Artigo Arnalds

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Estamos em 2010 e é ano de copa e como todo grande evento esportivo é cheio

de patrocinadores e, ao mesmo tempo, nó s, consumidores somos bombardeados


com anú ncios na TV, ruas e afins, vindos de patrocinadores ou nã o. De repente
até produtos que nã o têm nenhuma relaçã o com esportes ou à pratica dos
mesmos sã o o tempo todo relacionado ao nosso “amado” futebol. Nos induzindo
ao “clima de copa”.
Ligo a TV e o que vejo? Uma propaganda de cerveja onde um monte de gente
feliz, bebendo e assistindo a um jogo de futebol, mas ali, ninguém praticando
esporte, pelo contrá rio, todos bebendo e comendo mas felizes da vida. Pelo
menos na propaganda apareceu o aviso (bem pequeno na tela) “se beber nã o
dirija”. Já , no meu trabalho, uma empresa do ramo de açú car e á lcool nos
contratou para fazer um impresso, um convite para a comemoraçã o de
aniversá rio. Nos mandaram e briefing e tudo mais para realizarmos o trabalho,
mas em nenhum momento se preocuparam com questõ es éticas em relaçã o ao
impresso, pois queriam colocar uma camisa da seleçã o sem pagar royalties ou
coisas relacionadas a isso. Agora, em cada anuncio de TV, outdoor, impressos ou
quaisquer anú ncios sobre a copa do mundo e dessa enxurrada de propagandas
que nos sã o jogadas todos os dias, será que se preocuparam apenas com a
“idéia”? Será que se deram conta ou pelo menos atençã o à algum valor ético e
moral neste trabalho?
Bom. Eu respeito e muito o trabalho desses publicitá rios que realizam esses
super trabalhos expondo suas idéias para venderem o que seus clientes pedem.
Mas eu penso, deviam se preocupar mais com detalhes pequenos e à s vezes
“insignificantes” muitas vezes deixados de lado durante o processo criativo,
porque nã o só apenas deve-se respeitar as leis vigentes relacionadas à isso, mas
também terceiros, onde tem sua imagem ou marca usada sem nenhum
consentimento ou acordo pode gerar perdas ou até prejuízos.
Nesse ano de copa é onde mais se acontece esse tipo de descuido, acho que
principalmente por parte dos clientes, dos grandes clientes. Sã o os mais
descuidados e despreocupados em relaçã o à isso, se sentem acima da lei. Apenas
querem uma camisa da seleçã o no anuncio, um jogador, uma bola de futebol,
escudo ou mascote esquecendo que alguém criou aquilo, alguém detém os
direitos de uso e para isso tem que se fazer um acordo autorizando isso.

* Jefferson da Cruz Agostino, 21 anos, profissã o, é estudante do Curso Superior


de Tecnologia em Comunicaçã o em Computaçã o Grá fica, na Universidade
Paulista – Campus Swift em Campinas. Este artigo foi escrito para a disciplina
É tica e Legislaçã o na Comunicaçã o, lecionada pelo prof. Arnaldo Silva.

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