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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE
RODAGEM
PROCURADORIA JURIDICA

PARECER: nº 531/2010 - PJ
PROCESSO: 3633 -10
INTERESSADO: JOSUE PAULO TARGINO
ASSUNTO: Gratificação adicional de insalubridade

Trata-se de Requerimento Administrativo do servidor Josué


Paulo Targino, matrícula n°. 5716-9, motorista, já qualificado nos autos, pelo qual requer
gratificação de insalubridade, haja vista exercer a função de motorista do Eng° Chefe da RR de
Campina Grande, transportando emulsão asfáltica para os serviços de tapa buraco em rodovias
como também, óleo diesel e lubrificante para abastecimento e conservação de maquinas e
equipamentos.
A Divisão de Recursos Humanos – DRH se manifestou pela
improcedência do pleito ante o fato já exposto de que a JUNTA MEDICA CENTRAL DO
ESTADO deu como negado o pedido do Requerente.

Contam nos autos, dois processos anteriores sendo estes


indeferidos. O primeiro de sete de abril de dois mil e três e o segundo de vinte e cinco de março
de dois mil e oito (fls. 3 e 6).
Para tanto, a JUNTA MEDICA CENTRAL DO ESTADO se
pronunciou e negou a concessão de insalubridade ao servidor alegando contrariedade ao Artigo 8°
§ 1° e § 2°, do Decreto n°. 13.208, de 31 de Julho de 1989, publicado no Diário Oficial do Estado
em 01 de Agosto de 1989.

No mérito, deve-se observar a especificidade da legislação federal aplicável aos


que exercem atividades insalubres:
Da Legislação :
Art. 195/CLT - A caracterização e
a classificação da insalubridade e da periculosidade,
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão
através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou
Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do
Trabalho.

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Da Jurisprudência:
INSALUBRIDADE. PERÍCIA.
“O deferimento ou indeferimento de
adicional de insalubridade somente pode se dar com
fundamento em prova técnica e não em livre convencimento.”
(RR 263615/96.1, Ac. 4ª T. Cnéa Cimini Moreira de Oliveira –
TST).

Ante não restar consubstanciado prova por reconhecimento da Junta Médica


Central do Estado das condições de trabalho como sendo caracterizada como atividade de caráter
insalubre, opinamos pelo indeferimento do pedido.

É o parecer, salvo melhor juízo.

João Pessoa, 15 de outubro de 2010.

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