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O Modelo de Auto-Avaliação.

Problemáticas e conceitos implicados


A implementação do Modelo de Auto-Avaliação

Ao implementar-se a auto-avaliação na nossa actividade diária pressupõe sempre uma


mudança de atitude e sobretudo rigor e organização na preparação e realização das
actividades delineadas. Esta ideia é claramente referenciada no texto da sessão” O Modelo de
avaliação está directamente ligado ao processo de planeamento da BE que deve corresponder
em timing, objectivos, propriedades e estratégias definidas pela escola/agrupamento. O
Modelo identifica as condições de uma realidade. As decisões a tomar devem, assim, basear-se
nos resultados obtidos, mas devem sempre ter em conta o ambiente interno (condições
estruturais) e externo da biblioteca: oportunidades e ameaças, prioridades da escola,
adequação aos objectivos e estratégias de ensino/aprendizagem.”O professor bibliotecário
assume funções diversificadas pois o seu “terreno” vai além do espaço Biblioteca. Pensar na BE
é pensar no global e agir com todos ou “agitar” o que está à volta. É aqui que reside a
dificuldade, é aqui que tudo estremece uma vez que para agir é necessário ir ao encontro dos
currículos e cativar os actores daqueles. Mas com a vontade imbuída de optimismo e de
alegria um caminho vai sendo construído. Assim, o bibliotecário tem que ser claro sobre aquilo
que pretende fazer, tem que ir ao encontro da construção da aprendizagem e desenvolver as
competências de literacia da informação e deve basear as suas práticas em evidências uma vez
que “O que é importante é que as evidências recolhidas mostrem como o professor
bibliotecário e a biblioteca escolar têm um papel crucial no sucesso educativo dos alunos e na
criação de atitudes, valores e de um ambiente de aprendizagem acolhedor e efectivo” (Todd,
2003).Ter como pano de fundo as evidências coloca a tónica sobre os resultados da
aprendizagem. Deste modo,”a educação baseada em resultados é uma prática curricular que
estabelece resultados de aprendizagem claramente definidos com base na premissa de que
todos os alunos podem ser alunos de sucesso. Também é dada atenção aos resultados no
sentido de maximizar as experiências de aprendizagem dos alunos, onde é dada atenção à
identificação, compreensão e realização com as diferenças reais que isto faz na vida dos
alunos”. Ter em mente estas premissas é altamente exigente e desafiante para a acção do
bibliotecário.

O êxito da implementação do modelo de auto-avaliação da BE depende do poder de liderança


 liderança informada, liderança determinada, liderança estratégica, liderança colaborativa,
liderança criativa, liderança renovável e liderança sustentável  e do impacto da acção do
bibliotecário. A BE existe porque é essencial à acção educativa e deve provar que é parte
integrante da comunidade educativa sendo imprescindível à concretização e desenvolvimento
do currículo.

Recordando as palavras de N.Hill, (1883-1970) ”Primeiro vem o pensamento, depois vem a


organização do pensamento em ideias e planos; depois a transformação desses planos em
realidade. O início, como vais observar, está na tua imaginação” conclui-se que a
implementação do modelo de auto-avaliação das BE é uma tarefa que deve ser conduzida e
construída ao longo de toda actividade do bibliotecário. Não é uma tarefa estanque e deve ser
encarada como um elemento construtivo e enriquecedor. Aceitar a mudança, ser proactivo,
pesquisar e fazer formação contínua são atitudes a ter em conta.

Edite Angélico

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