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Introdução
Funções e Obrigações
Conclusão
Por uma questão ética ou pela própria conduta moral, cada terreiro
cria em seu espaço religioso as maneiras pelas quais as relações de poder
entre divindades e fiéis ou entre líderes e os demais membros se
constituem. O que vale observar é como esse poder perpassa por entre a
fé, os comportamentos morais e políticos, a estrutura hierárquica e as reais
necessidades mágico-religiosas do espaço sagrado.
O prestígio e o respeito, intimamente ligados aos poderes, devem ser
conquistados a todo o momento, visto que são necessários para se usufruir
de qualquer autoridade no espaço em questão. Pois o poder é algo que se
ganha e se perde na medida em que se conquista por mérito moral ou por
necessidades da casa se perde por má conduta religiosa ou por este ser
transitório a determinada pessoa.
E uma vez que esse poder não é localizado, mas funciona como um
elemento surpresa ao gosto de divindades, não existe uma hierarquia de
poderes que esteja ligada aos cargos, as funções ou ao tempo de casa na
religião. Ganha tal cargo ou função ou obrigação aquele que for indicado
pelos orixás segundo as próprias regras e interesses divinos, muitas vezes
sem explicações racionais.
O poder de punir, para manutenção da ordem, cabível as divindades
também o é ao líder e se necessário for poderá ser representado por outras
pessoas indicadas pelo líder ou mesmo pelas autoridades divinas.
As relações de poder no Candomblé, como em todas as outras
instituições de qualquer ordem, é necessário para um controle social, na
medida em que disciplina os indivíduos a manterem as regras.