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Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Departamento de Geociências
ENS 5320 –Oceanografia Física Descritiva

CICLONES TROPICAIS

Professora:
Carla D’Aquino
Acadêmicas:
Bruna de Queiroz (08170006)
Gabriela Müller S. Bexiga (08170035)
Patricia Roberta Puhl (08170026)
Nadine Zvinokievicz (09170801)
Definição
“Termo genérico para um centro de baixa pressão não-frontal
de escala sinótica sobre águas tropicais ou sub-tropicais com
convecção organizada (por exemplo, tempestades) e intensa
circulação ciclônica sob a superfície.”
(http://www.members.tripod.com/meteorologia)

“Ciclones tropicais são grandes massas de ar quente, úmido,


em rotação.” (Tom Garisson)

“Um ciclone tropical é um sistema de aquecimento central,


de baixa pressão, sem qualquer “frente” em anexo que se
desenvolve em águas tropicais ou subtropicais e tem uma
circulação organizada.” (JetStream)
“A uma latitude de 10°, ou superior, é possível a existência de
movimentos de rotação que, no Hemisfério Norte, têm
sentido anti-horário. Se estes movimentos forem organizados
e persistentes, tendem a originar a formação de regiões de
baixas pressões (depressões), caracterizadas pela presença de
nuvens de grande desenvolvimento vertical (como os
cumulonimbos). Em alguns casos evoluem para ciclones
tropicais - sistemas de baixas pressões, que se formam na
região tropical, em geral entre os 10° e 30° de latitude – os
quais podem originar trovoadas e precipitação forte.” (IP-
Instituto de Metereologia, Portugal)
Fenômeno metereológico Sistema tempestuoso;

Sistema de baixa pressão;

Chuvas, trovoadas, ventos fortes e núcleo morno;

Ocorre em regiões tropicais


Nomenclatura
Oceano Atlântico Norte, Golfo do México e leste dos EUA
FURACÃO
Oceano Pacífico Norte, oeste dos EUA, Japão e China
TUFÃO
Sudoeste do Oceano Pacífico, Austrália, Indonésia
CICLONE TROPICAL SEVERO
Norte do Oceano Índico, Índia, Bangladesh
TEMPESTADE CICLÔNICA SEVERA
Sudoeste do Oceano Índico, Madagascar, Moçambique
CICLONE TROPICAL
Condições Favoráveis para Formação dos
Ciclones Tropicais:

1) Águas oceânicas quentes ( 27°C) em uma profundidade de


no mínimo 46m;
2) Alta taxa de evaporação/ umidade;
Por que o Oceano Atlântico Sul não
3) Baixa pressão
apresentana superfície do oceano;
Ciclones Tropicais?
4) Gradientes de vento fraco (manutenção do vórtice em
formação);
1) O cisalhamento troposférico do vento é
5) Uma atmosfera que resfrie rapidamente com a altura.
sempre intenso;
6) Uma distância mínima de pelo menos 500 km da linha do
2) ITCZ inexistente;
Equador, onde o efeito de Coriolis;
7) Um distúrbio pré-existente próximo à superfície com
vorticidade e convergência suficientes (ventos alísios);
8) Ventos verticais “constantes” entre a superfície e a alta
troposfera.
Formação
Felizmente, apenas 2-4% da energia de
condensação é convertida em energia
cinética!

Isso mostra o objetivo dos ciclones tropicas: Seu papel


é retirar calor dos oceanos levando para a atmosfera
superior onde os ventos desse nível tranferirão o calor
aos pólos;
Isso impede que as regiões polares sejam tão frias
quanto poderiam e o superaquecimento dos trópicos.
Estrutura
*OLHO: é o centro, núcleo do ciclone, onde há ventos descentes relativamente calmos, baixa
precipitação, menor valor de pressão baixa da superfície, maiores valores de temperatura nos níveis
superiores da atmosfera e o diâmetro varia entre 30 a 70 km;
*PAREDE DO OLHO: região que
circunda o olho, constituída por
uma parede de nuvens convectivas,
é a área de ventos mais intensos e
apresenta fluxo resultante
ascendente;

*BANDAS DE TEMPESTADE:
aglomerados de nuvens convectivas
que se formam em espiral,
posicionando-se em torno da
parede do olho, originando forte
precipitação e trovoadas e
estendendo-se ao longo de
centenas de quilômetros a partir do
centro
No centro do ciclone o ar gira em espiral no sentido anti-horário no HN determinando o ar de fora
(no topo) girar no sentido contrário.
Classificação
Os ciclones tropicais têm um ciclo de vida: nascem, evoluem e morrem, durante um
período de tempo;

Na sua evolução passam por vários estágios de desenvolvimento com denominações


e características específicas:

Classificação Vel. (km/h)

Distúrbio ou < 36
onda tropical

Depressão 37 - 62
Tropical

Tempestade 63 - 118
Tropical

Furacão ≥ 119
Três diferentes estágios de
desenvolvimento:

- O mais fraco demonstra


somente a forma circular
mais básica;

- Um distúrbio mais forte


demonstra bandas de
tempestade em espiral;

- O mais forte já apresenta


um olho.
Landfall
• Quando o ciclone cruza a linha de
costa, perdendo força rapidamente;

• Redução da umidade e fontes de calor


 impedindo a formação de
tempestades e convecção;

• Resfriamento substancial das camadas


superiores do oceano;

• Ressurgência;

• Água fria das chuvas;

• Cobertura de nuvens  impedir a


chegada dos raios solares;

Filme da NASA do furacão Wilma em outubro de 2005:


http://www.srh.noaa.gov/srh/jetstream/tropics/images/wilma_sst_clouds_320x240.mpeg
Áreas de Ocorrência

 Entre 10 a 30 graus de latitude  1.000 a 3.000 km de distância da linha do Equador;


 Levados para oeste;
Oc. Pacífico
Oc. Atlântico Norte
noroeste
Oceano Pacífico Tropical
nordeste

Oceano Índico

Oc.Pacífico
ventos alísios levam sudoeste
ondas tropicais para movimento sazonal da
oeste antes que zona de convergência
essas percam sua intertropical (mais do
umidade. que a influência de
ondas tropicais)

Cerca de 85% dos grandes furacões eram simples ondas


tropicais nos seus estágios iniciais
www.nhc.noaa.gov/HAW2/english/history.shtml
Ciclone tropical  Ciclone extratropical

 Ciclone extratropical: deriva sua


energia de diferenças horizontais
de temperatura (médias e altas
latitudes);
Faixa de formação de ciclones extratropicais
 Ciclone tropical  ciclone
extratropical: pode mover-se para
latitudes mais altas se a sua fonte
de energia muda do calor
liberado pela condensação para
as diferenças na temperatura
entre massas de ar;

O ex-furacão Florence no Atlântico norte depois de completar sua


transição para um ciclone extratropical
Evolução:
Previsões
 1849: Diferença de pressão;

Atualmente:
 Satélies;
 Computadores;
 Modelos de Previsões;

Prevêem:
• Trajetória: previsão das principais correntes de ar;
• Tamanho, intensidade e forma;
• Chuvas e marés ciclônicas;

NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration):


 Contínuo Monitoramento do Atlântico Norte;

FEMA (Federal Emergency Management Agency:


 Informa e ajuda as pessoas que vivem em regiões vulneráveis.
Catástrofes
GALVESTON
•Texas (1990)
•Cerca de 8 mil pessoas mortas
KATRINA
•Atingiu Louissiana e Mississipi
•Ventos de até 224km/h
•Onda de 9m
•1.296 mortos
WILMA
•2005
•Categoria 5
•Atingiu a costa sudoeste da
Flórida
E no BRASIL…

•Catarina (2004 );
• 1° furacão a atingir o Brasil, na região sul do
país;
•Começou como ciclone extratropical, mas ao
caminhar 1000km adquiriu características de
um tropical;
•Considerado de categoria 3;
•Morte de 3 pessoas, desaparecimento de
várias e 100 mil casas destruídas.
Referências
 GARRISON, T. , 1990. Fundamentos de Oceanografia. 4ª ed. São Paulo, SP:
Cengage Learning, c2010, 440 pp.

 http://www.meteo.pt/pt/areaeducativa/fenomenos_meteorologicos/ciclones_tro
picais/index.html (acesso em 24/04/2010)
 http://www.members.tripod.com/meteorologia/furacoes.html#oque(acesso em
24/04/2010)
 http://www.srh.noaa.gov/srhwww.fgel.uerj.br/labgis/gis_atualizada/sensoriamen
to/supernova.html(acesso /jetstream/tropics/tc.htm (acesso em 25/04/2010)
 http://em 26/04/2010)
 http://noticias.terra.com.br/mundo/furacaokatrina/interna/0,,OI676832-
EI5397,00-Conheca+os+piores+furacoes+que+atingiram+os+EUA.html (acesso
em 26/04/2010)
 http://www.metsul.com/blog-24hs/?cod_publicacao=320 (acesso em 26/04/2010)
http://scifiles.larc.nasa.gov/kids/Problem_Board
/problems/weather/hurricanebasics.swf

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