Serra do Gerês

a pureza do
mundo natural

Nossa Senhora da Peneda

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Parque Nacional da Peneda Gerês

Conjugando a natureza no seu estado mais puro com a oferta de lazer e diversão, a Ser-
ra do Gerês reúne as condições necessárias para ser um dos melhores destinos de férias
em Portugal. Repartida entre o Minho e Trás-os-Montes, integra o único Parque Nacional
existente do país.

O Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG)
situa-se no Alto Noroeste de Portugal,
na fronteira com Espanha, cobrindo
uma área de cerca de 70.000 hectares.
Englobando as serras do Gerês, Soajo,
Amarela e Peneda e os planaltos da
Mourela e de Castro Laboreiro, sendo
atravessado por inúmeras linhas de
água, localiza-se no Maciço Hespérico
ou Maciço Ibérico, área essencialmen-
te granítica, mas com algumas faixas
de xisto. Prima pela riqueza das suas
paisagens, que se espalham por entre
serras, planaltos, vales, barragens, cas-
catas e uma fauna e flora riquíssimas
que se querem preservadas.
Para além de toda a sua beleza natural,
é também uma zona de tradições e cos-
tumes e de pequenas aldeias que sou-
beram combater o passar do tempo,
guardando até hoje importantes vestí-
gios arqueológicos que remontam ao
período neolítico, bem como um espí-
rito comunitário muito próprio, subsis-
tindo sobretudo através da agricultura,
da pastorícia e da pecuária.
O Parque inclui também trechos da es-
trada romana que ligava Braga a Astor-
ga, conhecida como Geira, albergando
ainda dois importantes centros de pe-
regrinação: o Santuário de Nossa Se-
nhora da Peneda e o de São Bento da
Porta Aberta.
Mata da Albergaria
A Mata de Albergaria é um dos mais
importantes bosques do PNPG, consti-
tuída predominantemente por um car-
valhal secular em estado natural que
inclui espécies características da fauna
e da flora geresianas.
Situada entre as Caldas do Gerês e a
Portela do Homem, esta reserva botâ-
nica pode ser percorrida a pé, estando,
no entanto, sujeita a medidas especiais
de protecção. O caminho que atravessa
a mata e acompanha a via romana es-
tende-se ao longo da margem esquer-
da da albufeira de Vilarinho das Furnas,
terminando em Campo do Gerês. Além
do seu valor ecológico, a Mata guarda
também um troço da Via Romana – Gei-
ra – com as ruínas das suas pontes e
um significativo conjunto de marcos
milenares.
A Geira
A Via Romana nº 18 do Itinerarivm An-
tonini, popularmente conhecida por
“Geira”, é uma das estradas militares
construída presumivelmente no últi-
mo terço do séc. I d.C., na sequência
da conquista romana, ligando Braca-
ra Avgvsta (actual Braga) a Astvrica
Avgvsta (actual Astorga), num percurso
que atravessa a Serra do Gerês e entra
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Via Romana - Geira

Onde Ficar

Casa da Parede Nova

Situa-se no Campo do Gerês e
caracteriza-se pelo seu ambiente
familiar.
Tem quatro quartos com W.C.
privativo, TV e aquecimento central,
podendo ser utilizada como
apartamento T4, T3 ou T2.
Tem parque de estacionamento
privativo.
Telefone: +351 253 352997
Telemóvel: +351 93 3907288
E-mail: antoniodaquinta@iol.pt
http://casaparedenova.geres.pt

Pensão Adelaide & Filhos, Lda

Em pleno coração do PNPG, conta
com 50 quartos equipados com W.C.,
TV, telefone e aquecimento. Dispõe
ainda de Piscina, Bar, Parque de
Estacionamento e Sala de Estar com
Lareira e Restaurante.
Telefone: +351 253 390 020
Fax: +351 253 390 029
www.pensaoadelaide.com.pt
Pensão Moderna do Gerês
Situa-se em plena Vila do Gerês e
caracteriza-se pelo seu ambiente
familiar. Possui 26 quartos com casa
de banho, TV satélite e parque de
estacionamento privado.
Telefone: +351 253391219
Fax: +351 253392044
www.pensaomoderna.com.pt
Águas do Gerês – Hotel, Termas & SPA
Em pleno PNPG, dispõe de 60
quartos com WC completo, telefone,
TV satélite, Bar, restaurante, sala
estar com Internet e estacionamento
privativo. Conta também com termas
e SPA com piscina dinâmica, duches e
salas de massagens.
Telefone: +351 253390190
Fax: +351 253390199
www.aguasdogeres.pt
Quinta de Gestaçós
Em pleno PNPG, numa encosta
arborizada com uma vista magnífica
sobre a Albufeira de Caniçada e
o Vale do Gerês, a casa insere-se
numa quinta rural que abre a porta
à descoberta de belezas naturais:
quedas de água, e formações
rochosas espectaculares, ribeiros de
água pura e vegetação frondosa.
Telefone: +351 253 391 491
www.quintadegestacos.com
em Espanha pela Portela do Homem.
Com o seu traçado extremamente bem
estruturado, por permitir galgar vários
tramos de montanha sem subidas ou
descidas muito acentuadas, encurtou-
se também a ligação entre as duas ci-
dades, até ali só possível pela via  de
Aquae Flavaie (actual Chaves).
Trata-se de um percurso único, o mais
monumental complexo arqueológico
romano localizado no PNPG, que se
mantém praticamente intacto, com as
suas pontes, muros, casas e dezenas
de marcos milenares, muitos dos quais
epigrafados com inscrições datáveis
entre o final do século I e o século IV
d.C., perpetuando a memória de gover-
nadores e imperadores.
A razão da sua construção poderá ser
atribuída à necessidade que as legiões
sentiram de poder penetrar mais rapi-
damente nas montanhas da região.
Lado a lado com uma construção sóli-
da e um traçado harmonioso, a princi-
pal característica da estrada romana
da “Geira” passa pelo facto de ter sido
durante séculos a melhor e talvez única
via que atravessava a Serra do Gerês,
tendo-se tornado quase que numa rota
para os povos da região, que a foram
restaurando e a utilizaram praticamen-
te até ao século XX.
Saindo de Bracara Avgvsta e ligando os
actuais concelhos de Amares e Terras
de Bouro, a “Geira” atravessa o que é
hoje o território do PNPG.
Cascata do Arado
Situada em pleno coração do PNPG, a
Cascata do Arado é uma das suas mais
famosas quedas de água e uma fasci-
nante maravilha da natureza.

Aldeia de Vilarinho das Furnas
O curso de água do rio Arado é respon-
sável por locais de grande beleza, como
é o caso da cascata que, nos meses de
verão, e sobretudo aos fins-de-semana,
é muito frequentada por quem procura
por um banho refrescante.
A Cascata do Arado está situada a uma
altitude de cerca de 900 metros, crian-
do uma sucessão de cascatas únicas,
onde a água pura da montanha encara
a dura rocha, plena de beleza. O acesso
às cascatas faz-se a partir do estradão e
de uma escadaria que sobe até ao lago
sobranceiro às quedas.
Se tiver calçado apropriado e espírito
aventureiro, suba até ao alto onde po-
derá observar um pequeno riacho que
desagua no Rio Arado e, mais acima,
uma outra lindíssima cascata com belas
lagoas. Dependendo da altura do ano,
poderá refrescar-se nas águas límpidas.
Retemperadas as forças, siga em direc-
ção à “Pedra Bela”.
Pedra Bela
O Miradouro da Pedra Bela espelha a
beleza fantástica do PNPG, em Terras
de Bouro, localizando-se a cerca de 800
metros de altitude.
As montanhas, a albufeira da Caniçada,
os rios que serpenteiam a serra, a con-
fluência do Rio Cávado com o rio Caldo,
a vegetação própria desta serra, ou a
estonteante Portela do Homem fazem
deste um dos locais mais famosos do
Gerês.
A Pedra Bela encanta desde sempre. Já
diziam os antigos que “foi a mão divina
que aqui a colocou, como que uma peça
num presépio, perfeita e imponente”.
 
Vilarinho das Furnas
Vilarinho das Furnas era uma peque-
na aldeia da freguesia de S. João do
Campo, situada no extremo nordeste
do concelho de Terras de Bouro, que
foi destruída pela subida das águas da
Barragem das Furnas, a 21 de Maio de
1972.
Reza a tradição que a sua existência
começou por ocasião da abertura da
célebre estrada da “Geira”, pelo ano de
75 d.C., quando um grupo de sete tra-
balhadores resolveu fixar-se junto da
actual Portela do Campo. Passado pou-
co tempo, por um qualquer desenten-
dimento, quatro desses homens deixa-
ram os seus colegas e foram instalar-se
a poucos metros da margem direita do
rio Homem, dando, assim, início à po-
voação de Vilarinho das Furnas.
Por esta razão, tudo o que hoje se pode
TURISMO 65
dizer sobre o nascimento de Vilarinho
das Furnas assenta num mero levantar
de hipóteses. Não obstante, no meio
de toda esta incerteza, há um facto
incontestável: a sua romanização. Os
romanos chegaram, viveram, passaram
e deixaram rasto em Vilarinho das Fur-
nas. Prova disso, são as duas vias cal-
cetadas que davam acesso à povoação
pelo lado Sul e ainda as três pontes de
sólida arquitectura.
Barragem de Vilarinho das Furnas
Localizada numa zona protegida do
PNPG, a Barragem encontra-se rodea-
da de vestígios arqueológicos romanos
e marcos milenares. Foi a última das
barragens a ser construída, em 1972,
no âmbito do plano de aproveitamento
hidroeléctrico do Cávado e do Rabagão,
iniciado nos anos 50.
Esta barragem veio submergir a aldeia
homónima, apesar dos protestos dos
habitantes, nos anos finais da ditadura.
O paredão permite agora a passagem
de automóveis na direcção de Brufe e
Ponte da Barca ou Lindoso.
Esta barragem tornou-se mais conhe-
cida, precisamente porque a sua cons-
trução obrigou ao desaparecimento da
povoação comunitária de Vilarinho das
Furnas. Nos anos de maior seca, quan-
do se esvazia a albufeira, é possível vi-
sitar as ruínas da aldeia submersa, cuja
memória se perpetua no Museu Etno-
gráfico de Vilarinho das Furnas.
Atravesse a Barragem de Vilarinho das
Furnas a pé aproveitando para admirar
a magnífica paisagem que a rodeia,
tendo em atenção as pedras soltas e
escorregadias.
Pitões das Júnias e Mosteiro de Santa
Maria das Júnias
Pitões das Júnias é uma das mais tradi-
cionais e pitorescas aldeias transmon-
tanas, localizada em pleno PNPG, que
tem conseguido manter ao longo dos
séculos a sua pequena população e o
seu aspecto medieval, de construções
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em pedra, sendo um dos principais
atractivos turísticos desta região nos
meses de Verão, contando já com algu-
mas unidades de turismo ecológico.
No rebordo do planalto da Mourela e
no meio de uma encosta que a erosão
abriu, as populações escolheram esta
zona agreste por razões geográficas e
ecológicas: a aldeia fica abrigada dos
ventos frios do norte e dos frequentes
nevões, e as terras de cultura são de
solos ricos e facilmente irrigáveis pelos
cursos de água que durante todo o ano
descem das alturas. O gado é a maior
riqueza da terra. Vacas, cabras e ove-
lhas, são o capital das serras e o foco
da cultura em torno do qual a vida se
move, organiza e perpetua.
Antigos trilhos de contrabandistas
levam-nos a um Gerês mais agreste e
duro, onde a paisagem ainda selvagem
e com pouca intervenção do homem,
nos enche e liberta a alma. Não deve,
por isso, deixar de conhecer o encanta-
dor modo de vida das gentes que aqui
vivem.
Apesar das transformações recentes,
ainda poderá encontrar o gado a cir-
cular pelas ruas lajeadas a granito e as
tradicionais casas em pedra com telha-
dos de colmo. Perto da aldeia, na direc-
Marina do Rio Caldo
ção do cemitério, encontra-se um dos
melhores expoentes nortenhos da ar-
quitectura religiosa – as ruínas do mos-
teiro cisterciense de Santa Maria das
Júnias – cuja construção remonta ao sé-
culo XI. O antigo edifício monástico foi
edificado na margem direita da ribeira
do Campesinho que, algumas centenas
de metros a jusante, se despenha numa
impressionante queda de água – a Cas-
cata de Pitões das Júnias. Com cerca
de 30 metros de altura, esta cascata é
um ex-líbris de Pitões das Júnias, com
as suas águas cristalinas que vêm do
ribeiro de Pitões e deslizam sobre o cin-
zento das rochas até ao carvalho cente-
nário onde, rezam as lendas, mora um
duende que habita estas terras.
Nas proximidades de Pitões das Júnias,
mas isolado num vale de grande bele-
za, por onde corre o rio Campesinho,
encontrará o Mosteiro da Sta. Maria
das Júnias, um modesto e interessante
exemplar da arquitectura românica do
século XII. A sua igreja é a única estru-
tura arquitectónica que permaneceu
intacta, sendo que as restantes depen-
dências conventuais se encontram num
lastimável estado de ruína. A provável
data da fundação do Mosteiro é o ano
de 1147, comprovada pela inscrição
gravada na face exterior do muro da
igreja. Para chegar ao Mosteiro de Sta.
Maria das Júnias, deverá partir do cemi-
tério de Pitões.
Se visitar a aldeia por altura do Verão,
aproveite para participar da festa de
S. João da Fraga, que decorre entre os
dias 24 e 25 de Junho. Na noite do dia
24, faz-se uma procissão e uma festa
à volta do centro de Pitões. No dia 25,
todas as pessoas vão a pé até à fraga
de S. João, que fica bastante afastada,
levando o merendeiro para lá almoçar.
Ponte do Diabo
A ponte de Misarela localiza-se sobre o
rio Rabagão, em pleno Gerês, perto da
Barragem da Venda Nova, mais propria-
mente no lugar da Misarela, freguesia
de Ferral, no concelho de Montalegre.
A ponte, e respectiva tradição arquitec-
tónica, remontam à época medieval,
enquadrando-se de forma espectacular
na paisagem de densa vegetação.
Em tempos mais remotos, esta ponte
servia a estrada que acompanhava o
vale do Cávado para Poente. O vigor do
seu relevo aparenta alguma fragilidade,
mas trata-se de uma obra de excelente
execução.
Erguendo-se a mais de 15 metros sobre
o Rio Rabagão, a espectacularidade da
sua implementação mereceu das popu-
lações vizinhas o epíteto de “Ponte do
Diabo”. Contudo, a ponte também é cé-
lebre por ter sido o palco de combates
durante as invasões francesas.
O seu acesso é a pé, por um estradão,
num percurso de cerca de 10 a 15 mi-
nutos.
Ponte de Misarela