27 1
    Farpa 27 1
    Documento8 páginas
    Farpa 27 1
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • A Farpa 4 Out 2010 - PDF
    A Farpa 4 Out 2010 - PDF
    Documento4 páginas
    A Farpa 4 Out 2010 - PDF
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações
  • A Farpa Jan 2010 - 3
    A Farpa Jan 2010 - 3
    Documento4 páginas
    A Farpa Jan 2010 - 3
    PCPLordelo
    Ainda não há avaliações