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Sobre a conversão do valor

" C "
da norma DIN 15 020 .

Sobre a conversão do fator "c" da norma DIN 15 020


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por Dipl. Ing. Roland Verreet

Calculando o diâmetro mínimo de um cabo de aço alguns fabricantes de guindastes


costumam levar em consideração o fator de enchimento da construção do cabo a
ser escolhida. Quando se escolhe a construção de cabos de aço especiais, com
altos fatores de enchimento, o orçamentista consegue trabalhar com diâmetros de
cabo menores, do que quando aplica métodos convencionais de cálculo.

Considerando os mesmos esforços específicos de tração para o cabo e mantendo


os mesmos coeficientes h1 de acordo com a norma DIN 15 020, este procedimento
conduz às mesmas proporções D / d como o cálculo convencional, porém com
diâmetros menores para as polias e com diâmetros e larguras reduzidas para os
tambores.

O diâmetro menor de um tambor exige menos torque de acionamento o que traz


como resultado motores e redutores de menor porte que, por sua vez, resulta no
peso menor para toda a unidade de acionamento. Com isto consegue se ainda em
muitos casos sensíveis reduções em pesos e contrapesos assim como nas
massas de toda estrutura metálica de sustentação.

Conforme forem reduzidos espaço e peso, a redução do diâmetro do cabo de aço


por somente 1 milímetro poderá gerar uma economia de muitos milhares de dólares
no projeto de um guindaste.

Perguntava-se por muito tempo, se este tipo de procedimento não iria diminuir de
forma inadmissível a vida útil do cabo ou se não iria colocar em dúvida a segurança
de transmissão por cabo, por exemplo pela redução da vida útil residual do cabo.

Deve ser mencionado nesta oportunidade que toda esta questão representa
somente um problema interno e isolado da Alemanha Federal, quando todos os
demais importantes países industrializados, consideram como base principal a
carga de ruptura mínima efetiva do cabo para a determinação do seu diâmetro
mínimo.

As normas européias FEM 9.661 e a norma internacional ISO 43 08 também


consideram, com respeito ao cálculo do diâmetro necessário do cabo, o fator de
enchimento do cabo e, portanto, praticam exatamente o procedimento aqui

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descrito. Pelo exposto, as perguntas anteriormente levantadas colocariam em


dúvida a segurança de qualquer guindaste que também for construído de acordo
com estas normas.

Com o Instituto de Tecnologia de Manuseio de Materiais da Universidade de


Stuttgart (Professor Feyrer) foram desenvolvidas formulas para a pré-avaliação da
vida útil de cabo de aço em função dos seguintes parâmetros:

- a construção do cabo
- o diâmetro de polia para cabos
- o diâmetro do cabo
- a força de tração
- o comprimento da flexão

Com base em um grande número de experimentos realizados no passado, existe


pela primeira vez um instrumento que serve para analisar a influência que exerce o
diâmetro do cabo de aço, uma vez reduzido pela conversão do fator "c", sobre os
parâmetros:

- o número de ciclos de carga até o momento de substituição do cabo


- o número de ciclos de carga até o momento de ruptura do cabo
- a vida útil residual do cabo

Vamos analisar a continuação as vidas úteis (normais) e as vidas úteis residuais


esperadas para o sistema de transmissão por cabo projetado convencionalmente
comparado com um sistema projetado tomando em consideração um fator maior de
enchimento de cabo.

1. O Projeto convencional

De acordo com a norma DIN 15 020, folha 1, o diâmetro do cabo de uma


transmissão por cabo está sendo calculado com a fórmula

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O fator c, necessário para o cálculo, está sendo apresentado no quadro 2 da norma


DIN 15 020 em função dos grupos propulsores e da resistência nominal dos fios
para os transportes normais e perigosos, assim como para cabos de aço não
rotativos e para cabos não resistentes a rotação.

2. O Projeto com aproveitamento do maior fator de enchimento.

Seguindo as anotações abaixo da norma DIN 15 020, o fator " c " deve ser
calculado com a seguinte fórmula:

que são:

V = coeficiente de segurança
f = fator de enchimento
k = fator de encablamento
σ Ζ = resistência nominal de cada fio

De acordo com outra anotação do parágrafo 4.2 da norma 15 020, o coeficiente "
c " foi determinado em base da resistência dos fios sempre menores aplicáveis e
com um fator de enchimento de 0,46.

Agora podemos facilmente calcular o valor " c " para o cabo de aço com maior fator
de enchimento, substituindo o velho fator de enchimento " f " no termo de raiz pelo
novo fator de enchimento " f* ". Isto se consegue fazer, mantendo os parâmetros
anteriores da formula, da maneira mais simples pelo acréscimo:

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Portanto temos como fator


c* convertido:

O fator de enchimento f da norma DIN 15 020 continua com o valor 0,46 conforme
anotação 4.2. Isto posto, o diâmetro do cabo de aço com fator de enchimento f*
resulta portanto menor que o projeto convencional pelo fator:

Este fator está sendo apresentado no QUADRO 1 para uma variedade de


construções de cabos de aço especiais.

3. Exemplos comparativos

Neste trabalho apresentamos os ciclos de flexões alternadas da construção do


cabo de aço CASAR Stratolift com resistência a tração de 1770 N / mm² em
comparação a um cabo de fabricação 6 x 25 F SES, resistência 1770 N / mm².

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Escolheu-se uma carga de corda de 50,000 N para este estudo. Temos como
resultado para esta carga e para os diversos grupos propulsores os diâmetros de
cabos e polias que apresentamos no QUADRO 2 para o projeto DIN 15 020 e no
QUADRO 3 para o projeto com conversão do fator " c " .

Dependendo do grupo propulsor e com uma carga de 50,000 N chegamos a


diâmetros de cabo entre 15 mm e 30 mm quando o projeto for calculado conforme
norma DIN 15 020, ora , quando aplicamos a conversão do fator " c " , os
diâmetros de cabo se colocam na faixa entre 13 mm e 25 mm.

QUADRO 1
CONSTRUÇÃO DO CABO FATOR DE ENCHIMENTO FATOR DE REDUÇÃO
DE AÇO [-] [-]
CASAR Starlift 0.650 0.841
CASAR Powerlift 0.745 0.786
CASAR Powerplast 0.720 0.799
CASAR Stratoplast 0.600 0.876
CASAR Turboplast 0.655 0.838
CASAR Superplast 0.690 0.816
CASAR Stratolift 0.665 0.832
CASAR Turbolift 0.735 0.791
CASAR Superlift 0.755 0.781
CASAR Quadrolift 0.680 0.822

QUADRO 2 Diâmetro de cabo Diâmetro de polia


conforme norma DIN conforme norma DIN
Grupo Valor Valor Valor Valor Valor Valor
propulsor coeficient teórico escolhido h1 teórico escolhido
. e. c
1Em 0.0670 14.982 15 11.2 167.8 168
1Dm 0.0710 15.876 16 12.5 198.5 199
1Cm 0.0750 16.771 17 14.0 234.8 235
1Bm 0.0800 17.889 18 16.0 286.2 287
1Am 0.0850 19.007 19 18.0 342.1 342
2m 0.0950 21.243 22 20.0 424.9 425

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3m 0.1060 23.702 24 22.4 530.9 531


4m 0.1180 26.386 27 25.0 659.6 660
5m 0.1320 29.516 30 28.0 826.5 827

Diâmetro de cabo Diâmetro de polia


QUADRO 3 conforme conversão conforme conversão

Grupo Valor c Valor Valor Valor Valor Valor


propulsor convertid teórico escolhido h1 teórico escolhido
. o.
1Em 0.0557 12.460 13 11.2 139.56 140
1Dm 0.0591 13.204 14 12.5 165.05 166
1Cm 0.0624 13.948 14 14.0 195.27 196
1Bm 0.0665 14.878 15 16.0 238.05 239
1Am 0.0707 15.808 16 18.0 284.54 285
2m 0.0790 17.668 18 20.0 353.35 354
3m 0.0882 19.713 20 22.4 441.58 442
4m 0.0981 21.945 22 25.0 548.62 549
5m 0.1098 24.549 25 28.0 687.36 688

3.1 Um cabo com alto fator de enchimento comparado com um


cabo DIN, ambos os cabos projetados seguindo a norma DIN
15 020.

Um cabo de aço 6 x 25 com alma de aço ( DIN 3057 ) e com a transmissão por
cabo projetada conforme DIN 15 020 atinge por cada grupo propulsor entre 3,200 e
240,000 ciclos de flexões alternadas até chegar ao ponto de sua substituição. Um
cabo CASAR Stratolift com a transmissão por cabo projetada também conforme
DIN 15 020 alcança por cada grupo propulsor entre 8,400 e 630,000 ciclos de
flexões alternadas - ( QUADRO 4 ).

Independentemente do grupo propulsor o mínimo de ciclos de flexões atingidos


pela construção CASAR Stratolift até o momento de sua substituição chega a ser
aproximadamente 2,6 vezes a quantidade de ciclos da construção 6 x 25 SES
( DIN 3057 ).

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Um cabo de aço 6 x 25 com alma de aço ( 3057 ) e com a transmissão por cabo
projetada conforme DIN 15 020 atinge por cada grupo propulsor até a sua ruptura
aproximadamente 4,300 até 622,000 ciclos de flexões alternadas. Um cabo CASAR
Stratolift com a transmissão por cabo projetada também de acordo com a norma
DIN 15 020 alcança por cada grupo propulsor entre 11,900 e 1,734,000 ciclos de
flexões alternadas até a sua ruptura ( QUADRO 5 ).

QUADRO 4
Número de ciclos de carga até o momento de substituição:
Casar Stratolift projetado conforme DIN em comparação ao cabo
6 x 25 SES ( DIN 3057 ) calculado seguindo as normas DIN também.

Cabo de aço DIN Cabo Stratolift Relação


DIN DIN Stratolift / DIN
1Em 3238 8470 261.57%
1Dm 4468 11694 261.72%
1Cm 6318 16543 261.83%
1Bm 9935 26027 261.97%
1Am 15264 40004 262.08%
2m 27927 73278 262.40%
3m 53942 141650 262.60%
4m 109344 287436 262.87%
5m 239862 631145 263.13%

QUADRO 5
Número de ciclos de carga até o momento de ruptura:
Casar Stratolift projetado conforme DIN em comparação ao cabo
6 x 25 SES ( DIN 3057 ) calculado segundo as normas DIN também.

Cabo de aço DIN Cabo Stratolift Relação


DIN DIN Stratolift / DIN
1Em 4281 11883 277.61%
1Dm 6353 17644 277.72%
1Cm 9647 26799 277.78%
1Bm 16519 45902 277.87%
1Am 27341 75992 277.95%
2m 54856 152587 278.16%

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3m 116355 323806 278.29%


4m 258362 719466 278.47%
5m 622513 1734568 278.64%

Portanto, e independentemente do grupo propulsor, o número de ciclos de flexão


atingido pela construção CASAR Stratolift até a sua ruptura chega a ser 2,77
vezes o número de ciclos da construção 6 x 25 SES ( DIN 30 57 ).
A vida útil residual de um cabo de aço é definido como o número de ciclos de
flexões alternadas entre o momento de sua substituição e o momento de ruptura
do cabo, em relação ao número de ciclos de flexões até o momento de substituição.

O QUADRO 6 mostra que, de acordo com cada grupo propulsor a vida útil residual
do cabo de aço CASAR Stratolift acaba sendo entre 15% e 25% mais longa do
que a vida útil residual do cabo DIN (QUADRO 6).

QUADRO 6
A vida útil residual:
O cabo CASAR Stratolift projetado conforme DIN comparado com
o cabo 6 x 25 SES ( DIN 3057 ) calculado também dentro da norma
DIN 15 020.

Cabo de aço DIN Cabo Stratolift Relação:


DIN DIN Stratolift / DIN
1Em 32.19% 40.30% 125.19%
1Dm 42.19% 50.88% 120.60%
1Cm 52.69% 62.00% 117.66%
1Bm 66.27% 76.36% 115.23%
1Am 79.12% 89.96% 113.71%
2m 96.43% 108.23% 112.24%
3m 115.70% 128.60% 111.14%
4m 136.29% 150.30% 110.29%
5m 159.53% 174.83% 109.59%

Não podemos deixar que estes valores nos enganem ou que nos façam esquecer
que continuam existindo grandes diferenças entre o momento de substituição e a
ruptura do cabo:

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Chegado o momento de substituição, o cabo CASAR Stratolift ainda consegue


suportar um número de ciclos de flexões 1,5 vezes maior que todos os ciclos de
carga até a ruptura do cabo DIN.

3.2 Um cabo de aço com alto fator de enchimento, projetado


com o valor c convertido, comparado com o mesmo cabo
de aço, projetado de acordo com a norma DIN 15 020.

Calculando com o fator de enchimento maior para o cabo CASAR Stratolift ( f =


0.665), consegue-se uma redução de 16.8% do diâmetro desse cabo em
comparação com o projeto DIN.

Mantendo as forças de tração do cabo e as relações D / d, os números de ciclos


de flexões mudam da seguinte forma:

Um cabo CASAR Stratolift com a transmissão por cabo projetado segundo a


norma DIN 15 020 alcança por grupo propulsor entre 8,500 e 631,000 ciclos de
flexões até o momento de substituição do cabo. Projetando a transmissão por cabo
e tomando em consideração o fator de enchimento consegue-se um número de
6,200 até 315,000 ciclos de flexões. Portanto , e conforme o grupo propulsor, o
número de ciclos de flexões até o momento de sua substituição desce para valores
entre 73% e 50% em relação ao numero de ciclos do mesmo cabo projetado
segundo a norma DIN ( QUADRO 7)

QUADRO 7
Número de ciclos de carga até o momento de substituição:
O cabo CASAR Stratolift convertido em comparação com
o cabo CASAR Stratolift calculado conforme DIN.

O cabo Stratolift O cabo Stratolift Relação:


convertido conforme DIN convertido / DIN
1Em 6244 8470 73.72%
1Dm 8305 11694 71.02%
1Cm 11052 16543 66.81%
1Bm 16422 26027 63.10%
1Am 24216 40004 60.53%

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2m 42147 73278 57.52%


3m 77763 141650 54.90%
4m 148486 287436 51.66%
5m 315159 631145 49.93%

A situação é similar no caso do número de ciclos até a ruptura: um cabo CASAR


Stratolift com a transmissão por cabo calculada de acordo com a norma DIN
15 020 e conforme o grupo propulsor, consegue atingir números de ciclos de flexão
entre 11,800 e 1,734,000 até a ruptura.

Tomando em consideração o fator de enchimento, o projeto atinge entre 8,000 e


802,000 ciclos de flexões alternadas. Este cabo então, conforme o grupo
propulsor, sofre uma diminuição de ciclos até a ruptura ficando com valores entre
68% e 46% do número de ciclos do mesmo cabo projetado de acordo com a norma
DIN 15 020 (QUADRO 8).

QUADRO 8
Número de ciclos de carga até o momento de ruptura:
O cabo CASAR Stratolift convertido em comparação com
o cabo CASAR Stratolift calculado de acordo com a norma DIN.

O cabo Stratolift O cabo Stratolift Relação:


convertido conforme DIN convertido / DIN
1Em 8094 11883 68.11%
1Dm 11587 17644 65.67%
1Cm 16557 26799 61.78%
1Bm 26784 45902 58.35%
1Am 42572 75992 56.02%
2m 81230 152587 53.24%
3m 164578 323806 50.83%
4m 344150 719466 47.83%
5m 802451 1734568 46.26%

Convertendo o fator " c ", a vida útil residual do cabo desce para valores entre
74% e 88% do mesmo cabo projetado de acordo com a norma DIN 15 020
(QUADRO 9).

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Como era de esperar, a forte redução do diâmetro do cabo deu como resultado
uma quantidade menor de ciclos de flexões alternadas. Por outro lado havíamos
visto anteriormente, que o rendimento de ciclos de flexões do cabo de aço com alto
fator de enchimento e projetado convencionalmente ficava bem acima do
rendimento de ciclos de flexões do cabo DIN. Devido a conversão e por
conseqüência com os diâmetros claramente menores, os números de ciclos
atingíveis, no entanto, diminuem sensivelmente. Ora, continua por acaso o cabo
com alto fator de enchimento superior em relação ao cabo convencional DIN,
mesmo após a redução do diâmetro do cabo?

QUADRO 9
A vida útil residual:
O cabo CASAR Stratolift convertido em comparação com
o cabo CASAR Stratolift calculado conforme norma DIN.

O cabo Stratolift O cabo Stratolift A relação:


convertido DIN convertido / DIN
1Em 29.63% 40.30% 73.53%
1Dm 39.52% 50.88% 77.67%
1Cm 49.81% 62.00% 80.34%
1Bm 63.10% 76.36% 82.63%
1Am 75.80% 89.96% 84.26%
2m 92.73% 108.23% 85.68%
3m 111.64% 128.60% 86.82%
4m 131.77% 150.30% 87.67%
5m 154.62% 174.83% 88.44%

3.3 Um cabo de aço com alto fator de enchimento, projetado com


o valor c convertido, comparado com um cabo de aço DIN,
projetado conforme as instruções da norma DIN 15 020.

Um cabo 6 x 25 com alma de aço ( DIN 3057 ) com a transmissão por cabo
projetada de acordo com a norma DIN 15 020 atinge por cada grupo propulsor
ciclos de flexões entre 3,200 e 240,000 até chegar ao momento de substituição,
como já foi demostrado anteriormente.

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Um cabo CASAR Stratolift com a transmissão por cabo projetada considerando o


fator de enchimento alcança por grupo propulsor entre 6,400 e 315,000 ciclos de
flexões até o momento de sua substituição (QUADRO 10).

QUADRO 10
O número de ciclos de carga até o momento de substituição:
O cabo de aço CASAR Stratolift convertido e comparado com o cabo
de aço 6 x 25 SES (DIN 3057) calculado conforma a norma DIN.

O cabo DIN O cabo Stratolift A relação:


DIN convertido Stratolift / DIN
1Em 3238 6244 192.82%
1Dm 4468 8305 185.87%
1Cm 6318 11052 174.92%
1Bm 9935 16422 165.29%
1Am 15264 24216 158.65%
2m 27927 42147 150.92%
3m 53942 77763 144.16%
4m 109344 148486 135.80%
5m 239862 315159 131.39%

Independentemente do grupo propulsor, a quantidade de ciclos de flexões atingida


pela construção do cabo CASAR Stratolift após a conversão do fator " c " chega
até o momento de substituição ainda a números entre 1,9 e 1,3 vezes maiores que
os números da construção 6 x 25 SES. Isto significa que, mesmo com os
números de ciclos de flexões reduzidos até o momento de substituição por causa
da conversão do fator " c ", este cabo Stratolift por cada grupo propulsor ainda
atinge resultados de ciclos de flexões entre 30% e 90% maiores que um cabo DIN
projetado com o valor c do quadro 2 da norma DIN 15 020.

Um cabo 6 x 25 com alma de aço e com uma transmissão por cabo projetado
segundo DIN 15 020 atinge por cada grupo propulsor até a ruptura do cabo entre
4,300 e 622,000 ciclos de flexões alternadas. Um cabo CASAR Stratolift com o
valor " c " convertido para o projeto de transmissão por cabo alcança por cada
propulsor entre 8,100 e 802,000 ciclos de flexões alternadas até o momento de sua
ruptura . Independentemente do grupo propulsor, então, os números de ciclos de

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flexões para a construção do cabo CASAR Stratolift atingidos depois a conversão


do fator " c " chegam ser, até o momento de ruptura do cabo, entre 90% e 30%
maiores que as construções de cabo 6 x 25 SES (QUADRO 11).

QUADRO 11
O número de ciclos de carga até o momento de ruptura:
O cabo CASAR Stratolift convertido em comparação com
o cabo 6 x 25 SES (DIN 3057) calculado conforme DIN.

O cabo DIN O cabo Stratolift Relação:


DIN convertido Stratolift / DIN
1Em 4281 8094 189.09%
1Dm 6353 11587 182.38%
1Cm 9647 16557 171.62%
1Bm 16519 26784 162.14%
1Am 27341 24216 88.57%
2m 54856 81230 148.08%
3m 116355 164578 141.44%
4m 258362 344150 133.20%
5m 622513 802451 128.91%

QUADRO 12
A vida útil residual:
O cabo CASAR Stratolift convertido em comparação com
o cabo 6 x 25 (DIN 3057) calculado conforme DIN.

O cabo DIN O cabo Stratolift A relação:


DIN convertido Stratolift / DIN
1Em 32.19% 29.63% 92.05%
1Dm 42.19% 39.52% 93.67%
1Cm 52.69% 49.81% 94.53%
1Bm 66.27% 63.10% 95.21%
1Am 79.12% 75.80% 95.81%
2m 96.43% 92.73% 96.16%
3m 115.70% 111.64% 96.49%

14
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4m 136.29% 131.77% 96.69%


5m 159.53% 154.62% 96.92%

O quadro 12 mostra que, por cada grupo propulsor, os valores para a vida útil
residual do cabo CASAR Stratolift ficam entre 5% e 8% menores que os respectivos
valores para o cabo DIN. Estes valores, no entanto, não podem enganar sobre o
fato de que os números de ciclos de flexões alternadas para a construção do cabo
CASAR Stratolift continuam em 27% até 77% superiores do que os respectivos
números para o cabo 6 x 25 SES.

3.4 Conclusão dos resultados dos exemplos comparativos

Os números aqui calculados e encontrados matematicamente apoiam os fatos,


tantas e repetidas vezes comprovados na prática e por muitos engenheiros e
usuários perfeitamente conhecidos que, a redução de diâmetro de um cabo de aço
quando se aplica apropriadas construções de cabos de aço especiais, não somente
traz grandes vantagens econômicas através da redução dos diâmetros de polias e
tambores e pela diminuição de motores e redutores, como também possibilita ainda
a extensão da vida útil do cabo em relação ao projeto convencional.

4. Quando o fator de enchimento não deveria ser tomado em


consideração?

As vantagens da conversão do valor " c " são evidentes e o procedimento está


sendo aplicado por muitos engenheiros. No entanto, o princípio da cautela ordena,
que nos casos de guindastes seriados a admissão deste procedimento seja
apoiada em testes, e que nos casos de construções especiais ou encomendadas,
as quais não permitem este tipo de testes, assim como nos casos de transportes
perigosos se desista de uma redução do diâmetro do cabo.

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Uma documentação técnica


editada pela empresa elaborada por ©
Drahtseilwerk Saar GmbH Dipl. - Ing. Roland Verreet
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