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Tarefa 5

Transformada de Laplace e a resolução de equações diferenciais lineares

Prof. Eliana M. S. Soares

Muitos problemas de aplicação envolvem sistemas mecânicos ou elétricos (ou mistos)


modificados por agentes descontínuos ou impulsivos, representados por funções
seccionalmente contínuas. Esses problemas podem ser representados por equações
diferenciais lineares de segunda ordem, mas nesses casos os métodos estudados
anteriormente para resolver essas equações diferenciais não são suficientes ou adequados.
Uma alternativa, para encontrar soluções nesses casos, é baseada na transformada de
Laplace, cujo nome homenageia o matemático francês P. S. LaPlace, que estudou esse
conceito por volta de 1782.
As técnicas que estudaremos são úteis em diferentes situações e envolvem vários cálculos
algébricos, mas na essência são baseadas em idéias simples e geniais de Laplace e Oliver
Heaviside (1850-1925), um engenheiro elétrico inovador que também fêz contribuições
importantes na teoria eletromagnética.

Considerações sobre modelos matemáticos e sistemas dinâmicos

As equações diferenciais são úteis na representação de problemas ou fenômenos que


envolvem taxas de variação onde a variável independente é o tempo. Em geral esses
problemas e fenômenos são denominados sistemas dinâmicos. Em muitas situações é
essencial a análise desses sistemas e a determinação de seu comportamento em resposta
a certas excitações iniciais (condições iniciais). Dessa forma é possível visualizar e
descrever o comportamento dinâmico de sistemas em termos de sinais e suas interrelações
com as operações executadas no sistema.

A análise de sistemas é realizada com base nas formulações matemáticas (no nosso caso,
equações diferenciais) por meio da aplicação de algumas leis fundamentais da Física
aliados a análise dimensional e a experimentação:
• leis de Newton, para rotação, translação e movimento de corpos e para resfriamento e
aquecimento de corpos;
• o princípio de D'Alembert ou as equações de Lagrange;
• as leis de Ohm, de Kirchhoff e de Maxwell para modelar sistemas elétricos e magnéticos;
• leis básicas da transmissão de calor e de termodinâmica como o Princípio da
Conservação da Energia e da condução do calor, para sistemas térmicos;
• as equações da Conservação da quantidade de movimento e de continuidade para
modelar sistemas fluídos;
• dentre tantas outras

Em alguns casos, o modelo matemático, constituído de equações diferenciais, de um


sistema dinâmico, pode ser transformado num modelo de equações algébricas, por meio de
transformadas funcionais Essas transformadas funcionais são definidas por funções
convenientemente definidas.

Quando o modelo matemático de um fenômeno é constituído de equações diferenciais onde


o tempo é uma variável independente, existe uma transformada funcional que transforma o
modelo em as equações diferenciais num modelo em equações algébricas.

1
Essa transformada funcional é chamada de Transformada de Laplace, em homenagem ao
Matemático e físico francês P. S. de Laplace que a definiu e a estudou em 1782.

Veja nos links a seguir, conceituações sobre aplicações dessas equações diferenciais na
representação de oscilações de diferentes situações. Nessa tarefa vamos resolver
problemas relacionados a oscilações que contenham em sua formulação funções contínuas.

Oscilações livres
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/oscilaciones/libres/libres.htm

Oscilações forçadas
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/oscilaciones/forzadas/forzadas.htm

oscilações amortecidas
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/oscilaciones/amortiguadas/amortiguadas.htm

estado transitório e estacionário


http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/oscilaciones/transitorio/transitorio.htm

movimento harmônico
http://www.sc.ehu.es/sbweb/fisica/oscilaciones/anarmonico/anarmonico.htm

Transformada de Laplace

A Transformação de Laplace é uma transformação linear que auxilia na resolução de


equações diferenciais que representam situações problemas ou fenômenos que surgem no
ambiente profissional.

O método de resolver equações por meio da transformada de Laplace consiste em três


etapas principais:

• inicialmente a equação diferencial é transformada numa equação algébrica, mediante o


cálculo da transformada de Laplace de cada um dos membros da equação diferencial,
• em seguida a equação algébrica é resolvida por meio de manipulações algébricas,
obtendo-se uma solução da equação algébrica,
• a solução da equação algébrica é transformada na solução procurada da equação
diferencial utilizando-se a transformação inversa de Laplace.

Definição de Transformada de Laplace

Chama-se transformação de Laplace (processo que transforma) o operador linear L que


a cada função f , associa outra função definida por uma integral imprópria. real definida em

(0, ∞). Essa outra função é definida por: ∫


F(t)= e -st f(t) dt
0
Assim a transformada de Laplace transforma uma função f de variável independente t, numa
outra função, que denotaremos F, de variável independente s, para os quais a integral
imprópria converge.

Para que a transformação de Laplace exista a função f precisa satisfazer determinadas


condições: contínua por partes e de ordem exponencial: veja nos livros da bibliografia

2
indicada maiores informações sobre esse aspecto. As funções com as quais lidaremos
admitem transformada de Laplace. Os teoremas que envolvem a existência da transformada
de Laplace de funções serão omitidos, sem prejuízo para nossos objetivos. Para maiores
detalhes podem ser consultados os livros indicados na bibliografia

A transformada de Laplace de f será denotada por L(f), L(f)=F(s) ou L(f(t)) = F(s) quando se
quer chamar atenção para a variável independente.

Cálculo da transformada de Laplace

O cálculo da transformada de Laplace de uma função é feito mediante a utilização da


definição.

Exemplos:

Se f é a função f : (0, ∞)→R definida por f(t) = 1, então a transformada de Laplace de f é a



função F dada por ∫
0
e-st dt

∞ a
−1 −1 1 1
∫0 e dt = lim ∫ e − st dt = lim (e − as − e 0 ) = lim e − as + = pois
− st

a →∞ 0 a →∞ s a →∞ s s s

lim e
− st
=0 para s>0
a →∞

1
Assim, L(1)= para s > 0.
s

Se f(t) = e at , t > 0, a ∈ R, então a transformada de Laplace de f é dada por:


1
∫e para s > a.
( a − s )t
dt =
0
s−a
Calcule, agora, você essa integral imprópria, e confira esse valor obtido.

De maneira análoga é possível calcular a transformada de Laplace de diversas funções.

Na maioria dos casos das aplicações é possível calcular L(f) a partir do cálculo da integral
imprópria que a define.. Uma vez que nossa meta é utilizar a transformação de Laplace para
resolver problemas envolvendo equações diferenciais, faremos uso de uma tabela que
contém as transformadas das principais funções que aparecem nas aplicações em
Engenharia. Utilizaremos o manual de fórmulas, citado nas referências bibliográficas.

É importante ressaltar que a transformada de Laplace de uma função, quando existe é


única, e que se duas funções contínuas têm a mesma transformada de Laplace, então elas
são iguais, ou seja, se L(f)=L(g) então f = g, para um dado intervalo onde tem sentido definir
L(f) e L(g).

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Esse método é vantajoso em relação a outros métodos, pois leva em conta as condições
iniciais desde o início, sem necessidade de determinar primeiro a solução geral para depois
obter a solução que satisfaz as condições dadas. Além disso, a transformação de Laplace é
especialmente útil na busca de solução de equações diferenciais que representam situações
de natureza descontínuas ou impulsiva, descritas por funções seccionalmente contínuas.

Propriedades da Transformada de Laplace (consulte o manual de fórmulas para conferir


essas propriedades)

A transformação de Laplace possui várias propriedades a partir das quais é possível calcular
a transformada de algumas funções de maneira mais fácil.

Linearidade: a transformação de Laplace é uma transformação linear, isto é, se f e g


admitem L(f) e L(g), então L(af+bg) = aL(f) + bL(g), para a,b ∈ R.

Transformada de derivadas: Se L(f(t)) = F(s), nas condições já apresentadas, então temos:

L(f (n)(t)) = sn L(f(t)) - sn -1 f(0) - sn -2 f '(0) - sn -3 f ''(0) - ... - sf (n -2) (0) - f (n -1) (0)

desde que f e suas derivadas sejam contínuas para 0 ≤ t ≤ N, para N real e positivo, e de
ordem exponencial para determinados valores de t>M, M >0.

(outras propriedades podem ser encontradas no manual de fórmulas).

Exemplos: L(y') = sL(y) - y(0) L(y'') = s2 L(y) - s y(0) - y'(0)

1 1
L(t+et)= L(t)+L(et)= 2
+ L(4+t)= L(4)+L(t) L(5)=5L(1)
s s −1

A demonstração da propriedade linear e da transformada de derivadas podem ser feitas a


partir da definição do operador L e são encontradas nos livros indicados na bibliografia.

Você também pode acessar em


http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/edo/laplace.htm#lap03, mais informações sobre
transformadas de Laplace.

Exercícios para desenvolver habilidade de cálculo de transformadas, com auxílio da


tabela:

Consulte a p.250 do manual de fórmulas matemáticas e encontre a transformada de Laplace


das seguintes funções, considerando a propriedade linear da transformação de Laplace:

L(2e4t), L(3e-2t), L(cos3t), L(cosh3t), L(0,5senh2t), L(5e2t-3), L(t3e-3t), L(e-tcos2t),


-5t
1 e -3t t t t 4
L( +t- ), L(e-0,1tcos0,5t), L(e-0,5tsen ), L( cos 4 t - sen 2 t ), L( t 5 + e 3
),L(2), L(0)
2 4 3 3 2 5

Confira com teus colegas as transformadas encontradas.

Transforme as equações diferenciais abaixo em equações algébricas mediante a utilização


da transformação de Laplace e suas propriedades:

4
y'' + 4y' - 9y = 0 y(0) = 3, y'(0) = 1

y'' + 0.5y' - 2y = t y(0) = -1, y'(0) = 2

4y'' - y'+ y = sen(2t) y(0) = 0, y'(0) = -2

q' + 0.5q = t q(0) = 1.5

2 I' + 16 I + 0,5 = 0 I(0) = 1

Transformada Inversa de Laplace

Dada a equação diferencial

y''+2y'-0,1y=cos t

sua equação algébrica, obtida por meio da transformada de Laplace é:

s2L(y)-sy(0)-y'(0) +2sL(y)-2y(0)-0,1L(y)=s/(s2+1)

L(y) é a incógnita dessa equação algébrica, e y(0) e y'(0) são as condições iniciais da
equação diferencial.

Se considerarmos as condições y(0)=1 e y’(0)=0, temos que:

s
L(y)(s2+2s-0,1) = 2
+s+2
s +1
Ou seja,

s s+2
L(y) = 2 2
+ 2
( s + 1)( s + 2 s − 0,1) s + 2 s − 0,1

que é a solução da equação algébrica, associada a equação diferencial dada.

Como encontrar a solução da equação diferencial dada, a partir de L(y)??

Para isso vamos considerar uma transformada que permita obter novamente a função y a
partir de L(y). Ou seja, vamos definir uma transformada inversa de L:

Chama-se transformação inversa de Laplace a transformação L-1 (transformação inversa



de L) que a cada função F : X→R, F(s)= e -st f(t) dt , associa a função f: (0, ∞), ou seja, se
0
F(s) é a transformada de Laplace de f(t), então f(t) é a transformada inversa de Laplace de
F(s), ou ainda, F(s) = L(f(t)).

Dessa forma a transformada inversa de Laplace de F, que será denotada por L-1(F(s)) é f(t) :

F(s) = L(f(t)) ⇔ L-1(F(s)) = f(t).

5
Como calcular a transformada inversa de uma função? Por exemplo, qual a transformada
1
inversa de ? Observe que a transformada inversa transforma uma função de variável s
s
numa função de variável t.
1
Assim, para obter a transformada inversa de
precisamos pensar:
s
1
Qual função tem como transformada a função ? Podemos responder consultando a
s
tabela ou realizando os cálculos. Nesse caso já conhecemos a função. Qual a resposta?
Apresente-a antes de prosseguir.

1 1
L-1( )=1 pois L(1)=
s s

Mais exemplos: Observe com atenção:

1 1
L-1( )= e-3t pois L(e-3t) =
s+3 s+3

1 1
L -1( 2
) = sen(t) pois L(sen(t)) = 2
s +1 s +1

1
L-1( 2
) pode ser calculado utilizando diretamente a fórmula 32.36 da tabela de
s −3
fórmulas:
1 1
L−1 ( 2
)= senh 3t
s −3 3

A função seno hiperbólico é definida por combinações de funções exponenciais. Nas


aplicações á mais usual expressar transformadas desse tipo em termos de funções
exponenciais. Assim é necessário simplificar o resultado obtido, lembrando que
e x − e−x
senh x =
2
1 1
Outra forma de calcular a transformada inversa dada é escrever = ,
2 (s + 3 )(s − 3 )
s −3
ou seja, fatorando o termo (s2-3).

Assim, temos, utilizando a fórmula 32.40:


1 1 e 3t − e − 3t (e 3t − e − 3t )
L−1 ( ) = L−1 ( )= =
s2 − 3 (s + 3 )(s − 3 ) 3 − (− 3 ) 2 3

Dessa forma é preferível fatorar as expressões antes de utilizar a tabela para calcular as
transformadas inversas solicitadas.

Propriedade linear da transformação inversa de Laplace:


A transformação L-1 é linear, ou seja,

L-1(aF+bG) = a L-1(F) + b L-1(G) = af(t) + bg(t), onde L(f(t)) = F(s) e L(g(t)) = G(s).

6
Considerando a propriedade linear e a definição da transformação inversa de Laplace,
encontre a transformada inversa de Laplace das seguintes funções.

Na maioria dos casos, para encontrar a transformada inversa de uma dada função é
necessário simplificar e fatorar a função, tendo em vista que será utilizada a tabela de
fórmulas. Assim, no caso de denominadores de frações, por exemplo, é necessário
fatorar o polinômio que aparece, caso ele seja de grau maior que um. Para isso pode
ser utilizado o SNB, digitando o polinômio e selecionando o caminho maple,
polynomials, roots. No caso de um polinômio de segundo grau, com raízes
complexas, o que se faz é "completar os quadrados" para utilizar a fórmula 32.34 ou
32.35, conforme o caso. Em algumas situações será necessário decompor uma fração
em frações parciais. Quando esse for o caso, utilize o SNB: digite a fração e selecione
o caminho maple, polynomials, partial fractions para obter frações parciais da fração
original.

Em cada caso apresente a resposta assim: L-1(....)=.....

Esteja atento ao que faz para entender o processo desenvolvido.

1 s 1
1.F(s)= 2
2.F(s)= 2
3.H(s)= 2
(fatore o denominador)
s +9 s +2 s - 2s - 3

2s - 5 5s + 4 7
4.G(s)= ("separe" em duas frações) 5.G(s) = 6.H(s)=
s2 − 9 s3 3s + 2

6s - 4 1 3s + 7
7.F(s)= 2
8.G(s)= 9.G(s)=
s - 4s + 20 (s - 2) 2 2
s - 2s - 3

3s + 1
10.G(s)= 2
(decomponha essa fração em frações parciais, use o SNB para isso:
(s + 1)( s − 1)
digite a fração e selecione o caminho maple, polynomials, partial fractions para obter frações
parciais da fração original.

A seguir serão apresentados algumas resoluções para auxiliar.


É importante entender cada passo, para ser capaz de encontrar transformadas
inversas em outras situações.

2
−1 7 7 1 7 − t
6. L ( ) = L−1 ( )= e 3
3s + 2 3 2 3
s+
3

 1   1  − 1 − t 1 3t
9 L−1   =   = e + e
 s − 2 s − 3   (s + 1)(s − 3)  4
2
4

7
3s + 1 1 1 s
10. 2
=2 + 2 −2 2 então
( s + 1)(s − 1) s −1 s + 1 s +1

3s + 1 1 1 s
L−1 ( 2
) = 2 L−1 ( ) + L−1 ( 2 ) − 2 L−1 ( 2 ) = 2e t + sen t − 2 cos t
( s + 1)( s − 1) s −1 s +1 s +1

Com base nesses estudos, estamos em condições de encontrar soluções de equações


diferenciais, utilizando a transformada de Laplace. Para isso, seja a equação diferencial:

y'' + 4y' - 9y = 0 y(0) = 3, y'(0) = 1

Para encontrar sua solução, o primeiro passo é transformar a equação diferencial numa
equação algébrica, mediante o cálculo da transformada de cada "membro" da equação
diferencial. A seguir, encontrar o valor de L(y) e em seguida, encontrar y(t), calculando L-
1
(L(y)), obtendo, assim, a solução y(t).
Faça isso antes de prosseguir

Observe os passos e confira com o que você fêz:

1. Transformar a equação diferencial numa equação algébrica, mediante o cálculo da


transformada de cada "membro" da equação diferencial

L(y'' + 4y' - 9y) = L( 0 )

s2L(y)-sy(0)-y'(0)+4(sL(y)-y(0))-9L(y)=0

s2L(y)-3s-1+4sL(y)-12-9L(y)=0 equação algébrica obtida, cuja incógnita é


L(y)

2. Encontrar L(y), solução da equação algébrica


3s + 13
L(y)= 2
s + 4s − 9
3. Calcular a transformada inversa de ambos os lados da equação
3s + 13 3s + 13
L-1(L(y))=L-1( 2
)=L-1( )=
s + 4s − 9 ( s − 1.61)( s + 5.61)

s 1
3L-1( )+13L1( ) utilizando a tabela e simplificando
(s − 1.61)(s + 5.61) (s − 1.61)(s + 5.61)
4. Obter a solução da eqdif dada

y(t)=2,471e1,61t+0,53e-5,61t

Observe os passos realizados: eles constituem um algoritmo para calcular solução de


uma dada equação diferencial com coeficientes constantes, por meio da transformada
de Laplace.

Com base no que você aprendeu, resolva as equações diferenciais abaixo, primeiro
com auxílio da transformada de Laplace depois utilizando métodos desenvolvidos nas
tarefas anteriores. Utilize o SNB para auxiliar nos cálculos algébricos e para conferir

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as soluções obtidas. Para isso digite a equação e as condições por meio de uma
matriz e selecione o caminho maple, solve ODE Laplace.
Responda: Qual dos métodos você prefere para encontrar as soluções, em cada caso.
Apresente argumentos que justifiquem sua resposta.

1.q' + 0.2q = 0,1t; q(0) = 0,1


1 5 25 125
dado: 2
= − +
s ( s + 0,2) s s 5s + 1
2. y'' + 9 = 0 y(0) = 0 e y'(0) = 2
3. x'' + x = 2; x(0) = 1 e x'(0) = 2
1 1 s
dado: 2
= − 2
s( s + 1) s s +1

confira as soluções:

1. q(t) = 0,5t-2,5+2,6e-0,2t

2.y(x) = 2/3 sen3t

3. x(t) = 2-cost +2sent

Com auxílio da transformada de Laplace, resolva os problemas a seguir. Leia com


atenção cada problema e identifique os dados, o que é solicitado e expresse os
passos de forma organizada. Faça o problema compartilhando idéias com seus
colegas. Se tiver dificuldades, reveja a teoria, interaja com seus colegas e reflita sobre
a dificuldade. Se mesmo assim, não conseguir resolver, procure auxílio da
professora.

Fique atento para você analisar e ter consciência dos passos realizados e do que está
sendo feito.

dq 1 E
1). A equação diferencial linear + q = representa um circuito com resistor e
dt RC R
capacitor ligados em série. Um circuito tem R=100 ohms, C=0,005 farad, E(t)=10sent volts e
nenhuma carga no capacitor no instante inicial. Nessas condições encontre a carga e a
corrente no circuito após 5 segundos. A corrente é a taxa de variação da carga. Verifique se
a corrente é transitória e justifique. A corrente é dita transitória se ela tende a zero conforme
o tempo cresce. Esboce os gráficos da função que representa a corrente e da função que
representa a carga no circuito em cada momento.

2). Um corpo 0,2 Kg está suspenso numa mola cuja constante elástica é 4 N/m. O corpo é
posto em movimento, a partir do repouso e sem velocidade inicial. Se é aplicada
simultaneamente uma força externa de F(t)=cost e desconsiderando a resistência (força de
atrito), encontre, escrevendo por extenso a resposta:
2.1) o modelo do problema (equação diferencial);
2.2) a solução da equação diferencial;

9
2.3) o menor valor de t para o qual a posição assume o ponto máximo: faça o gráfico e
analise-o, mudando o intervalo de definição para obter esse valor. Expresse-o, no mínimo,
com uma casa decimal correta.

s s s
Dado: 2 2
= 2
− 2
( s + 1)( s + 4) 3( s + 1) 3( s + 4)
0,5s
3). Se L(q(t))= encontre a função que representa a carga. Apresente a
0,5s 3 + 0,2s 2
resposta escrevendo da forma mais simplificada possível.

1
4). A função H(s)= 2
é a função de transferência num circuito aberto. A resposta ao
s(s + 4)
sistema é dada por L-1(H(s))=y(t). Encontre a resposta ao sistema, nesse caso, isto é, y(t).
Esboce o gráfico de y(t) e indique os valores de t onde y é positiva. Encontre o valor onde y
é máxima. Qual o valor da resposta ao sistema quando t=1 segundo?

1 1 s
Dado: 2
= − 2
s ( s + 4) 4 s 4( s + 4)
5). O movimento de um corpo atado numa mola é descrito pela equação diferencial
1 d 2 x dx
+ + x = 1, submetidas às condições x(0)=4 e x’(0)=2. Com esses dados encontre
4 dt 2 dt
o deslocamento máximo do corpo e indique em que tempo ele ocorre. Para isso encontre a
solução dessa equação diferencial e esboce seu gráfico para valores convenientes de t.
Apresente a resposta e argumentos que a justifiquem.

6). Um corpo 2 Kg está suspenso numa mola cuja constante elástica é 4 Kg/m. O corpo é
posto em movimento, sem velocidade inicial (y’(0)=0), deslocando-o 0,5 m acima da posição
de equilíbrio (y(0)=-0,5), considerando a posição “para cima” negativa. Se é aplicada
simultaneamente uma força externa de F(t)=sen4t e desprezando a resistência do ar,
determine a função que dá o movimento do corpo em cada instante. Calcule também a
posição do corpo após 5 segundos. atenção: Os arcos das funções trigonométricas estão
expressos em radianos

d 2x
7). A equação diferencial + 9 x = 5 sen t representa o movimento de um corpo num
dt 2
sistema massa-mola. Encontre a posição do corpo, no instante t=1 e t=2. O movimento é
transitório? (movimento transitório é aquele cujo limite tende a zero). Condições iniciais:
x(0)=2 e x ’(0)=0.
1 1 1
Dado: 2 2
= 2
− 2
( s + 1)( s + 9) 8( s + 1) 8( s + 9)

8). Encontre a solução da equação diferencial y’+2y=1, satisfazendo a condição y(0) = -2.

Essa é uma equação diferencial de primeira ordem que pode ser resolvida de várias
maneiras: separando as variáveis, pelo fato integrante ou utilizando transformada de
Laplace. Resolva-a das três maneiras, especificando cada uma delas. Todas as soluções
encontradas devem ser iguais, certo? Compare os prós e contras de cada procedimento.

10
9). Um sistema massa-mola tem um corpo de 6 Kg e uma mola com constante de
elasticidade igual a 1Kg/m. O corpo é colocado em movimento por uma força de
4cos7t.(portanto as condições iniciais são nulas). Responda:
9.1)Qual o modelo matemático do problema?
9.2) Qual a função que representa a posição do corpo a cada instante? Esboce seu gráfico
no intervalo [0,20]
9.3) Considere a mesma situação com força de sen4t e compare as oscilações nos dois
casos: faça comentários sobre as amplitudes e os períodos em cada caso.
Apresente as respostas por extenso.

Algumas respostas:

1). q(t)= 1/50 e-2t –1/50 cost +1/25 sent


I(t) = -1/25 e-2t +1/50 sent +1/25 cost
A corrente estacionária é I(t) = 1/50 sent +1/25 cost , portanto ela não é tansitória.
q(5) = -4,40 x 10-2 I(5) = -7, 83 x 10-3

2). modelo: y’’+20y=5cost y(0)=y’(0)=0

solução: y(t) = -5/19 cos2 5 t+5/19cost


O menor tempo para o qual y assume máximo é aprox. 0,67 (faça o gráfico e analise a
situação);

4) y(t)=0,25-0,25cos2t para responder as demais perguntas, esboce o gráfico de y e


examine-o cuidadosamente).

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