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UFERSA Resumo do texto de Sociologia de Cristina Costa 11-22

Aluno: Michel Willian Alves Matricula: 2009171570 Curso: Ciência da


Computação

O conhecimento como característica da humanidade


Diferente das outras espécies o homem precisa de aprendizado para desenvolver a maior parte
de seu comportamento, onde nas outras espécies o desenvolvimento de formas peculiares de
comportamento ocorre naturalmente.

Torna-se humano
Para se tornar humano, o homem tem que aprender com seus semelhantes uma série de atitudes
que jamais poderia desenvolver no isolamento, o que não acontece em outras espécies animais,
uma cria, mesmo separada de seu grupo de origem, apresentará, com o tempo, as mesmas
atitudes de seus semelhantes pois carregam uma bagagem genética que desenvolve
espontaneamente.
Para que um bebê humano se transforme em homem propriamente dito, capaz de agir, viver e
se reproduzir como tal, é necessário um longo aprendizado, com as experiências e
conhecimento das gerações mais velhas, transmitidos pela nossa capacidade de criar sistemas
de símbolos pelos quais somos capazes de nos comunicar.
“Comparado aos outros animais, o homem não vive apenas em uma realidade mais ampla, vive,
pode-se dizer, em uma nova dimensão da realidade... o homem vive em um universo
simbólico”
Por isso dizemos que o pensamento humano é único, pois demonstrou ser capaz de
transformar experiências vividas em discurso com significado a fim de transmiti-lo aos demais
seres de sua espécie e a seus descendentes. É capaz de provocar sentimentos e de se fazer
conhecer pela reflexão. Dentre outras o homem é capaz de distinguir o passado do presente e
projetar ações futuras; armazenar significados, de separar, agrupar, classificar o mundo que o
cerca segundo determinadas características. Dessa habilidade provem a capacidade de projeção,
a idéia de tempo e o esforço em preparar o futuro, características que permitem o
desenvolvimento da ciência. Onde esse é o centro da sua capacidade simbólica e de sua
humanidade.
Com todas essas habilidades e vivendo em grupos, o homem começou a travar com o
mundo ao seu redor uma relação dotada de significado e sentido. O conhecimento humano –
organizado, comunicado e compartilhado com seus semelhantes e transmitido à descendência –
transformou-se em um legado cumulativo fundamental para interpretar a realidade e agir sobre
ela, ou seja, deu origem a cultura humana.
Essa criação simbólica que organiza o mundo e lhe atribui sentido é marcado pelo
espaço e tempo que a produz e pelos grupos com os quais dividimos nossas experiências,
gerando uma multiplicidade ilimitada de interpretações da realidade que nos cerca. É por isso
que encontramos padrões de vida, de crença e pensamento tão diversos. Porque esses padrões
não apenas conseqüências de uma estrutura genética da espécie, mas do compartilhamento de
experiências simbólicas por um determinado grupo humano.

As culturas humanas como processos


Essa capacidade de pensar o mundo, de atribuir significados a realidade e de transmiti-los aos
seus descendentes é denominado conhecimento.
Formas de interpretações da vida tendem a se perpetuar por meio dos ritos e mitos. Ao mesmo
tempo, porém, é esse conhecimento acumulado nas tradições que possibilita operar
transformações na cultura e na sociedade que os criou. Quando novos obstáculos surgem,
exigindo uma diferente forma de pensar, o conhecimento existe evita que se parte do zero,
permitindo, assim, a elaboração de propostas mais adequadas e úteis às soluções das
dificuldades enfrentadas.
As diferenças culturais devem-se as circunstâncias que as cercam, plenas de necessidades e

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Aluno: Michel Willian Alves Matricula: 2009171570 Curso: Ciência da
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obstáculos a serem ultrapassados e de tradições herdadas do passado.


As culturas são conjuntos de crenças, relações, forma de poder, linguagens cuja inter-relação
tem sua história.

A ciência como ramo do conhecimento


Dependendo de fatores sócias, da tradição, da influencia dos outros grupos, da maior ou menor
resistência da cultura, os povos desenvolveram diferentes formas de explicação a respeito da
vida e da natureza.
O conhecimento geométrico dos egípcios foi desenvolvido a partir da necessidade de
estabelecer das propriedades agrárias que desapareciam nas cheias anuais do Rio Nilo,
impossibilitando a cobrança de impostos. Os egípcios conseguiram criar as mais diferentes
formas geométricas capazes de resolver os problemas de medição territorial, utilizado depois
nas construções arquitetônicas.
Para os egípcios, como para os babilônios, a eficiência do pensar limitava-se à
necessidade de solucionar problemas particulares. O pensar como um exercício voltado para si
mesmo, capaz de se desenvolver sem uma aplicabilidade imediata, teve raízes nas civilizações
gregas. Os gregos desenvolveram uma forma de pesar à qual deu o nome de ciência uma
atividade com objetivos próprios, eminentemente cognitivos.

O milagre grego – o espírito especulativo


Foram os gregos que, rompendo com o senso comum, com a tradição e com o
misticismo, desenvolveram uma reflexão laica e independente, própria do espírito especulativo,
que se debruçava sobre o mundo procurando entendê-lo em sua objetividade. Criando assim a
filosofia, geometria e a astronomia.
Deu-se o nome de milagre grego a este salto qualitativo do conhecimento humano sobre
si e a natureza, em que se abandonou a explicação mítica e o principio da interferência das
forças sobrenaturais à obtenção do saber humano.
Em todos os momentos de transformação social e econômica, o pensamento racional foi
cada vez mais exigido com base para ação humana. A medida que constatava que o destino
resultava da ação do homem e não da vontade dos deuses e dos rituais sagrados. Crescia nele a
percepção de si mesmo como individuo dotado de razão e capaz de realiza ações inspiradas por
ela.

A razão a serviço do indivíduo e da sociedade


Enquanto a sociedade comercial e manufatureira desenvolvida pelos gregos perdurou ao
longo do Império Romano, a razão esteve a serviço do homem e da sociedade. Durante a Idade
Média, período de hegemonia da Igreja Católica no Ocidente, a racionalidade passou a ser
considerada como mero instrumento auxiliar da fé. Onde pensadores como Platão e Aristóteles,
só interessavam na medida em que reafirmavam o incontestável poder da Igreja. Apenas as
ordens religiosas, isoladas no mosteiros, tinham acesso a textos de filosofia, geometria e
astronomia. A população laica deixou de participar desse saber.
No Renascimento, o homem redescobre os textos antigos e o prazer de investigar o mundo. Em
decorrência disso o progresso desse método de conhecimento – a ciência – destinado à
descoberta das leis que regem a relação dos homens entre si e com a realidade que o rodeiam.
Aprimoram-se os utensílios de medição, desenvolveram-se as universidades e demais
instituições cientificas, onde a impressa e outros meios de comunicação espalharam a um
número crescente de pessoas. Foi em meio a esse movimento de idéias que surgiu, no século
XIX, uma ciência nova – a sociologia, a ciência da sociedade. Resultado da necessidade dos
homens compreender as relações que estabelecem entre si e a natureza da vida coletiva sob

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uma nova perspectivas, independente das convenções e das tradições morais e religiosas.
Tornava-se necessário entender as bases da vida social humana e da organização da sociedade,
por meio de um modelo que tornassem possível prever e controlar os acontecimentos sócias
fazendo uso de um mecanismo eficiente de intervenção.
Relações entre homens deixavam de ser objeto das crenças religiosas e do senso comum,
passando a interessar aos cientistas, possibilitando o entendimento racional da realidade social.
A complexidade das relações humanas e da vida coletiva passava assim a outra instancia do
conhecimento humano, de se enfrentar a realidade social e resolver os seus problemas,
respondendo às necessidades urgentes de controle e intervenção, com métodos e instrumentos
de análise capazes de interpretar e explicar a experiência social segundo os princípios do
conhecimento cientifico.

A sociologia: um conhecimento de todos


Do século XV à atualidade uma longa história do pensamento se desenvolveu. Criou-se
um vocabulário próprio com conceitos que designam aspectos importantes da sociedade.
Esse conhecimento não ficou restrito aos cientistas sócias, mas acabou sendo apropriado
pelo cidadão comum e passou a fazer parte de seu cotidiano. Palavras como classes sócias;
camada e conflito social são veiculadas pelos meios de comunicação de massa e aparecem nos
discursos políticos, na publicidade e no dia-dia das pessoas. Como se fossem de domínio
público, como se todos soubessem exatamente o que elas designam.
Mesmo que o publico desconheça todos os procedimentos de amostragem e de
levantamento de dados, assim como pode desconhecer a técnica utilizada na fabricação de um
termômetro, confia nas informações das pesquisas e se deixa guiar por elas, o que demonstra a
confiança na ciência e em seus métodos e a sua apropriação por parte do grande público. Os
órgãos de pesquisa social que fornecem resultados ao mercado, às emissoras de televisão
parecem merecer cada vez mais credibilidade, mostrando que nas diferentes esferas de
intervenção preferem sempre a segurança da investigação cientifica da realidade social.

O uso da sociologia no diversos campos da atividade humana


Lançar um produto, abrir uma loja ou construir um prédio, os profissionais
especializados – o engenheiro, o agrônomo, o comerciante – procuram dados sobre
característica, tendências e composição da população com a qual querem interagir.
Não se constroem mais cidades; não se desenvolvem campanhas políticas; e não se
declaram guerras sem levar em considerações as pessoas envolvida, suas crenças, interesses,
idéias e tradições, tudo aquilo que motiva sua ação e guia sua conduta. A sociedade tem
características que precisam ser conhecidas para que aqueles que nela atuam atinjam seus
objetivos. É por isso que sociologia faz parte dos programas básicos dos cursos universitários
que preparam os mais diversos profissionais.

Desafios da sociologia hoje


O capitalismo vive hoje, no século XXI, uma profunda reestruturação que está exigindo
dos cidadãos, dos governos e das nações uma revisão completa de todos os aspectos que
compõem a sociedade. A complexidade do mundo exige uma compreensão mais profunda de
nossa posição e de nossos objetivos.
Valores básicos da sociedade capitalista – como o trabalho – são deixados em segundo,
enquanto o lazer e o consumo se transformam em necessidades sociais.

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