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Torna-se humano
Para se tornar humano, o homem tem que aprender com seus semelhantes uma série de atitudes
que jamais poderia desenvolver no isolamento, o que não acontece em outras espécies animais,
uma cria, mesmo separada de seu grupo de origem, apresentará, com o tempo, as mesmas
atitudes de seus semelhantes pois carregam uma bagagem genética que desenvolve
espontaneamente.
Para que um bebê humano se transforme em homem propriamente dito, capaz de agir, viver e
se reproduzir como tal, é necessário um longo aprendizado, com as experiências e
conhecimento das gerações mais velhas, transmitidos pela nossa capacidade de criar sistemas
de símbolos pelos quais somos capazes de nos comunicar.
“Comparado aos outros animais, o homem não vive apenas em uma realidade mais ampla, vive,
pode-se dizer, em uma nova dimensão da realidade... o homem vive em um universo
simbólico”
Por isso dizemos que o pensamento humano é único, pois demonstrou ser capaz de
transformar experiências vividas em discurso com significado a fim de transmiti-lo aos demais
seres de sua espécie e a seus descendentes. É capaz de provocar sentimentos e de se fazer
conhecer pela reflexão. Dentre outras o homem é capaz de distinguir o passado do presente e
projetar ações futuras; armazenar significados, de separar, agrupar, classificar o mundo que o
cerca segundo determinadas características. Dessa habilidade provem a capacidade de projeção,
a idéia de tempo e o esforço em preparar o futuro, características que permitem o
desenvolvimento da ciência. Onde esse é o centro da sua capacidade simbólica e de sua
humanidade.
Com todas essas habilidades e vivendo em grupos, o homem começou a travar com o
mundo ao seu redor uma relação dotada de significado e sentido. O conhecimento humano –
organizado, comunicado e compartilhado com seus semelhantes e transmitido à descendência –
transformou-se em um legado cumulativo fundamental para interpretar a realidade e agir sobre
ela, ou seja, deu origem a cultura humana.
Essa criação simbólica que organiza o mundo e lhe atribui sentido é marcado pelo
espaço e tempo que a produz e pelos grupos com os quais dividimos nossas experiências,
gerando uma multiplicidade ilimitada de interpretações da realidade que nos cerca. É por isso
que encontramos padrões de vida, de crença e pensamento tão diversos. Porque esses padrões
não apenas conseqüências de uma estrutura genética da espécie, mas do compartilhamento de
experiências simbólicas por um determinado grupo humano.
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UFERSA Resumo do texto de Sociologia de Cristina Costa 11-22
Aluno: Michel Willian Alves Matricula: 2009171570 Curso: Ciência da
Computação
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UFERSA Resumo do texto de Sociologia de Cristina Costa 11-22
Aluno: Michel Willian Alves Matricula: 2009171570 Curso: Ciência da
Computação
uma nova perspectivas, independente das convenções e das tradições morais e religiosas.
Tornava-se necessário entender as bases da vida social humana e da organização da sociedade,
por meio de um modelo que tornassem possível prever e controlar os acontecimentos sócias
fazendo uso de um mecanismo eficiente de intervenção.
Relações entre homens deixavam de ser objeto das crenças religiosas e do senso comum,
passando a interessar aos cientistas, possibilitando o entendimento racional da realidade social.
A complexidade das relações humanas e da vida coletiva passava assim a outra instancia do
conhecimento humano, de se enfrentar a realidade social e resolver os seus problemas,
respondendo às necessidades urgentes de controle e intervenção, com métodos e instrumentos
de análise capazes de interpretar e explicar a experiência social segundo os princípios do
conhecimento cientifico.