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Vocação para a felicidade

“Não serei o poeta de um mundo caduco. Não escreverei versos chorosos, cantando tristezas infinitas,
amores impossíveis, saudades dolorosas, paixões trágicas e não correspondidas. Tenho a vocação para a
felicidade. Ser feliz não me traz sentimento de culpa. Não preciso da tristeza para justificar a inutilidade
da vida. Não preciso morrer e ir ao céu para encontrar a felicidade.
Quero-a e tenho-a neste espaço terreno do aqui e do agora. A felicidade, tal e qual o amor, está dentro
de mim. E transborda em ternuras, em melodias,
em carinhos, em alegrias, em cantos e encantos. Sou feliz e não preciso me justificar.
Sorrio sem ver passarinho verde.
Não tenho medo de ser feliz. Faço minha estrela brilhar.
Sem receio dos encontros, desencontros,
encantos e desencantos que o amor me diz. Contrariedades? Eu as tenho.
E quem não as tem na vida secular?
Escassez de dinheiro? Nem é bom falar
Amores não correspondidos? Separações?
Rejeições? Saudades incuráveis?
Carinhos reprimidos, ternuras guardadas,
sem a contra parte do outro?
Eu tenho aos montões. Sou a rainha das perdas, necessárias ao meu crescimento. Contudo quem não soube a
sombra não sabe a luz.
E num livro de matemática existencial
juntei todos esses problemas insolúveis,
com as respostas nas últimas páginas.
Mas pra que me debruçar
sobre eles, procurando a solução
se a própria vida me conduz
a resposta final?Sem medo de ser feliz vou por aqui e por ali
por onde os caminhos, as trilhas,
Os atalhos me levarem, traçando meu rumo.
Às vezes com alguma tristeza,
mas quem disse que felicidade
é o contrário de tristeza?
Tristeza é só uma momentânea falta de alegria!É, amigo, amanhã é sempre um novo dia
E quando a infelicidade passar por aqui,
minhas malas estarão prontas
para eu ir por ali.”

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