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“Gestão de recursos humanos: teorias e práticas” (Sociologias, Porto Alegre,

ano 6, nª 12, jul/dez 2004, p. 142-158) da doutora Maria João Nicolau Santos, que
apresenta a sua visão teórica de como deve ser a gestão humana dentro de uma
empresa competitiva contra as reais praticas das empresas.
A emergência de uma sociedade do conhecimento, o desenvolvimento das
tecnologias de informação e conhecimento (TIC) e os processos de globalização alteram
a gestão empresarial, Com a economia global, empresas necessitam de flexibilidade e da
inovação para se manter competitivo. A partir disso, o conhecimento é integrado em todas
as atividades, ganhando um valor econômico em si. Essas modificações têm alterado o
padrão de competitividade, e o desenvolvimento das TIC e da globalização tem criado
novos mecanismos para isso, levando a concorrência para um contexto globalizado. Logo
as empresas precisaram de reestrutura alterando a organização de uma forma mais
flexível e estruturada em rede.
Em termos teóricos, as empresas devem criar condições para estimular a inovação
e a criatividade, assim desenvolvendo o capital intelectual da organização. As empresas o
podem fazer por: desenvolver o capital humano, que é promover recursos humanos
qualificados, criando ambientes que estimulem a auto-aprendizagem, gerindo
adequadamente as pessoas e estimulando a criação e o fortalecimento de comunidades
intelectuais; desenvolver o capital estrutural, que é a orientação para ações
coletivamente enquadradas, definindo a orientação estratégica, os níveis de envolvimento
e responsabilidade, intervenção de todos para criar soluções conjuntas e ambientes
estimulantes, depois disso deve-se gerir o conhecimento e criar uma estrutura em rede
para transferência de informação; e por ultimo desenvolver o capital relacional, que é a
interação de diferentes pessoas\organizações gerando conhecimentos valiosos e a o
valor econômico gerado está na qualidade desses relacionamentos.
Depois da identificação dos valores teóricos deve ser levantada as praticas
realmente empregadas pelas empresas, e a conclusão é na realidade os princípios
empregados passam longe da abordagem teórica. As pessoas são divididas basicamente
entre pessoas de elevado valor acrescentado e baixo valor, com a busca por flexibilidade
maior a gestão de recursos humanos tem gerido e tratado diferenciadamente esses
grupos, procurando capitalizar e promover o desenvolvimento do capital intelectual do
grupo de maior valor acrescentado e os outros são excluídos ficando de fora deste
processo de formação do conhecimento.
Mesmo sabendo que as praticas são diferentes das teorias, as empresas podem se
esforçar um pouco mais e criar oportunidades reais para que todos na empresa
participem da geração conhecimento dentro da empresa.

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