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OPERAÇÕES UNITÁRIAS

PROCESSO DE TRATAMENTO
Lavagem Cáustica de GLP e Nafta
• O processo de lavagem cáustica tem com objetivo
remover o ácido sulfidrico e mercaptans( SH) do GLP,
nafta leve e nafta pesada, através da extração com uma
solução aquosa de soda cáustica.

• Onde o produto tratado é submetido à lavagem cáustica


(solução de NaOH 15% a 20%) para a remoção dos
ácidos naftênicos e ácido sulfidrico (H2S).
• O tratamento cáustico é usado como pré-tratamento em
outros processos, como o MEROX
Mercaptans
• Os mercaptanos, mercaptans ou mercaptanas são os tióis.
• Em química orgânica, são compostos que possuem um grupo
funcional formado por enxofre e hidrogênio (-SH).
• Este grupo funcional é chamado de grupo tiol ou grupo
sulfidrila.
• É encontrado naturalmente no petróleo cru.
• O processo pelo qual sua atividade é reduzida ou eliminada é
chamado adoçamento, realizada em produtos finais, como
nafta de craqueamento.
• Os de menor massa molar, voláteis, também são conhecidos
pelo cheiro extremamente desagradável, como se fosse algo
podre.
• São corrosivos.
Lavagem Caustica de GLP e Nafta
• Reações:

2NaOH + H2S Na2S + 2H2O

NaOH + RSH NaSR + H2O


Tratamento MEROX

• Também conhecido como tratamento


cáustico regenerativo, tem a vantagem de
possibilitar a regeneração da soda
cáustica consumida no processo,
reduzindo consideravelmente seu custo
operacional.
Tratamento MEROX
O processo ocorre em duas etapas:
• Extração de mercaptans
• Regeneração da soda
Reações do Tratamento MEROX

• Extração de mercaptans:

RSH + NaOH NaSR + H2O

• Regeneração da soda:

2NaSR + ½ O2 2 NaOH + RSSR


Tratamento MEROX
• Permite a produção de dissulfetos, podendo ser
operado como processo de dessulfurização ou
adoçamento.
• Pode ser aplicado a frações leves (GLP e nafta)
e intermediárias (querose e diesel).
• O processo se baseia na capacidade de certos
catalisadores do tipo complexo quelante
metálico, acelerarem a oxidação de mercaptans
a dissulfetos.
Tratamento MEROX
• Este processo de tratamento, designado Merox,
tem como objetivo remover os mercaptans
presentes nas correntes de GPL e nafta leve,
através da extração com uma solução aquosa
de soda cáustica.

• Onde o produto tratado é submetido à lavagem


cáustica (solução de NaOH 15% a 20%) para a
remoção dos ácidos naftênicos e ácido sulfidrico
(H2S).
Tratamento MEROX
• Os mercaptitos de sódio formados são depois
removidos da solução de soda cáustica
(regeneração da soda) por oxidação com ar na
presença de um catalisador.
• Convertendo-se em dissulfuretos orgânicos
insolúveis na solução aquosa, separando-se por
decantação.
• O GLP tratado é enviado para a Unidade de
Recuperação de Gases.
• A gasolina leve tratada, segue para a
armazenagem.
COQUEAMENTO
COQUEAMENTO
É um processo para obtenção de
coque. Produto sólido, negro e brilhante,
obtido por craqueamento de resíduos
pesados, essencialmente constituído por
carbono (90 a 95%), e que queima sem
deixar cinzas. Bom combustível para
metalurgia e indústria de cerâmica.
COQUEAMENTO

Os resíduos da torre de destilação são


aquecidos a temperaturas acima de 482°C
até que se quebrem em óleo pesado,
gasolina e nafta. Ao final do processo,
sobra um resíduo pesado, quase puro, de
carbono (coque). O coque é limpo e
vendido.
COQUEAMENTO

• Craqueamento térmico severo.


• “ Fundo do Barril”
Tipos de Coque
• Há vários tipos de coque,dependendo do:
– Processo utilizado
– Condições operacionais
– Carga usada

• Tipos:
– Esponja
– Favo-de-mel ou shot
– agulha
Coque Esponja
• É o coque que possui mais baixa
qualidade
• Apresenta poros pequenos e paredes
espessas
• Não são úteis para fabricação de
eletrodos
• Provém de cargas com elevado
percentual de resinas e asfaltenos.
Coque Favo-de-mel
• É o coque de qualidade intermediária
• Apresenta poros em forma elipsoidal
• Tem tendência a aglomeração
• Provém de cargas com baixo percentual
de resinas e asfaltenos.
Coque Agulha
• É o coque que possui maior qualidade
• Apresenta poros finos elípticos e
unidirecionais
• É o mais indicado para fabricação de
eletrodos
• Provém de cargas muito aromáticas.
COQUE

Principais usos do petróleo de coque:


• Combustível;
• Anodo eletrolítico para redução da alumina;
• Uso direto como fonte de carbono;
• Eletrodos para redução em fornos do dióxido de
titânio, fósforo elementar;
• Grafite.
HIDROPROCESSAMENTO
HIDROPROCESSAMENTO

Embora os processos de
hidroprocessamento tenham alguma
similaridade, existem diferenças
principalmente com relação aos objetivos e
tipo de carga que processam

Carga + H2 Reação Separação Recuperação


HIDROPROCESSAMENTO
Existem dois tipos
– Hidrotratamento (HDT)
– Hidroconversão (HDC)
HIDROPROCESSAMENTO
Ocorrem as seguintes reações no
hidroprocessamento:
• Hidrodessulfurização
– Compostos de S + H2 H 2S

• Hidrodesnitrogenação
– Compostos de N + H2 N 2S

• Hidrodesoxigenação
– Compostos de O + H2 O 2S
Reações:
• Saturação de olefinas
– C=C + H2 CH-CH

• Saturação de aromáticos
– C6H6 +3H2 C6H12

• Hidrocraqueamento
– C-C +H2 CH + CH
Hidrotratamento
• As unidades de hidrotratamento têm como
finalidade melhorar as propriedades de
um produto, ou remover contaminantes,
tais como enxofre, nitrogênio, oxigênio e
metais.
• O hidrotratamento aplica-se praticamente
a qualquer carga: nafta, querosene, óleo
diesel e gasóleos.
Hidroconversão
• As unidades de hidroconversão têm por
objetivo a produção de derivados mais
leves.
• A hidroconversão aplica-se praticamente
ao resíduo de vácuo.
Hidrocraqueamento
• Semelhante ao craqueamento catalítico fluído,
mas usa um catalisador diferente, temperaturas
menores, pressão maior e gás hidrogênio.
• Ele craqueia o óleo pesado em gasolina e
querosene
• Após vários hidrocarbonetos terem sido
craqueados em outros menores, os produtos
passam por mais uma coluna de destilação
fracionada para separá-los.
HIDROPROCESSAMENTO
• O hidroprocessamento de óleo pesado consiste
basicamente de unidades de hidrocraqueamento
catalítico (HCC) e hidrotratamento (HDT). Estes
processos ocorrem utilizando hidrogênio atuando sobre
catalisadores bifuncionais, ou seja, contendo sítios
ácidos e metálicos.
• A acidez provoca a quebra da ligação C-C do óleo,
enquanto que o metal atual como espécie hidrogenante.
• A interação destas duas funções resulta no
hidroprocessamento, que aplicando-se a óleos pesados,
sob determinadas condições de temperatura, pressão e
velocidade, permite a obtenção de hidrocarbonetos
leves, com baixos índices de contaminantes sulfurados
e nitrogenados, atendendo a legislações ambientais.
REFORMA

CATALÍTICA
Reforma Catalítica
• A demanda atual por gasolina automotiva
de alta octanagem tem estimulado o uso
da reforma catalítica.
• A reforma gera a partir da nafta direta da
destilação uma corrente com alto teor de
aromáticos que possuem um alto poder
antidetonante.
Reforma Catalítica
• A reforma catalítica utiliza um catalisador
(platina, mistura platina-rênio) para transformar
nafta de baixo peso molecular em
compostos aromáticos, usados na fabricação de
produtos químicos e para misturar na gasolina.
• Um subproduto importante dessa reação é o
gás hidrogênio, usado para o
hidrocraqueamento ou vendido.
Reforma Catalítica

Benzeno
Nafta
Tolueno

Xileno
LUBRIFICANTES
LUBRIFICANTES
• Os Óleos Lubrificantes são obtidos por
misturas de óleos básicos com o intuito de
se obter a viscosidade desejada.
• A separação dos óleos básicos por faixa
de viscosidade é obtida por destilação a
vácuo do resíduo atmosférico.
LUBRIFICANTES
• São substâncias utilizadas para reduzir o
atrito, lubrificando e aumentando a vida
útil das máquinas.
LUBRIFICANTES
Quanto a origem os lubrificantes líquidos
podem ser:
• animal ou vegetal (óleos graxos)
• derivados de petróleo (óleos minerais)
• produzidos em laboratório (óleos sintéticos)
• mistura de dois ou mais tipos(óleos compostos)
LUBRIFICANTES
Aplicações:
• setor automotivo;
• setor industrial;
• setor marítimo;
• setor ferroviário.
Óleos Minerais
• Esses óleos são quimicamente constituídos por
hidrocarbonetos parafínicos e naftênicos, podendo conter
quantidades menores de hidrocarbonetos aromáticos e,
raramente, traços de hidrocarbonetos olefínicos.

• Sua principal característica é a viscosidade que deve


variar o mínimo possível em altas temperaturas.

• De acordo com o tipo de hidrocarbonetos que prevalece


na sua composição são denominados como:
– Óleos lubrificantes básicos naftênicos ou
– Óleos lubrificantes básicos parafínicos.
LUBRIFICANTES
• A viscosidade mede a dificuldade com que o
óleo escorre (escoa); quanto mais viscoso for
um lubrificante (mais grosso), mais difícil de
escorrer, portanto será maior a sua capacidade
de manter-se entre duas peças móveis fazendo
a lubrificação das mesmas.

• A viscosidade dos lubrificantes não é constante,


ela varia com a temperatura. Quando esta
aumenta a viscosidade diminui e o óleo escoa
com mais facilidade.
Aditivos
• São produtos químicos que são
adicionados aos óleos lubrificantes, para
melhorar as propriedades.
• Os principais tipos de aditivos são:
– anti-oxidantes;
– anti-corrosivos;
– anti-ferrugem;
– anti-espumantes;
– detergente-dispersante.
LUBRIFICANTES
• Óleos lubrificantes são obtidos por misturas de
óleos básicos com o intuito de se obter a
viscosidade desejada, e depois sendo aditivado
para melhorar ou adicionar características de
desempenho.
• Óleos básicos são produzidos através de uma
seqüência de processos que lhe visam conferir
as propriedades desejadas no óleo para uma
lubrificação adequada dos componentes do
motor.
LUBRIFICANTES
• A unidade de destilação voltada para
produção de lubrificante é um pouco
diferente da unidade convencional que se
destina a produção de combustíveis.

• Essa diferença é mais acentuada na


seção da destilação a vácuo.
LUBRIFICANTES
Gasóleo Leve Gasóleo

Spindle

Neutro
Neutro Leve
Pesado
Res Dest Atm
Neutro Pesado Slop Cut

Resíduo de Vácuo
ESQUEMA DE UMA
REFINARIA
GLP
Gás Natural
Deb
Nafta Leve Gasol
Alquilação Premium
GLP
Catalítica Aviação
Frac N Leve
Nafta
Dest Nafta N Pes
Petróleo Reforma Benzen
Dessal Tolueno
Querosene Catalítica
Xileno
Gasóleo

RAT GLP DEA


Gasóleo Craqueamento Merox
Nafta
Lubrificantes Dest Catalítico
A Óleo l
Vácuo
Qu
Hidro
tratamento
GLP
Coqueamento Nafta
Óleo Pes
Coque
FIM

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