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Os relatórios de avaliação externa tiveram como objectivos fomentar nas escolas uma
interpelação sistemática sobre a qualidade das suas práticas e dos seus resultados;
articular os contributos da avaliação externa com a cultura e os dispositivos da auto-
avaliação das escolas; reforçar a capacidade das escolas para desenvolverem a sua
autonomia; concorrer para a regulação do funcionamento do sistema educativo;
contribuir para o melhor conhecimento das escolas e do serviço público de educação,
fomentando a participação social na vida das escolas. A atribuição de classificações é
feita em cinco domínios: resultados; organização e gestão escolar; liderança e
capacidade de auto-regulação e melhoria da Escola/Agrupamento. No primeiro
domínio são tidos em conta os factores: sucesso académico; participação e
desenvolvimento cívico; comportamento e disciplina e valorização e impacto das
aprendizagens. No segundo domínio são referidos os factores: articulação e
sequencialidade; acompanhamento da prática lectiva em sala de aula; diferenciação e
apoios; abrangência do currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem. No
terceiro domínio são considerados os factores: concepção, planeamento e
desenvolvimento da actividade; gestão dos recursos humanos; gestão dos recursos
materiais e financeiros; participação dos pais e outros elementos da comunidade
educativa e equidade e justiça. No quarto domínio, os factores referenciados são visão
e estratégia; motivação e empenho; abertura à inovação e parcerias, protocolos e
projectos. Por fim, no quinto domínio temos como factores auto-avaliação e
sustentabilidade do progresso.
A BE surge como mais um espaço da escola que importa gerir bem e é tida com mais
um projecto da escola. Ora a BE deve surgir com maior impacto e a esta deve ser dada
outra atenção. E, é precisamente neste ponto, que o professor bibliotecário terá que
fazer a diferença: mostrar que BE também dá o seu contributo para aprendizagem,
desenvolvimento curricular, apoio em actividades e outros projectos. A inovação, o
espírito proactivo e uma boa liderança poderá fazer toda a diferença.
A BE ainda não está presente nos relatórios da IGE como um motor dinamizador da
vida escolar. Deve-se considerar como um passo a presença do PB no Conselho
Pedagógico e é positivo pensar que amanhã o PB também será ouvido e “olhado” com
outros olhos.
Edite Angélico