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O retrato da Mulher em Portugal

Antes da Revolução de Abril

Em Portugal, o estado novo esforçou-se por


conservar a mulher no seu posto tradicional, como
mãe, dona de casa e sempre às ordens do seu marido
(chefe de família).
Desde a Constituição de 1933, já existiam leis que
estabeleciam o princípio de igualdade entre cidadãos
fossem eles homens ou mulheres, contudo, as
mulheres estavam ainda assim relegadas para um
plano de menor importância na sociedade.

Mulheres sem Direitos

Até essa altura a mulher não tinha praticamente


direitos:
- Não podia votar;
- Não podia exercer cargos políticos;
- Não podia pertencer à magistratura (serem
juízas);
- Não podia pertencer às forças armadas ou à
polícia;
- Não podia ir às compras sem a autorização do
marido;
- Não podia abrir a correspondência sem antes
ser vista pelo marido (mesmo que fosse enviada para
o nome dela);
- Não podia viajar sem autorização;
E muitas outras coisas que eram simplesmente
negadas à mulher, sem qualquer tipo de justificação.

25 de Abril de 1974 – Revolução para Portugal e


para as mulheres

Com a revolução de Abril muitas portas se abriram


às mulheres que até à data eram inacessíveis. A
conquista dos mesmos direitos e de um lugar digno
na sociedade em igualdade com o homem, tornou-se
então a nova batalha para as mulheres.
A revolução acabou com quase todas as medidas
que impediam a mulher de evoluir em casa, no
trabalho e na sociedade, o que acabou quase por ser
uma nova vida.

A mulher nos últimos 30 anos e na actualidade

Não podemos pensar que a revolução de Abril


trouxe para a mulher novos direitos e oportunidades
e que estes começaram desde logo a ser respeitados
e cumpridos.
Passados mais de 30 anos após a revolução, ainda
continua a luta da mulher para uma total igualdade
de direitos em relação ao homem. Ainda assim não
se pode comparar o que a mulher já conseguiu
atingir, em relação àquilo que tinha antes de 1974.
Nos dias que correm a mulher é parte integrante da
sociedade e representa 51.7% da população
portuguesa.
A mulher já pode estudar, trabalhar, votar e viajar.
Já existem juízas, ministras, médicas, advogadas,
polícias e mulheres militares.
Já podem viver sozinhas, casar e divorciar-se,
tomar contraceptivos e decidirem se querem ou não
ter filhos.
As mulheres provaram ser capazes de exercer
qualquer cargo, trabalho ou tarefa nas mesmas
condições que os homens, sem qualquer dificuldade
ou incapacidade. Apesar de ainda existirem
diferenças entre homens e mulheres, estas
conseguiram com todo o direito, ganhar na
sociedade um papel digno e a que todos os cidadãos
têm direito.

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