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Identificacao Dos Parametros Financeiros Legislativos e Organizacionais para Avaliacao de Clubes de Futebol
Identificacao Dos Parametros Financeiros Legislativos e Organizacionais para Avaliacao de Clubes de Futebol
Dezembro/2000
3
Banca Examinadora:
Rio de Janeiro
2000
4
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS:
Resumo
Abstract
This work treats of the Identification of the Parameters to Evaluate a Club of
Soccer Financially, we will speak about the historical evolution of the Brazilian soccer, we
will treat of the revenues expenses, with your singularities, we will comment the changes
happened in the English soccer, from of 1990, since the English model is had as a success in
what refers the sporting administration, and last we will approach the methods of analysis of
investments, that Profº Damodaran, exposes in your book " Valuation", when he treats the
sporting franchises´s valuation, for that we used some data of the English soccer for us to
calculate the capital cost.
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SUMÁRIO
DEDICATÓRIA...................................................................................................4
AGRADECIMENTOS.........................................................................................5
RESUMO..............................................................................................................6
ABSTRACT..........................................................................................................7
SUMÁRIO............................................................................................................8
INTRODUÇÃO..................................................................................................10
PARTE 2...............................................................................................................23
PARTE 3...............................................................................................................33
PARTE 4...............................................................................................................41
AVALIAÇÃO DE FINANCEIRA.......................................................................41
CUSTO DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO = 6,17% +0,6 X (18%-6,17%)= 13,27%
..............................................................................................................................45
CUSTO DO CAPITAL = 13,27%+9%(L - 0,15)(1) = 20,92% ...........................45
BIBLIOGRAFIA................................................................................................50
ANEXOS
1 - Tabela Financeira Relativa a Exemplo
2 – Relação Bloomberg dos 20 Clubes Mais Ricos do Mundo
3 – Gráfico com a Volatilidade da Ação do Manchester United e do índex da Bolsa de Londres,
FTS-E, entre Dezembro de 1999 e Dezembro de 2000
4 – Gráfico da Volatilidade no Último Ano do Manchester United e o FTSE
5 – Lei nº 6354/76
6 – Lei nº 8672/93
7 – Lei nº 9615/98
8 - Lei nº 9981/00
9 – MP nº 2002
10 – MP nº 20018 parte 1
11 – MP nº 20018 parte 2
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Introdução
José de Oliveira, em matéria no dia 7 de Junho de 99, na Gazeta Mercantil, o setor esportivo
vai receber a maior parcela de investimentos da indústria do entretenimento
PARTE 1
Evolução do Futebol no Brasil
De 1894 aos dias de hoje o futebol passou por vários estágios. Dentro de
campo, o sucesso é incontestável, mas o mesmo não acontece na forma como é dirigido e
organizado. Enquanto assistimos pela televisão aos principais campeonatos do mundo com
estádios lotados, no Brasil constatamos um público reduzido, obrigado a conviver, ainda, com
um calendário inchado e uma série de torneios que não foram totalmente assimilados pelos
torcedores. O modelo adotado pelo futebol brasileiro não atende a maioria dos clubes e é
muito prejudicial aos atletas. Diante dessa situação, poucas agremiações conseguem equilibrar
os gastos e a receita. A maioria vive outra realidade, participando de torneios deficitários,
prestigiados por um público reduzido, e não consegue remunerar adequadamente os seus
jogadores. De acordo com a própria CBF, metade dos jogadores recebe apenas um salário
mínimo por mês, R$ 151,00, valor em Dezembro de 2000. Para um país que ostenta o
privilégio de ser o único a conquistar quatro copas do mundo, é inadmissível a existência
desse quadro. A organização do futebol deve ser repensada em todos os níveis, para que ele
possa continuar existindo em todo o Brasil. É preciso que os campeonatos tenham como
princípio abrigar equipes de níveis técnicos semelhantes e que também possam despertar o
interesse do público.
Neste momento, o futebol brasileiro atravessa uma fase de transição. A nova Lei
do Passe deverá fazer com que clubes e jogadores adotem nova postura, mais profissional,
inclusive incrementando as ações de marketing. Para que o futebol seja tratado como
espetáculo, deve ser criada as condições necessárias para isso, com bons gramados, estádios
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que ofereçam conforto e segurança e uma tabela de jogos que possa ser cumprida de forma
racional. Por mais que um torcedor goste do seu time, fica muito difícil ter condições de
acompanhar os jogos, já que a metade (ou mais) ocorre no meio da semana. Os danos são
vários: o clube deixa de arrecadar, os jogadores sofrem enormes desgastes físicos, a
expectativa e a ansiedade de poder assistir aos jogos, por parte do torcedor, desaparecem.
Miller participou do primeiro jogo realizado no Brasil atuando pelo The São
Paulo Railway Team, que enfrentou e venceu o The Gaz Team (time do gás) por 4 a 2. Há
outra versão, de que um padre alemão do Colégio São Luís, da cidade de Itú (SP), teria
organizado o primeiro jogo de futebol, em 1872. (Brunoro & Affif, 1997, P 1)
O trabalho de Oscar Cox para organizar o futebol no Rio de Janeiro não foi
muito diferente do realizado por Charles Miller em São Paulo. Cox também teve que
convencer seus amigos a deixar o críquete de lado, mostrando a eles os encantos do futebol.
Oscar Cox foi quem teve a iniciativa de organizar os primeiros jogos entre
clubes do eixo Rio-São Paulo, naquele mesmo ano. As duas partidas promovidas por Cox, que
terminaram empatadas por 1 a 1 e 2 A 2, serviram para estimular a idéia dos confrontos entre
paulistas e cariocas.
Por sua vez, os dirigentes paulistas também tentaram manobra parecida com a
dos cariocas com a criação, cm 1925, da Liga de Amadores do Futebol. Naquele mesmo ano, o
Paulistano realiza uma excursão na Europa, com muito sucesso, chegando a vencer a seleção
da França por 7 a 2. Por conta dessa façanha, o futebol brasileiro começa a ser respeitado pelos
europeus.
A entrevista teve muita repercussão e foi apoiada pelo presidente do Vasco, que
se batia pelo profissionalismo. O Flamengo e o Fluminense também o apoiavam nessa luta
enquanto o Botafogo e alguns times menores ficaram contra. Em São Paulo, a mesma coisa:
alguns clubes a favor, outros contra. Houve a grande cisão, formaram-se ligas diferentes e cada
estado passou a ter dois campeonatos paralelos: o dos "amadores" e o dos profissionais.
políticos e é obrigado a alterar a idéia original de sua proposta, criando uma tabela decrescente
de idade, e carência de anos, para sua aplicação.
Em 14 de Julho de 2000, foi promulgada uma nova lei, que recebeu o número
9981/00, chamada de Lei Maguito, que mudou alguns pontos da Lei 9615, Lei Pelé, as
mudanças são:
• Acaba com o semi-profissional(a Lei Pelé criou esta categoria), volta a ser amador e
profissional,
• No artigo 27 volta a facultatividade(na Lei Pelé era obrigatório) de virar clube em empresa
comercial. Criando uma série de restrições caso o clube vire empresa:
- Não pode utilizar os bens patrimoniais para integralizar o patrimônio;
- O clube tem que manter 51% do capital votante do clube empresa;
- Somente dirigentes com mandatos eletivos podem assinar contratos;
- Não pode participar de qualquer forma(como investidor ou controlador) de outro clube
empresa;
- Duas ou mais equipes do mesmo dono não podem jogar o mesmo campeonato ;
- No artigo 27-A esta elencada todas as possibilidades de investimentos que podem ser feitas
no esporte(licenciamentos, administração de espaços, etc.);
- Volta o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (que a Lei Pelé tinha extinguido) com uma
nova composição;
- Obrigatoriedade de transmissão ao vivo em canais abertos dos jogos da seleção nacional;
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PARTE 2
Reconhecendo as Partes que Compõem O Fluxo de Caixa dos Clubes
Nesta parte foi desenvolvida especificamente para este trabalho, uma divisão de
receitas e despesas em categorias para permitir a identificação dos riscos de cada clube; e com
isso espera-se fazer uma análise do valor dos clubes pelos métodos que serão expostos na
Parte 4.
2.1 - RECEITAS:
É aquela que pode ser identificada diretamente com o profissional, sendo subdividida em:
receita de venda ou aluguel e exploração de imagem do jogador.
2.1.1.1 - Receita da Venda/Aluguel é hoje a forma com que os clubes se sustentam ou tentam
se sustentar durante o ano. Se o objetivo do clube for compra e venda de jogador, como é em
muitos clubes pequenos, essa poderá ser a receita principal. Porém os clubes grandes, não
deviam se orgulhar dessa receita pois a venda de seus profissionais significa estarem vendendo
os seus ativos.
É aquela que pode ser identificada diretamente com a atividade do clube na disputa de
campeonatos, sendo subdividida em: receita de bilheteria, participação de campeonatos e de
televisionamento.
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2.1.2.1 - Receita de Bilheteria é a mais tradicional fonte de receita para um clube, o consultor
da Deloitte & Touche, Alexandre Loures diz que hoje por problemas de segurança e conforto,
os torcedores não estão indo ver os jogos nos estádios, preferindo ficar em casa no conforto da
tv, porém a tendência é que o perfil dos torcedores nos próximos 5 a 10 anos deixe de ser
aquele violento das torcidas (des)organizadas e passe a ser de famílias a procura de lazer. Esse
tipo de receita pode vir a ser contabilizada com planejamento; pois com a venda de carnês, o
clube terá essa entrada de receita antes mesmo do início de cada campeonato, isso é uma
prática usada na Europa. Segundo dados da empresa de consultoria Deloitte Touche Tohmatsu,
o valor médio da receita de bilheteria que os clubes, que compõem o Clube dos 13,
arrecadaram no ano de 98 foi de US$ 964,5mil enquanto que na Europa clubes de grande porte
arrecadaram US$ 48,5milhões.
2.1.2.2 - Receita de Participação de Campeonato é uma receita que os clubes conseguem por
participarem de campeonatos de menor expressão, os chamados torneios caça-níqueis, torneios
na Europa, na Ásia e no Norte e Nordeste brasileiro, que são procurados em meio de
temporada, entre os campeonatos estaduais e nacional, ou no fim da temporada, quando o
clube depois de ser eliminado do seus campeonatos precisam de algum tipo de receita. Essa
receita advém do sucesso do clube em campeonatos importantes como o Estadual, Brasileiro,
Libertadores e Mercosul.
2.1.2.3 - Receita de Televisionamento é hoje a principal fonte de receita para os clube que têm
contratos com uma rede de tv aberta, que é que detem os direitos de transmissão dos
campeonatos pelo país e vender os direitos de transmissão para o exterior, e uma rede de tv a
cabo, que também transmite pelo sistema de pay-per-view. No Brasil, essas receitas tem uma
forma de divisão que previlegia os clubes grandes, desde 1997 as equipes recebem US$ 50
milhões. Na Inglaterra, isso é uma importante fonte de receita, onde, a TV paga aos clubes
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algo em torno de US$450 milhões por temporada. A respeito das cifras pagas pela televisão, o
consultor esportivo José Carlos Brunoro diz:
É aquela que pode ser identificada diretamente com a parte social do clube, sendo subdividida
em: receita de sócios, propaganda, aluguéis.
2.1.3.1 - Receita de Sócios é uma receita que poucos clubes no mundo possuem na Europa,
clubes como Barcelona, Real Madrid e Milan, conseguem alguma receita através de trabalhos
iguais ao Clube do Torcedor, que o Fluminense hoje esta desenvolvendo muito bem. O
Barcelona possui no seu quadro associativo mais de 120 mil sócios contribuintes e que durante
muitos anos, até 1996, se manteve lucrativo só com as mensalidades do seus sócios. No Brasil
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2.1.3.2 – Receita de Propaganda advém das placas em torno do estádio e os telões de televisão
na maioria dos estádios fornecem uma avenida para que os anunciantes levem suas mensagens
aos torcedores. Hoje é importante para os clubes que possuam uma atividade social ou que
seus estádios sejam pontos turísticos; pois os frequentadores do estádio, em dias ou não de
jogos, são grandes consumidores de produtos que estão ligados ao seu clube de coração. O
consultor Alexandre Loures diz que na Europa a receita de propaganda chega a quase 30% do
faturamento dos clubes, enquanto que pouco para os clubes brasileiros representam muito
pouco.
É aquela que pode ser identificada diretamente com o clube, sendo subdividida em: receita de
royalties, mídia, patrocínio e material esportivo.
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com o ingresso da Parmalat ao firmar uma co-gestão de sucesso com o Palmeiras. Podemos
afirmar que o patrocínio do futebol, no Brasil, possui duas fases: antes e depois da Parmalat. A
entrada da multinacional no esporte foi para atender a uma estratégia de marketing que visava,
inicialmente, melhorar sua imagem institucional. E já tinha feito esse tipo de experiência com
sucesso no Parma, da Itália.
2.1.4.4 - Receita de Material Esportivo ela advém através da evolução da relação entre
fornecedor e clube, pois as empresas desembolsam mais para que os clubes utilizem sua
marca, além dos royalties, para produzirem e venderem boné, bola, camisa fantasia, vestuário
de jogo e treino. Num regime profissional os clubes sempre ganharão mais, haja vista os
contratos firmados pela Penalty com o São Paulo, a Nike com o Flamengo e a CBF, a Rhumell
com o Palmeiras e a Topper com o Corinthians e Cruzeiro.
2.2 - DESPESAS:
As despesas foram divididas da seguinte maneira: compra de jogador, folha de
pagamento, transporte, alimentação e estadia, categoria de base, manutenção predial e
manutenção do estádio. Elas variam muito de clube para clube, principalmente em relação a
grandeza e a localização de cada um.
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2.2.2 - Folha de Pagamento: A despesa principal na maioria dos clubes é o salário dos
jogadores, que aumentou drasticamente ao longo das últimas duas décadas no mundo
todo. Segundo dados da empresa de consultoria Deloitte Touche Tohmatsu, o valor
médio da folha de pagamento anual dos clubes, que compõem o Clube dos 13, no
último ano foi de US$ 2,777milhões, enquanto que a média dos clubes ingleses foi de
US$ 22,080 milhões.
Porém aqui no Brasil acontece um problema sério, de que para poder pagar os
altos salários, os clubes acabam deixando de pagar os salários dos outros empregados do
clubes, gente que somando tudo que recebeu na vida até na morte, não receberá o que um
grande jogador recebe por mês.
2.2.3 - Despesa de Transporte é referente a viagens para jogos e para a preparação de pré-
temporada.
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2.2.4 - Despesa de Alimentação e Estadia é referente aos gastos dos clubes com pré-
temporada e concentração durantes os campeonatos.
2.2.5 - Despesa de Categoria de Base, para muitos isso significa um investimento a longo
prazo, de 8 anos no mínimo, pois se o jogador vingar ele pode ser vendido, no caso de
clubes pequenos ou se tornar um ativo no caso clubes grandes.
2.2.6 - Despesas de Manutenção que pode ser dividida em manutenção predial e manutenção
do estádio:
Na próxima parte, iremos ver as mudanças ocorridas no futebol inglês, no início da década de
90 e porque ele se tornou um dos campeonatos mais ricos do mundo
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PARTE 3
Processo de Mudança na Inglaterra
Em reportagem tirada do Site Esporte S.A., que era editado pelo jornalista João
José de Oliveira, que hoje está na Gazeta Mercantil, o Vice-Presidente da área de vendas de
ações para América Latina do Banco Santander Central Hispano, Álvaro Maia, que participou
de um seminário promovido pelo Instituto de Investimento e Pesquisa (IIMR), reuniu analistas
financeiros e personalidades do meio futebolístico para discutir o seguinte tema: "Para aonde o
futebol irá daqui em diante?".
futebol tornar-se apenas mais um "grande negócio"? E o mercado acionário? O futebol ainda
atrai o investidor em geral?
Para Paul Wedge da Collins Stewart, as ações destes clubes não mais estariam
despertando o mesmo interesse de alguns anos atrás pois os investidores gostam de ver suas
participações acionárias trazerem retorno e é justamente isto que está faltando aos investidores
em clubes de futebol: retorno sobre seus investimentos.
United, que viu suas despesas com salários de jogadores subirem de 26% na temporada 96/97,
para 33% na temporada 1999/2000.
Há mais clubes no país interessados em abrir seus capital. Os que já são abertos,
vão conhecendo as diferentes culturais dos investidores em futebol. O político Tony Banks,
afirma que existe o investidor que compra a ação de um clube por sua relação de emoção para
com aquela agremiação, ou seja, jamais irá vender a ação daquele clube e comprar a do rival
só porque este último se encontra numa fase melhor; como também existe aquele investidor
frio e calculista, que só tem dinheiro investido naquela instituição porque tem a expectativa de
um bom retorno do seu investimento. Para este último tipo o ativo futebol pode estar servindo
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Uma pergunta que surge é se todo o dinheiro envolvido neste esporte trazia
benefícios aos acionistas minoritários. Será que algum dia eles realmente verão a cor do
dinheiro? Os clubes, com certeza sim. Os acionistas majoritários também. O próprio torcedor,
a alma e a principal razão do esporte, deve ficar satisfeito em ir ao estádio com conforto
segurança e ter o prazer de ver o seu time jogar, sem desconfiar que, ali, naquelas quatro
linhas, está em jogo um grande negócio chamado futebol.
Atualmente a Sky não está mais sozinha. Empresas como a Granada (On
Digital) e NTL também tem todo interesse em abocanhar a transmissão do futebol inglês para
os próximos cinco anos. Como a decisão será tomada pelos próprios clubes em uma reunião a
portas fechadas no próximo mês de junho, para Álvaro Maia a participação estratégica em
alguns destes clubes que compõe a principal liga inglesa certamente traduzir-se-á em uma
certa interferência na decisão final.
Não podemos esquecer que o mesmo rumo está tomando as emissoras de rádio,
que vêm negociando contratos em separado com os clubes da Inglaterra.
PARTE 4
Avaliação de Financeira
Terceiro, as fortes conexões locais que essas equipes têm e as imensas emoções
que evocam em seus torcedores os tornam diferentes de um negócio tradicional. Uma
peculiaridade do futebol é a fidelidade da sua torcida, na linguagem de administração, clientes,
que mesmo vendo o seu time perdendo, na linguagem de administração, insatisfação do
cliente, não trocam de time ou se tornam torcedores/clientes do time adversário/empresa
concorrente. Já as outras empresas quando não agradam o seus clientes, acabam perdendo-as
para a concorrência.
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Para estimarmos um custo de patrimônio líquido iremos usar como base além
do beta Manchester United, um retorno de mercado de 18%(Kassai & Kassai, 1999, P198), da
economia brasileira sobre a economia inglesa, e um retorno livre de risco, poupança, de
6,17%.(Kassai & Kassai, 1999, P199) Esses fatores geram um hipotético custo de patrimônio
líquido, que será demonstrado abaixo:
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Podemos conferir que após um investimento inicial de US$ 2,4 milhões, o clube
usado no exemplo começa a ser rentável em 7 anos, com uma TIR de 32,51% e um VPL
acumulado nos primeiros 10 anos maior que US$ 1,5 milhões.
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Conclusão
Com base no que foi exposto neste trabalho podemos concluir que para um
clube brasileiro chegar ao nível de administração de um clube inglês. A organização do futebol
no Brasil tem muito o que melhorar. Podemos destacar os seguintes aspectos:
• Adaptação do calendário brasileiro e sulamericano ao calendário europeu, em número de
jogos;
• Maior transparência na administração;
• A administração dos clubes deve se tornar cada vez mais profissional;
• governo deve atuar como um agente regulador;
• Investimento nas divisões de base;
• A atuação da mídia nos clubes deve ser controlada ou, no mínimo, investigada;
• As torcidas chamadas de organizadas devem estar cada vez mais distante do dia à dia do
clube, vide exemplo o Corinthians nesse ano;
• Trabalho em conjunto dos clubes, da sociedade, dos governos no intuito de diminuir os
tumultos dentro e principalmente fora dos estádios.
reconhecermos quais serão as principais receitas e despesas dos clubes. Com base nessa
informação poderemos tentar estimar o nível de risco do clube que estiver sendo analisado.
mercado brasileiro. Já na Parte 2, as informações são úteis para quem queira utilizar o método
de risco diretos ao clube.
Bibliografia:
- BOSELLI, Mauro C. 1998. Análise da Lei 9.615/98. Dissertação Monografia. Rio de
Janeiro. PUC Rio.
- BRUNORO, José C. & AFIF, Antônio. 1997. Futebol 100% Profissional. São Paulo.
Editora Gente.
- Kassai, José R. & Kassai, Sílvia. 1999. Retorno de Investimento. São Paulo. Editora
Atlas.