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Shigeo Shingo inventou o sistema SMED (Single- Minute of Die ou Troca Rápida de
Ferramentas – TRF) no qual o tempo de preparação de máquinas deve ser
completado em, no máximo, nove minutos e 59 segundos. À medida que os
resultados da TRF começaram a se tornar uma realidade prática em muitas
empresas japonesas e ocidentais, foram desenvolvidas técnicas que lhes permitiram
preparar máquinas em tempos inferiores a um minuto.Nestes casos, a TRF é
intitulada de OTED ( One – Touch Exchange of Die – Troca de ferramenta em um
toque).
Apenas uma pequena parte das atividades industriais costuma ser de operações de
transformação, em que seu produto é realmente beneficiado. Os programas
convencionais de produtividade insistem em aperfeiçoar essas atividades, exigindo
grandes investimentos.
O sistema de setup rápido SMED é muito mais eficaz, porque ataca as atividades
que não agregam valor, liberando os recursos nelas empregados e podendo assim
obter grandes vantagens com pequenos investimentos.
Os estudos sistemáticos realizados por Shingo foram descritos em seu livro SMED
revolution in-manufacturing que apresenta uma breve estrutura conceitual, descreve
algumas técnicas que auxiliam na metodologia e oferece diversos exemplos de
aplicações do SMED em empresas. Ao apresentar a metodologia, o autor procura
estimular o leitor a aplicar o SMED por meio de exemplos e com transcrição de
depoimentos de gerentes industriais de diversas empresas.
Conceito do SMED
A TRF foi empregada pela primeira vez em uma experiência em uma prensa de
1000 toneladas na Toyota Motor Company no outono de 1969. A produção Just-in-
Time (JIT), um dos marcos do Sistema Toyota de Produção, é um conceito de
extrema importância. Quando aplicado a um processo industrial singular, o conceito
Para tratar a produção de alta diversidade e baixo volume com a abordagem JIT, a
empresa deve abandonar os grandes lotes em favor de lotes menores, ao mesmo
tempo em que nivela a produção.
Reduções de setups devem ser obtidas rapidamente, porque, se nada fosse feito
para mudar a presente situação, os tempos de setups e perdas aumentariam.O
conselho para a redução da hora/homem , inaugurado em 1969 na Toyota Motor
Company vinha exigindo que as trocas de ferramentas fossem reduzidas, mas o
desafio da TRF foi encarado seriamente apenas em 1972, quando sob a orientação
de Shigeo Shingo, chegou-se a um setup de menos de nove minutos em uma
máquina conformadora com injeção de resina.De acordo com GODINHO FILHO e
FERNANDES (2004) a produção em pequenos lotes e a redução de estoques:
“Incentiva enormemente ações no sentido da redução do tempo de setup, uma
alavanca da produção puxada”.
Os estudos sistemáticos realizados por Shingo foram descritos em seu livro SMED _
revolution in-manufacturing que apresenta uma breve estrutura conceitual, descreve
algumas técnicas que auxiliam na metodologia e oferece diversos exemplos de
aplicações do SMED em empresas. Ao apresentar a metodologia, o autor procura
estimular o leitor a aplicar o SMED por meio de exemplos e com transcrição de
depoimentos de gerentes industriais de diversas empresas.
Elaboração do SMED
O nome escolhido por Sigheo Shingo (1985) para intitular este estágio não é muito
fácil de traduzir. No original em inglês está nomeado como "streamlining all aspects
of the setup operation" e a tradução para o português do seu livro ficou como
"racionalizando todos os aspectos do setup" (SIGHEO SHINGO, 2000). Dentro do
contexto da metodologia, a palavra racionalização não é a mais adequada, pois
pode induzir a considerar esta fase como fixação de métodos ou procedimentos.
Ao considerar a filosofia SMED em outro livro, Sigheo Shingo (1988) oferece outra
definição ao seu terceiro estágio conceitual: "Melhoria sistemática de cada operação
SMED – Single Minute Exchange of Die
Pá gina 7
básica do setup interno e externo". Esta abordagem apresenta uma compreensão
melhor do alcance do estágio e permite visualizar o SMED como melhoria contínua.
A busca do single minute (dígito único) pode não ser alcançada nos estágios
anteriores, sendo necessária a melhoria contínua de cada elemento, tanto do setup
interno como externo. Sigheo Shingo (1985) estabelece, portanto, técnicas tanto
para o setup externo como para o interno.
Estudo de Caso
Figura: 1.
+ 4.370
pçs/mês
(por maq.)
Com o estudo de caso foi possível discernir que maiores estudos relacionados à
redução de tempo de setup podem ser realizados. A compreensão dos pormenores
do período de aceleração e desaceleração possibilita melhorias reais em
produtividade. Maiores estudos em desempenhos diferenciados de sistemas
produtivos, estudos de causas do período de aceleração e desaceleração e
soluções para minimizar perdas de produtividade podem surgir a partir deste
trabalho apresentado e desenvolver novos trabalhos e pesquisas.
Referências Bibliográficas
WOMACK, James P.; JONES, Daniel T. A Mentalidade Enxuta nas Empresas: elimine o
desperdício e crie riqueza. Campus: Rio de Janeiro, 1998.