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Cultivo e controle

Microorganismos

Microbiologia
Utilização
Agentes industrial
doenças
Agentes
mutualísticos
Microbiologia
Células
 são unidade estruturais e funcionais dos organismos vivos.
 todos os seres vivos são formados por células.
 compartimentos envolvidos por membrana, preenchidos com
uma solução aquosa concentrada de substancias químicas
(citoplasma) e núcleo.
 são pequenas e complexas, tornando difícil ver suas
estruturas e entender todo o processo molecular que ocorre
dentro dela.
 técnicas e instrumentos foram e vêm sendo desenvolvidos
para estudá-la, juntamente com descobertas e o progresso da
biologia molecular
A descoberta da
constituição dos seres vivos
Robert Hooke, Cientista Inglês (1635-1703)

… Pude aperceber-me, claramente, que esta era toda perfurada e


porosa, assemelhando-se a um favo de mel … Esses poros ou
células consistiam num grande número de pequenas caixas …
A descoberta da
constituição dos seres vivos
Antony Van Leewenhoek

Aumento de até 300x

Usou microscópios de sua própria construção, dotados de uma única lente (microscópio simples), relatando
formas e comportamentos de microorganismos. Por isso, ele é considerado o pai da Microbiologia
Teoria celular
Mathias Schleiden Theodor Schwann
Botânico Zoólogo

Entre 1838 e 1939, os dois cientistas alemães enunciaram a Teoria Celular:


” A Célula é a unidade básica da constituição e do
funcionamento de todos os seres vivos. “
M
i
c
r
o
s
c
ó
p
i
o
Microscópio
Quanto à sua função, as peças do microscópio podem classificar-se de:

Parte Óptica Parte Mecânica


Sistema de Sistema de Sistema de Sistema de
Ampliação Iluminação Focagem Suporte
 Objetiva  Espelho  Parafuso  Base
 Ocular  Diafragma macrométrico  Braço

 Condensador  Parafuso Tubo ótico


 Base micrométrico  Revólver

 Platina
Microscópio
Microscópio
Microscópio
Desenvolvimento da
microscopia eletrônica
 J.J. Thomson - 1897
 De Broglie – 1924
 Bush – 1926 (Fundamentos da ótica eletrônica)
 Knoll – 1935 (MEV)
 Siemens – 1939 (MET)
Microscópio

MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO – MODELO 906E


Microscópio eletrônico de
transmissão
 Tem sido usado em todas as áreas das ciências
biológicas e biomédicas devido a sua capacidade de
visualização das mais finas estruturas celulares.

 Usa uma bobina em vez de uma lente

 Usa um feixe de elétrons em vez de luz

 Possui um poder de aumento útil de até um milhão de


vezes e uma resolução, com espécimes biológicas, de cerca
de 2 nm

 As técnicas de coloração empregadas para observação


nestes tipos de microscópio são metais pesados como o
ouro, o ósmio, urânio e chumbo.
Microscópio

MET – modelo mais simples e mais avançado. ( Empresa Jeol)


Vantagens do microscópio
eletrônico diante do ótico

apresenta um poder de resolução 100 vezes maior;


utiliza um comprimento de onda muito curto dos
raios eletrônicos utilizados;
é possível resolução de objetos tão pequenos
quanto 10 Ao (1Ao =10-4 µm);
produz aumentos úteis de 200.000 a 400.000 vezes.
Microbiologia

As células microbianas são capazes de:


 crescer
 gerar energia
 reproduzir, independente de outras células

diferindo das células de animais e vegetais, que só podem


existir como parte de um organismo multicelular
Microbiologia

As células microbianas podem variar de:


 forma
 tamanho (faixa de dimensões das partículas)
 composição da parede celular
 grau de organização estrutural
Microbiologia
Microbiologia
Microbiologia
Microbiologia
Microbiologia
Microbiologia
Microbiologia
Uma população microbiana, sob condições naturais,
contém muitas espécies diferentes.

Os microbiologistas devem ser capazes de:


 isolar
 enumerar
 identificar os microrganismos
 classificar
 caracterizar
Microbiologia - Bactérias
Características:
geralmente unicelulares, desprovidas de clorofila, mas
possuindo em certos casos outros pigmentos fotossintéticos
Formato:
 esféricas – cocos diâmetro de 0,5 a 4 μm
* diplococos (pares) * estafilococos (cachos irregulares)
* estreptococos (cadeias) * tétrades (grupo de quatro)
* sarcinas (grupos cúbicos) * micrococos (cocos isolados)
Microbiologia - Bactérias
Microbiologia - Bactérias
Formato:
 cilíndricas – bacilos diâmetro raramente ultrapassa 10 μm
* estreptobacilos (cadeias)
* uma ao lado da outra, como ripas de cerca
* em forma de ângulos entre si
* em disposição denominada letra chinesa
Microbiologia - Bactérias
Microbiologia - Bactérias
Formato:
 espiriladas
* quando têm o corpo rígido e uma só volta de espiral,
denominam-se vibriões
* quando têm o corpo rígido e várias voltas de espiral,
denominam-se espirilos
* quando têm o corpo flexuoso e várias espirais, denominam-se
espiroquetas

são microrganismos bastante afilados, de difícil observação por microscopia de campo


Microbiologia - Bactérias
 A relação da área de superfície pelo volume
para as bactérias é muito alta comparada aquela
dos organismos maiores de morfologia similar;
 Isto significa que existe uma grande
superfície na qual os nutrientes podem entrar
em relação ao pequeno volume de célula a ser
alimentada.
 Embora a maior parte das bactérias seja
constante sua em forma, algumas espécies
podem ter uma variedade de tipos e são
denominadas pleomórficas.
 Além destas bactérias, estudos vêm
revelando a ocorrência de bactérias com formas
bastante peculiares, tais como células estreladas
ou retangulares.
Microbiologia - Bactérias
Parede celular das bactérias

Gram positiva

Gram negativa
Microbiologia - Bactérias

O peptídeoglicano corresponde a um enorme polímero complexo que, em bactérias Gram


positivas pode formar até 20 camadas.
Nas bactérias Gram positivas, cerca de 90% da parede celular é composta pelo
peptídeoglicano, enquanto em células Gram negativas está presente apenas cerca de 10%,
formando apenas uma ou duas camadas,
Nas Gram negativas existe ainda a "membrana" externa que nada mais é que um componente
da parede celular, presente apenas nas bactérias Gram negativas.
Microbiologia
Bactérias
Microbiologia - Bactérias
Reprodução celular das bactérias

A forma de reprodução mais comum entre as bactérias é a bipartição ou cissiparidade


Microbiologia - Bactérias
Reprodução celular
A reprodução SEXUADA pode ocorrer com a transferência ou a
incorporação de material genético, três tipos:
TRANSFORMAÇÃO quando uma bactéria absorve e incorpora
fragmentos de material genético do meio. Ao reproduzir-se a bactéria
passa a enviar também esse material genético às células filhas.
TRANSDUÇÃO ocorre auxiliada pela ação viral. O vírus, ao
multiplicar-se dentro de uma bactéria pode encapsular fragmentos de
DNA bacteriano e introduzi-lo em outra bactéria. Ao reproduzir-se a
bactéria passa a enviar também esse material genético para as células
filhas.
CONJUGAÇÃO quando ocorre a união citoplasmática entre
bactérias, através de pequenas ligações (pontes). Ao reproduzir-se a
bactéria passa a enviar também esse material genético para as
células-filhas.
Microbiologia - Bactérias
Importância das bactérias
 representam a maior parte do material vivo deste planeta e, também,
possuem extraordinária capacidade de reprodução. Deduz-se,
portanto, que são as responsáveis pela maior parte das trocas químicas
realizadas entre os seres vivos e o planeta.
desmancham as fezes e os cadáveres, devolvendo ao meio ambiente as
moléculas que estavam na estrutura do organismo desses seres e na
composição desses dejetos. Essa reciclagem fertiliza o solo e garante
a continuidade da vida.
algumas bactérias podem fixar o nitrogênio atmosférico (N2) em suas
estruturas celulares. Outras liberam nitratos (NO-3) no solo,
fertilizando-o. Por exemplo, as bactérias do gênero Rhizobium, que
vivem dentro das raízes das plantas leguminosas, fixando o nitrogênio
atmosférico e fornecendo compostos nitrogenados às plantas
Microbiologia - Bactérias
Importância das bactérias
 utilizada pela indústria farmacêutica para a produção de antibióticos
e vitaminas. A indústria química as emprega na produção de acetona,
metanol, butanol e outros.
 os processos de tratamento de esgotos utilizam as bactérias
anaeróbias no processo de degradação dos resíduos orgânicos. Nas
usinas de reciclagem de lixo, são utilizadas na produção de adubos de
compostagem. Atualmente, há pesquisas para o desenvolvimento de
bactérias que decomponham plásticos e outros derivados de petróleo.
 a toxina botulínica, produzida pelas bactérias da espécie Clostridium
botulinum tem a capacidade de paralisar a musculatura, relaxando-a,
sendo, em pequenas quantidades, para a atenuação de rugas e marcas
de expressão e também para o tratamento de pessoas com paralisia
cerebral
Microbiologia - Bactérias
Importância das bactérias

 podem ser usadas na produção de alimentos (Streptococcus e


Lactobacillus - produção de iogurtes, queijos, leites fermentados e
outros; Corynebacterium produz o ácido glutâmico ou glutamato
monossódico, vendido comercialmente como aji-no-moto; Acetobacter
transforma o vinho em vinagre) e bebidas
Microbiologia - Fungos
Micologia = mykes + logos ou mais corretamente Micetologia

Os fungos (do latim fungus = cogumelo) têm sido tradicionalmente


considerados como "semelhantes a plantas".

 cerca de 69 mil espécies descritas, mas estimam-se 1,5 milhões


 a maioria das espécies cresce por extensão continua e
ramificação de estruturas filiformes

 são imóveis em sua maioria


 suas paredes celulares assemelham-se as de plantas, em
espessura e composição

 vinho, pão, cerveja, uso na medicina pelos nativos


Microbiologia - Fungos
Por definição:

 são organismos eucarióticos


 aclorofilados
 apresentam nutrição absortiva
 possuem reprodução sexuada e assexuada
 possuem estruturas somáticas (vegetativas filamentosas e
ramificadas)

 possuem parede celular


Microbiologia - Fungos

os fungos são amplamente espalhados na natureza em ambientes


de umidade mais baixa do que aquela que favorece as bactérias.
Seu metabolismo é essencialmente aeróbio e, do ponto de vista
morfológico, são divididos em dois grandes grupos:

 bolores: caracterizam-se por formarem um micélio que é


um conjunto de estruturas filamentosas denominadas hifas.

 leveduras: são fungos geralmente unicelulares de forma e


tamanho muito variados, indo desde elementos esféricos até
células elípticas, quase filamentosas.
Microbiologia - Fungos
Importância
1. Decomposição da matéria orgânica
 atividade de maior importância global
 principais agentes de decomposição em florestas: celulolíticos
e ligninolíticos
 liberação de nutrientes para as plantas
2. Destruição de produtos
 madeira: postes, estradas de ferro, navios, casas, etc.
 outros materiais: tecidos, lentes e discos
3. Micotoxinas
 ocratoxinas: Aspergillus ochraceous e Penicillium viridicatum
cereais  atrofia renal
 aflatoxinas: Aspergillus flavus e A. parasiticus
grãos oleaginosos  câncer do fígado
 fumonisinas: Fusarium moniliforme
milho  câncer do esôfago
Microbiologia - Fungos

muitos fungos decompositores fungos decompositores também são considerados


vivem como microrrizas, em "parasitas facultativos", crescendo em organismos
relações simbióticas com plantas enfraquecidos ou agonizantes
Microbiologia - Fungos

mofos e bolores e de vários fungos comestíveis, como o shitake

Sapróbios  dependem de matéria orgânica em decomposição para se desenvolver


Parasitas  vivem em associação com outros aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência,
normalmente prejudicando o organismo hospedeiro. Infectam animais, inclusive humanos, e plantas
Simbiose  2 ou mais organismos vivos de espécies diferentes agem em conjunto para proveito mútuo
fungos e plantas vasculares  microrrizas, ajudando as raízes na absorção de águas e nutrientes
Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Fungos
Importância
4. Antibióticos e outros medicamentos
 penicilinas: Penicillium chrysogenum
 cefalosporinas: Cephalosporium acremonium
 ciclosporina: Cylindrocladium lucidum, Tolypocladium infatum
5. Alimentos, como os cogumelo
desde o ano 600 na China e, a partir de 1650, na França
importante mercado em expansão
6. Envenenamentos
 Amanita spp.
 Fungos de parede
7. Produção de alimentos
 queijos
 salsichas
 pão
 cerveja
Microbiologia - Fungos

Agaricus bisporus, o champignon de Paris

Tuber melanosporum, a trufa negra do Périgord


Microbiologia - Fungos
EUA: Stachybotrys chartarum
Problemas de saúde relacionados a casas e
edifícios (sick building syndrome).
1993-1994: surto de hemorragia pulmonar em
crianças de Cleveland, Ohio, cujas casas
tinham esse fungo crescendo nas paredes.
Microbiologia - Fungos
Importância
8. Produtos de valor industrial
 álcool
 ergosterol
 cortisona
 enzimas: α-amilases, renina, celulase, catalase
 ácidos orgânicos: fumárico, láctico, cítrico
 vitaminas B: leveduras
 reguladores de crescimento de plantas: ex. giberelinas
 surfactantes

9. Doenças de plantas
 perdas econômicas e sociais
 extinção de espécies em escala regional
 controle biológico de ervas daninhas (micoherbicidas)
Microbiologia - Fungos
Utilização industrial
Penicillium utilizado na fabricação da penicilina e;
Aspergillius niger na fabricação da progesterona e ácido cítrico.
Na maturação de queijos do tipo roquefort e camembert, e na fabricação
do saque vinho de arroz pelo fungo Aspergillus orysae.
E quando cultivados em meio sólido formam corpos frutíferos de grande
valor gastronômico como o champignon (Agaricus) e o fungi (Pleurotus).
Microbiologia - Fungos
Importância

Murcha da Batatinha
Cerca de um milhão de pessoas morreram
de fome na Irlanda, entre 1846 e 1851, e 2
milhões emigraram no período de 1845-
55, devido às perdas causadas pela
"murcha da batatinha“ (Phytophthora
infestans) nas plantações desse país.
Microbiologia - Fungos
Importância

10. Simbiontes
 micorrizas
 endófitos
 artrópodes
 líquens
Microbiologia - Fungos
Importância

Liquens
Microbiologia - Fungos
Importância

11. Controle biológico de doenças e pragas


 Trichoderma spp.
 Penicillium spp.
 Arthrobotrys

12. Doenças no homem e animais


 pouco agressivos
 mais comuns em regiões tropicais
 pacientes imunodeprimidos: AIDS, câncer, transplantes
ex.: Candidíases, criptococose
Pneumocystis carinii - pneumonia em aidéticos

13. Alergias
 esporos
Microbiologia - Fungos

 somente 50 espécies
são parasitas aos animais
Microbiologia - Fungos
Importância

Doenças causadas no homem


na pele causam inflamações chamadas genericamente de impigem
(Ptiríase vesicolor), e as micoses dos pés, virilha, e dobras em
geral. Causam também inflamações nas unhas, tanto na base
(candidíase) como na ponta (escurece e descasca). Na boca são os
sapinhos (grumos brancos principalmente em crianças), na vagina
dão o corrimento esbranquiçado. Nos órgãos internos, podem
crescer praticamente em qualquer lugar, desde os intestinos até
às meninges, com a ressalva de acontecer isto basicamente com
os imuno-deprimidos como na AIDS e câncer.
Microbiologia - Fungos
Importância

14. Modelos experimentais


 curtos tempos de geração
 genomas pequenos
 condição haplóide freqüente
 esporos sexuais facilmente isoláveis e cultiváveis
ex. Neurospora crassa (princípios da hereditariedade)
Microbiologia - Fungos
Características gerais
Microbiologia - Fungos
Características gerais
são heterotróficos, alimentando-se por absorção
Microbiologia - Fungos
Características gerais

formados por hifas cenocíticas ou septadas


Microbiologia - Fungos
Características gerais
Microbiologia - Fungos
Características gerais
Microbiologia - Fungos
Estrutura celular dos bolores
Características:
os bolores formam micélio (conjunto de estrutura filamentosa),
denominados hifas, que podem ser:
 vegetativas, penetrando no meio e retirando alimento
 aéreas, onde se formam as estruturas reprodutoras

Tipos fundamentais de esporos em bolores:


* conídias  células isoladas ou em cadeias, localizadas na
extremidade de uma hifa
* artrosporos  resultam da fragmentação de uma hifa
* clamidosporos  formados por uma célula qualquer do micélio
em torno da qual se forma uma parede espessa
Microbiologia - Fungos
Estrutura de um micélio
Microbiologia - Fungos
Tipos fundamentais de esporos em bolores:
* ascosporos  esporos formados em número de oito ficam
contidos no interior de um saco ou asco formado pela parede
resultante da fusão das células iniciais
* oosporos  formados pela fusão de uma célula masculina
pequena e de uma célula feminina grande
* zigosporos  formados pela fusão de duas células idênticas
Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Fungos
Reprodução assexuada

Reprodução sexuada
Microbiologia - Fungos
Reprodução assexuada
Microbiologia - Fungos

Reprodução sexuada
Microbiologia - Fungos

Reprodução sexuada
Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Fungos

Ascomycota
 Fungos que formam “sacos”
ou ascos em ascocarpos.
 Marinhos, de água doce ou
terrestres
 Formam associações com
algas, líquens e raízes.
 Incluem muitos patógenos
de plantas.
 Incluem desde unicelulares
(leveduras) até
multicelulares.
Microbiologia - Fungos

Microrganismos do gênero Aspergillus, agentes oportunistas que se desenvolvem


em pessoas com baixa resistência imunológica (como doentes com leucemia ou AIDS).
Podem causar a aspergilose, doença caracterizada por micoses que geram lesões
nos ouvidos, pele, pulmões ossos e meninges.
Microbiologia - Fungos

Ascomycota. Conidióforo e
conidiósporos
de Penicillium sp.
O fungo do gênero Penicillium é produtor da penicilina, substância antibiótica
responsável pela revolução médica após os anos 40.
Microbiologia - Fungos

Basidiomycota
 Incluem os cogumelos ou um
corpo de frutificação
conhecido como basidiocarpo.
 Importantes decompositores,
em especial de madeira.
 A reprodução assexuada é
menos comum.
Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Fungos

Zygomycota
 Hifas cenocíticas.
 Maioria terrestres.
 Grupo de importância: muitas
micorrizas (associações
mutualísticas com raízes de
plantas).
 Zigomiceto comum: Rhizopus
(bolor negro do pão).

Os bolores crescem em frutas e alimentos(material orgânico) provocando sua deterioração


Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Fungos

Deuteromycota
 Fungos nos quais não se
conhece a fase sexuada.
 Se reproduzem
assexuadamente por
conídios.
 Grupo informal que não
tem base filogenética.
Microbiologia - Fungos
Estrutura celular das leveduras

Leveduras:
 as leveduras são fungos geralmente unicelulares, de tamanho
variável (1 a 5 μm de diâmetro e de 5 a 30 μm de comprimento)
 sua forma é variável, desde elementos esféricos até células
elípticas bastante alongadas, quase filamentosa
 suas células apresentam características de seres eucarióticos,
tendo membrana citoplasmática lipoprotéica, cuja função é regular
a troca com o meio ambiente
 possui parece celular rígida
 a semelhança entre os bolores e as leveduras está na reprodução
sexuada e assexuada
Microbiologia - Fungos

Leveduras:
 na reprodução assexuada ocorre um
brotamento do qual resultam células-filhas
inicialmente menores que as células-mãe

 algumas leveduras se reproduzem por fissão binária, semelhante


às bactérias

 a reprodução sexuada se faz pela formação de ascoporos,


esporos contidos no interior dos “ascos”. Algumas leveduras não
apresentam reprodução sexuada, sendo chamadas de falsas
leveduras e classificadas entre os fungi imperfecti
Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Fungos
Microbiologia - Vírus
O vírus....
 são seres muito pequenos, somente visíveis em
microscópio eletrônico
 não têm estrutura celular  não são células e, sim,
parasitas
 é um parasita intracelular obrigatório, presente em
animais, plantas e bactérias (bacteriófagos).
 não têm citoplasma e nem membrana plasmática.
 têm material genético (DNA, RNA), mas não ambos.
 precisam utilizar a maquinaria celular do hospedeiro
para se auto-replicar e sobreviver
Microbiologia - Vírus
O vírus....

 possui estrutura cilíndrica, esférica, poliédrica, oval ou


em bastonete.
 o material genético está envolto por uma capa protéica,
denominada capsídeo (formado por capsômeros).
 ácido nucléico + capsídeo = nucleocapsídeo.
 visível sob microscopia eletrônica: 20 a 14000 nm
 além do limite de resolução do microscópio ótico
Microbiologia - Vírus

Estado extracelular:
Vírion: estrutura que transporta o genoma viral da célula em
que foi produzido para outras células onde o ácido nucléico
poderá ser introduzido

Estado intracelular
Replicação viral:
Produção de cópias do genoma viral
Síntese dos componentes que formam o envoltório viral
Dependência dos componentes estruturais e
metabólicos da célula hospedeira
Microbiologia - Vírus
Morfologia do vírus....
Vírus Helicoidais: capsídeo com capsômeros arranjados em
torno do ácido nucléico na forma de uma hélice. Ex. Vírus
ebola
Vírus Poliédricos: capsídeo cuja estrutura básica é um
icosaedro – superfície constituída de 20 faces triangulares e
12 vértices. Ex.: Mastadenovirus
Vírus Envelopados: capsídeo envolvido por um envelope
lipoprotéico com espículas. Ex.: Vírus da Herpes
Vírus Complexos: Ex.: Vírus da Varíola
Microbiologia - Vírus

O vírus....
Microbiologia - Vírus
Microbiologia - Vírus
Microbiologia - Vírus
Microbiologia - Vírus
O ciclo viral em animais segue as seguintes etapas:
A biossíntese depende se é um vírus DNA ou RNA, ou retrovírus.
O retrovírus é um tipo de vírus que produz, dentro das células, cópias
de DNA (ácido desoxirribonucléico) a partir do seu RNA (ácido
ribonucléico).
Essa cópia de DNA é levada até o núcleo da célula, sendo integrada ao
DNA celular, podendo ficar desta forma latente por anos.
Quando a célula é ativada, este DNA gera RNA alterado, que origina
mais vírus, perpetuando a infecção e muitas vezes destruindo a célula.
Biossíntese dos Vírus DNA. Ex.: Vírus da Herpes
Biossíntese dos Vírus RNA. Ex.: Vírus da Rubéola.
Biossíntese de Retrovírus. Ex.: Vírus da AIDS
Microbiologia - Vírus
O vírus....doenças causadas
hepatite, poliomielite, meningite, herpes, varíola, febre amarela, raiva,
gripe, dengue, rubéola, sarampo, catapora, caxumba, certas
pneumonias, AIDS

Antígeno
Entra no corpo (células), sendo identificada como algo estranho. As
células de defesa entram em ação e produzem anticorpos especiais
para atacar os antígenos

Vacina
Antígeno introduzido no corpo para que
os linfócitos possam produzir proteínas
especiais (anticorpos específicos)
Microbiologia
Vírus
.... vivem ao nosso redor todo o tempo,
apenas esperando pela chegada de uma
célula hospedeira. Eles podem entrar
pelo nariz, boca ou ferimentos na pele.
Uma vez lá dentro, eles acham uma
célula hospedeira para infectar. Por
exemplo, os vírus do resfriado e da
gripe atacarão células que revestem as
regiões respiratória ou digestiva. O
vírus da imunodeficiência humana (HIV),
que causa a AIDS, ataca as células T do
sistema imunológico
Os vírus....
Os vírus....
O vírus da gripe suína....

Fonte: Revista Istoé, 09/05/09


O vírus da gripe suína...o que já se sabe da doença
Tempo de incubação do vírus: em média, 5 dias. Mas pode variar entre 3 e 10
dias.
Período em que se mantém transmissível: 2 dias antes do surgimento dos
sintomas até o 8º dia após o início das manifestações.
Como é transmitido: por via respiratória. Como qualquer vírus da gripe, fica
nas mãos e nos objetos.
Por que o inverno facilita a sua transmissão: os fatores são diversos. Os mais
importantes são: tendência a aglomeração em locais fechados; mais poluição,
causando irritação do trato respiratório superior e a consequente redução das
defesas locais. Baixas temperaturas favorecem sua sobrevivência em gotículas
de tosse ou espirro de pessoas infectadas.
Meios eficazes de proteção: evitar aglomerações, lavar as mãos
frequentemente com sabonete. Manter boa alimentação e hidratação, ter boas
noites de sono e praticar exercícios físicos. As máscaras ajudam, mas são
indicadas apenas para quem tem contato com os doentes.
Sintomas principais: febre repentina superior a 38°C e tosse, acompanhadas de
qualquer um dos seguintes sintomas; dor de cabeça, dores nas articulações e
nos músculos e dificuldade respiratória
Em caso de suspeita, a quem procurar: um serviço médico e, de preferência,
ser atendido por um infectologista Fonte: Revista Istoé, 09/05/09
Microbiologia

Diversidade dos microrganismos eucarióticos

 Fungos
 Algas
 Protozoários
Microbiologia - Algas
As algas
 Compreendem vários grupos de seres vivos aquáticos e autotróficos
(fotossintetizantes).
 A maioria das algas são microscópicas.
 Algumas são macroscópicas. Algas marinhas podem atingir mais de 30 m. Não possuem
verdadeiras raízes, caules ou folhas.
Microbiologia - Algas
As algas constituem um grupo filogeneticamente heterogêneo

Reino Protista :
Euglenofíceas: algas unicelulares;
● crisofíceas ou algas douradas;
● Pirrofíceas ou algas cor-de-fogo;
● Clorofíceas ou algas verdes;
● Rodofíceas ou algas vermelhas;
● Feofíceas ou algas pardas.
Reino Monera:
● cianobactérias ou cianofíceas ou algas azuis (são todas
procariontes/unicelulares/autótrofas);
Não possuem cloroplastos, mas fazem fotossíntese devido a
presença das lamelas fotossintetizantes;
Microbiologia - Algas
Metabolismo energético e polímeros de reserva
 As algas compõem um grande e diverso grupo de organismos eucarióticos que contém
clorofila e realizam a fotossíntese:
Fotossíntese:
6 CO2 + 12 H2O  energia luminosa C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2
 Algumas algas também realizam a fotossíntese sem a produção de O2
Fotossíntese anoxigênica:
6 CO2 + 12 H2S  energia luminosa C6H12O6 + 6 H2O + 12 S
(Também realizada pela maioria dos procariotos fotossintéticos)
 Algumas podem crescer na ausência de luz (quimiorganotrofia):
Um dos compostos orgânicos mais utilizados é o acetato, podendo ser utilizado como
fonte de carbono e energia.
 Outras podem assimilar compostos orgânicos simples na presença de luz
(fotoeterotrofia).
 Uma das principais características de classificação das algas corresponde ao
polímero de reserva, como resultado da fotossíntese
Microbiologia - Algas
Microbiologia - Algas
As algas são abundantes em habitats aquáticos
 Oceanos
 Rios e lagos
 Tanques artificiais
 Poças de água
 São também comuns nos solos e em rochas em associação com fungos
(líquens)

Em diversas situações, os líquens são seres pioneiros em


uma sucessão ecológica, pois conseguem colonizar ambientes
com poucos recursos nutritivos.
Liberam substâncias corrosivas no ambiente, resultando na
degradação das rochas, e iniciando a formação de um solo.
Microbiologia - Algas

Diversidade
 Podem ser unicelulares e coloniais
 Quando os agregados são lineares: filamentosa
Microbiologia - Algas
Antenas para
captação da luz
 As algas contém clorofila coloração verde.
Outras algas comuns exibem coloração vermelha ou marrom devido
à presença também de outros pigmentos, tais como a xantofila,
mascarando a coloração verde.
 Contém um ou mais cloroplastos em cada célula
Microbiologia - Algas
Mobilidade
 Algumas algas são móveis, em geral pela ação de flagelos.
 Algas não apresentam cílios

Euglena
Microbiologia - Algas
Algas tóxicas
- Dinoflagelados tóxicos (do grego dinos = rodopiante)
 Podem originar densas suspensões denominadas
florescimentos, de coloração vermelha (marés vermelhas)
 A toxicidade é decorrente de uma potente neurotoxina (algas
do gênero Alexandrium)

Águas costeiras, mornas e


geralmente poluídas
Microbiologia - Algas
Algas tóxicas
- Pfiesteria é outro gênero de dinoflagelado tóxico
 Os esporos tóxicos infectam peixes e as neurotoxinas
destroem a pele dos animais infectados possibilitando o
desenvolvimento de patógenos bacterianos.
Microbiologia - Algas

Importância ecológica das algas

Abastecem os ecossistemas de alimento e


oxigênio. Uma das maiores fontes para
respiração de seres vivos  responsável
por cerca de 70% da fotossíntese mundial.
Microbiologia - Algas
Importância das algas para o homem
 Além da importância ecológica das algas, elas apresentam grande participação em
atividades industriais e econômicas para o homem:
 São utilizadas como matéria-prima para a produção de espessantes (algina, utilizada
na indústria alimentar e de cosméticos);
 Na produção de medicamentos e indústria farmacêutica;
 Solidificante para meio de cultura de fungos e bactérias (a partir das algas
Rodofíceas, obtém-se o Ágar);

 Na indústria de tintas e filtros (a partir das Crisofíceas Diatomíceas, que produzem


um esqueleto silicoso).
 A produção de microalgas é um dos pontos críticos na aqüicultura, representando de
50% do custo total da produção de sementes de ostra.
Feofíceas ou algas pardas (marrons)
Feofíceas ou algas pardas (marrons)
Produção maior que a de cana 13-04-2009 às 17:16:00

Pesquisa tenta tirar etanol de alga; cultivo é fácil e rápido


Uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) usa um tipo de alga que não se encontra em
qualquer lugar. Tem origem na Ásia, mas no Brasil é que se revelou a possibilidade de se extrair álcool combustível
delas.
Nem dá tempo de se distrair com a paisagem. Estamos navegando nas águas de Itacuruçá, litoral sul do estado do Rio
de Janeiro. Nosso destino não é uma praia. Estamos atrás de uma plantação: discreta, perto de um costão - dentro
d’água, de algas. O que também pode surpreender alguns é a serventia dessas plantas.
As algas são as maiores produtoras de oxigênio do planeta. Ajudam a limpar as águas, por se alimentarem de matéria
orgânica, esgoto. Acredite: com a Kappaphycus alvarezii, nós temos contato todos os dias. Ela já é conhecida e
explorada há anos em diferentes pontos do mundo, especialmente na Ásia. Dela se extrai uma geléia, a carragena, que
é utilizada em vários produtos: pasta de dente, presunto, xampu e sorvete.
No Brasil, até agora, só houve autorização de plantio entre a Baía de Sepetiba, no Rio, e Ilhabela, em São Paulo. O
cultivo é fácil e rápido. Em 45 dias, a alga está no ponto da colheita. Feita no braço, trazendo a rede que as mantêm
na superfície. Você não sabia, mas já existe uma pesquisa para extrair da Kappaphycus alvarezii mais um produto.
Alga seca
A pesquisa do professor Maulori Cabral, da Universidade Federal do Rio, já dura dois anos. “A partir dessa alga
seca, a primeira coisa é fazer a reidratação, com a lavagem para tirar sais. Ao lavar, você tem as algas que começam
a ser reidratadas", mostra Maulori Cabral.
A fervura desse material é a próxima etapa - adicionando ácidos para "quebrar" a carragena, transformando-a em
um líquido. Depois, nova mistura, agora com leveduras, células que fermentam e produzem álcool a partir de
moléculas de açúcar. Após 26 minutos, na estufa a 30ºC, em uma temperatura agradável, a quantidade de gás no tubo
mostra que houve uma fermentação perfeita.
“Se tem gás na parte de cima, isso significa que o líquido tem uma mistura de água e etanol. Para ser utilizada como
biocombustível, a mistura precisa ser destilada”, explica Maulori Cabral. Segundo o professor Maulori, se tudo der
certo, em 2013 o projeto sai do papel. Ainda é preciso aumentar a produção de algas, melhorar as técnicas, investir
em novas pesquisas. Só assim, teremos a que está sendo considerada a terceira geração do álcool combustível.
Ainda falta muito para isso se tornar realidade. Mas, segundo os pesquisadores, existem vantagens de se retirar
álcool de alga, se comparado com o de cana: é possível uma produção bem maior na mesma área plantada e não
ocupa terra, solo. Não é preciso usar água doce para irrigar. E ainda: a cana tem de ser colhida e moída rapidamente.
Já a alga, depois de seca, pode ser estocada, servindo para regular a safra.
A americana Algenol Biofuels obteve a patente de produção de
etanol a partir de algas e se prepara para iniciar produção em larga escala
do biocombustível em unidade industrial em área de 102 acres no deserto
perto do Pacífico, no México. A fábrica é fruto de investimentos de US$ 850
milhões da companhia e de sua parceira, a BioFields. As informações são do
blog específico em combustíveis de algas oilgae (oilgae.com/blog).
  A estimativa da Algenol, que foi criada em 2006, é de obter 6 mil
galões (3,8 litros cada) de etanol por acre de algas por ano. A expectativa,
no entanto, é de chegar a 10 mil galões por ano já em 2009.
Pela tecnologia já patenteada, a Algenol emprega algas do mar
cultivadas na planta industrial. A matéria-prima utiliza o gás e converte o
material, evaporando o álcool que é removido e concentrado para uso como
combustível. A produção do etanol utiliza o vapor emitido pela planta.
Microbiologia

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