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Universidade Federal do Espírito Santo

Centro de Ciências Humanas e Naturais


Departamento de Geografia
Disciplina de Geografia Rural

Ediane Santos Paganini

Síntese do Primeiro Capítulo do Livro: A História das Agriculturas do Mundo

Vitória
2010
O conjunto onde o indivíduo está inserido é responsável pelo desenvolvimento das
atividades exercidas para sua sobrevivência, trazendo o equilíbrio biológico e
evoluindo. Todos os seres vivos, vegetais ou animais, são constituídos por matéria
orgânica, água e outras matérias minerais que são fontes de energia, essa necessária
para viver e reproduzir.

A biomassa de um ecossistema é a massa total de matérias orgânicas que ele possui,


compreendidos os dejetos e os excrementos. Somente as espécies vegetais são
produtoras de biomassa; o homem e os animais não a produzem. Estes nutrem-se dela,
transformando-a: são as espécies exploradoras.

É por isso que a fertilidade global de um ecossistema, ou seja, a sua capacidade de


produzir biomassa é medida finalmente pela sua capacidade de produzir a biomassa
vegetal.

Frequentemente, duas ou mais espécie competem pelos mesmos recursos. A oposição


entre a população de cada espécie e as limitações do meio são duplicadas quando surge
uma oposição entre populações e espécies em competição pela utilização dos mesmos
recursos. Essa competição entre espécies — havendo ou não uma disputa aberta entre
elas — conduz à coexistência, dentro de certa proporção, dessas populações
concorrentes ou, então, à eliminação de uma ou mais dentre elas.

Certas espécies transformam o meio onde vivem de forma a aumentar sua capacidade de
suporte e os recursos disponíveis para seu próprio uso. Desse modo, elas aumentam sua
própria valência ecológica. Numerosos são os animais que constroem ninhos, abrigos e
mesmo um ambiente artificial (urbanismo coletivo dos castores, das abelhas, das
térmitas, das formigas etc.) necessários ao seu desenvolvimento. Como já dissemos,
essa transformação, essa artificialização do meio, é o produto de um trabalho que não é
próprio da espécie humana.

A hominização é, portanto, ao mesmo tempo uma evolução e uma história. Os


progressos biológicos de uma espécie condicionam seus avanços técnicos e culturais
ulteriores, mas, em contrapartida, a herança técnica e cultural de uma espécie constitui
uma espécie de meio humanizado, historicamente constituído, que condiciona sua
evolução biológica futura.
Assim, de uma espécie de hominídeos à outra, o aumento da população e o
enriquecimento de sua bagagem técnica e cultural multiplicam as chances de inovações,
que vão acelerando-se e que, para cada espécie, se concentram no fim de seu período de
existência.

A partir do fim do século XIX, no Ocidente, a mecanização da tração animal (arado


“Brabant”, semeadeira, ceifadeira,) permitiu dobrar a superfície por trabalhador e a
produtividade.

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